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Felipe Ruschel fala sobre novo single, apresentando feat com Marcelo Gross

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Felipe Ruschel é um roqueiro gaúcho, cujo primeiro álbum, Nem eu sei, saiu em 2012, numa época em que lançar material novo em CD era padrão. A estreia de Felipe apareceu recentemente nas plataformas digitais, ao mesmo tempo em que ele se prepara para lançar o segundo álbum, Do avesso, dez anos após o primeiro.

O novo álbum tem participação de nomões do rock gaúcho: Luciano Albo (ex-Cascavelletes) produz e ajuda nas guitarras e no baixo. Fábio Ly (ex-TNT e Bandaliera) está na bateria e Murilo Moura toca piano. E ninguém menos que Marcelo Gross (Cachorro Grande) solta a voz em Hei magro, primeiro single do álbum, já disponível – a música é definida por Ruschel como “uma brincadeira, que fala muito sobre todos nós”. E Felipe falou com a gente sobre o single e o disco que está vindo.

Me fala um pouco do que está vindo por aí no disco novo? As músicas foram feitas pós-pandemia ou tem muito material mais antigo?

Cara, muito material antigo. Acho que um compositor tá sempre compondo, certo? Então sempre tive muitas músicas guardadas. Na hora de entrar em estúdio apresento o material ao produtor e decidimos por gravar um time de canções que funcionem bem juntas. Em 2016 estávamos na pré-produção do segundo álbum quando surgiu a oportunidade de ir ao Rio. Fui, e acabei priorizando as divulgas do primeiro disco. Acabei ficando lá por pouco mais de dois anos. Em 2021 retomamos o projeto.

Essas mudanças que a gente teve no mundo ultimamente influenciaram as músicas novas? Como vc lidou com isso compondo?

Cara, acho que criar é se despir. Ao mesmo tempo em que a pandemia nos prendeu em casa, nos trouxe uma certa liberdade de sermos quem somos de verdade. Ninguém mais consegue esconder quem é de fato. Acho que todo artista um dia sonhou em mudar o mundo. Ok, tá na hora de mudarmos o nosso mundo. Afinal, como Raul dizia, “cada um de nós é um universo”. Na criação é a mesma coisa. Menos métodos e mais verdade artística. Acho que a grande sacada é sermos nós mesmos, tanto na vida quanto na arte.

O single novo foi feito para algum personagem da vida real?

Hei magro é uma brincadeira, que fala um pouco sobre todos nós. Cometas passando enquanto olhamos de luneta para o chão. Sempre achei engraçado as pessoas supervalorizarem coisas que, na real, não tem tanto valor assim. Então, é tipo um brother dando um toque para o outro: “Ei cara, pare de olhar pelo buraco da fechadura, abra a janela!”. Tanto o single Hei magro quanto o novo álbum têm produção de Luciano Albo e patrocínio da Prefeitura Municipal de Santa Maria através da Lei Aldir Blanc.

Nem eu sei saiu tem uns dez anos. De lá para cá, como ficou sua carreira e o que você andou fazendo?

Em 2016, após participar da produção do filme Maverick: Caçada no Brasil, do diretor Emiliano Ruschel, surgiu a oportunidade de me mudar para o Rio. Lá lancei o terceiro videoclipe do álbum Nem eu sei, da canção Pequeno romance. O clipe foi filmado em Los Angeles e dirigido pelo próprio Emiliano. Gravei também um EP de cinco canções em formato acústico batizado carinhosamente de Rio. O EP foi gravado no estúdio Corredor 5, no Leblon, e teve produção de Renato Alscher. As canções estão disponíveis no YouTube.

Tem alguma letra do Nem eu sei que você ache que cairia perfeitamente nos dias de hoje?

Rapidamente pensando, Sem nenhum tostão, hehehe. Acho que a maioria dos brasileiros se sente assim hoje. Destes, grande parte pertence à classe artística. Fora essa, Será que isso passa, Refúgios e Grandes coisas acho que conversam bem com o momento atual!

Aliás, vi uma entrevista sua em que você disse “meu disco foi lançado virtualmente, tá lá pra download no meu MySpace”. Como é observar hoje essas mudanças no mercado, e como é hoje lembrar dessa época em que nem havia plataformas digitais ainda?

Interessante essa pergunta, porque acabei de ingressar no mundo das plataformas digitais. O álbum Nem eu sei foi disponibilizado super recentemente, em dezembro agora, com assessoria do meu brother Paul James, dos Acústicos & Valvulados. Legal ter seu trabalho ao acesso de todos, tão facilmente. Mas, na real, o poder continua na mão da indústria, né? Poucos decidindo o que muitos vão ouvir. A grana continua falando mais alto.

Você é do IAPI. Como foi crescer num local com tanta tradição no rock local? E como as histórias e sons do rock gaúcho que você ouvia te influenciaram?

Coincidência responder essa pergunta justamente no dia em que se completam 40 anos da passagem da Elis. Ainda hoje passei em frente ao apartamento em que ela morou até se mudar pro Rio. Com relação ao rock gaúcho, tudo nasceu aqui. O Liverpool, de Mimi Lessa e Fughetti Luz, lançou o primeiro álbum de rock gravado no RS ainda em 1969. Aí continuou… Bixo da Seda, Taranatiriça, Bandaliera.

Sobre essas duas últimas, inclusive, o Alemão Ronaldo (vocalista de ambas) é o convidado do próximo single do disco, que vai ser disponibilizado em fevereiro! Bixo, minha vontade de fazer música surgiu por causa desses caras. E da turma que veio depois, já pros lados do Bom Fim. TNT, Cascavelletes, Garotos da Rua e tantas outras bandas incríveis. Com certeza me tornei músico por causa dessas feras.

Como surgiu a ideia de convidar o Marcelo Gross pra um feat nesse single novo? Vocês são amigos há muito tempo?

Em 1997 resolvi comprar minha primeira guitarra. Tinha 15 anos. Quem me atendeu? Marcelo, o Gross. Tinha estilo de músico, então perguntei: “Toca com alguém?”. Ele respondeu: “Com o Júpiter Maçã”. Comprei a guitarra na hora! Ahahaha. Mas não mantivemos contato. Logo em seguida ele se mandou pra Sampa pra trilhar essa linda estrada tanto com a Cachorro Grande como com sua brilhante carreira solo. A ideia de convidá-lo foi porque sempre achei Hei magro muito a cara dele. Ele topou, e o resultado tá aí!

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Radar: Luís Capucho, Bianca and The Velvets, Estranhos Românticos, Vale Cinza, Os Fugitivos

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Na foto, Luis Capucho (Divulgação)

Tem clássico abrindo o Radar nacional de hoje: Luís Capucho (não conhece? cria vergonha nessa cara!) volta com single novo. Ele abre nossa seleção de hoje, mas aqui só tem craque, da turma mais nova à mais experiente. Ouça no último volume e passe adiante hoje mesmo!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Luís Capucho): Divulgação

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LUÍS CAPUCHO, “A MASCULINIDADE”. Violão, clima introspectivo, voz grave e vibe de MPB experimental – tanto em música quanto em letra. É a onda de Luís Capucho, capixaba criado em Niterói (RJ), gravado por artistas como Pedro Luis, Cássia Eller, Suely Mesquita e Daúde. Seu novo single A masculinidade foi feito em parceria com Kali C, vai estar no próximo álbum do músico (Homens machucados, previsto para sair em 2026 pelo selo-produtora + Um Hits) e é uma balada folk que faz revelações sobre a fragilidade do masculino. “A masculinidade é cega / a masculinidade é soberba / a masculinidade é mesmo como a flor / a masculinidade é frágil / a masculinidade é de veludo”, explica a canção.

Luís é tido por muita gente como uma espécie de “novo maldito” da MPB – mas ao mesmo tempo tem uma onda sonora que o põe lado a lado com nomes como Lou Reed, pelo jeito despojado com que interpreta suas próprias canções. Além de cantar, ele também escreve e mexe com artes visuais, o que já o põe também na condição de artista múltiplo, do tipo que faz de tudo. “Me expresso livre, de meu ponto de vista, para qualquer um que esteja aberto, que se interesse, que goste ou que se toque”, diz.

BIANCA AND THE VELVETS, “LIKE ON TV”. Punk e indie rock de Belém (PA): Bianca Marinho, Marcel Barretto, Emmanuel Penna e Leonardo Chaves unem referências que passam pelo pós-punk, pelo grunge e pelo som de bandas dos anos 2000 – tendo como detalhe especial a voz grave de Bianca, que muitas vezes soa parecida com a de Dean Wareham (do Luna, lembra?). O EP Reminder destaca faixas como a balada Said you loved me, then you’re gone, o punk Knives e a pesada, robótica e ritmada Like on TV, com recordações de rock inglês da Rough Trade dos anos 1980.

ESTRANHOS ROMÂNTICOS, “POR QUE VOCÊ ME TRATA ASSIM?”. O single novo da banda carioca (Victor Barros, voz; Jr Tostoi, guitarra e produção; Mauk Garcia, baixo; Luciano Cian, teclados; Pedro Serra, bateria) prepara terreno para seu quarto álbum: Por que você me trata assim? é definido por eles como “uma imersão sonora que mescla indie-rock psicodélico, post-rock pesado e James Brown”.

Os vocais, o baixo à frente e os vocais fazem lembrar bandas como Picassos Falsos – o que já traz de volta vários anos de história do rock carioca. O beat quebrado, os teclados e as distorções são pura mescla de pós-punk e psicodelia, tudo junto. E a canção ainda tem uma segunda parte bem garageira e ruidosa. Tem que ouvir.

VALE CINZA, “JÁ NÃO ME CABE ESTE LUGAR”. Essa dupla de pós-punk/darkwave diz fazer música “para quem se identifica com o peso e a beleza do silêncio, gosta de dançar e para quem busca sentido dentro do caos”. Já não me cabe este lugar, som de terror que traz lembranças infantis e recorações de crises de ansiedade, foi gravada na casa do vocalista e guitarrista Maycon Rocha, em Nova Friburgo (RJ). Ele divide a dupla com Marcelo de Souza (baixo).

“As letras falam sobre isolamento, julgamento, falta de perspectiva e a tentativa de encontrar sentido em meio a um mundo apagado e saturado de informações. É um recorte do contemporâneo, um reflexo de um tempo marcado por guerras, crises e pandemia. Apesar da atmosfera sombria, existe beleza na sinceridade e um certo acolhimento em reconhecer essas dores coletivas”, diz Maycon.

OS FUGITIVOS feat WADO E BRANDÃO, “AZUL”. Dupla de Alagoas que já havia aparecido aqui no Radar, Os Fugitivos (Nayane Ferreira e Thiago Mata) haviam composto Azul para entrar no próximo álbum, Sonhos e traumas, previsto para 2026 – mas a música foi ganhando clima diferente e vida própria. Para começar, é uma música repleta de brasilidade, indo além do soul romântico feito pelos dois – o som tem uma certa cara de samba-soul, e até de axé music, com referências confessas de Trio Ternura e Novos Baianos. Além disso, a dupla decidiu convidar dois amigos bem especiais: o também alagoano Wado e o baiano Brandão.

“Lembramos de Azul e sentimos que ela dialogava muito com a fase atual de Wado. Ambos são cantores tão expressivos que foi muito fácil encaixar as vozes. Gravamos todos por inteiro e depois definimos quem cantaria o quê na mixagem”, conta Thiago. “Todos nós temos essa brasilidade no trabalho. Samba-rock, axé, ritmos que vêm da nossa história. A combinação foi muito natural”, completa Nayane.

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Radar: Lights, Peach Blush, Julie Neff, Visceral Design, Schramm

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Foto (Lights): Warwick Hughes / Divulgação

Tem sons cintilantes, dramáticos, densos e pesados no Radar internacional de hoje, com a variedade de sempre – abrindo com o relançamento do disco de Lights, cantora australiana de eletropop, que surge com uma música nova. Ouça e passe pra frente!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Lights): Warwick Hughes / Divulgação

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LIGHTS, “LEARNING TO LET GO”. Com uma turnê pronta para começar em fevereiro de 2026 em Edmonton, na Austrália, e seguindo Estados Unidos adentro, a cantora australiana Lights lança em 30 de janeiro a versão estendida de seu álbum A6. Com um som voltado para o eletropop, ela acaba de lançar a faixa Learning to let go, que vai estar na versão deluxe e também acaba de ganhar clipe, dirigida por ela própria.

“Essa música trata essencialmente da transformação emocional. “A forma como nossa percepção de algo pode mudar dependendo do nosso estado de espírito ou de experiências passadas, a ponto de ser difícil enxergar a realidade em uma situação e inferir a verdade. Às vezes, nosso único caminho a seguir é aprender a deixar ir”, conta ela.

PEACH BLUSH, “ERADICATION OF THE MIND”. Noise rock e pós-hardcore da pesada (e da – literalmente – quebrada, no que diz respeito a ritmos), vindo de Little Rock, Arkansas. O grupo é formado por veteranos da região, que são fãs de bandas clássicas como Hüsker Dü, Dinosaur Jr. e Mission of Burma.

No novo EP, Eradication of the mind, o grupo investe em três faixas que se impõem pelo ritmo feroz e pela intensidade nos vocais e arranjos – a faixa-título é a cara do brain rot, com versos como “observações: a comunicação está lenta / o tempo corroeu seu cérebro / você não é mais o mesmo, apenas uma casca de gênio que envelheceu / a erradicação da sua mente está cobrando seu preço”. O disco, lançado pelo selo Sunday Drive Records, é definido por eles como “uma onda de punk rápido e experimental, com temas de decadência e distorção”. E é mesmo.

JULIE NEFF, “FINE!?” (CLIPE). Uma canadense com fortes laços com o Brasil. O álbum de estreia de Julie Neff, previsto para o ano que vem, tem produção da brasileira Cris Botarelli (Far From Alaska, Ego Kill Talent, Swave). Fine!?, faixa com uma sonoridade que cruza o blues e o pop, e que aborda o esforço de fingir que está bem enquanto se enfrenta uma crise de depressão e ansiedade, já havia aparecido aqui no Radar – e dessa vez retorna para o lançamento do clipe da canção, que foi filmado em São Paulo, com direção de Jader Chahine, e tem bastante inspiração no vídeo de Send my love, de Adèle.

“Para o clipe, eu quis incorporar elementos dourados e referências do Kintsugi presentes na capa, mas com um visual mais dramático. A ideia é que você pode usar toda a maquiagem ou roupas sofisticadas que quiser, mas isso não apaga a dor que está acontecendo internamente”, conta Julie.

VISCERAL DESIGN, “GIVE IT TIME”. Projeto dividido entre EUA, Inglaterra e França, criado pelo músico Tyler Kaufman, o Visceral Design faz pop eletrônico com clima denso e meio deprê. Give it time, novo single, traz as perspectivas de um ex-casal sobre o fim do relacionamento de longa data que unia os dois – os versos trazem frases de ambos, abrindo com a perspectiva da mulher, e partindo para as visões do homem. A mensagem é de superação (“seguimos em frente sem parar”), mesmo com a tristeza.

SCHRAMM, “DON’T CALL ME”. Projeto de um alemão só, o Schramm (é justamente o nome do cara) é definido por ele de forma bem interessante: “Eu escrevo músicas muito divertidas e um pouco tristes em inglês e alemão. Eu chamo de indie rock lo-fi e energético com influências de pós-punk e new wave, mas muito bom. Algumas pessoas chamaram de ‘nova new wave alemã’, mas na verdade não é muito alemão. E também não é muito ‘neu’, mas é muito legal”. Seja lá que definição você queira dar, o pós-punk viajante e deprê do single Don’t call me, com recordações de Japan e The Cure, é realmente muito legal – e o EP novo do Schramm, Something smelling funny, sai em fevereiro.

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Radar: Lia de Itamaracá e Daúde, Silver, Janu, Felipe Neiva, Wills Tevs

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Lia de Itamaracá e Daúde (Foto: Ravaneli Mesquitta / Divulgação)

A semana começou! Aliás “começou!” me lembra que tem um certo podcast aí que volta nesta semana… Mas teremos a semana para falar disso. Dessa vez, começamos com o Radar nacional, que destaca o novo single de Lia de Itamaracá e Daúde – tem álbum em dupla vindo aí – além de outras novidades. Ouça e repasse!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Lia de Itamaracá e Daúde): Ravaneli Mesquitta / Divulgação

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LIA DE ITAMARACÁ E DAÚDE, “QUEM É?” / “A GALERIA DO AMOR”. Histórico é pouco para definir este lançamento. Em breve sai Pelos olhos do mar, unindo Daúde e Lia de Itamaracá – você já leu aqui mesmo no Radar sobre o primeiro single, Florestania. E dessa vez sai um single duplo, com as músicas Quem é? (Maurilio Lopes e Silvinho) e A galeria do amor (Agnaldo Timóteo).

A primeira é um bolero imortalizado pelo co-autor Silvinho, cantado candidamente por Lia – já a Galeria, composta e gravada por Agnaldo em 1975, ressurge transformada numa guarânia blues na voz de Daúde, e é uma música que falava de forma cifrada da Galeria Alaska, ponto de encontro de homens gays em Copacabana. Curiosamente, a veterana Lia recorda ter conhecido Quem é? justamente na gravação de Timóteo, feita em 1978 no álbum Te amo cada vez mais. Pedro Baby (guitarra) e Zé Ruivo (piano Rhodes) participam das duas faixas.

SILVER, “TURN AROUND”. O guitarrista, escritor e jornalista Felipe Machado (Viper) uniu-se ao vocalista Rodrigo Cerveira para recordar o rock pauleira dos anos 1990 no Silver – a ideia é responder perguntas do tipo “como soaria o grunge em 2025?”, e buscar um equilíbrio de influências noventistas com sons mais clássicos do rock. Mesmo com o lado anos 1990 super acentuado, o EP Turn around (selo Wikimetal) destaca a faixa-título, música que faz uma união exata de referências de Led Zeppelin e Black Sabbath, nos solos e no andamento.

A faixa já ganhou um clipe, em preto e branco, dirigido por Raul Machado – e destacando também as participações dos convidados Rodrigo Oliveira (Korzus) na bateria e Rob Machado (Hollowmind) no baixo.

JANU, “DE TODAS AS COISAS”. “Eu poderia viver com você / cuidar d’uns bichos / decidir o que ver na TV / fazer o impossível / pra tu nunca mais parar de rir / mas tu não mereceu”, canta o alagoano Janu em seu novo single, De todas as coisas – uma canção de desamor e superação, bem dançante, que ganhou um lyric video gravado na Ilha do Ferro, lá mesmo em Alagoas. O novo som de Janu, aliás, é uma salsa, cujo nome é referenciado no álbum De todas las flores, da cantora e compositora mexicana Natalia Lafourcade.

E o ciclo da latinidad é fechadíssimo pelos versos em espanhol da parceira Laura Emília, que surge na faixa declamando sua poesia. Laura, vinda de Arapiraca (AL), é doutoranda em Literaturas Hispânicas pela Universidade da Califórnia, e tanto ela quanto Janu são “apaixonados pela cultura latina e com vontade de diminuir a distância entre Brasil e América Latina, onde o que mais afasta é a barreira da língua”, diz o cantor.

FELIPE NEIVA, “BABY”. Em 2026 sai o álbum de Felipe, NiKitsch / PopIshtar, que “explora o que há de kitsch em ser um indie-popstar from Niterói (RJ), agora, vivendo em Portugal”. A ideia de Felipe é ajudar a fazer renascer a soul music nacional – e o single Baby, com lembranças da santíssima trindade do estilo (Tim Maia, Hyldon, Cassiano) adianta a proposta, com melodia e arranjo românticos e voadores. Ao lado de Felipe, os irmãos Alberto Continentino (baixo, guitarra), Jorge Continentino (flauta transversal) e Kiko Continentino (teclados e co-produção ao lado de Felipe). Um lançamento Cavaca Records, em parceria com o selo europeu Concha.

WILLS TEVS, “MENSAGEIRO”. Com um álbum já na agulha para o começo de 2026, Infinitas___lacunas, o paulistano Wills Tevs é um cara do indie rock, mas vem se aproximando do country – aquele mesmo, feito nos Estados Unidos – em novas gravações. Mensageiro, sua nova música, é bem nesse estilo, contando com guitarras slide, violões e a estileira geral do country na produção. O single sai pelo selo Orangeiras.

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