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Cultura Pop

A série Millennium (lembra?) voltou com CDs de Kraftwerk e Sigur Rós

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A série Millennium (lembra?) voltou com CDs de Kraftwerk e Sigur Rós

Na finaleira dos anos 1990, quando a PolyGram do Brasil passou a se chamar Universal Music, as lojas (especialmente as de departamentos, que ainda tinham uma enormidade de CDs para vender) foram invadidas por uma baciada de coletâneas da gravadora. Como era final do século 20, a tal série de coletâneas se chamava Millennium. Ou 20 músicas do século XX. Foi um dos últimos suspiros da era do CD, já que naquela mesma época geral já estava copiando discos em CD-Rs – e fazendo mixtapes que dispensavam a compra de coletâneas. E pouco depois disso, o lance já era baixar MP3.

Millennium tinha discos de quase todo mundo que interessava do catálogo da antiga PolyGram: Banda Eva, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes, Cássia Eller, Capital Inicial, Milton Nascimento, Zeca Pagodinho etc. Vale dizer que a série serviu até para disponibilizar fonogramas que estavam fora de catálogo há muito tempo, já que saiu até um CDzinho com a obra de Erlon Chaves. Hoje, se você quiser escutar Eu também quero mocotó e Cosa nostra, só ir ao YouTube. Na época, só no CD da Millennium. Ou pagando uma grana preta nos sebos.

Não foi a última série que a Universal lançou, já que, com o século virado, saiu outra série chamada Novo millennium. Além de uma outra (de CDs duplos) chamada Sem limite, com praticamente todo mundo que já tinha CD lançado pelas duas séries. Todas ficaram em catálogo ao mesmo tempo, durante um período grande o suficiente pra todo mundo comprar todos os CDs e ficar com uma porrada de músicas repetidas em casa – conheço gente que fez isso.

https://www.youtube.com/watch?v=vD4zlMy9xJ4

Agora o que importa mesmo é que tem uma turma aí com tanta saudade da série Millennium que decidiu imortalizar os CDs em playlists bacanas no Spotify. É a Geração Millennium, que promete “20 músicas, ou não, do século XX”. E cria disquinhos fictícios para uma turma que nunca teve CDs lançados no Millennium. E ainda tem critérios bem definidos.

A série Millennium (lembra?) voltou com CDs de Kraftwerk e Sigur Rós

“Capinha com o fantasminha do artista”: Se você não lembra, todas as capas da série Millennium vinham com uma foto fantasmagórica do artista em questão – como aquelas imagens em preto e branco que colocam em lápides. O padrão foi mantido na série da rapaziada, que inclui volumes de…

Rolou até um especial de Natal, com músicas de Bob Dylan, Ramones, Daniel Johnston e outros.

O Phoenix, que tá vindo ao Brasil daqui a pouco, ganhou a sua.

De que adianta Neil Young liberar seu catálogo na web e ter um porrilhão de discos se ele não tinha esse?

A Millennium deu um presente ao Arcade Fire: o primeiro disco em que aparece foto deles na capa.

O indie rock nervoso não ficou de fora.

Isso SIM é que é geração Millennium. Ou millennial.

Direto da congelante Islândia para as luzes frias da Americanas mais próxima da sua casa.

Por esse disco ninguém esperava: Daniel Johnston ganhou o seu.

Até o Metá Metá ganhou a sua. Juçara Marçal, vocalista desse grupo, foi nos comentários agradecer a preferência.

Tem gente que pensa que o negócio é sério?

Tem.

A série Millennium (lembra?) voltou com CDs de Kraftwerk e Sigur Rós

Eu não acharia estranho ver uma Millennium do Velvet Underground. Já saíram inclusive coletâneas nacionais do grupo – cujo primeiro disco lançado aqui foi um greatest hits, inclusive. Mas a verdade é que nunca saiu. A turma da Geração Millennium resolveu isso.

E tá aí o disquinho que ilustra a foto da página.

Você acha todos os volumes aqui. Nos posts aí de cima, é só clicar que você acha cada link no Spotify para ouvir.

Aliás, fica aí a sugestão para a galera da Geração Millennium, dada pelo André Luiz Fiori Teixeira, da loja paulistana Velvet CDs.

A série Millennium (lembra?) voltou com CDs de Kraftwerk e Sigur Rós

Cultura Pop

No nosso podcast, Alanis Morissette da pré-história a “Jagged little pill”

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No nosso podcast, Alanis Morissette da pré-história a "Jagged little pill"

Você pensava que o Pop Fantasma Documento, nosso podcast, não ia mais voltar? Olha ele aqui de novo, por três edições especiais no fim de 2025 – e ano que vem estamos de volta de vez. No segundo e penúltimo episódio desse ano, o papo é um dos maiores sucessos dos anos 1990. Sucesso, aliás, é pouco: há uns 30 anos, pra onde quer que você fosse, jamais escaparia de Alanis Morissette e do seu extremamente popular terceiro disco, Jagged little pill (1995).

Peraí, “terceiro” disco? Sim, porque Jagged era só o segundo ato da carreira de Alanis Morissette. E ainda havia uma pré-história dela, em seu país de origem, o Canadá – em que ela fazia um som beeeem diferente do que a consagrou. Bora conferir essa história?

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch (foto: Capa de Jagged little pill). Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.

Ouça a gente preferencialmente no Castbox. Mas estamos também no Mixcloud, no Deezer e no Spotify.

Mais Pop Fantasma Documento aqui.

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Cultura Pop

No nosso podcast, Radiohead do começo até “OK computer”

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Radiohead no nosso podcast, o Pop Fantasma Documento

Você pensava que o Pop Fantasma Documento, nosso podcast, não ia mais voltar? Olha ele aqui de novo, por três edições especiais no fim de 2025 – e ano que vem estamos de volta de vez. Para abrir essa pequena série, escolhemos falar de uma banda que definiu muita coisa nos anos 1990 – aliás, pra uma turma enorme, uma banda que definiu tudo na década. Enfim, de técnicas de gravação a relacionamento com o mercado, nada foi o mesmo depois que o Radiohead apareceu.

E hoje a gente recorda tudo que andava rolando pelo caminho de Thom Yorke, Jonny Greenwood, Colin Greenwood, Ed O’Brien e Phil Selway, do comecinho do Radiohead até a era do definidor terceiro disco do quinteto, OK computer (1997).

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch (foto: reprodução internet). Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.

Ouça a gente preferencialmente no Castbox. Mas estamos também no Mixcloud, no Deezer e no Spotify.

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4 discos

4 discos: Ace Frehley

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Dizem por aí que muita gente só vai recordar de Gene Simmons e Paul Stanley, os chefões do Kiss, quando o assunto for negócios e empreendedorismo no rock – ao contrário das recordações musicais trazidas pelo nome de Ace Frehley, primeiro guitarrista do grupo, morto no dia 16 de outubro, aos 74 anos.

Maldade com os criadores de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, claro – mas quando Frehley deixou o grupo em 1982, muita coisa morreu no quarteto mascarado. Paul Daniel Frehley, nome verdadeiro do cara, podia não ser o melhor guitarrista do mundo – mas conseguia ser um dos campeões no mesmo jogo de nomes como Bill Nelson (Be Bop De Luxe), Brian May (Queen) e Mick Ronson (David Bowie). Ou seja: guitarra agressiva e melódica, solos mágicos e sonoridade quase voadora, tão própria do rock pesado quanto da era do glam rock.

Ace não foi apenas o melhor guitarrista da história do Kiss: levando em conta que o grupo de Gene e Paul sempre foi uma empresa muito bem sucedida, o “spaceman” (figura pela qual se tornou conhecido no grupo) sempre foi um funcionário bastante útil, que lutou para se sentir prestigiado em seu trabalho, e que abandonou a banda quando viu suas funções sendo cada vez mais congeladas lá dentro. Deixou pra trás um contrato milionário e levou adiante uma carreira ligada ao hard rock e a uma “onda metaleira” voltada para o começo do heavy metal, com peso obedecendo à melodia, e não o contrário.

Como fazia tempo que não rolava um 4 Discos aqui no Pop Fantasma, agora vai rolar: se for começar por quatro álbuns de Ace, comece por esses quatro.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução

“KISS: ACE FREHLEY” (Casablanca, 1978). Brigas dentro do Kiss fizeram com que Gene, Paul, Ace e o baterista Peter Criss lançassem discos solo padronizados em 1978 – adaptando uma ideia que o trio folk Peter, Paul and Mary havia tido em 1971, quando saíram álbuns solo dos três cujas capas e logotipos faziam referência ao grupo. Ace lembra de ter ouvido uma oferta disfarçada de provocação numa reunião do Kiss, quando ficou definido que cada integrante lançaria um disco solo: “Eles disseram: ‘Ah, Ace, a propósito, se precisar de ajuda com o seu disco, não hesite em nos ligar ‘. No fundo, eu dizia: ‘Não preciso da ajuda deles’”, contou.

Além de dizer um “que se foda” para os patrões, Ace conseguiu fazer o melhor disco da série – um total encontro entre hard rock e glam rock, destacando a mágica de sua guitarra em ótimas faixas autorais como Ozone e What’s on your mind? (essa, uma espécie de versão punk do som do próprio Kiss) além do instrumental Fractured mirror. Foi também o único disco dos quatro a estourar um hit: a regravação de New York Groove, composta por Russ Ballard e gravada originalmente em 1971 pela banda glam britânica Hello. Acompanhando Frehley, entre outros, o futuro batera da banda do programa de David Letterman, Anton Fig, que se tornaria seu parceiro também em…

“FREHLEY’S COMET” (Atlantic/Megaforce, 1987). Seguindo a onda de bandas-com-dono-guitarrista (como Richie Blackmore’s Rainbow e Yngwie Malmsteen’s Rising Force), lá vinha Frehley com seu próprio projeto, co-produzido por ele, pelo lendário técnico de som Eddie Kramer (Jimi Hendrix, Beatles, Led Zeppelin) e Jon Zazula (saudoso fundador da Megaforce). Frehley vinha acompanhado por Fig (bateria), John Regan (baixo, backing vocal) e Tod Howarth (guitarras, backing vocal e voz solo em três faixas).

O resultado se localizou entre o metal, o hard rock e o rock das antigas: Frehley escreveu músicas com o experiente Chip Taylor (Rock soldiers), com o ex-colega de Kiss Eric Carr (Breakout) e com John Regan (o instrumental Fractured too). Howarth contribuiu com Something moved (uma das faixas cantadas pelo guitarrista). Russ Ballard, autor de New York groove, reaparece com Into the night, gravada originalmente pelo autor em 1984 em um disco solo. Típico disco pesado dos anos 1980 feito para escutar no volume máximo.

“TROUBLE WALKING” (Atlantic/Megaforce, 1989). Na prática, Trouble walking foi o segundo disco solo de Ace, já que os dois anteriores saíram com a nomenclatura Frehley’s Comet. A formação era quase a mesma do primeiro álbum da banda de Frehley – a diferença era a presença de Richie Scarlet na guitarra. O som era bem mais repleto de recordações sonoras ligadas ao Kiss do que os álbuns do Comet, em músicas como Shot full of rock, 2 young 2 die e a faixa-título – além da versão de Do ya, do The Move. Peter Criss, baterista da primeira formação do Kiss, participava fazendo backing vocals. Três integrantes do então iniciante Skid Row (Sebastian Bach, Dave Sabo, Rachel Bolan), também.

“10.000 VOLTS” (MNRK, 2024). Acabou sendo o último álbum da vida de Frehley: 10.000 volts trouxe o ex-guitarrista do Kiss atuando até como “diretor criativo” e designer da capa. Ace compôs e produziu tudo ao lado de Steve Brown (Trixter), tocou guitarra em todas as faixas – ao lado de músicos como David Julian e o próprio Brown – e convocou o velho brother Anton Fig para tocar bateria em três faixas. A tradicional faixa instrumental do final era a bela Stratosphere, e o spaceman posou ao lado de extraterrestres no clipe da ótima Walkin’ on the moon. Discão.

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