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InnSaei.TV: plataforma especializada em festivais de cinema

Lançada em 2020, numa época em que ninguém tinha certeza do que aconteceria com o mercado cinematográfico, a plataforma InnSaei.TV vem se destacando como uma opção para transmissão de festivais de cinema. Eventos como Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo – Kinoforum, Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema e o DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos já foram transmitidos por ela, entre os mais de 35 festivais que já puderam ser vistos por ela.
A InnSaei.TV também dá espaço para filmes individuais e para outros projetos, como o programa semanal Conversa de música, no qual o jornalista Sérgio Martins conversa com profissionais da música ligados ao cinema e a produtos audiovisuais. O POP FANTASMA bateu um papo com a CEO da empresa, Bia Ambrogi, que atua há mais de 20 anos em produção e pós-produção audiovisual, sobre a história da InnSaeiTV e os projetos para o ano que vem, num mercado que já vinha mudando bastante nos últimos anos e foi forçado a fazer mais mudanças por causa da pandemia).
Como surgiu a InnSaei.TV e como foi apostar numa plataforma em meio a todas as incertezas do mercado, já que mesmo com o crescimento dos projetos para ambiente online, ninguém sabia o que aconteceria?
Sou formada em publicidade, mas sempre trabalhei com pós-produção. Foram dez anos com imagem, fazendo supervisão de pós-produção de longas e dez anos com som. Tenho uma produtora de som que também leva o nome de InnSaei também e, Como presto serviço para os produtores e realizadores de audiovisual, sempre acompanhei a angústia na negociação por mais tempo em exibição em cinema, licenciamento para as TVs, Streamings. Eram muitos filmes ótimos guardados em HDs por não terem nenhuma oferta razoável de exibição.
Vi também que muitas produções com a temática LGBTQIA+ e sobre a cultura negra estavam apenas como webséries sem alcançar os streamings e as TVs. Fiz essa leitura em 2017 e, de lá pra cá, percebemos um avanço da diversidade nos grandes players, mas ainda há muito espaço a ser conquistado. Constatei a existência de um público gigantesco e uma grande quantidade de produção represada. Faltava um streaming que dialogasse com nosso mercado e foi assim que surgiu a InnSaei.TV, como projeto no papel.
A partir disso e após muitas conversas, busca por parceiros e investidores, em 2020 lançamos a InnSaeiTV. Portanto, é um projeto pré-pandêmico, e pré mudança de Governo, acompanhada por todo o desmonte da cultura. Mesmo com a crise e a pandemia, não deixamos de acreditar no potencial da cultura, da arte e do entretenimento. Eles sempre existirão, pois fazem parte do ser humano como ser pensante. Quando são tão imanentes assim, a crise é como um estilingue: pode trazer pra trás, mas uma hora cede e então o voo é muito maior.
No começo da pandemia, chegaram a falar em isolamento de 15 dias. Como estava o horizonte de vocês? Transmitir festivais de cinema já era uma ideia inicial de vocês? A plataforma já foi criada especificamente para essa função?
Estávamos com o projeto de transmissão de festivais com lançamento previsto para o segundo semestre. Ficamos preocupados com a recessão, ao mesmo tempo, sabíamos que as pessoas em casa tenderiam a consumir mais streamings. Um ponto curioso foi que, quando desenhei a InnSaei.TV, delineei canais com curadoria própria como o Canal Black, Canal LGBTQIA+, Canal Regional, Canal das Manas e também o Canal de Festivais. A ideia era ser um espelho da programação dos cinemas disponível no streaming, com a transmissão das cerimônias de abertura e encerramento presenciais.
A verdade é que muitos desacreditaram da ideia dizendo que ninguém trocaria a experiência física dos festivais para assistir em casa, pelo computador, celular ou TV. Concordo que a experiência presencial é incrível e sempre acreditei que também haveria audiência para os festivais de cinema assistidos em casa. Eu amo a experiência de ir a festivais, porém consigo ir àqueles fora de São Paulo no máximo duas vezes por ano e temos mais dias no ano do que festivais de cinema no Brasil! Sempre quis acompanhar os outros festivais mesmo à distância. Por isso apostei na versão online pelo seu alcance geográfico, de inclusão socioeconômica e de mobilidade. Acabei não abandonando a ideia, mas ficou só um botãozinho aguardando sua vez de ser ativado.
Quando veio a pandemia, os festivais correram para fazer a versão online e já estávamos prontos para recebê-los com toda a experiência reproduzida na web, como voto popular, controle de visualizações para obras que ainda não foram lançadas comercialmente, controle anti-pirataria, geoblocking, entre outras tecnologias. Assim, a InnSaei.TV se tornou a Casa dos Festivais.
Em um ano foram 30 festivais. Vamos fechar 2021 com mais de 40 festivais de cinema brasileiros transmitidos e com alcance mundial.
Ao final, a curadoria dos outros canais tiveram que esperar e começamos a lançar nossos conteúdos e canais próprios após um ano de atividades. Um deles é o programa Conversa de Música, focado em entrevistas sobre músicas e trilhas de cinema, conduzido por Sérgio Martins, crítico e jornalista musical com grande experiência de mercado.
Também lançamos em outubro o Canal das Manas, inaugurado com um projeto de peso: Mulheres que Iluminam o Mundo. Fizemos o lançamento do filme Mulheres Iluminando o Mundo, acompanhado de debates e pílulas sobre o tema. O projeto é da Umiharu Produções, com apoio da ONU Mulheres e Rede Brasil do Pacto Global da ONU, além de apoio cultural da InnSaei.TV.
Como foi o 2021 de vocês? O segundo ano da pandemia serviu para trazer que tipo de problemas e desafios?
Em 2020 ainda tinham aportes de 2019, com essa avaliação, acredito que 2021 foi um ano mais difícil para os festivais, quando a crise teve maior impacto. Nós diminuímos os custos ao máximo para abarcarmos a maior quantidade de festivais para que não pulassem suas edições. Também conseguimos re-investir e apoiar alguns festivais menores que ficaram sem recursos em 2021. No segundo semestre de 2021, começamos a desenhar os festivais híbridos. O primeiro foi a première do Festival do Rio.
Com a vacinação e o retorno gradual das atividades externas, todos os realizadores estão muito felizes em voltar aos poucos com suas versões presenciais. Ao mesmo tempo, não abandonarão mais o streaming porque viram o alcance que tiveram e que terão uma plataforma para ampliar público e democratizar o acesso. Festivais que tinham mil pessoas no público, alcançaram 10 mil espectadores. Isso permitiu uma troca de experiência riquíssima entre os produtores, realizadores e público.
Além da transmissão de festivais, a InnSaei.TV ainda exibe o Conversa de Música, com Sergio Martins. Outros programas estão em vista? Como tem sido investir numa grade própria, além de filmes?
No primeiro ano da InnSaeiTV focando nos festivais de cinema devido à pandemia. Agora, a ideia é lançar os outros canais que já estavam planejados. O Conversa de Música foi o primeiro, mas estamos com outros. O Canal das Manas foi lançado recentemente com o projeto Mulheres que Iluminam o Mundo em parceria com Umiharu Produções, ONU Mulheres e Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Na sequência, queremos colocar no ar o Canal de Curtas. Será um catálogo por assinatura no qual uma grande porcentagem do lucro será revertida para os produtores e outra parte em editais e fomento a novos projetos. Também realizaremos debates e conversas com os produtores, diretores, atores e roteiristas, promovendo seus conteúdos.
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Como vão os planos da plataforma para 2022 e o que vocês já podem revelar?
Vamos continuar sendo o local que abraça e acolhe os Festivais de Cinema. Vamos manter o calendário de festivais e acredito que todos estarão totalmente híbridos, com suas versões presenciais reestabelecidas. O programa Conversa de Música terá novidades em sua versão 2022, essa ainda não posso contar – mas podem esperar coisas boas!
Lançaremos nosso catálogo de longas que trará uma curadoria incrível com clássicos que estavam escondidos, guardados a sete chaves em um HD. Durante o ano, lançaremos o canal LGBTQIA +, Black, Regional, todos os canais com representantes importantes de cada segmento.
Lançamentos
Radar: Ain’t, Girlband!, Cuasi Maleable, Real Farmer, Love Ghost, Georgian, Victoria Staff

Temos novidades nesse feriado: o Radar internacional do Pop Fantasma não descansa, e enquanto você dá um tempo na loucura do dia a dia (fazemos votos de que você tenha conseguido fazer isso) tem sons de bandas como Ain’t, Georgian, Girlband! e muito mais. Ouça no volume máximo.
Texto: Ricardo Schott – Foto Ain’t: Divulgação
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AIN’T, “JUDE”. Banda do Sul de Londres, o Ain’t já havia lançado Pirouette em maio, e vem agora com Jude. O grupo flerta simultaneamente com o pós-punk e o grunge (ou seja: se você é fã de Pixies e Smashing Pumpkins, vai curtir), e faz lembrar os anos 1990, alternando tensão e suavidade.
Hanna Baker Darch, vocalista de voz poderosa, lembra que George Ellerby, o guitarrista do grupo, fez o riff principal e deu o nome à canção, “o que me lembrou de um pub chamado Jude the Obscure, onde fui com um amigo da universidade”. A letra tem versos como “seu sádico desgraçado / num amor pastoral / talvez você devesse ser / não tão obscuro”.
GEORGIAN, “LEARNING TO FORGET”. O tema do novo single do Georgian é aprender a lidar com o que sobra de um relacionamento que chegou ao fim – as tristezas, lembranças, coisas do tipo, além de todo o processo de superação que alguém tem que passar depois de tudo.
“Mesmo que você não queira as memórias e pequenas lembranças daquela pessoa, elas ainda acontecem”, conta Georgia McKiernan, que lidera a banda. O som é rock sombrio e mágico, com referências tanto de pós-punk quanto do folk. Já o clipe da faixa mostra a vida passando por Georgia, enquanto a tristeza da cantora do Georgian rola sem limites. Todo o vídeo foi rodado em Manchester, terra da banda.
GIRLBAND!, “HOT LOVE” / “TALK ME DOWN”. Ainda sem álbuns lançados (por enquanto…) o excelente trio britânico Girlband! gosta de surpreender – e de fuçar nas nostalgias dos anos 1980 e 1990, mas com tino pop próprio de 2025. Duas pérolas do trio formado por Georgie, Jada and Kay já estão nas plataformas. A mais recente é uma ótima versão de Hot love, do T. Rex, A anterior é Talk me down, single autoral, bastante pessoal e profundo, abordando saúde mental. “É de fato uma situação da vida real que aconteceu comigo e eu não consegui escrever sobre isso até anos depois”, conta Georgie. A melodia e o arranjo invadem a pequena área da new wave oitentista, com beleza e agilidade.
CUASI MALEABLE, “AGRIA PLEGARIA”. “Uma canção escura e etérea, com sintetizadores espaçosos, guitarras e uma letra que se move entre o desejo, o desgaste e a repetição”, diz o Cuasi Maleable, projeto-de-um-homem-só vindo da Argentina, sobre Agria plegaria. Uma canção que vai em câmera lenta e em tom quase espacial. E que em meio a vocais graves, e a toques de canção gótica, pergunta “você poderia me amar mais?”. As referências vão de Portishead ao argentino Gustavo Cerati, e a música “não é para agradar, é para conectar”.
REAL FARMER, “HARD TIMES”. Esses pós-punks holandeses aceleram o passo no EP RF II, e Hard times talvez seja o maior soco desse novo pacote: uma faixa urgente, raivosa e barulhenta na medida certa, com dois minutos de mensagem direta para quem já perdeu a fé no mundo (ou nunca teve). A batida torta parece saía de um porão suado em Rotterdam, e o clima é de caos controlado — punk afiado, ríspido, sem descuidar da forma. A banda segue a linha do disco anterior, Compare what’s there, mas agora com ainda mais ironia e sangue nos olhos.
LOVE GHOST feat SKINNER BROTHERS, “SCRAPBOOK”. Colaboração entre o LG e os Skinner Brothers, essa faixa leva o som do projeto liderado pelo músico Finnegan Bell para uma onda completamente emo – conectando, como diz o texto de lançamento, “as diferentes histórias e eventos da vida dos últimos anos – decepções e recomeços, vitórias e derrotas”. O Love Ghost já havia aparecido outras vezes aqui, mas dessa vez soa como sempre deveria ter soado.
VICTORIA STAFF, “I STILL THINK YOU MIGHT”. “Aprendi na universidade que, desde 1960, dois terços das músicas populares são sobre amor romântico, e 75% delas são tristes. Esta foi a única vez que usei meu diploma em neurociência desde que o obtive”, conta Victoria Staff, uma cantora de Toronto, Canadá, que acaba de lançar o single I still think you might. Uma canção simpática, meio folk, meio indie-pop, mas melancólica, que fala sobre um amor que acabou, e mesmo assim se recusa a desaparecer por completo. “É sobre como os relacionamentos são difíceis”, diz.
Notícias
Urgente!: As novas de Bar Italia, The Dirty Nil, Wednesday e The Hives – e Rockarioca

RESUMO: Bar italia lança Cowbella, com clipe doidão e turnê. The Dirty Nil ironiza a indústria no single Rock and roll band. Wednesday anuncia álbum Bleeds com single de tema sombrio. The Hives lança clipe em clima de HQ. Quinta (18) tem Rockarioca com Micah e Cidade Partida na Lapa.
Texto: Ricardo Schott – Foto Bar Italia: Bandcamp
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Depois de um tempo no silêncio, o Bar italia ressurge com Cowbella – música nova, clipe insano e anúncio de turnê pela Europa e América do Norte entre outubro e novembro. A faixa é a primeira desde o EP The tw*ts (2024) e traz o trio Nina Cristante, Jezmi Tarik Fehmi e Sam Fenton revezando nos vocais sobre uma base que soa como um encontro esquisito entre a agilidade do The Cars, o experimentalismo do Television e emanações do grunge.
O clipe da faixa, igualmente recém-lançado, parece uma doideira coletiva filmada de perto, com vários figurantes. Tudo isso enquanto a banda segue testando caminhos ao vivo…
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“Alguém mais está ficando rico / menos você”, avisa o The Dirty Nil em seu novo single, o pop-punk-grunge Rock and roll band – mais uma música que anuncia o álbum The lash, que sai dia 25 de julho. A letra da canção é bem irônica e serve como um aviso para novos músicos – ainda mais nesses tempos de plataformas digitais embolsando grana. Mas o vocalista Luke Bentham diz que mesmo com as perdas do dia a dia, ter feito essa canção lhe trouxe muitas alegrias.
“Não me lembro qual aspecto específico da indústria me irritou naquele dia, mas eu estava tão empolgado. Toquei a música inteira em 30 minutos e me senti melhor na hora”, conta. Apesar de estar saindo só agora, foi a primeira faixa composta para o álbum.
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A banda norte-americana de indie rock Wednesday anuncia o disco novo, Bleeds, para 19 de setembro, pela Dead Oceans. O disco, produzido por Alex Farrar (Indigo De Souza) em seu estúdio Drop of Sun (Asheville), traz na formação do grupo o quinteto Karly Hartzman (voz), Xandy Chelmis (lap steel, pedal steel), Alan Miller (bateria), Ethan Baechtold (baixo, piano) e Jake Lenderman (guitarra) – embora este último não esteja mais saindo em turnê com a banda.
No novo single, Wound up here (by holdin on), a banda embarca num indie rock denso e ruidoso, com guitarras afiadas e medidas. O título da faixa veio de um livro de poesias de um amigo de Karly – já a letra nasceu de um relato pesado de outro amigo, “que teve que tirar um corpo de um riacho na Virgínia Ocidental. Alguém se afogou, mas levou dias pra emergir por causa da correnteza”, diz ela. A faixa já tem clipe, dirigido por Joriel Cura.
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Tem disco novo dos Hives, The Hives Forever Forever The Hives, vindo aí – sai dia 29 de agosto via Play It Again Sam. E a banda decidiu abordar um tema bem louco em sua nova música, Paint a picture, que já ganhou até clipe em estilo HQ dirigido por Filip Nilsson e Henry Moore Selder. “É uma música sobre tentar convencer os outros, e a si mesmo, de que viver fora da sociedade é uma boa ideia. Esta faixa já era favorita dos fãs há tempos, entre os poucos sortudos que a ouviram nos shows”, comentou o grupo.
Paint a picture é um baita peso punk, aliás – os fãs já devem estar adorando. Em 2023, resenhamos o disco mais recente deles, The death of Randy Fitzsimmons.
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O amigo Pedro Serra, do coletivo Rockarioca, avisa que nessa quinta (19) vai rolar a 22ª edição do evento Rockarioca Convida, no La Esquina (Av Mem de Sá, 61, Lapa – Rio de Janeiro). E dessa vez, a Zona Oeste carioca vai estar no centro do palco: a cantora Micah, de Sepetiba, abre a noite comemorando sete anos de carreira e unindo MPB, psicodelia e rock setentista. Logo depois, vem o octeto Cidade Partida, de Campo Grande, com um som que mistura rock, cultura afro-brasileira e crítica social.
Micah toca às 20h30 e a Cidade às 21h30. A casa abre às 19h30 e depois dos dois shows, tem festa. Ingressos entre R$ 20 e R$ 40. E se você não conhece o som deles, a gente te ajuda.
Lançamentos
Radar: Memórias de Ontem, Applegate, 43duo, Almério, Pedro Bienemann, Dani Vallejo, Black Pantera

Antes do feriadão, tá aí uma lista para você fazer sua próxima playlist e conhecer o que uma turma nova anda fazendo – começando com o pós-punk do Memórias de Ontem, passando pelo som novo e hipnótico do Applegate, pela psicodelia do 43duo… Ponha no som do carro para os amigos ouvirem.
Texto: Ricardo Schott – Foto Memórias de Ontem: Divulgação.
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MEMÓRIAS DE ONTEM, “QUASE LÁ”. Essa banda mineira é rock triste feito em família – ou melhor, em famílias. O vocalista e guitarrista Gabriel Campos é irmão gêmeo da cantora e compositora Clara Bicho, que recentemente lançou o EP Cores da TV (resenhado pela gente aqui). No Memórias de Ontem, ele tem a companhia das irmãs gêmeas Camila Nolasco (baixo) e Alice Eskinazi (bateria).
O Memórias de Ontem que prepara um álbum de estreia para este ano, lançou recentemente o clipe da faixa Quase lá, uma canção que tem muito do indie rock britânico dos anos 1980 – mas que aponta levemente para estilos como grunge e metal em algumas passagens. Já a letra fala sobre aquela vibe de tentativa-e-erro que faz parte da idade adulta (“a gente ate tentou, mas / hoje não vai dar / enquanto eu não parar / a gente chega quase lá”, diz a letra).
APPLEGATE feat MARIA CLARA, “DESTEMPERADA”. A vibe da nova música da banda paulistana é um pouco diferente. O Applegate já tangenciou estilos como post rock em gravações anteriores, mas dessa vez tem uma onda bem trip hop no som do grupo – que pela primeira vez fez um feat, com a cantora Maria Clara Melchioretto, autora da letra de Destemperada.
A faixa nova do Applegate com Maria Clara surge a partir do projeto Atalhos Sonoros, uma iniciativa da Tratore que estabelece vínculos entre artistas de seu catálogo, artistas locais em ascensão e as Fábricas de Cultura do estado de São Paulo. A gravação de Destemperada rolou entre 20 e 22 de agosto de 2024 no estúdio da Fábrica de Cultura de Diadema (SP).
43DUO, “SAL E SINA”. Com clima marcial herdado do pós-punk, guitarra de surf music e um toque de ritmos brasileiros nos vocais e arranjos, Sal e sina é uma das faixas de Sã verdade, disco do 43duo, que já está nas plataformas. Composta como um indie rock psicodélico de código aberto, a faixa cresce em camadas, com efeitos e variações rítmicas que ecoam shows onde a música já era destaque antes mesmo de ser gravada. A letra, por sua vez, reflete aquela eterna busca humana pelo inalcançável – um assunto que todo mundo vive diariamente, e que foi colocado em forma de música e psicodelia por Luana Santana (bateria, teclados e voz) e Hugo Ubaldo (guitarra e voz), os dois do 43duo.
ALMÉRIO, “TUDO QUE É MAIS LINDO”. É MPB, com delicadeza e romantismo, mas tem emanações de Wild horses, clássico setentista dos Rolling Stones, marcado pelo clima de blues estradeiro, e por violões ligados ao country. Tudo que é mais lindo, faixa nova de Almério, tem cordas arranjadas pelo maestro Isaias Alexandre, convidado para unir “delicadeza e impacto, leveza e emoção”, conta Almério.
E de fato, o arranjo de orquestra ajudou a gerar uma canção de tirar o fôlego. “Cantar a simplicidade do amor é algo que me emociona, dizer que no meio desse caos, dessas cidades imensamente desordenadas, tem alguém pensando em você com carinho”, completa Almério.
PEDRO BIENEMANN, “NÃO TE FALTA NADA”. “É uma canção que brinca com a MPB clássica, o pop, o rock e a psicodelia, gêneros que eu exploro bastante neste novo trabalho”, diz Pedro, explicando ele próprio o som de seu novo single, Não te falta nada. E nós completamos: se você é fã de Luiz Melodia, Gal Costa, Sergio Sampaio… pode ouvir no volume máximo.
Trabalhando na junção de blues, rock, música brasileira e arranque existencial, Pedro faz a trilha sonora desses tempos de algoritmos, estímulos em excesso e positividade tóxica. O cantor e compositor, integrante do duo 131 (Lumanzin, parceira de dupla, faz os arranjos de cordas) lança em breve o álbum Ondas de choque e calor.
DANI VALLEJO, “ACABOU O CARISMA”. Sabe aquele momento em que a gente percebe que uma relação não vale o esforço que a gente deposita nela? Acontece com namoros, casamentos, amizades, e até com empregos. E é disso que fala a nova faixa de Dani Vallejo, que traz emanações de funk, rock e até da onda hyperpop.
“Muitas vezes me vi me doando e sendo tudo que a pessoa queria que eu fosse, só para mantê-la por perto, aceitando obrigações e exigências apenas para agradar. Um sentimento de que se eu não fizesse iria perder aquela pessoa, que eu considerava muito”, conta Dani. “Mas se te exige e te obriga, deixa ir. Na maioria das vezes é livramento”.
BLACK PANTERA, “UNFUCK THIS”. Em meio a shows internacionais, o Black Pantera, sempre com uma surpresa na manga para os fãs, solta Unfuck this, novo single com peso e urgência. A faixa, em inglês, cai dentro da onda punk + hardcore (que já é um som conhecido do grupo) e bate de frente com o apagamento das raízes negras do rock. É grito, denúncia e resistência em forma de riff. A música chega com cara de hino de turnê — e de recado direto ao mundo.
Detalhe: o grupo toca hoje (hoje!) e amanhã na França – a primeira noite no Leoff, “esquenta” gratuito do Hellfest, e a última no próprio Hellfest. Depois, fazem as malas e partem pro Rock Al Parque, em Bogotá, na Colômbia, onde tocam no sábado (21). “Para nós é um sonho estar nesses festivais, um passo muito importante para a banda. Fizemos um contato com eles oito anos atrás, quando estivemos na França pela primeira vez, e agora vamos tocar no mesmo dia do Korn, uma das nossas grandes referências”, comenta o baixista e vocalista Chaene da Gama.
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