Notícias
E o L7, que voltou com música anti-Trump?

Em 2015, após mais de uma década sem lançar disco, o L7 se reuniu para fazer shows e agora, voltou a lançar músicas. O primeiro single novo já tá no Spotify e se chama Dispatch from Mar-a-Lago. A letra se refere ao resort na Flórida do qual Donald Trump é dono – e obviamente está longe de ser uma homenagem ao presidente norte-americano.
O L7 retorna com a mesma formação do disco Bricks are heavy, de 1992: Donita Sparks e Suzi Gardner nas vozes e guitarras, com a baixista Jennifer Finch e a baterista Demetra Plakas. Com essa turma, vieram ao Brasil em 1993 para tocar no Hollywood Rock. Olha o show aí.
A banda está hoje contratada do selo Don Giovanni, que também está divulgando um documentário sobre as meninas, L7: Pretend we’re dead, realizado por crowdfunding.
https://www.youtube.com/watch?v=D3qFKB78uic
Foto: Divulgação/Rob Sheridan
Lançamentos
Radar: A Olívia, Marcela Lucatelli, Mateus Fazeno Rock, Andre L. R. Mendes, Diablo Angel, Humberto Gessinger, Marcelo Duani

Radar nacional de volta nesta segunda e lá estamos nós sofrendo para dar conta de tanta música boa que anda saindo – tanto que muita coisa atrasa, às vezes atrasa BASTANTE, mas sai. Estamos na expectativa de muitos álbuns legais que estão para sair, como os próximos discos da banda A Olívia e de Mateus Fazendo Rock. Mas tem artista divulgando seus singles e álbuns já lançados com clipes, compactinhos lançados entre um álbum e outro… Muitas estratégias diferentes de lançamento. Vá sem medo e faça suas playlists.
Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação (A Olívia)
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A OLÍVIA, “INSUSTENTÁVEL”. Preparando o álbum Obrigado por perguntar (“o maior projeto da carreira da banda”, como afirmam) que sai em julho, os paulistanos do A Olívia lançam o novo single, um rock com argamassa pop que demorou quase dez anos para ficar pronto. A banda começou a fazer Insustentável em 2016, e a música mudou tanto de lá para cá que, eles contam, nem se parece com o tema original no qual trabalharam inicialmente. “Isso pra mim diz muito sobre a mensagem que a música passa: nós precisamos ser a nossa própria mudança, mesmo que o cenário seja Insustentável”, diz o cantor do A Olívia, Louis Vidall.
MARCELA LUCATELLI, “ANTICIVILIZADOR”. “Não é uma música para consolar. É para instigar”, diz Marcela Lucatelli, que transformou em clipe – dirigido e roteirizado por ela própria – uma das faixas de seu álbum lançado no ano passado, Coisa má. A faixa e o clipe são repletos de quebrações rítmicas, vocais performáticos e danças ritualísticas, num trabalho que é tão artístico quanto político – afinal, Anticivilizador é um canção sobre observar as ruínas, juntar o que sobra e seguir em frente, apesar de tudo. Um típico ritual de sobrevivência na selva do dia a dia.
MATEUS FAZENO ROCK, “ARTE MATA”. Se você já viu o clipe de Arte mata, faixa nova de Mateus Fazeno Rock, já sabe: não é só música nem clipe – é denúncia, é pixação, é aviso, é quase cinema novo, com Mateus declamando a letra e tocando guitarra, numa sonoridade próxima do post-rock, e cheia de brasilidade no arranjo e na melodia.
Na letra, Mateus oferece um retrato amargo e realista da arte da sobrevivência, num país cuja história é repleta de injustiças e golpes. “Quero ser o verso poderoso de quem poderia segurar a bandeira, mas tá sem forças. Aquele que caiu, mas vai se levantar. Aquela que falhou, mas vai tentar de novo”, afirma. No final, completa: “Brasil mata. Ou morre o sonho, ou morre o sonhadouro”.
ANDRE L. R. MENDES, “MEDO DE AVIÃO III”. Existem três canções que se chamam Cotidiano – a primeira de Chico Buarque, a segunda, Cotidiano nº 2, de Toquinho e Vinicius de Moraes (a do “mas não tem nada não / tenho o meu violão”, lembra?), e a terceira, Cotidiano nº 3, feita por Odair José – cada uma enxergando o tédio do dia a dia a seu modo. Sabendo que Belchior tinha feito uma Medo de avião e uma Medo de avião II, o baiano Andre L. R. Mendes decidiu batizar sua canção sobre fobia de voar como… Medo de avião III.
Ele conta que nem fez a música pensando nisso, foi uma ideia que surgiu depois – e que, na verdade, o ponto de partida para continuar as canções de Belchior foi ter descoberto a existência de uma Sem você (de Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e uma Sem você nº2 (de Chico Buarque). O resultado é uma balada romântica folk sobre alguém que vai encontrar seu amor lá longe, mesmo detestando voar. Tudo no faça-você-mesmo – André gravou, produziu, fez a capa do single e até um clipe.
DIABLO ANGEL feat TOCA OGAN, “SOBREVOO”. Com participação de Toca Ogan (Nação Zumbi), o novo single da banda pernambucana Diablo Angel cruza sonoridades e territórios, com uma letra que narra um voo de Caruaru ao Rio, passando por Fortaleza e Bahia, até chegar a Recife. Musicalmente, é uma boa mistura, que inclui percussões brasileiras (agogô, conga, berimbau), clima indie-pop que aponta para a disco music com guitarras, e vocal rasgado, feito pela guitarrista Kira Aderne, que lembra o rock nacional dos anos 1980.
Esse é o primeiro dos dois singles que a banda lança com convidados. No dia 13 de junho, o grupo lança uma releitura pop e eletrônica de A feira de Caruaru, hit de Luiz Gonzaga, com participação do autor da canção, o veterano Onildo Almeida. No mesmo dia, a banda divide o palco com ele, num show especial da programação oficial do São João de Caruaru, promovendo uma união atualizada de rock e sons nordestinos.
HUMBERTO GESSINGER, “SEM PIADA NEM TEXTÃO”. “Escrevi essa música para falar da busca de serenidade e simplicidade nos tempos nervosos em que vivemos. A ansiedade que está no ar às vezes se fantasia de humor grosseiro, às vezes de puritanismo estéril. Sempre vários tons acima”, diz Humberto, cujo single novo é uma das duas músicas inéditas do álbum ao vivo Revendo o que nunca foi visto, marcado para sair dia 27 de junho (a outra é Paraibah, parceria com Chico Cesar). A faixa é uma canção com herança dos anos 1960 – só que relido pela estética folk oitentista – gravada ao lado de Adal Fonseca (bateria), Luciano Granja (guitarra) e Lúcio Dorfman (teclados), integrantes da formação dos Engenheiros do Hawaii que gravou álbuns como Minuano (1997).
MARCELO DUANI feat GRAZI MEDORI, “LUA AREIA”. Você já dançou muito ao som desse cara, em várias situações – além da carreira solo, ele tocou no Forróçacana, na Orquestra Imperial, escreveu canções com Seu Jorge, Marcelo D2, Rogê, Mariana Aydar, Letieres Leite, Gabriel Moura, Rael… e produziu e tocou com um número considerável de artistas dos quais provavelmente você tem um disco em casa. Preparando o quarto disco solo ainda para 2025, ele junta sua voz ao registro gracioso de Grazi Medori num samba lento, praieiro e elegante, Lua areia. Se Wilson Simonal estivesse por aqui, gravaria essa.
Lançamentos
Radar: Sinplus, MavAngelo, James K. Barker e outros sons da Groover

O Pop Fantasma tá na Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time.
O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins.
Aqui embaixo, separamos alguns nomes que já passaram pelo nosso filtro e ganharam espaço no site. Dá o play, adiciona na sua playlist e vem descobrir coisa nova!
Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação
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SINPLUS, “CROSSFIRE”. Som entre o hard rock e o U2 da fase Achtung baby (1991), com riffs lembrando a economia sonora de The Edge e batida marcial. Uma música sobre “aquele tipo de amor que te puxa para dentro e não te solta: intenso, obsessivo e impossível de ignorar”. Operando entre a Suíça e o Reino Unido, o Sinplus é bastante produtivo: de janeiro para cá, a banda soltou um single novo por mês (Crossfire é o de abril).
MAVANGELO, feat MAEH EGAMINO. “HONEYSUCKLE”. Músico filipino radicado na Inglaterra, MavAngelo é do tipo que mistura várias sonoridades, indo do jazz ao pop em singles diferentes. Honeysuckle, com participação da cantora Maeh Egamino, é pop oitentista com toques meio jazzísticos na guitarra, clima lo-fi em alguns vocais (Maeh faz raps lá pelas tantas, inclusive) e boa melodia.
JAMES K. BARKER, “SYNTHIA GOODBYE”. Apesar do visual grunge na capa do EP Seconds (lançado no ano passado), o lance do britânico James é synthpop maníaco com heranças assumidas de LCD Soundsystem e Gorillaz – e emanações da zoeira comportada dos Sparks. Synthia goodbye tem musicalidade oitentista, dramaticidade de Erasure (a letra, por vias tortas, fala de uma relação que chegou ao fim) e refrão bacana.
MAX CEDDO, “DREAMING UNDER THE HAMMER”. “É uma música sobre encontrar o seu caminho e manter o curso em busca dos seus sonhos, mesmo quando os obstáculos e desafios da vida se apresentam”, conta o irlandês Max sobre seu novo single, uma balada que recorda a época em que ele estava entre fazer som e seguir uma carreira médica. Com um álbum nas plataformas, Excelsior boulevard, ele diz que tudo está fazendo mais sentido para ele agora.
DARK ARCHER, “HIDDEN EYES”. Metal bastante tradicional, mas com agilidade próxima do punk, cuja letra fala sobre os nossos desafios diários ao status quo. A letra, diz o grupo, “desenterra as verdades ocultas por trás das mentiras polidas da sociedade”. O Dark Archer já tem alguns singles lançados desde 2022 e foi criado pelo cantor e guitarrista norte-americano Jason McDonald.
Notícias
Urgente!: Black Sabbath “ao vivo em vídeo”. Guns N’Roses no Brasil.

O último show do Black Sabbath com Ozzy Osbourne nos vocais, Back to the beginning, marcado para rolar no Villa Park, em Birmingham, em 5 de julho, vai ganhar transmissão ao vivo para o mundo todo. Calma que não vai ser graça no YouTube, claro: a transmissão será feita por pay-per-view e estará disponível no site do evento. E os ingressos já estão à venda por lá – para o Brasil são R$ 83,47.
Vai ser a primeira vez que a formação que gravou os primeiros álbuns toca junta em duas décadas – você deve saber os nomes, mas vamos lá: Ozzy (voz), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). O Black Sabbath vai ser acompanhado por nomes como Metallica, Slayer, Pantera, Gojira, Billy Corgan (Smashing Pumpkins), Slash e Duff McKagan (Guns N’ Roses) e Tom Morello, do Rage Against The Machine – este último, também diretor musical do show.
***
Segunda-feira (9) começa a venda de ingressos para os cinco shows que os Guns N’ Roses vão fazer no Brasil entre outubro e novembro: dia 21/10 em Florianópolis (Arena Opus), dia 25/10 em São Paulo (Allianz Parque), dia 28/10 em Curitiba (Pedreira Paulo Leminsky), dia 31/10 em Cuiabá (Arena Pantanal) e dia 2/11 em Brasília (Arena BRB). O grupo volta com o trio original Axl Rose (vocais, piano), Slash (guitarra solo) e Duff McKagan (baixo), além de Isaac Carpenter na bateria.
As infos principais para quem quer se preparar para correr atrás de ingressos seguem aí, direto do release dos shows.
“Haverá pré-venda exclusiva para o fã-clube, (com duração de 24h), que começa no dia 9 de junho (segunda-feira), às 10h, no www.eventim.com.br/gunsnroses, para as cidades de São Paulo e Brasília. Para a cidade de Florianópolis a pré-venda será feita pelo site www.uhu.com, e para a cidade de Curitiba pelo site www.bilheteriadigital.com.br. Na cidade de Cuiabá a pré-venda começa às 9h, do dia 9, pelo site www.bilheteriadigital.com.br.
Em São Paulo haverá ainda a pré-venda Allianz Seguros que será somente on line, do dia 10 de junho (terça-Feira), às 10h, até o dia 12 de junho (quinta-feira), às 10h. As vendas online para o público em geral começam no dia 12 de junho (quinta-feira) às 10h, no www.eventim.com.br/gunsnroses e, presencialmente, na Bilheteria Oficial a partir das 11h, também dia 12.
Em Florianópolis a venda geral começa no dia 12 de junho, às 10h, pelo site www.uhu.com. Em Curitiba a venda geral será a partir do dia 10 de junho, às 10h, pelo www.bilheteriadigital.com.br , e no dia 12 de junho na bilheteria física. Para o show de Cuiabá os ingressos também serão vendidos pelo site www.bilheteriadigital.com.br, a partir das 9h, do dia 10 de junho e a bilheteria presencial a partir do dia 17 de junho, às 10h. Brasília terá seus ingressos disponíveis para venda geral no dia 10 de junho, a partir das 10h, pelo site www.eventim.com.br“.
Texto: Ricardo Schott
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