Connect with us

Crítica

Os melhores discos do terceiro trimestre de 2025!

Published

on

Os melhores discos do terceiro trimestre de 2025!

Demorou um mês, mas nossa lista de melhores do terceiro trimestre de 2025 saiu: tudo o que nós ouvimos – e você deveria ter ouvido – entre julho e setembro. Alguns discos que saíram antes desses meses vazaram para o terceiro trimestre na nossa curadoria, mas a maioria da lista saiu bem nessa época.

Aqui, você dá uma olhada (e uma ouvida) no que os três primeiros meses de 2025 tiveram de melhor. O segundo trimestre tá aqui. E veja também os 50 melhores discos nacionais internacionais de 2024. Os melhores EPs do ano passado você confere aqui.

Texto: Ricardo Schott – Arte: Aline Haluch

TURMA DA NOTA 8
Alex GHeadlights
Alison GoldfrappFlux
Apeles Cru
Araúnas Relva
Astrofella Love ever young
Atalhos A força das coisas
Babymetal Metal forth
Batucada TamarindoOlóri-Agbáyé
Beiramáquina Modus ofeganti de Beiramáquina
Beto Matriz infinita do sonho
Brian Eno e Beatie WolfeLateral
Bush I beat loneliness
Cayo Carig x Dr. DrumahOnde nascem as flores
CyberkillsDedo no cue
Deb and The Mentals Old news (EP)
The Dirty NilThe lash
The Doobie Brothers Walk this road
EbonyKM2
Érico Espectro vol. 1
Fantazmaz Fantazmaz
Felipe F. – Dois
Firefriend Blue radiation
Forever ☆Second gen dream
Getdown Services Primordial slot machine (EP)
HueyQuinze (EP)
Humour Learning greek
The Inspector Cluzo Less is more
Jangada PirataSal de casa
Jeremy SerwerThe nines
Katie Gregson-MacLeodLove me too well, I’ll retire early (EP)
Kerub Aphantasia
Kesha . (Period)
Krustáceos Bicho bruto (EP)
Lùlù Lùlù
Lyra PramukHymnal
Media Puzzle Intermission (EP)
Meu Nome É FranciscoSó o tempo que dá nome às coisas
Miçanga Velhos rabugentos não falarão sobre Malk Espanca em 2099
Monchmonch Martemorte
Muñoz Twins
Nectar Woode It’s like I never left (EP)
Nuovo Testamento Trouble (EP)
Pedro MizutaniMostrando os dentes (EP)
Sally ShapiroReady to live a lie
Shearling Motherfucker, I am both: ‘amen’ and ‘hallelujah’ …
Shura I got too sad for my friends
Sophie Ellis-Bextor Perimenopop
Sorry GirlsDreamwalker
Supervão AVGN na Rádio Agulha (EP)
Tereu Música pra enxergar de novo
Terminal GuadalupeSerenata de amor próprio
TropitronixSunset feelings
Tune-Yards Better dreaming
Tyler The CreatorDon’t tap the glass
UltrasonhoNós nunca vamos morrer
University McCartney, It’ll be OK
Unknown Mortal OrchestraCurse (EP)
Vandal Vidah (EP)
The Violet Twilight Folk illuminate (EP)
Wado Obstrução samba
Westside CowboyThis better be something great (EP)
Wildes All we do is feel
Zambrotta Ensaio sobre a noite e o dia

TURMA DA NOTA 8,5
Alberto Continentino Cabeça a mil e o corpo lento
Alien ChicksForbidden fruit (EP)
Anacrônicos (Isso não é) o lado B (EP)
AnikaAbyss
Antonio Neves ­­­– De Las Nieves
BahsiCastle
The Beaches No hard feelings
Biloba Sala de espera
Calvin Voichicoski e PelocurtoBodoque
CamaleônicaEletrotropical
Cesar RoversiRe verso
Colibri3R [pt. II]
The ConvenienceLike cartoon vampires
Crizin da Z.O. ACLR + 6 (EP)
DJ Guaraná JesusOuroboros
DeftonesPrivate music
Diego Assuf Zunindo a gruta da hibernação
Do PradoQuantas vezes é possível se apaixonar?
Duda BeatEsse delírio vol. 1 (EP)
Duncan LloydUnwound
Egg Girl Girl Roomers
Eliminadorzinho eternamente,
Esteves Sem Metafisicade.bu.te.
Everything Is Recorded Solstice equinox
A Filial Primeiro disco (EP)
Firefriend Fuzz
FishboneStockholm syndrome
Forth WanderersThe longer this goes on
Frankie Cosmos Different talking
Gabriel AraújoLugar
Gabriel Ventura Pra me lembrar de insistir
Gang do EletroNo embalo do tecnobrega
Gary KempThis destination
Gin Lady Before the dawn of time
Girlpuppy Sweetness
Glare Sunset funeral
Grandmas HouseAnything for you (EP)
Guma Virando noite
Gustavo Ortiz Desafogo (EP)
Hélio Delmiro e Augusto MartinsCertas coisas
Hotline TNT Raspberry moon
IntercourseHow I fell in love with the void
Jessica Winter My first album
JonabugTrês tigres tristes
Juliano CostaChamar alguém de amor
Justin BieberSwag
Kombi Alimento a dor
La Dispute No one was driving the car
La FlemmeLa fête
Luiz Bruno Lule e as Crianças Adultas ao vivo no espaço (EP)
Lupe de LupeAmor
Lutalo The academy (versão deluxe)
MC Hariel É noiz ki tá
Mac deMarcoGuitar
Mandrake HandshakeEarth-sized worlds
Mangífera Na mata, no céu, no olhar (EP)
Matthew Nowhere Crystal heights
Me Lost MeThis material moment
Ming City RockersClementine
Momma Welcome to my blue sky
Neil Young and The Chrome Hearts Talkin to the trees
New Brutalism Requiescat record (EP)
Nick LéonA tropical entropy
Nilüfer YanyaDancing shoes (EP)
Ninajirachi I love my computer
Nxdia I promise no one’s watching
Ortinho Repensista
Pablo LanzoniAviso de não lugar
PairaEP02 (EP)
Paradise Lost Ascension
Paul WellerFind El Dorado
Pedro BienemannOndas de choque e calor
Panic ShackPanic Shack
PeladosContato
Planet Opal Recreate patterns, release energy
PlonkiKicking at my heels (EP)
Pobre OrfeuGaleria das recordações
Portugal. The Man uLu Selects vol #2 (EP)
Radiohead Hail to the thief live recordings 2003-2009 (ao vivo)
The RasmusWeirdo
Saturno Express Tenho sonhos elétricos
Sheepshead Sheepshead (EP)
SlungIn ways
Smut Tomorrow comes crashing
Supercombo Caranguejo (parte 1)
A Terra Vai Se Tornar Um Planeta InabitávelIdent II dades (EP)
Thistle. – It’s nice to see you, stranger (EP)
Tiaslovro Portos do Reino (EP)
Tropical Fuck StormFairyland codex
Tune-Yards Tell the future with your body (EP)
Valentim Frateschi Estreito
VésperaNada será como era antes
Viana Moog Pu (EP)
Vinicius BarrosCidadela
A Virgo Dois verões ou A viagem de Sífero
Vovô Bebê Bad english
The Warlocks The manic excessive sounds of
Water From Your EyesIt’s a beautiful place
WavvesSpun
We Are ScientistsQualifying miles
Wolf Alice The clearing
Zac Farro Operator

TURMA DA NOTA 9
43duoSã verdade (EP)
Anti-Spectacular  I don’t want to be angry anymore
Bella e o Olmo da BruxaAfeto e outros esportes de contato
Bike Noise meditations
Black HoneySoak
Bruce Springsteen Tracks II: The lost albuns (box set)
Buddy Guy Ain’t done with the blues
CMAT Euro-country
Cass McCombs Interior live oak
Cicero Uma onda em pedaços
Coral Grief Air between us
Dana and AldenSpeedo
Ethel CainWilloughby Tucker, I’ll always love you
Filarmônica de Pasárgada Rua Teodoro Sampaio 1.091 (EP)
Flor ETBrazapunk
Folk Bitch TrioNow would be a good time
Gelli HahaSwitcheroo
Gustavo Kaly, Wander Wildner, Pata de ElefanteEmaranhados em gambiarras mal-ajustadas
Hawkwind – There is no space for us
The HivesThe Hives forever forever The Hives
Ho99o9 Tomorrow we escape
Ilessi Atlânticas (EP)
Indigo de Souza Precipice
Jade Bird Who wants to talk about love?
JambuManauero
Jean Caffeine Generation Jean
Joyce Moreno – O mar é mulher
Klisman CHTC
Lambada da SerpenteLambada da Serpente (EP)
Led ZeppelinLive EP (EP)
Letícia Fialho Revoada baile canção
Lorde Virgin
Marissa Nadler New radiations
Mateus Fazeno RockLá na zárea todos querem viver bem
Nao Jupiter
The New Eves The New Eve is rising
Night Moves Double life
OseesAbomination revealed at last
Péricles Cavalcanti Compositor (EP)
Radio Free AliceEmpty words (EP)
RubelBeleza. Mas agora a gente faz o que com isso?
Suede Antidepressants
Superchunk Songs in the key of yikes
The TechnicolorsHeavy pulp
Test + Deaf Kids Sem esperanças
Tops Bury the key
U.S. GirlsScratch it
Viaje de InviernoTan clara (EP)
Vitor BrauerTréinquinumpára 06: Porto Velho
Wet LegMoisturizer
Yves JarvisIn Audiotree Live (EP)
Zepelim e O Sopro do CãoArquibancada sol

TURMA DA NOTA 10!
The ArmedThe future is here and everything needs to be destroyed
Congadar Aprendi com meus antepassados
Dom Salvador JID024
Don LCaro vapor II – Qual a forma de pagamento?
Eliana Pittman Nem lágrima nem dor
Fito PáezNovela
Francis Hime Não navego pra chegar
Hayley WilliamsEgo
Jehnny BethYou heartbreaker, you
Mundo Livre S/A Sessões Selo Sesc #15 (ao vivo)
The Near Jazz Experience Tritone
The Stargazer LiliesLove pedals
Tony Njoku All our knives are always sharp
The WhoLive at The Oval 1971

Crítica

Ouvimos: Luvcat – “Vicious delicious”

Published

on

Luvcat estreia com Vicious delicious, disco de pop nostálgico e lânguido, entre Hollywood vintage, art-pop e sombras pós-punk, com poucos tropeços.

RESENHA: Luvcat estreia com Vicious delicious, disco de pop nostálgico e lânguido, entre Hollywood vintage, art-pop e sombras pós-punk, com poucos tropeços.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: AWAL
Lançamento: 31 de outubro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Luvcat é a segunda encarnação – e o segundo ato de carreira – da britânica Sophie Morgan Howarth, nascida em Liverpool em 1996, e que tem três EPs de folk alternativo lançados como Sophie Morgan. Rola um subtexto pós-punk/britpop na história dela: ainda com seu nome anterior, ela abriu uma turnê dos Waterboys e foi ajudada pelo baixista do The Verve, Simon Jones. Luvcat, seu novo nome artístico, é uma referência ao sucesso do The Cure, The lovecats.

Vale citar que folk e pós-punk são estilos que até aparecem em Vicious delicious, estreia de Luvcat, mas são secundários ou terciários num manifesto pop que, basicamente, é tão nostálgico da velha Hollywood quanto os discos de Lana Del Rey, e tão “lânguido” quanto Lana e Billie Eilish – e cuja estética mexe com as mesmas estranhices pop de vários lançamentos de hoje.

  • Ouvimos: Angélica Duarte – Toska

É um álbum pop, feito com um alvo à frente, mas com princípios básicos que o tornam às vezes mais próximo do art-pop, como na sexy e latina Lipstick, no soft rock Alien (música sobre inadequação, drogas e introspecção, com versos como “sempre fui uma de nós / garotinha verde em seu próprio mundo”), a experimentação reggae-pós-punk-gore de Matador (“eu queria amor / mas você quis sangue”). E na onda sofisticada de Dinner @ Brasserie Zedel, com heranças da música francesa, e He’s my man, alt-folk com recordações de Jacques Brel, Scott Walker e David Bowie do começo.

Tem um lado sombrio no disco, como no folk mórbido de Laurie, música de amor tristonho com metais, violão e cordas. Ou na vertigem de The Kazimier Garden, e ono clima meio Siouxsie + David Bowie de Emma Dilemma. Faz parte da lista de sensações visitadas por Luvcat, no disco, embora haja também uma canção que poderia concorrer ao Eurovision (a faixa-título) e algo que faz lembrar o lado praiano e desértico do Roxy Music (Love & money).

Lá pelas tantas, dá para se perguntar até o que o dispensável hard rock country Blushing, que lembra Bon Jovi, está fazendo no disco, já que Vicious delicious, mesmo com uma certa confusão conceitual e musical, tem lados melhores para apresentar.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Ira Glass – “Joy is no knocking nation” (EP)

Published

on

RESENHA: EP maníaco do Ira Glass, Joy is no knocking nation mistura pós-hardcore, math rock, fanfarra sombria e ataques free-jazz, criando uma avalanche ruidosa, tensa e coesa.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Fire Talk
Lançamento: 14 de novembro de 2025.

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Vindo de Chicago, o Ira Glass vive de causar estranhamento: é um quarteto escoladíssimo no pós-hardcore e no math rock, mas que às vezes, parece estar querendo repetir eternamente o final de 21 century schizoid man, do King Crimson, com aquele ataque free-jazz de guitarra, baixo, bateria e metais.

Joy is no knocking nation, segundo EP da banda, é basicamente um disco de rock experimental maníaco, soando como uma fanfarra sombria em faixas como It’s a whole “Who shot John” story – faixa, que curiosamente tem vocal em clima grunge e destruidor, chegando a lembrar Alice In Chains. Essa onda de fanfarra do mal chega no seu ápice em fd&c red 40, repleta de vocais guturais e gritos mais chegados do screamo, e no stoner tenso e quebradiço de New guy (Big softie). Nem precisa falar que nomes como James Chance, Wire e Swans pairam sobre todo o repertório do disco, e que o próprio Fugazi, com suas quebras rítmicas, também é citado aqui e ali.

Jill Roth, saxofonista da banda, é um dos responsáveis pela tal cara free-jazz que o Ira Glass tem – e que, felizmente, não surge forçada nem mesmo quando é inserida em momentos mais pesados do disco. Fritz all over you é o mais progressivo e suave que o grupo parece querer soar, mas sempre numa onda sombria. No fim, That’s it/That? That’s all you can say?, entre gritos e vocais demoníacos, soa como uma música tocada ao contrário, uma roda de ruídos presa numa corrente igualmente ruidosa. Uma porrada bem elaborada, mesmo quando parece que tudo saiu do controle.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Jerk – “As night falls”

Published

on

Jerk mistura soul, smooth jazz, city pop e MPB instrumental em um álbum curto e hipnótico, cheio de fusão psicodélica, clima noturno e achados sonoros.

RESENHA: Jerk mistura soul, smooth jazz, city pop e MPB instrumental em um álbum curto e hipnótico, cheio de fusão psicodélica, clima noturno e achados sonoros.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: DeepMatter Records
Lançamento: 14 de novembro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Com um nome artístico bem autodepreciativo, Jerk (ou Joshua Kinney, seu nome verdadeiro) pode soar como um daqueles sujeitos que falam da alegria e da tristeza do perdedor – pelo menos quando a gente lê o nome dele por aí. Nada a ver: As night falls, seu novo álbum, é basicamente uma mescla de soul, smooth jazz, jazz fusion, drum’n bossa, city pop, sons psicodélicos e MPB instrumental transante na onda de Lincoln Olivetti e Robson Jorge. Nas oito curtas faixas do disco (que dura 20 minutos), ele toca de tudo: guitarra, baixo, flautas, saxofone, sintetizador, piano Rhodes – a bateria fica com a amiga e colaboradora Martina Wade.

As night falls é a primeira parte de um projeto dividido em dois discos (ele fala que são dois EPs, mas o disco figura como álbum nas plataformas). Aliás, ele também diz aqui que cada lançamento representa “dia” e “noite”, e que se lançasse as 16 faixas de uma só vez, o disco poderia nem ser tão ouvido, já que é “difícil captar a atenção das pessoas hoje em dia”.

  • Ouvimos: Nyron Higor – Nyron Higor
  • Ouvimos: Yves Jarvis – All cylinders

Seja como for, As night falls captura a atenção imediatamente, especialmente de caçadores de raridades nos sebos. A faixa-título abre com violão e flauta, chegando a lembrar Dori Caymmi – até que ganha programação eletrõnica e som comandado pelo piano elétrico e pelos beats enérgicos. Dance beneath the dripping moon e o soul latino Stealthy, she moves! soam como sobras jazzísticas de Robson e Lincoln. Incoming, A divine wrath e Set adrift são jazz fusion psicodélico e vaporoso.

Wading, com percussão relaxante e clima quase espacial, tem tom musical de mergulho – segundo o próprio Jerk, que quase pôs na faixa o nome de “underwater” (subaquático), e decidiu dar à faixa uma cara diferente e experimental, usando pedais de guitarra em todos os instrumentos. Emergence and reckoning tem beat brasileiro, som derretido (com guitarra parecendo que vem de uma fita antiga) e metais. Uma viagem sonora daquelas.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading
Advertisement

Trending