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Joe Jackson: álbum e single em homenagem a época do music hall britânico

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Joe Jackson: álbum e single em homenagem a época do music hall britânico

Parece aquela história do disco Thrillington, de Paul McCartney: o compositor e cantor britânico Joe Jackson, imortalizado por causa de hits como Steppin’ out (que no Brasil virou um dos temas recorrentes do programa de TV Flash, de Amaury Jr) lança em 24 de novembro seu próximo disco, que vai se chamar Mr. Joe Jackson presents Max Champion in ‘What A racket!’ . Joe afirma que se trata de um revival “das canções do enigmático artista de music hall inglês do início do século 20, Max Champion”.

Trata-se de um sujeito que provavelmente nunca existiu – o site Stereogum conta que possivelmente Joe fez uma brincadeira com o compositor de music hall Harry Champion (1896-1942). O disco é composto por onze faixas de autorais, arranjadas por Joe e tocadas por uma orquestra de 12 integrantes. Health & safety, primeiro single, já esta disponível.

“Essas eram músicas maravilhosas em sua época, mas também são surpreendentemente modernas”, diz Jackson. “Às vezes é quase como se Max estivesse falando, da sua Londres do início do século 20, diretamente para nós no início do século 21”. Seja como for, segue aí a lista de faixas e a capa do álbum. E o single novo.

01 (Overture): Why, why why?
02 The sporting life
03 Dear old mum – A London-Irish lament
04 Monty mundy (Is Maltese)!
05 The shades of night
06 What a racket!
07 The bishop and the actress
08 Think of the show! – A Thespian’s lament
09 Never so nice in the morning
10 Health & safety
11 Worse things happen at sea

Joe Jackson: álbum e single em homenagem a época do music hall britânico

Crítica

Ouvimos: Maraudeur – “Flaschenträger”

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O sexteto alemão Maraudeur une punk artístico, no wave e pós-punk nas faixas caóticas e inventivas do álbum Flaschenträger, tudo cheio de experimentação, humor sonoro e clima surreal.

RESENHA: O sexteto alemão Maraudeur une punk artístico, no wave e pós-punk nas faixas caóticas e inventivas do álbum Flaschenträger, tudo cheio de experimentação, humor sonoro e clima surreal.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 9
Gravadora: Feel It Records
Lançamento: 14 de novembro de 2025

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“Maraudeur” é uma palavra bem antiga do idioma francês que significa algo como “ladrão errante”, o cara que viaja fazendo furtos. “Flaschenträger”, da língua alemã, significa “porta-garrafas”. Duas palavras que aparentemente nada têm a ver uma com a outra – mas aqui são respectivamente a banda (um sexteto alemão) e seu quarto álbum, que coleta músicas gravadas num porão em Genebra em 2023.

O próprio release oferece algumas chaves de leitura comparando o som com bandas como Kleenex, mas o negócio aqui está mais para um egg punk mais artístico e intencional – sem erros e glitches, porque parece que tudo aqui foi feito por gente acostumada a criar sons experimentais e com bom gosto para coisas inovadoras. As letras, que fazem brincadeiras com palavras, seguem o mesmo clima.

  • Ouvimos: Optic Sink – Lucky number

Lise Sutter (baixo, vocal principal), Charlotte Mermoud (guitarra, percussão, vocal), Isumi Grichting (guitarra, percussão, vocal), Morgane Adrien (baixo, vocal), Bob Siegrist (sintetizador) e Camille Barth (bateria) lembram Cramps + Devo + no wave em faixas como EC blah.blah. Soam como uma Gang of Four + Magazine zoado em Syncope. E soam como tudo rodando ao contrário, ou algo propositadamente bagunçado – como num loop de fita, em La Jaguar, Ah e em 58141. Nesta última, um theremin parecido com o de Radio activity, do Kraftwerk, vai sendo acrescido de sons de guitarra e clima surreal.

O Maraudeur ataca também o punk francês chique e espacial em Robot machine. Além do pós-punk menos informal de Clever sneaker e de (Legacy) – esta última começando quase tranquila, bordada pela guitarra e pelo baixo, mais com cara de canção, até que vocais gritados tomam conta.

(tem uma entrevista com a banda aqui)

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Crítica

Ouvimos: Layse – “Música mundana” (EP)

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EP da paraense Layse, Música mundana mistura tecnobrega, pop-rock e eletrônica com humor e sotaque paraense; quatro faixas curtas que soam inventivas e divertidas.

RESENHA: EP da paraense Layse, Música mundana mistura tecnobrega, pop-rock e eletrônica com humor e sotaque paraense; quatro faixas curtas que soam inventivas e divertidas.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Independente
Lançamento: 16 de outubro de 2025

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Usado bastante nos anos 1980, o termo “world music” (música do mundo, enfim) soava tão bizarro quanto o indesejável “música regional” para bandeirar artistas que não vêm dos epicentros do capitalismo fonográfico. A cantora e baterista paraense Layse meditou sobre o assunto da “música do mundo” e respondeu com o bom humor e a musicalidade de Música mundana. Um EP que dá uma cara local para a música eletrônica e para o pop-rock de rádio, em faixas como Brega da brincadeira (um tecnobrega com som de videogame e beat eletrônico simples) e Voando com o J Som (homenagem ao brega do Pará, com locuções robóticas na música, e teclados que soam como uma new wave zoeira).

  • Ouvimos: Zaynara – Amor perene
  • Ouvimos: Lambada da Serpente – Lambada da Serpente
  • Ouvimos: Gaby Amarantos – Rock doido

Em Música mundana, Layse tocou de tudo (percussões, synths, teclas, baixos e violão) e chamou convidados para dividir as faixas. O disco é curtinho, o que corta só um pouco a graça da brincadeira: são só quatro faixas e um remix de Voando com o J Som. Tem ainda Som da muleca doida, mais roqueiro, com guitarra distorcida ao lado do clima tecnobrega e do rap de Bruna BG. A sofrência de Extrago é um ska-brega que fala do dia a dia de cantautora, apresentando a guitarra de Manoel Cordeiro e a mistura sonora do duo Lambada da Serpente.

Mesmo com a curta duração, Música mundana é dessas viagens sonoras que fazem o pop parecer de novo um lugar inventivo, divertido e cheio de sotaques.

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Crítica

Ouvimos: Parque da São – “Ideograma”

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Ideograma, estreia do Parque Da São, mistura experimentalismo, folk sombrio, eletrônica e atmosferas cinematográficas inspiradas em Apichatpong.

RESENHA: Ideograma, estreia do Parque Da São, mistura experimentalismo, folk sombrio, eletrônica e atmosferas cinematográficas inspiradas em Apichatpong.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Seloki Records
Lançamento: 5 de novembro de 2025

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Talvez você nunca tenha ouvido falar do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul – filmes dele como Tropical malady, eleito pela crítica o melhor concorrente da 28ª Mostra de Cinema de São Paulo em 2004, são um pouco mais populares. Arthur Bittencourt (violão, vindo de bandas como ente e Ovo ou Bicho) e Júlio Santa Cecília (synth, programação, criador também do projeto DJ Guaraná Jesus), os dois integrantes do projeto Parque Da São, conhecem bem o trabalho dele – até se inspiraram no cinema de Apichatpong para criar sua banda, e para montar o repertório experimental da estreia Ideograma.

Dialogando musicalmente com outras referências – Negro Leo, Animal Collective – o Parque da São investe em faixas que, no fundo, são grandes imagens. Canção para Soytie, que abre o álbum, tem beat dançante, clima até bem solar – mesmo que experimental – e uma eletrônica quase clássica que vai ganhando ruídos e dá até certos sustos no ouvinte. Estados Unidos é uma canção meditativa, repleta de elementos de folk sombrio, além de ruídos externos que funcionam como uma interrupção na sensação de introspecção. Eco dos homens tem batida marcial, mas emenda com som folk e tranquilo – tem algo do lado folk do grunge e até da MPB mineira, que depois ressurge em Pira, só que de forma mais sombria.

No “lado B” de Ideograma, Água doce surge como respiro e tranquilidade, seguida pela bossa nova dream pop da faixa-título – na qual os teclados com eco dão uma ideia de paisagem. Cerimônia é um tema instrumental curto, que realmente lembra uma cerimônia, e que segundo a banda “representa o clímax da narrativa – o despertar da meditação transcendental”. No fim, Vazio tem quase seis minutos de som cerimonial e sombrio, que se torna algo bem fantasmagórico logo depois. Uma música de outros mundos e esferas.

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