Notícias
Google anuncia GOODFest, festival transmitido na web

O Google acaba de anunciar seu próprio festival de música, com exibição (claro) em streaming. O nome do evento é GoodFest e ele vai acontecer em cinco cidades diferentes nos Estados Unidos – o começo é em 29 de novembro, em Nova York. Prossegue em Nova Orleans em 9 de dezembro e 12 de dezembro em Seattle. Datas em San Francisco e Los Angeles serão anunciadas assim que possível. A notícia é do New Musical Express.
O Google afirma que o festival é “uma celebração do progresso, da positividade, e do poder das peessoas em colocar o mundo para seguir adiante. Em cinco shows transmitidos ao vivo pela internet, estaremos trazendo música, comunidade tecnologia para angariar fundos e conectar as pessoas em nome do bem”.
Em Nova York, a banda principal são os Glass Animals. O Gogol Bordello é o headliner de Nova Orleans e o rapper D.R.A.M. é o de Seatlle. Para Nova York, confirmam-se também nomes como Preservation Hall Jazz Band, Madame Gandhi e Shilpa Ray. Já em Nova Orleans, Nick Zinner, guitarrista do Yeah Yeah Yeahs, irá criar uma orquestração especial para o coletivo local Music Box Village.
Confira abaixo o trailer do evento. Mais informações no site oficial do evento.

Lançamentos
Urgente!: City Mall em single, Beth Gibbons ao vivo, Ligia Kamada em clipe, MPB e rock nacional em vinil e CD

Comentada aqui no Pop Fantasma algumas vezes, a banda paulista City Mall — especializada nos sons que ecoam por consultórios e elevadores (um city pop relaxado, mas com imaginação de sobra) — acaba de somar à sua discografia o single City tour. A faixa junta synth pop e jazz, e transforma a paisagem urbana do centro de São Paulo em trilha sonora. Para marcar o momento, a banda lançou também uma live session com a nova música.
O som novo do City Mall inaugura a quinta edição do projeto Patterns, parceria do selo Sound Department com a Cavaca Records, o Museu do Sintetizador e o Estúdio Trampolim. A ideia do projeto é ousada nesses tempos de algoritmos: foco em artistas que expandem os limites da linguagem musical e mergulham fundo nas experimentações (Foto City Msll: Yasmin Kalaf/Divulgação).
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Você se apaixonou por Lives outgrown, disco sublime que Beth Gibbons lançou no ano passado (e que a gente resenhou por aqui)? Então corre: Beth foi a convidada da vez no Tiny Desk Concerts, e levou sete músicos para apertarem-se entre prateleiras e mesas no estúdio da série. Entre estantes, fios, mesas e papéis, o repertório solo da cantora do Portishead chega a ranger. É daqueles vídeos que não dá pra deixar passar.
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“Sentir mas sem sofrer do corte / olhar pra dor e até sorrir com a sorte”, canta Lígia Kamada em Sacode, uma das faixas mais marcantes do álbum Kamadas, gravada com participação de Jhayam. A música acaba de ganhar um clipe em preto e branco, dirigido por Gui Midões, com cenas urbanas e tomadas na Serra da Mantiqueira. Para conferir o repertório de Kamadas ao vivo: no dia 23 de maio, Lígia sobe ao palco do Sesc São José dos Campos.
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Jornalista especializado em rock e histórias em quadrinhos, Heitor Pitombo tem muitas histórias para contar — e uma das mais curiosas é a de ter sido o primeiro jornalista a entrevistar Paul McCartney no Brasil, durante a coletiva de 1990 (foi o primeiro a abrir os trabalhos com uma pergunta). “Mas alguns anos antes disso, comecei a trilhar uma trajetória muito ligada à música, que me levou a tocar com diversos grupos e formações dos mais variados estilos, e a compor centenas de canções”, diz ele, que agora se prepara para lançar o CD (sim, CD) O tempo não é nada, com participações de Guto Goffi, Torcuato Mariano, Beto Saroldi, Andrea Ernest Dias e Luiz Lopez.
O álbum chega às plataformas em versão digital, mas também vai ganhar edição física — um crowdfunding (confira aqui) está no ar para bancar o lançamento em CD, com encarte e letras. A gente aqui no Pop Fantasma já apoiou, e recomendamos que você faça o mesmo. Mas atenção: o financiamento vai só até esta terça (13), às 23h59.
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Dois discos que nasceram digitais agora ganham vida em vinil. A banda paraibana Papangu anuncia o lançamento físico de Holoceno (2021) — o primeiro disco deles — em LP vermelho marmorizado 180g, além de CD digipack e fita cassete. A pré-venda já está rolando no site da Taioba Music.
Já Tudo é minha culpa, álbum que funciona como autobiografia musical da pernambucana Joyce Alane, também vai sair em vinil, CD e cassete — no LP, há luxos como capa holográfica 3D e encarte de 12 páginas com fotos e letras. Em parceria com o selo cearense Wakati Produções, o disco já está em pré-venda. Os envios começam em setembro.
Lançamentos
Radar: Vitória Faria, Day Limns, Heal Mura, Quarto Quarto e outros sons

Sons lançados agorinha e muita variedade (a ponto de irmos da dance music hipnotizante ao forró, passando pelas guitarras pesadas) é a receita do Radar de hoje, aqui no Pop Fantasma. Ponha tudo na sua playlist! (foto Vitória Faria: Flora Negri/Divulgação).
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VITÓRIA FARIA feat ASSUCENA ASSUCENA, “DOIS CENTÍMETROS”. Canção com vibe de forró e clima de blues, tudo misturado, Dois centímetros é o terceiro single da acordeonista e cantora Vitória Faria. A letra fala de uma época delicada na vida da cantora, quando estava apaixonada por uma pessoa em transição de gênero, mas o relacionamento estava chegando ao fim. “Essa música é a fotografia do nosso último encontro”, ela diz. “Acho louco pensar que o meu chão estava desabando, eu não sabia onde colocar todo aquele amor mas não sabia também, que exatamente naquele momento, ela estava num processo interno e pessoal de transição”, conta ela, que trouxe Assucena Assucena, com quem tocou na banda As Baías, para participar da faixa. Uma música que parece sussurrada no ouvido da gente. E Vacas exaustas, álbum de Vitória Faria, sai neste mês.
DAY LIMNS, “DEUS É HUMANO”. “Eles estão vivendo o Armageddon / colocando deus contra todos / de onde eu vi, para onde eu vou / deus é humano.” É assim, sem rodeios, que Day Limns abre o recém-lançado A beleza do caos, seu novo EP. A faixa de abertura, Deus é humano, já dá o tom: uma mistura intensa de nu-metal, trap, rap e variedade hyperpop — na mesma linha ousada de discos recentes de Charli XCX. A canção faz uma leitura nada ortodoxa do sagrado: aqui, o divino caminha pelas ruas, respira o mesmo ar poluído das cidades, sente as dores do agora. Deus, afinal, é humano. O título do EP também vem como uma faísca filosófica. “Se o caos veio antes da luz, então é em nós que ela nasce”, diz Day.
HEAL MURA feat RENATO COHEN, “TANTRUM (RENATO COHEN REMIX)”. Sob o nome Heal Mura, o tecladista Murilo Faria (da Aldo The Band) vem lapidando um universo eletrônico que flutua entre o experimental e a healing music. Seu disco The limited repetition of pleasure (já resenhado por aqui) mostrou isso com clareza e sutileza. Agora, ele volta com uma nova leitura de Tantrum, remixada por ninguém menos que Renato Cohen – lenda das pistas e, nas palavras do próprio Murilo, um verdadeiro herói pessoal. Cohen levou a faixa original para outro plano: intensificou o pulso dançante da música e empurrou a experiência para um transe completo. O resultado é uma viagem que começa introspectiva e termina no meio da pista, de olhos fechados e corpo entregue.
QUARTO QUARTO, “ME FAZ MAL”. Formado em São Paulo em plena pandemia, o Quarto Quarto pratica um emocore urgente, nervoso e cheio de sensibilidade, que fala das incertezas do agora — como em Me faz mal, seu novo single. Há momentos em que a quebradeira rítmica se aproxima do pós-hardcore, mas sempre com espaço para respiro e afeto. Com dois EPs lançados (Prédio cinza, tempo bom, de 2022, e Sorte, de 2024), a banda prepara Revés, que sai em breve. Ele e Sorte, juntos, formam um álbum inteiro — feito em partes, como se necessário viver cada lado da história antes de contá-la por completo.
MARCOS LAMY feat LUCAS LÓ, “MULECAGEM”. “É um single importante, que carrega influência de grandes nomes da música nordestina, como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, e transporta todo mundo para as festas juninas que se aproximam”, conta o maranhense Marcos Lamy sobre Mulecagem. Um forró que se inicia com uma parte instrumental duradoura (quase um minuto de solos de sanfona, no mais puro virtuosismo nordestino), e que está programado para o repertório de Braço de mar, álbum que vai sair ainda esse mês. A letra é pura zoeira, avisando que a sala tá cheia, ainda tem gente chegando – mas pisando devagarzinho, dá para se divertir. Novidade, mas com o pé na tradição.
GUANDU feat MARINA MOLE, “MAIS UM DIA”. O novo single da banda paulistana Guandu, que volta a colaborar com a artista experimental Marina Mole, mergulha num lo-fi melancólico, com aquela textura de gravação caseira feita nos anos 1990. E não é só charme estético: Mais um dia foi mesmo registrada em fita, num gravador Tascam de quatro canais, como se fosse uma demo perdida no tempo. O clipe acompanha esse espírito: passeia pela paisagem urbana de São Paulo com olhos que parecem ver tudo pela primeira — ou talvez pela última — vez. A canção antecipa o álbum de estreia do Guandu, previsto para junho, com doze faixas. Se seguir esse clima, vem coisa bonita por aí.
UNDO, “PORCOS NÃO OLHAM PRO CÉU”. “Fomos pegos de assalto / acordados com tapas na cara / dinossauros apontam suas Taurus / nos escombros do Museu Nacional”. O novo single do supergrupo de André Frateschi (voz), Rafael Mimi (guitarras), Johnny Monster (guitarras), Dudinha (baixo) e Rafael Garga (bateria) é direto e vai na veia do autoritarismo, da desigualdade e da intolerância – coisas que o Brasil viu de perto várias vezes. O som é um pós-punk que faz lembrar os anos 1980, graças aos synths e programações, mas sempre com os dois pés na modernidade de bandas como Idles e Arctic Monkeys. Barulho com propósito, feito por quem não quer apenas passar pela história, mas sacudi-la um pouco antes de seguir em frente.
ATOR CARIOCA, “A DOR É A GRAÇA”. Com nome descontraído e fotos de divulgação que mostram os integrantes em cenários luminosos, o Ator Carioca se dedica mesmo é à angústia sonora – com toques de pós-punk, math rock, MPB anos 1970 e outros estilos. Nada a esconder, novo disco da banda maranhense, já está entre nós, e último single a anunciá-lo foi A dor é a graça, som que tem até toques de flamenco nos solo de violão. Para quem ainda não escutou o álbum, Hugo Rangel (guitarra) e Orlando Ezon (vocal) avisam que se trata de um som acústico, experimental e introspectivo.
Lançamentos
Urgente!: Lançamentos da semana (5 a 9 de maio de 2025)

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia nessa edição semanal e especial do Urgente! é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:
(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)
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ÁLBUNS E EPs:
Hoje, dia 9 de maio, saiu o volume 2 da série de remixes do álbum Come ahead, o mais recente do Primal Scream. Dessa vez, convidados como os Pet Shop Boys, Terry Farley e o Black Science transformam as faixas do disco em dubs – aquele filhote do reggae e da música ambient que, quando bem realizado, tem graves de doer o peito. O novo do Counting Crows também já está no mundo e tem nome de sobremesa roqueira: se chama Butter miracle, the complete sweets!, assim como os novos de Peter Murphy (Sweet shade), Behemoth (The shit ov god) e do The Kooks (Never/know).
Kali Uchis, depois de duas edições de Orquídeas (a versão normal e a deluxe, com mais uns agrados), mandou para o mundo o novo Sincerely, (isso mesmo, com a vírgula colada no título). O Sleep Token voltou com Even in Arcadia. E Mark Pritchard, em dobradinha com Thom Yorke (ele mesmo, o do Radiohead), lançou nas plataformas o áudio de seu projeto audiovisual Tall tales. Ah, e claro que você já deu uma espiada em Pink elephant, o novo do Arcade Fire.
Por aqui, os Selvagens À Procura de Lei estão de volta com as 12 faixas de Y. Nesta semana também teve Maravilhosamente bem, disco novo da Julia Mestre (foto), que veio com reforço visual: um curta no YouTube, meio cinema indie setentista/oitentista, que acompanha o clima do som. O Terraplana lançou a live session Terraplana on Audiotree Live. Alaíde Costa reverenciou Dalva de Oliveira em Uma estrela para Dalva, Sergio Britto (sim, ele, dos Titãs) soltou seu solo Mango dragon fruit, e Alcione chegou animada com Alcione, seu primeiro álbum de inéditas em cinco anos.
SINGLES:
Garbage e Miley Cyrus, que têm discos no forno, resolveram aquecer os motores com dois lançamentos de impacto: Get out my face AKA Bad Kitty (Garbage) e More to lose (Miley). Fiona Apple, em movimento raro e precioso, rompeu o silêncio com Pretrial (Let her go home) — uma daquelas faixas que fazem a gente lembrar por que sente falta dela. Sophie Ellis-Bextor reaparece com Taste, e já avisa: vem aí o álbum Perimenopop, previsto para o dia 12 de setembro. Já o U.S. Girls solta o single Bookends e crava data para Scratch it, disco novo: 20 de junho.
Kali Uchis apresenta oficialmente Sincerely, o novo álbum, com o clipe elegante de All I can say. Soccer Mommy, por sua vez, aposta na delicadeza: Evergreen, seu último disco, ganha uma versão stripped (despida, despojada, mais crua), prevista para 6 de junho — será um EP, com algumas faixas a menos. A novidade chegou junto com o single She is (Stripped). E de Portugal vem o Mirror People, projeto eletrônico-jazzístico-experimental que solta o single Million questions e já avisa que o álbum Desert island broadcast aporta em 26 de setembro.
No Brasil, o retorno mais simbólico da semana vem do Molejo: é Coração molengo, primeiro lançamento sem o saudoso Anderson Leonardo — a música é de Pedrinho da Flor, Gilson Bernini e Xande de Pilares. A metálica e cromada Caosmaria, direto de Taubaté (SP), lança Pé de cabra, que fala de uma pessoa atraente que se transforma, literalmente, no cão chupando manga — com direito a clipe gravado na Zona Rural de Tremembé. E como já cantamos a bola aqui no Pop Fantasma, Dom Salvador voltou à cena com o single esperançoso Não podemos o amor parar. Mais: nessa semana a banda Atalhos se une a Franco Ocampo, do projeto paraguaio El Culto Casero, e solta o single-clipe Delirios en Paraguay.
Foto Julia Mestre: Gabriel Galvani/Diculgação
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