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Cinema

Billy Duffy (The Cult) gatão das gatinhas na capa da “Oh boy!” em 1984

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Billy Duffy na capa da Oh Boy!

Billy Duffy, guitarrista do The Cult, está soltando em seu site (num blog chamado Memora-Billy-A) algumas histórias do seu passado no rock. O músico, há alguns dias, apresentou orgulhosamente uma lembrança do dia em que a Oh Boy!, uma espécie de Capricho gringa, pegou ele para gatão das gatinhas. A publicação colocou ele na capa em 29 de setembro de 1984, fez um trocadilho meio esquisito com o nome de Billy Idol dizendo que “Billy (Duffy, no caso) é nosso ídolo” e pôs uma frase que caberia melhor no dia da ressurreição de Marilyn Monroe (“the blonde bombshell’s back”).

Billy Duffy na capa da Oh Boy!

Em outro post do site, Billy Duffy bate um papo com o ator Adam Lawrence, que interpreta o guitarrista do Cult no filme England is mine, biopic de Morrissey. Billy cresceu em Manchester e foi muito amigo do vocalista dos Smiths na adolescência – os dois acabaram se juntando por terem em comum o amor à banda pre-punk New York Dolls. A amizade acabou levando Morrissey e Duffy a montarem uma banda amadora, que se chamou Sulky Young, depois Tee-Shirts. De acordo com o livro Mozipédia – A enciclopédia de Morrissey e dos Smiths, de Simon Goddard, foi Billy Duffy quem apresentou Morrissey a Johnny Marr (na plateia de um show de Patti Smith). E o guitarrista do Cult tem músicas em parceria com o vocalista dos Smiths, como I get nervous, The living jukebox, Peppermint heaven e (I think) I’m ready for the electric chair.

Billy conta no papo sobre como se envolveu com o filme:

“Eu tenho um amigo em Los Angeles chamado Orian Williams, que era um produtor em Control, o excelente filme a respeito da história do Joy Division. E ele me contatou para dizer que ele estava trabalhando em um novo projeto sobre a adolescência de Morrissey, isso antes do The Smiths. E ele perguntou se eu ficaria feliz em conhecer o escritor e diretor Mark Gill, para conversar sobre esse tempo na minha vida e ajudar com sua pesquisa para a para a produção. Eu me encontrei com Mark algumas vezes e conversei com ele sobre todas as minhas lembranças daqueles primeiros dias e isso ajudou com o enredo e as configurações para o filme. Eu também me envolvi fornecendo algumas pequenas frases de guitarra para a paisagem sonora do filme, também” (Billy Duffy).

Adam, por sua vez, revela que não sabia tocar violão nem guitarra ao aceitar o papel, mas resolveu encarar mesmo assim.

“Tudo começou quando meu agente chamou para dizer: ‘Olha, você vai ter uma audição para esse filme aí. Você consegue tocar violão?”. Então eu respondi a ele: ‘Não, mas pode falar para eles que faço o teste’. O que aconteceu foi que eu tive uma noite para aprender as linhas, o sotaque e a guitarra, porque na cena que fazíamos eu precisava mandar um violão. Como eu gosto de fazer o máximo que posso quando realizo um teste, liguei para um camarada, que tinha um violão. Eu passei correndo na casa dele e ele me deu um violão acústico mesmo, ele não tinha uma guitarra elétrica (…) Após a audição, eu disse a Mark (Gill): ‘Olhe, eu não posso tocar, mas se você me der um tempinho, eu vou aprender … Se Daniel Day Lewis conseguiu aprender a pintar com os pés para fazer o filme Meu pé esquerdo, eu posso fazer isso” (Adam Lawrence)

Não só isso: Billy também está publicando set lists históricos do grupo, postou uma homenagem a Mick Ronson, guitarrista dos Spiders From Mars de David Bowie (“todo mundo que me acompanha sabe que ele sempre foi minha inspiração”, escreveu Billy, que ainda usa um pedal wah-wah do músico) e fotos históricas do rock de Manchester (incluindo pôsteres de shows de Mick Ronson/Ian Hunter na cidade e dos locais Slaughter And The Dogs).

E pega aí o The Cult no São Paulo Trip, há algumas semanas, com She sells sanctuary e Fire woman. Billy Duffy na guitarra.

Leia mais sobre The Cult aqui.

Cinema

Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”

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Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”
  • Harlequin é um disco de “pop vintage”, voltado para peças musicais antigas ligadas ao jazz, lançado por Lady Gaga. É um disco que serve como complemento ao filme Coringa: Loucura a dois, no qual ela interpreta a personagem Harley Quinn.
  • Para a cantora, fazer o disco foi um sinal de que ela não havia terminado seu relacionamento com a personagem. “Quando terminamos o filme, eu não tinha terminado com ela. Porque eu não terminei com ela, eu fiz Harlequin”, disse. Por acaso, é o primeiro disco ligado ao jazz feito por ela sem a presença do cantor Tony Bennett (1926-2023), mas ela afirmou que o sentiu próximo durante toda a gravação.

Lady Gaga é o nome recente da música pop que conseguiu mais pontos na prova para “artista completo” (aquela coisa do dança, canta, compõe, sapateia, atua etc). E ainda fez isso mostrando para todo mundo que realmente sabe cantar, já que sua concepção de jazz, voltada para a magia das big bands, rendeu discos com Tony Bennett, vários shows, uma temporada em Las Vegas. Nos últimos tempos, ainda que Chromatica, seu último disco pop (2020) tenha rendido hits, quem não é 100% seguidor de Gaga tem tido até mais encontros com esse lado “adulto” da cantora.

A Gaga de Harlequin é a Stefani Joanne Germanotta (nome verdadeiro dela, você deve saber) que estudou piano e atuação na adolescência. E a cantora preparada para agradar ouvintes de jazz interessados em grandes canções, e que dispensam misturas com outros estilos. Uma turminha bem específica e, vá lá, potencialmente mais velha que a turma que é fã de hits como Poker face, ou das saladas rítmicas e sonoras que o jazz tem se tornado nos últimos anos.

O disco funciona como um complemento a ao filme Coringa: Loucura a dois da mesma forma que I’m breathless, álbum de Madonna de 1990, complementava o filme Dick Tracy. Mas é incrível que com sua aventura jazzística, Gaga soe com mais cara de “tá vendo? Mais um território conquistado!” do que acontecia no caso de Madonna.

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O repertório de Harlequin, mesmo extremamente bem cantado, soa mais como um souvenir do filme do que como um álbum original de Gaga, já que boa parte do repertório é de covers, e não necessariamente de músicas pouco conhecidas: Smile, Happy, World on a string, (They long to be) Close to you e If my friends could see me now já foram mais do que regravadas ao longo de vários anos e estão lá.

De inéditas, tem Folie à deux e Happy mistake, que inacreditavelmente soam como covers diante do restante. Vale dizer que Gaga e seu arranjador Michael Polansky deram uma de Carlos Imperial e ganharam créditos de co-autores pelo retrabalho em quatro das treze faixas – até mesmo no tradicional When the saints go marching in.

Michael Cragg, no periódico The Guardian, foi bem mais maldoso com o álbum do que ele merece, dizendo que “há um cheiro forte de banda de big band do The X Factor que é difícil mudar”. Mas é por aí. Tá longe de ser um disco ruim, mas ao mesmo tempo é mais uma brincadeirinha feita por uma cantora profissional do que um caminho a ser seguido.

Nota: 7
Gravadora: Interscope.

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

O Rock Horror Film Festival, festival carioca de filmes de terror, está de volta na praça – e vai rolar de 19 de setembro a 02 de outubro no Cinesystem de Botafogo (Zona Sul do Rio). Dessa vez, o evento vai trazer uma seleção de mais de 50 filmes de 17 países em seis categorias: Longas Sinistros, Médias Bizarros, Docs Estranhos, Curtas Macabros, Brasil Assombrado e Pílulas de Medo.

O objetivo do festival é unir terror, cultura pop e rock, e juntar os públicos das três coisas. Entre os filmes selecionados, há produções como The history of the metal and the horror, documentário de Mike Schiff repleto de nomões do som pesado (EUA), Tales of babylon, de Pelayo de Lario (Reino Unido), The Quantum Devil, de Larry Wade Carrell (EUA). Há também Death link, dirigido por David Lipper (EUA), com um time de astros e estrelas que inclui Jessica Belkin (Pretty little liars), Riker Lynch (Glee), David Lipper (Full House) e outros.

O evento também vai ter mesas redondas com  diretores, atores e outros profissionais da indústria para o público do festival, comandadas pela criadora do Rock Horror Film Festival, Chrys Rochat (Sin Fronteras Filmes), e que vão rolar no hall do Cinesystem. Entre os convidados já estão confirmados diretores da Polônia, EUA, Canadá e Brasil. Happy hours cinéfilas, shows de rock e oficinas estão no programa também, além da exibição de um filme inédito no Brasil na abertura.

Lista completa dos filmes que participarão da edição no site do festival: www.rockhorrorfilmfestival.com

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

Marcado para este domingo (28) na Areninha Cultural Hermeto Pascoal (Lona Cultural de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro), o Parayba Rock Fest, do qual você ficou sabendo aqui, vai ter shows, DJs, exposições e várias outras atrações. E Michael Meneses, criador do selo Parayba Records e realizador da festa (que também comemora seus 50 anos de idade), vai exibir seu primeiro filme, Ver + – Uma luz chamada Marcus Vini. Michael, que é fotógrafo e professor de fotografia, iniciou o filme como trabalho de conclusão de curso de sua faculdade de Cinema.

“O que eu vou exibir no evento são os 50 minutos que já estão prontos do filme e que apareceram na apresentação do meu TCC. Ainda estou inclusive fazendo pesquisas para ele”, conta Michael, que com o filme, homenageia Marcus Vini, seu melhor amigo (“o irmão homem que eu não tive”, conta), morto por covid. Marcus era fotógrafo e, como Michael, foi professor universitário e cobriu festivais de música como o Rock In Rio.

“Marcus contraiu covid naquela época mais braba da doença, e morreu no dia em que ele deveria estar tomando a primeira dose”, lembra Michael. “Ele foi fotojornalista e curiosamente fazia aniversário no dia 19 de agosto, que é o Dia Mundial da Fotografia. E só soube disso depois que virou fotógrafo. Ele inclusive fez uma foto super importante numa enchente, que foi publicada no jornal Le Monde. A ideia do filme é focalizar o lado humanitário dele, um cara que estava sempre pensando em fazer doação de alimentos, coordenou um curso de fotografia em Madureira (Zona Norte do Rio)“. Antes do evento de Michael, o filme foi exibido também em lugares como a livraria carioca Belle Epoque.

O Pop Fantasma é um dos apoiadores do evento, ao lado de uma turma enorme. Para saber mais e comprar seu ingresso, confira o serviço abaixo.

SERVIÇO:
SHOWS COM AS BANDAS:

Netinhos de Dna Lazara, Benkens, NoSunnyDayz, New Day Rising (NDR) e Welcome To Tenda Spírita.
ALÉM DOS SHOWS:
Exibição do Documentário:
 VER+ – Uma Luz Chamada Marcus Vini – Direção: Michael Meneses
DJs: Explica e Chorão 3
Expo de fotos dos fotógrafos da Rock Press
Feira Cultural com: Disco de vinil, CDs, DVDs, roupas, livros, fanzines, artesanato, acessórios de moda rock, cultura geek e muito mais
Gastronomia Vegana: Vegazô – A Feira Vegana da Zona Oeste/RJ
DATA: 28 de julho 2024, às 14h.
LOCAL: Areninha Cultural Hermeto Pascoal – Praça 1 de Maio S/N – Bangu/RJ
INGRESSOS: antecipados aqui, na bilheteria da Areninha e na loja Requiem (Camelódromo de Campo Grande).

Foto: reprodução Instagram

 

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