4 discos
4 discos: Joy Division e seus “the best of”
O material não-lançado pelo Joy Division em LP dá (como aliás deu) um número considerável de coletâneas. Ainda que o grupo tenha só dois LPs para contar história (Unknown pleasures, de 1979, e Closer, de 1980). Mesmo que não seja um número maluco de coletâneas como acontece com o Who – que tem um monte de “the best ofs” com poucas diferenças entre um álbum e outro – quem quiser se abastecer de discos com faixas de singles, ou melhores sucessos do grupo, não fica sem opções. Pode achar por aí discos unindo músicas do JD e de sua continuação post-mortem, o New Order. Ou sets variados com gravações da BBC, faixas ao vivo, compactos e músicas mais conhecidas dos dois álbuns.
Comemorando os 46 não-redondos anos de Unknown pleasures (lançado em 15 de junho de 1979), tá aí uma lista condensadíssima – só quatro discos – de coletâneas que em algum momento valeram a pena para futuros fãs do grupo.
“WARSAW” (1981, RZM). Apesar do título, esse disco não traz só as sessões do grupo com seu primeiro nome. Dependendo da edição, tem as demos do Warsaw que depois foram lançadas já como Joy Division no EP An ideal for living (1978), as gravações feitas no período breve em que o Joy Division quase foi contratado pela RCA (igualmente em 1978) e o lado B As you said. As primeiras edições traziam as ondas de rádio da capa de Unknown pleasures ocupando quase toda a arte. Em Portugal, o disco chegou a ser lançado semioficialmente pelo selo Movieplay.
“SUBSTANCE (1978-1980) (1988, Factory). O correspondente do Substance do New Order levava para vinil e CD oficiais faixas obscuras de singles do grupo, incluindo material do pirata Warsaw. Além de faixas mais conhecidas lançadas em compacto, como Dead souls, Atmosphere e Love will tear us apart. O principal era que o disco mostrava, de maneira cronológica, o Joy partindo do punk para a quase neo-psicodelia, indicando que a banda talvez se tornasse uma ótima concorrente de grupos como Echo and The Bunnymen, Teardrop Explodes e Cocteau Twins caso o vocalista Ian Curtis não tivesse morrido (falamos desse disco aqui).
- Temos episódios sobre New Order e Joy Division em nosso podcast.
- Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
“PERMANENT” (1995, London). Lançada quando o antigo selo Factory já havia declarado falência e seu material estava nas mãos da London Records, essa coletânea teve grande valor quando lançada. Pelo menos por aproveitar o então recente retorno do New Order com o disco Republic (1993) e o hit Regret, e o começo da revalorização do rock inglês via Oasis, Blur, Elastica, Suede e vários outros nomes. Love will tear us apart aparecia em duas versões: a versão gravada no Pennine Studios, mais rara, lançada até então apenas no lado B do single original (e depois resgatada para uma versão expandida de Substance), e um novo mix.
“HEART AND SOUL” (1997, London). Para fãs extremamente roxos do JD, essa caixa quádrupla tem praticamente todo o material de estúdio que havia surgido do grupo até então. Nos dois primeiros CDs, Unknown pleasures e Closer surgem expandidos com material de compactos e coletâneas. O terceiro CD traz faixas de compactos, demos e sessões de rádio – incluindo as demos de Ceremony e In a lonely place, gravadas um mês antes da morte de Ian Curtis (essas músicas seriam depois gravadas pelo New Order). O quarto CD tem só material gravado ao vivo.
4 discos
4 discos: Sergio Mendes
Maior responsável pela divulgação da música brasileira fora do Brasil, o músico Sérgio Mendes (1941-2024) morreu sem realizar um sonho, do qual já me falou em duas entrevistas diferentes, uma para a antiga Bizz e uma para o jornal O Dia: fazer um show de graça na Praia de Icaraí, em Niterói, sua cidade natal. Nunca rolou, que eu saiba – capaz de muita gente sequer desconfiar que personalidades como ele e Ronnie Von nasceram na cidade. Nem mesmo com a renovação de seu sucesso após os anos 1990 (e mais ainda nos 2000, quando o disco Timeless, de 2006, virou sucesso).
Mais: apesar de ter sido zoado pelos Mutantes na música Cantor de mambo, e de ter ouvido críticas negativas no Brasil (que o acusavam de diluir a fórmula da música brasileira no pop, de maneira caricatural), Sergio me disse também que nunca ligou para isso. “Sempre tive um relacionamento muito bom com a crítica, e eu nem toco mambo!”, contou, rindo (por acaso, ele também não era exatamente um cantor – as vozes principais de suas músicas ficavam com cantoras como Lani Hall, Karen Phillips, Bibi Vogel e Gracinha Leporace, essa última sua esposa).
Resumir a carreira de Sérgio a quatro discos… bom, já vamos avisando que é impossível. O que fizemos aqui foi pegar um disco de cada fase da vida dele – e isso no caso de um artista que teve um monte de fases. Pode começar por esses quatro e depois vá pegando aos poucos nas plataformas digitais tudo que aparecer pela frente. E até breve, Sergio!
- Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
“VOCÊ AINDA NÃO OUVIU NADA” – SÉRGIO MENDES E BOSSA RIO (Philips, 1963). O segundo disco de Sergio foi também o último álbum da primeira fase de sua carreira, já que no ano seguinte, ele já estaria migrando para os Estados Unidos. Mais até do que na estreia Dance moderno (1961), o álbum em que ele liderava o baterista Edison Machado, o baixista Tião Neto, os trombonistas Raul de Souza e Edson Maciel e os saxofonistas Aurino Ferreira e Hector Costita estava mais para a bossa furiosa, instrumental e misturada com jazz do Beco das Garrafas.
Armando Pittigliani produziu o disco e Tom Jobim, além de escrever o texto da contracapa, comparece com cinco faixas. O maestro Moacir Santos arranja e compõe Coisa nº5 – aquela mesma que depois, em parceria com Mario Telles, viraria Nanã. Sergio Mendes comparece como autor com apenas duas faixas, Nôa… Nôa… e Primitivo. Curto (29 minutos), direto e essencial.
“EQUINOX” – SÉRGIO MENDES E BRASIL 66 (A&M, 1967). Talvez nem seja o melhor disco da fase do Brasil 66 – surgida após Sergio se fixar nos Estados Unidos, gravar discos pela Atlantic que não tiveram muito sucesso, e atender ao chamado de Jerry Moss e Herb Alpert para migrar para o seu selo A&M. Herb Alpert presents: Sergio Mendes e Brasil 66 (1966) era o disco do hit Mas que nada, sucesso de Jorge Ben que se tornou uma das músicas mais conhecidas em todo o mundo com letra em português.
Equinox é menos exuberante, mas vale ouro: Chove chuva (Jorge Ben) vira Constant rain, Arrastão (Edu Lobo) vira For me, Bim bom (João Gilberto) continua com o mesmo nome, mas ganha letra em inglês – e Gente (Marcos Valle e Paulo Sergio Valle) e Triste (Tom Jobim) surgem em português mesmo. E ainda tem a capa, o mais próximo que Sergio e seu grupo chegaram de um visual meio beatle e psicodélico, graças à foto “de cima” no estilo Byrds-The Who, ao logotipo, e à moda na estica dos sixties.
“SERGIO MENDES E BRASIL 88” (Elektra, 1978). Um ano depois desse disco, Sergio viria ao Brasil fazer um especial de TV na Globo, e seria caso único de artista a ter uma música na trilha sonora nacional e na internacional de uma novela (a problemática Os gigantes). O álbum de 1978 fez sucesso e levou músicas como Travessia (Milton Nascimento), Tiro cruzado (Joyce e Nelson Angelo) e Águas de março (Tom Jobim) para o idioma de pop gringo de FM. A dupla Ralph Dino e John Sembello, que escreveu músicas para Turtles e Lovin Spoonful, surge com One more lie e Midnight lovers.
“TIMELESS” (Concord, 2006). Sergio Mendes nunca sumiu do mercado pop, e mesmo nos anos 1980 e 1990, no Brasil, ele fez sucesso. Até por causa de Lua soberana, música de Ivan Lins e Victor Martins que ele gravou no disco Brasileiro (1992), e que virou tema da novela Renascer (em 1993 e no remake de 2024, desta vez na abertura).
Mesmo assim, Timeless era outro papo: nessa época, virou cool e bacana gostar de Sergio e nenhum crítico metido a besta iria atrapalhar isso – mesmo porque o álbum recebeu resenhas excelentes. Will.I.am produziu o disco, soltou a voz em várias faixas, e os Black Eyed Peas, banda dele, compareceram na versão de Mas que nada, de Jorge Ben, que levou a canção de volta às paradas . A lista de participantes é bizarra: Erykah Badu, Stevie Wonder, Q-Tip, Guinga, Marcelo D2, Jill Scott etc.
4 discos
4 discos: Foo Fighters (no século 21)
A proximidade do ano 2000, pode acreditar, causou medo em muita gente por causa de assuntos como o bug do milênio. Também deixou muita gente da música mais assustada do que o normal – enfim, o que viria depois da pirataria de CDs? E como fazer pra ganhar grana num “espaço livre” como o da internet liberada pra todo mundo? E (bom, isso é um problema de sempre) como lidar com o fato de que seu público estava crescendo, estava ficando mais preocupado em pagar as contas do que com a compra de discos, e havia uma turma nova chegando para conquistar fãs mais novos?
Seja lá o que tenha acontecido a Dave Grohl no começo dos anos 2000, mil questões e problemas surgiam não apenas na mente dele como também no caminho dos Foo Fighters (a banda dele, você deve saber) naquela época. Depois de três discos de sucesso, não apenas o quarto disco também deveria ser um sucesso, como a banda de uma hora para a outra teve que trocar de gravadora (da Capitol para a RCA, por causa da saída do presidente Gary Gersh).
O Foo Fighters, na prática, não havia começado como uma banda – era o projeto do ex-baterista do Nirvana que virou banda. O grupo vivia dilemas típicos de banda-com-líder-carismático – entra e sai de gente, uma ou outra disputa interna, tédio. E esteve bem próximo do fim no começo do novo século. O que talvez, na prática, indicasse apenas a troca de alguns integrantes e um hiato para descanso do nome. Mas a banda, como você sabe, tá aí até hoje – e esses aí são apenas quatro discos que vêm marcando o século 21 dos Foo Fighters.
“ONE BY ONE” (Roswell/RCA, 2002). Taylor Hawkins, baterista dos Foo Fighters morto ano passado, era indiscutivelmente um grande amigo de Dave Grohl e um pilar do grupo. Na época do quarto álbum da banda, o clima andava tão ruim que os dois brigavam o tempo todo, Taylor reclamava que aquilo “não era uma banda”, integrantes ameaçavam sair e uma versão inicial do quarto disco foi descartada assim que FF e gravadora viram que não havia nada de tão brilhante assim ali. Grohl deu um tempo no estresse para se juntar aos Queens Of The Stone Age na época da gravação do disco Songs for the deaf (2002). Por causa disso, o baixista Nate Mendel confidenciou a ele que teve medo que Grohl largasse o grupo e não voltasse mais.
Após um tempo de indecisão, novas gravações e pelo menos uma participação de peso (Brian May, do Queen, toca guitarra em Tired of you, única faixa restante das sessões originais) deram uma mudada no cenário. One by one, o quarto disco, saiu finalmente em 22 de outubro e revelou o hit All my life. Tinha Low, definida por Grohl como “o tipo de música que todo mundo reza para ser um single, mas não dá porque é estranha demais” (mas teve até clipe, proibido pela MTV). E Times like these, o relato das incertezas na banda. Um disco de sucesso, bem mais sombrio e berrado que o comum do grupo. Mas para muita gente foi o começo da fase mais formulaica dos FF.
“IN YOUR HONOR” (Roswell/RCA, 2005). Os críticos já não embarcavam na onda dos Foo Fighters tinha um bom tempo. Dave Grohl não parecia ter muito a provar para ninguém. Que tal um disco duplo, cheio de letras confessionais, com um dos CDs indo na onda acústica? E que tal se o CD acústico incluísse uma bossa nova grunge com Norah Jones nos vocais (Virginia moon)? A “parte elétrica” de In your honor, por sua vez, mantinha o foco nas emoções fortes, e era puxada por uma canção que abria com o verso “eu tenho outra confissão a fazer” (Best of you) e parecia falar de amor. Não para Grohl, que chegou a machucar seriamente a garganta durante as gravações dos vocais da faixa, e encarava a canção como “uma música sobre a luta diante da adversidade”.
Mesmo tendo bons momentos, In your honor ampliou a temporada de má vontade dos críticos com os Foo Fighters – a longa duração e o roteiro meio incerto do disco ajudaram nisso. A divulgação ampliou os limites do grupo, com o FF sendo headliner nos festivais de Reading e Leeds, e subindo no palco ao lado de convidados como Brian May, Roger Taylor (Queen) e Lemmy Kilmister (Motörhead).
“WASTING LIGHT” (Roswell/RCA, 2011). O sétimo disco dos Foo Fighters foi feito pela banda como um retorno não apenas aos primeiros anos do grupo, como a métodos de gravação antigos. A banda ensaiou bastante antes de gravar para reduzir erros, usou apenas equipamentos analógicos e até o produtor Butch Vig (aquele, de Nevermind, do Nirvana, no qual Grohl tocou) precisou voltar no tempo, cortando fita com gilete, e desesperando-se porque não havia computadores no estúdio. O disco marca o retorno definitivo de Pat Smear à guitarra solo – ele havia saído em 1997 por estar de saco cheio dos estresses dentro do grupo, embarcou em trabalhos como produtor e foi voltando devagar.
Sim, dá para perceber a diferença: fincado em riffs e palhetadas, Wasting light é mais prazeroso de ouvir do que One by one (por exemplo), sem aquele design sonoro que se assemelha a várias crianças brincando (e berrando) no playground. Em músicas como These days, Dear Rosemary (essa com Bob Mould cantando e tocando guitarra) e Arlandria, dá para perceber mais o lado “canção” do que em discos imediatamente anteriores. Tinha até o ex-colega de Nirvana Chris Novoselic em I should have known. Já White limo lembra a berraria de Weenie beenie, do primeiro álbum epônimo do grupo. Mas, enfim, não é o FF de antigamente porque a banda já era um quinteto e Grohl nem chegou perto da bateria.
“MEDIUM RARE” (Roswell/RCA, 2011). Poucos dias após o lançamento de Wasting light, saía – com distribuição exclusiva em vinil para o Record Store Day – o disco de covers dos Foo Fighters. Uma das raras novidades era a versão de Bad reputation, do Thin Lizzy. O restante já havia saído em coletâneas e B-sides, como a versão de Band on the run (Wings) e a de Darling Nikki (Prince), as melhores e mais instigantes do álbum. O disco é “meio raro” mas tá longe de ser um item barato: cópias pode chegar a uns 800, 900 reais no Discogs.
4 discos
4 discos: Tina Turner (1974-1979)
Tina Turner não estreou solo com Private dancer, álbum de 1984, que já era o quinto disco dela. Quando ela ainda se apresentava com o ex-marido Ike Turner já havia um começo de carreira solo, sempre ofuscada pelo sucesso da dupla. E ofuscada mais ainda pela violência física e psicológica de Ike – um assunto que causava muita tristeza em Tina, morta nesta quarta (24).
Sozinha, Tina conseguiu projeção em 1975 como a Acid Queen do filme Tommy (a ópera-rock do Who levada para as telonas, dirigida por Ken Russell), o que não foi suficiente para atrair atenção para os discos que ela lançava na época. Após o divórcio em 1976, ela foi tentando se reerguer cantando em lugares pequenos, abrindo shows, fazendo outras aparições cinematográficas, mas a coisa só engrenou de verdade nos anos 1980, que é a fase que todo mundo encontra hoje nas plataformas digitais. Os primeiros álbuns, que perfazem um período bastante variado musicalmente, estão fora dos aplicativos de música e pelo menos um deles jamais saiu em CD. Relembre (ou conheça) essa fase abaixo…
“TINA TURNS THE COUNTRY ON” (United Artists, 1974). Apesar de produzido por um cara chamado Tom Thacker, o primeiro álbum solo de Tina foi uma ideia de Ike Turner, e acabou sendo gravado em seu estúdio, Bolic Sound. Ao que consta, Ike estava motivado pelo recente sucesso das Pointer Sisters com uma gravação country, Fairytale, que rendeu um Grammy para elas.
Mais do que não ter conseguido sucesso, a (ótima) estreia de Tina é um álbum desconhecido para muita gente: não rendeu singles, tinha apenas uma canção inédita (Bayou song, de P.J. Morse) e o repertório é composto por músicas de Bob Dylan (He belongs to me, Tonight I’ll be staying here with you), Dolly Parton (There’ll always be music), James Taylor (Don’t talk now) e Kris Kristofferson (Help me make it through the night) e outros. Foi lançado numa época em que a dupla vendia pouco e Ike, além de todo mal que já causava a esposa, estava viciadíssimo em cocaína. Nunca saiu em CD (mas saiu em vinil no Brasil na época).
“ACID QUEEN” (United Artists, 1975). O segundo disco de Tina foi o disco “de rock” dela nos anos 1970. Era uma mescla poderosa de soul, rock e disco, inspirada pela aparição dela no filme Tommy. E foi justamente uma ideia da United Artists para aproveitar o sucesso do filme, com a concordância parcial de Ike, que impôs um lado B com quatro músicas de autoria dele, incluindo um single da dupla, Baby get it on. O lado A, por sua vez, tinha Tina cantando Rolling Stones (Under my thumb, Let’s spend the night together), The Who (Acid queen, I can see for miles) e Led Zeppelin (Whole lotta love).
O disco chegou ao posto 155 da Billboard, aumentou o interesse pela carreira de Tina (e reduziu mais ainda o interesse em qualquer coisa que Ike fizesse) e pôs mais ainda a cantora no corredor do rock. Em meio à divulgação do álbum, Tina tentava de tudo quanto era jeito separar-se de Ike, e as separações sempre ganhavam caráter de fuga – mas ele sempre a localizava e era cada vez mais violento com ela.
“ROUGH” (United Artists, 1978). Depois do divórcio – que envolveu mais uma fuga de Tina, a ajuda de parentes e amigos e até empregos fora da música – a cantora cortou o cabelo, mudou o guarda-roupa e lançou o terceiro disco. O primeiro, aliás, em que ela trabalhava sem nenhuma supervisão do ex-marido: Bob Monaco, um ex-A&R do selo ABC/Dunhill, cuidou da produção e a própria Tina selecionou material.
Rough era basicamente um disco de pop adulto unindo rock e disco music – na mistura, entravam músicas de Elton John (The bitch is back), Allen Toussaint (Viva la money), Bob Seger (Fire down below), Gary Jackson (Root, toot undisputable rock’n’roller). Tinha ainda a feminista A woman in a man’s world (Hal David e Archie Jordan), dos versos “tenho um sonho próprio/eu carrego meu próprio peso/mas ainda assim eles tentam me derrubar”.
“LOVE EXPLOSION” (United Artists, 1979). A quarta tentativa de Tina não animou muitos consumidores, não chegou sequer a ser editada nos Estados Unidos e representou o fim do contrato dela com a United Artists. Love explosion tinha bastante a ver com seu tempo: era um álbum basicamente de soul e disco music, produzida por um sujeito ligado em batidas dançantes (Alec R. Costandinos, ligado à Casablanca Records, produtor de eurodisco).
No álbum, Love explosion e Music keeps me dancing eram disco tracks bacanas, mas talvez soassem pouco originais numa época em que esse tipo de som dava sinais de esgotamento. Havia duas baladas já gravadas anteriormente por outras cantoras, I see home (por Patti Labelle) e Just a little lovin’ (por Dusty Springfield e Barbra Streisand). Enquanto Tina corria atrás, o desacreditado Ike vendia sobras de estúdio da dupla para gravadoras, e liberava o lançamento de coletâneas, para arrumar grana. Ike jamais voltaria ao mercado, Tina virou (como é público e notório) uma popstar de linha de frente.
-
Cultura Pop4 anos ago
Lendas urbanas históricas 8: Setealém
-
Cultura Pop4 anos ago
Lendas urbanas históricas 2: Teletubbies
-
Notícias7 anos ago
Saiba como foi a Feira da Foda, em Portugal
-
Cinema7 anos ago
Will Reeve: o filho de Christopher Reeve é o super-herói de muita gente
-
Videos7 anos ago
Um médico tá ensinando como rejuvenescer dez anos
-
Cultura Pop8 anos ago
Barra pesada: treze fatos sobre Sid Vicious
-
Cultura Pop6 anos ago
Aquela vez em que Wagner Montes sofreu um acidente de triciclo e ganhou homenagem
-
Cultura Pop7 anos ago
Fórum da Ele Ela: afinal aquilo era verdade ou mentira?