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Cinema

Robert Bronzi, o Charles Bronson cover

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Robert Bronzi, o Charles Bronson cover

Já ouviu falar de Robert Bronzi? Vamos por partes. Era uma vez um diretor de cinema chamado Rene Perez, que desde 2010 está fazendo filmes fuleiros aos quais praticamente ninguém deu a mínima. Há muito querendo chamar a atenção, teve uma ideia durante uma viagem à Hungria, quando conheceu um criador de cavalos chamado Robert Kovacs.

O talento de Kovacs para atuar era nulo, mas ele tinha um trunfo (se é que podemos chamar dessa forma). O sujeito era a cara do Charles Bronson!

Robert Bronzi, o Charles Bronson cover

Impressionado com a semelhança, Perez resolveu levá-lo para os EUA e o colocou como protagonista de várias de suas “obras”. A bem da verdade, esse tipo de “recurso” não muito ético nem é novidade. Nos anos 1970 muitos cineastas na China, Filipinas e demais países asiáticos fizeram o mesmo após a morte de Bruce Lee. E colocaram atores com nomes artísticos como Bruce Li, Bruce Le, Bruce Lei e outros pra confundir o público.

Confira abaixo um filme com os clones de Bruce Lee

Talvez inspirado por esse fenômeno, Rene Perez fez igual. Antes de tudo, mudou o nome artístico de Robert Kovacs para Robert Bronzi. Em seguida, em 2018, enviou diversos emails para sites e revistas especializadas em cinema dizendo apenas: “Em breve Death kiss, o novo trabalho de Charles Bronson”, o que deixou todos em polvorosa achando que era algum filme perdido do astro.

Porém, pouco tempo depois o trailer foi postado no youtube e não deixou mais margem para dúvidas. Aliás, se você é fã do Charles Bronson e se entusiasmou com a ideia, vou logo avisando. Death kiss (Aliás, repararam no título? Qualquer semelhança com o nome original de Desejo de matar, Death wish, será mera coincidência? Acho que não) é MUITO, mas MUITO RUIM MESMO!

Honestamente, mal dá pra chamar de filme, já que praticamente não há história nem desenvolvimento dos personagens. Na primeira metade, o clone do astro apenas anda por aí imitando cenas (e às vezes diálogos) dos dois primeiros filmes da saga Desejo de matar (o que não faz sentido algum, não acham? Se você já conhece o original, por que vai querer ver uma cópia tosca e piorada?). Enquanto isso, ele rouba o dinheiro dos bandidos que mata. Deixa as notas anonimamente na caixa de correio de uma mulher, mãe de uma criança paraplégica.

Já na metade final, aparece um vilão interpretado por Richard Tyson. Que por sinal já teve dias melhores interpretando antagonistas em clássicos da Sessão da tarde, tais como Um tira no jardim de infância e Te pego lá fora (ele era o Buddy Revell, se é que você não sabe).

Nisso, descobre-se que, alguns anos antes durante uma troca de tiros entre ele e o Bronson cover, nosso herói acidentalmente atingiu a tal criança, que hoje vive na cadeira de rodas. Justamente por se sentir culpado, personagem de Bronzi ajuda como pode a mãe do menino.

Por sinal, “herói” não é a melhor maneira de descrever o personagem do Robert Bronzi. Afinal, ele chega ao cúmulo de matar de propósito um inocente que foi usado pelo vilão como escudo humano.

Em seguida, temos como desfecho um tiroteio numa floresta, que é até divertido (claro, se você não for muito exigente). Na contenda, Bronzi resolve a questão amarrando o vilão numa árvore, cobrindo-o com molho barbecue e deixando-o para os lobos comerem.

A crítica e o público foram unânimes em dizer que Death kiss é uma verdadeira catástrofe, mas se vocês pensam que Rene Perez desanimou-se com os comentários negativos, enganou-se redondamente. Logo em seguida ele fez outros atentados à sétima arte como o faroeste Once upon a time in Deadwood.

Neste filme, Bronzi contracena com Michael Paré, outro que nos anos 1980 até fez relativo sucesso em filmes como Ruas de fogo e Projeto Filadélfia e que hoje em dia precisa recorrer a essas tralhas para pagar o aluguel. Também fez Cry havoc, no qual luta com uma versão paupérrima do Jason (!!!) . E segundo o IMDb, vem mais por aí (não precisava, né?)…

Você tem tendências masoquistas e ficou curioso para conferir essa bomba? Bom, há vídeos espalhados pelo YouTube (como você viu acima) e é possível pegar o filme no Torrent. Há quem já tenha visto Death kiss em algumas plataformas com o nome de Desejo de matar – O retorno. É, picaretagem pouca é bobagem… Alguém aí pode confirmar isso para mim?

Aqui tem uma entrevista (em inglês) com Bronzi.

Cinema

Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”

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Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”
  • Harlequin é um disco de “pop vintage”, voltado para peças musicais antigas ligadas ao jazz, lançado por Lady Gaga. É um disco que serve como complemento ao filme Coringa: Loucura a dois, no qual ela interpreta a personagem Harley Quinn.
  • Para a cantora, fazer o disco foi um sinal de que ela não havia terminado seu relacionamento com a personagem. “Quando terminamos o filme, eu não tinha terminado com ela. Porque eu não terminei com ela, eu fiz Harlequin”, disse. Por acaso, é o primeiro disco ligado ao jazz feito por ela sem a presença do cantor Tony Bennett (1926-2023), mas ela afirmou que o sentiu próximo durante toda a gravação.

Lady Gaga é o nome recente da música pop que conseguiu mais pontos na prova para “artista completo” (aquela coisa do dança, canta, compõe, sapateia, atua etc). E ainda fez isso mostrando para todo mundo que realmente sabe cantar, já que sua concepção de jazz, voltada para a magia das big bands, rendeu discos com Tony Bennett, vários shows, uma temporada em Las Vegas. Nos últimos tempos, ainda que Chromatica, seu último disco pop (2020) tenha rendido hits, quem não é 100% seguidor de Gaga tem tido até mais encontros com esse lado “adulto” da cantora.

A Gaga de Harlequin é a Stefani Joanne Germanotta (nome verdadeiro dela, você deve saber) que estudou piano e atuação na adolescência. E a cantora preparada para agradar ouvintes de jazz interessados em grandes canções, e que dispensam misturas com outros estilos. Uma turminha bem específica e, vá lá, potencialmente mais velha que a turma que é fã de hits como Poker face, ou das saladas rítmicas e sonoras que o jazz tem se tornado nos últimos anos.

O disco funciona como um complemento a ao filme Coringa: Loucura a dois da mesma forma que I’m breathless, álbum de Madonna de 1990, complementava o filme Dick Tracy. Mas é incrível que com sua aventura jazzística, Gaga soe com mais cara de “tá vendo? Mais um território conquistado!” do que acontecia no caso de Madonna.

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O repertório de Harlequin, mesmo extremamente bem cantado, soa mais como um souvenir do filme do que como um álbum original de Gaga, já que boa parte do repertório é de covers, e não necessariamente de músicas pouco conhecidas: Smile, Happy, World on a string, (They long to be) Close to you e If my friends could see me now já foram mais do que regravadas ao longo de vários anos e estão lá.

De inéditas, tem Folie à deux e Happy mistake, que inacreditavelmente soam como covers diante do restante. Vale dizer que Gaga e seu arranjador Michael Polansky deram uma de Carlos Imperial e ganharam créditos de co-autores pelo retrabalho em quatro das treze faixas – até mesmo no tradicional When the saints go marching in.

Michael Cragg, no periódico The Guardian, foi bem mais maldoso com o álbum do que ele merece, dizendo que “há um cheiro forte de banda de big band do The X Factor que é difícil mudar”. Mas é por aí. Tá longe de ser um disco ruim, mas ao mesmo tempo é mais uma brincadeirinha feita por uma cantora profissional do que um caminho a ser seguido.

Nota: 7
Gravadora: Interscope.

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

O Rock Horror Film Festival, festival carioca de filmes de terror, está de volta na praça – e vai rolar de 19 de setembro a 02 de outubro no Cinesystem de Botafogo (Zona Sul do Rio). Dessa vez, o evento vai trazer uma seleção de mais de 50 filmes de 17 países em seis categorias: Longas Sinistros, Médias Bizarros, Docs Estranhos, Curtas Macabros, Brasil Assombrado e Pílulas de Medo.

O objetivo do festival é unir terror, cultura pop e rock, e juntar os públicos das três coisas. Entre os filmes selecionados, há produções como The history of the metal and the horror, documentário de Mike Schiff repleto de nomões do som pesado (EUA), Tales of babylon, de Pelayo de Lario (Reino Unido), The Quantum Devil, de Larry Wade Carrell (EUA). Há também Death link, dirigido por David Lipper (EUA), com um time de astros e estrelas que inclui Jessica Belkin (Pretty little liars), Riker Lynch (Glee), David Lipper (Full House) e outros.

O evento também vai ter mesas redondas com  diretores, atores e outros profissionais da indústria para o público do festival, comandadas pela criadora do Rock Horror Film Festival, Chrys Rochat (Sin Fronteras Filmes), e que vão rolar no hall do Cinesystem. Entre os convidados já estão confirmados diretores da Polônia, EUA, Canadá e Brasil. Happy hours cinéfilas, shows de rock e oficinas estão no programa também, além da exibição de um filme inédito no Brasil na abertura.

Lista completa dos filmes que participarão da edição no site do festival: www.rockhorrorfilmfestival.com

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

Marcado para este domingo (28) na Areninha Cultural Hermeto Pascoal (Lona Cultural de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro), o Parayba Rock Fest, do qual você ficou sabendo aqui, vai ter shows, DJs, exposições e várias outras atrações. E Michael Meneses, criador do selo Parayba Records e realizador da festa (que também comemora seus 50 anos de idade), vai exibir seu primeiro filme, Ver + – Uma luz chamada Marcus Vini. Michael, que é fotógrafo e professor de fotografia, iniciou o filme como trabalho de conclusão de curso de sua faculdade de Cinema.

“O que eu vou exibir no evento são os 50 minutos que já estão prontos do filme e que apareceram na apresentação do meu TCC. Ainda estou inclusive fazendo pesquisas para ele”, conta Michael, que com o filme, homenageia Marcus Vini, seu melhor amigo (“o irmão homem que eu não tive”, conta), morto por covid. Marcus era fotógrafo e, como Michael, foi professor universitário e cobriu festivais de música como o Rock In Rio.

“Marcus contraiu covid naquela época mais braba da doença, e morreu no dia em que ele deveria estar tomando a primeira dose”, lembra Michael. “Ele foi fotojornalista e curiosamente fazia aniversário no dia 19 de agosto, que é o Dia Mundial da Fotografia. E só soube disso depois que virou fotógrafo. Ele inclusive fez uma foto super importante numa enchente, que foi publicada no jornal Le Monde. A ideia do filme é focalizar o lado humanitário dele, um cara que estava sempre pensando em fazer doação de alimentos, coordenou um curso de fotografia em Madureira (Zona Norte do Rio)“. Antes do evento de Michael, o filme foi exibido também em lugares como a livraria carioca Belle Epoque.

O Pop Fantasma é um dos apoiadores do evento, ao lado de uma turma enorme. Para saber mais e comprar seu ingresso, confira o serviço abaixo.

SERVIÇO:
SHOWS COM AS BANDAS:

Netinhos de Dna Lazara, Benkens, NoSunnyDayz, New Day Rising (NDR) e Welcome To Tenda Spírita.
ALÉM DOS SHOWS:
Exibição do Documentário:
 VER+ – Uma Luz Chamada Marcus Vini – Direção: Michael Meneses
DJs: Explica e Chorão 3
Expo de fotos dos fotógrafos da Rock Press
Feira Cultural com: Disco de vinil, CDs, DVDs, roupas, livros, fanzines, artesanato, acessórios de moda rock, cultura geek e muito mais
Gastronomia Vegana: Vegazô – A Feira Vegana da Zona Oeste/RJ
DATA: 28 de julho 2024, às 14h.
LOCAL: Areninha Cultural Hermeto Pascoal – Praça 1 de Maio S/N – Bangu/RJ
INGRESSOS: antecipados aqui, na bilheteria da Areninha e na loja Requiem (Camelódromo de Campo Grande).

Foto: reprodução Instagram

 

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