Notícias
Kendrick Lamar: “Meu disco pode também ser tocado ao contrário”

Num papo com a MTV News, o rapper Kendrick Lamar afirmou que seu disco mais recente, DAMN, pode ser tocado também ao contrário (!).
“Uma semana depois do lançamento os fãs já perceberam isso. Ele funciona dessa forma como uma história completa e até ganha um ritmo melhor quando tocado ao contrário. É uma das minhas coisas favoritas dentro do álbum. É algo que definitivamente premeditamos enquanto estamos no estúdio”, contou. “Eu não acho que a história necessariamente muda. Acho que a sensação muda. A vibração inicial que você escuta do começo ao fim é… agressão e atitude. Expõe quem realmente eu sou. Agora, você escuta ao contrário e é quase a dualidade e o contraste do intrincado Kendrick Lamar. Essas duas partes são quem eu sou”.
Kendrick Lamar Tells Us Why He Loves Playing DAMN. In Reverse https://t.co/IPs9m0Fwrj pic.twitter.com/V8wEldhiM0
— MTV NEWS (@MTVNEWS) August 24, 2017
No domingo (27), por sinal, vai rolar o MTV Awards e Kendrick concorre nos prêmios Vídeo do Ano, Melhor Vídeo de Hip-Hop, Melhor Coreografia, Melhor Direção, Melhor Direção de Arte, Melhor Cinematografia e Melhor Efeito Visual. E se você ficou curioso para saber como funciona o disco dele ao contrário, tenta aí com DNA.
E Loyalty.
Lançamentos
Urgente!: Lançamentos da semana (28 de abril a 2 de maio de 2025)

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia nessa edição semanal e especial do Urgente! é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:
(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)
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ÁLBUNS:
O Car Seat Headrest (os da foto aí de cima), você já deve saber, lançou disco novo: a ópera-rock The scholars tem mais de uma hora de duração, uma música de dezoito minutos (!) e é, de longe, o disco mais audacioso lançado pela banda – aliás uma banda que já é audaciosa por natureza.
Mas teve mais: o Model/Actriz retornou com o bom Pirouette. Sabrina Teitelbaum, a popular Blondshell, solta o disco novo, If you asked for a picture – um álbum que, segundo ela, tem músicas que “mostram um instantâneo de uma pessoa ou de uma relação, e mostrar um vislumbre de uma história pode ser tão importante quanto tentar capturar tudo”. E a galera punk canadense do Pup retorna com Who will looked after the dogs?. Aliás, do mesmo país, e margeando o mesmo estilo musical, tá aí o Propagandhi com o novo At peace.
O rapper e compositor sueco Yung Lean, nomão do chamado emo rap, volta com o introspectivo Jonatan. Suzanne Vega, que estava sem gravar havia quase uma década, retornou com Flying with angels – anunciado com singles excelentes, por sinal. De rock nacional, o disco novo do Maré Tardia, Sem diversão pra mim, chegou às plataformas, revelando uma banda bem mais madura do que no primeiro álbum – e já está na nossa fila de resenhas.
SINGLES:
Pouco antes de lançar o disco novo, Blondshell ainda estava divulgando singles do disco – e saiu Event of fire. Mas teve mais: a banda carioca Moptop retornou com mais um single, Ghosts, e aproveitou para anunciar shows no Circo Voador, no Rio de Janeiro (10/7), e no Curitiba Stage Garden, na capital paranaense (18/7), além de mais uma data no Augusta Hi-Fi, em São Paulo (o grupo toca lá dia 12/7 e já agendou o dia 13).
Preparadíssimo para lançar disco novo, o Stereolab lançou o clipe-single Melodie is a wound. Zara Larsson, também com disco planejado para 2025 (mas sem mais detalhes) lança o clipe e o single de Pretty ugly, tudo com nota zero em comportamento. E quem é vivo sempre aparece: os Residents, que lançaram disco novo em fevereiro, Doctor dark, lançaram em single separado a faixa White guys with guns.
Do Brasil, tivemos o single duplo de Tim Bernardes, Prudência e Praga, do qual falamos aqui. Zé Ibarra marca sua nova fase com o single Transe, lançado pela Coala Records – depois de dividir vocais com Milton Nascimento na turnê do cantor, ele retoma sua carreira solo numa vibe quase progressiva, mostrando o quanto a experiência com Milton lhe marcou. E o sergipano Sérgio Sacra une folk e sons caipiras nacionais em seu single Fique comigo (Como se fosse a última vez). Tudo lançado nesta semana!
Lançamentos
Urgente!: Tim Bernardes no samba, Car Seat Headrest no pós-punk, Stereolab no relax

Invadindo a área do Radar (seção onde a gente anuncia singles novos, não necessariamente assim que eles são lançados), o Urgente! solta três notinhas sobre sons que chegaram hoje às plataformas, e que merecem MUITO destaque. Ouça no volume máximo, leia no volume máximo e coloque tudo em suas playlists.
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Tim Bernardes resolveu lançar um single duplo quase de surpresa (não foi totalmente de surpresa porque ele chegou a avisar em suas redes sociais e tudo). Prudência e Praga são dois sambas – o segundo em parceria com ninguém menos que Erasmo Carlos – gravados originalmente, e respectivamente, por Maria Bethânia e Alaíde Costa. Só que cada samba no seu quadrado: Prudência tem inspiração no romantismo derramado de Lupicínio Rodrigues, Praga é herdeira do sangue nos olhos de Nelson Cavaquinho.
“Prudência é essa batalha interna entre o lado passional e o lado controlador na cabeça do ex-boêmio romântico”, diz Tim. Já Praga, feita por ele e Erasmo como “uma canção venenosa de cabaré samba canção”, é porradaria na pequena área. “Quis produzir uma gravação meio samba de terror, porque se não fosse rock n roll não teria muita graça pra mim. Fui lá no Bielzinho (referência a Biel Basile, baterista do O Terno, banda na qual Tim surgiu) e gravamos esse refrão que explode com as percussões e o coro das amigas Tulipa Ruiz, Maria Beraldo e Luiza Lian”, afirma.
Ah sim: se você achou que a capa do single é parecida com as antigas imagens dos programas musicais da TV Cultura e da TV E (Rio), acertou em cheio. O clipe de Prudência reproduz direitinho a vibe dos programas dirigidos pelo saudoso Fernando Faro (MPB Especial, Ensaio) e o lay out do compactinho – que vai sair em vinil – vai pelo mesmo caminho.
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Nesta sexta (2), o mundo vai finalmente conhecer The scholars, a ópera-rock espiritualista do Car Seat Headrest. O último single do disco, The catastrophe (Good luck with that, man) saiu nesta terça (29) e é tão épico quanto os dois outros compactinhos que anunciaram o álbum (Gethsmane, de 11 minutos, e CCF, de oito).
Só que, dessa vez, a música nova: 1) é pouca coisa menor que os outros dois singles, tem apenas 5 minutos e pouco; 2) a letra fala em tom nonsense sobre o dia a dia em meio a turnês e shows; 3) a vibe da música é mais pro pós-punk do que a zoeira prog de Gethsemane, por exemplo. Há quem zoe que, com esses três singles, o Car Seat, se bobear, mostrou todo o conteúdo de The scholars ao público – afinal, com esses três lançamentos já brotaram 25 minutos do álbum (na verdade o disco tem mais seis faixas).
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Você já deve saber, mas não custa lembrar que o indie pop elegantérrimo do Stereolab está de volta na praça. O grupo francês lança no dia 23 de maio seu primeiro álbum em 15 anos, Instant holograms on metal film. O novo single do disco, Melodie is a wound, é para quem gosta de viajar sem sair do lugar: sete minutos e meio de um casamento dançante e espacial entre rock 60’s, jazz e psicodelia pop. E no dia 9 de novembro tem show deles em São Paulo, no Balaclava Fest.
Lançamentos
Radar: Cameron Winter, Suzanne Vega, Model/Actriz e outros sons novos

Outro dia perguntaram porque é que nós, do Pop Fantasma, não fazemos playlists. Olha, é uma boa ideia, viu? – e até que já fizemos algumas no passado. Mas cada textinho do Radar é uma playlist imaginária, com seis músicas novas (e volta e meia alguma canção recentemente recordada em relançamentos) que fez nossa cabeça e ocupou nossa mente e nossos ouvidos. A dessa terça tá aí. Faça você mesma/mesmo sua playlist e ouça com a gente.
Foto Cameron Winter: Reprodução Bandcamp
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CAMERON WINTER, “LSD”. O cantor da banda norte-americana Geese gosta de causar – e de bagunçar certezas. Heavy metal, seu primeiro álbum solo (2024) é uma perversão da estética do blues-rock e do country rock do começo dos anos 1970. Soa como se, em 1969, os Rolling Stones tivessem chamado Syd Barrett (ex-Pink Floyd) para assumir a guitarra deixada por Brian Jones – e não Mick Taylor. LSD, um out take do disco, sai agora, e é uma loucura melódica unindo emanações de Syd, Radiohead e Beach Boys.
SUZANNE VEGA, “ALLEY”. Não paramos de ter MUITA curiosidade em relação ao próximo álbum de Suzanne Vega, Flying with angels, que sai nesta sexta-feira (2) pelo selo Cooking Vinyl. Tudo indica que vem aí um mergulho ousado nas possibilidades do rock alternativo, dividido entre ruído e delicadeza. Alley, o novo single, é um pós-punk sombrio que faz lembrar Siouxsie & The Banshees mergulhados em trevas folk, ou um curioso encontro entre o The Damned de Black album (1980) e Rita Lee. Alguns apostaram em Mazzy Star como referência — e olha que faz sentido, hein?
MODEL/ACTRIZ, “DIVA”. O Model/Actriz está de volta: Pirouette, o próximo disco da banda de electropunk, chega nesta sexta-feira (2). Diva, novo single, nasceu de forma despreocupada — segundo o vocalista Cole Haden, bastou trocar a caneta por uma taça de vinho para tudo fluir. Inspirado em encontros casuais e romances efêmeros das turnês, a letra de Diva mistura diversão e melancolia: “Conheci um cara em Copenhague / Ele era gay, mas tinha uma namorada / Conheci um cara em Amsterdã / Fechei o bar e depois o beijei”, canta Haden. Para ele, a canção lembra aqueles momentos em que a frivolidade de uma noite dá lugar à saudade no amanhecer — quando dois estranhos percebem que talvez nunca mais se reencontrem.
A DEEPER HEAVEN, “HIGH”. Wild Nothing, DIIV, Beach Fossils e veteranos como New Order e Echo and The Bunnymen inspiram o som enevoado do A Deeper Heaven, projeto de Brighton, Inglaterra. Rock psicodélico e tranquilo, feito para soar suave até quando sobe o volume. High, faixa-título do novo EP, já entrega essa sensação de olhar direto para o sol, sem óculos escuros. Na sexta (2), às 15h, o clipe da faixa estreia no YouTube.
CASSETTES ON TAPE, “NIGHT DRIVE”. Sem lançar álbuns novos há quase uma década, o Cassettes On Tape, de Chicago, ainda guarda um fascínio indie college dos anos 1980-90. Night drive, seu novo single, é grave, distorcido, sombrio, e remete ao Movement do New Order. Baixo, guitarra e vocais em clima de tensão até a explosão do refrão, com riff de sintetizador e parede de guitarras. No Instagram, rede social a qual nem se dedicam muito (231 seguidores apenas!), limitaram-se a dizer: “há novas faixas a caminho” — e deixaram o mistério no ar.
JAMES, “TOMORROW”. Veteranos de Manchester, o James prepara para novembro o filme-disco Live at the Acropolis, gravado em Atenas em julho de 2023. Um passeio pelos hits mágicos dessa banda que, no Brasil, já foi chamada nas rádios de “os novos Smiths” (ironicamente, surgiram antes). Um desses clássicos é Tomorrow, do álbum Whiplash (1997), cujo clipe chegou a passar na MTV Brasil e agora retorna remasterizado ao YouTube da banda. Vale ver de novo — como se fosse lançamento.
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