Connect with us

Som

Cinco canções com o nome AC/DC

Published

on

Cinco canções com o nome AC/DC

AC/DC, você sabe, é o nome de uma das bandas mais históricas do rock. Que andou tendo baixas, algumas por causa de saídas dos integrantes (o baixista Cliff Williams), outras por causa de morte (o guitarrista Malcolm Young). O nome do grupo é uma expressão bastante comum, e que tem duplo significado – batendo tanto na boa e velha corrente alternada/corrente contínua quanto numa gíria britânica para pessoas bissexuais. E já andou aparecendo também nos nomes de algumas músicas. Olha aí.

THE SWEET – “AC-DC”. Uma das bandas mais populares do glam rock britânico, popularizada com hits como Ballroom Blitz. No disco Sweet Fanny Adams, de 1974, o primeiro da fase glam-hard rock do grupo (que anteriormente era mais identificado com o bubblegum pop), encerravam os trabalhos com essa faixa. O tema era “o outro” significado da expressão, e a letra falava de uma garota que se dava tão bem com as mulheres quanto os rapazes.

SENTIERI SELVAGGI – “AC/DC”. Esse grupo de música clássica criado na Itália é um coletivo de músicos que trabalha com trilhas de filmes, óperas, musicais, e tem sido convidado regular de festivais de música contemporânea. Em 2014 lançaram um disco chamado AC/DC, com a ajuda de vários colaboradores. Essa é a faixa-título.

MICHEL LEGRAND – “AC/DC”. Não achamos esse áudio em canto nenhum, mas até o compositor parisiense tem uma música com esse nome – é da trilha do filme Atlantic city (1980), de Louis Malle, com Susan Sarandon.

BILLY COBHAM – “AC/DC”. Essa saiu no disco Magic, o sétimo álbum solo do baterista, lançado em 1977. Billy, se você não conhece, é um supermúsico que veio de formações como a banda de Miles Davis e a Mahavishnu Orchestra. Possivelmente a influência dele na hora de compor a música não foi a veterana banda australiana.

https://www.youtube.com/watch?v=LVGJGySw-rc

ANVIL – “AC/DC”. Lançada no primeiro disco do grupo de heavy metal, Hard’n heavy, de 1981, fala puramente de sexo e não é exatamente uma homenagem dos canadenses aos australianos. Por sinal, em 2009, retornando aos palcos, o Anvil abriu um show para o AC/DC. Na ocasião, sequer se animaram a tocar a música.

Crítica

Ouvimos: Lô Borges – “Céu de giz – Lô Borges convida Zeca Baleiro”

Published

on

Em Céu de giz, Lô Borges e Zeca Baleiro unem harmonias mineiro-britânicas e letras poéticas em um disco pop, psicodélico e afetivo.

RESENHA: Em Céu de giz, Lô Borges e Zeca Baleiro unem harmonias mineiro-britânicas e letras poéticas em um disco pop, psicodélico e afetivo.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Deck
Lançamento: 22 de agosto de 2025.

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Céu de giz é um (bom) encontro de peculiaridades: as harmonizações de Lô Borges casaram muito bem com as letras de Zeca Baleiro, dando à poesia dele sonoridades bem diferentes das habituais – são dez faixas, todas feitas pelos dois em parceria. Tanto que o repertório tem o clima britânico-mineiro-beatle comum à obra de Lô, mesmo nas faixas em que os dois cantam juntos, que por sinal acabam se tornando desafios para dois cantores com tons diferentes.

Na faixa de abertura, Antes do fim, um verdadeiro encontro de sonhos em melodia e palavras, Zeca tem que rebolar para alcançar o tom de Lô – enquanto na faixa-título, que é a música mais britpop do álbum, Baleiro resume-se a fazer vocais graves, no seu estilo habitual. Olhos cansados, outra faixa cantada pelos dois, aproveita bem as diferenças vocais, num rock brincalhão que parece feito em cima de I am the walrus, dos Beatles.

  • Ouvimos: Pero Manzé – Ave, êxodo!

A junção das duas musicalidades acha seu maior equilíbrio em faixas como Zumbis (que lembra Secos & Molhados), na beatle-pinkfloydiana Santa Teresa – com recordações do bairro boêmio de BH –, na psicodelia mágica e contemplativa de Ao sair do avião, no country-rock Tá tudo estranho demais e na onda pop-folk de Seda, cujo baixo remete à melodia de um hit antigo de Lô, O vento não me levou. No final, o rock anos 1960/1970 Donos do mundo remete a Rita Lee & Tutti Frutti, e ficaria bem na voz de Erasmo Carlos.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Cleozinhu – “Fragmentos de estrela”

Published

on

Cleozinhu mistura emo, trap, folk e cloudrap em Fragmentos de estrela, álbum hipnótico que explora estilos e emoções em faixas conectadas.

RESENHA: Cleozinhu mistura emo, trap, folk e cloudrap em Fragmentos de estrela, álbum hipnótico que explora estilos e emoções em faixas conectadas.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Independente
Lançamento: 11 de setembro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Integrante de bandas como Duo Chipa, Manobra Feroz e Guandu, Cleozinhu está acostumado a misturar estilos como emo, trap, hip hop e folk em seus trabalhos. Fragmentos de estrela, seu segundo álbum solo, acha seu caminho na experimentação e na criação de músicas que fazem mais sentidos unidas num mesmo álbum – e ouvidas na ordem – do que separadas em singles. São fragmentos que viraram canções, girando em torno de estilos como emocore, trap e cloudrap (rap etéreo e cheio de mumunhas psicodélicas), às vezes tudo junto numa mesma música.

Com participação de uma turma de amigos cujos gêneros vão do cloudrap ao dream pop, Fragmentos une folk, trap e defeitos especiais em faixas como Continuar e Sob a lua, e mexe com criação totalmente artificial de sons em Dias frios. Teclados e programações tomam conta de Trem, e um dream pop que vira trap ganha espaço em pop_squishy. Cacto chega a parecer um pagode na abertura, por causa do violão, ganhando em seguida uma batidinha dance leve.

  • Ouvimos: akaStefani e Elvi – Acabou a humanidade
  • Ouvimos: Cleozinhu – Cle01

Fragmentos de estrela vai sendo organizado entre luzes e sombras na medida que as músicas vão se seguindo. Contando segundos diz que “talvez eu tenha mudado todos os meus planos”, num trap sombrio que parece surgido do riff de Heroin, do Velvet Underground. Foda-se tem teclados, beat pesado e som de videogame. Afundar soa como uma melodia tradicional que virou rap experimental, em meio a samples da Suíte dos pescadores, de Dorival Caymmi, e a versos como “navegando essas águas sem ter pra onde voltar / sem saber se vou voltar”.

Além disso, neuroses e decisões de grande espreitam o rap trevoso de Remédios e o shoegaze calmo de Rap de mensagem, que avisa que “as contas não esperam / ninguém vai te salvar”, mas alivia: “ei, meu amigo / não mata seu sonho não”. O negócio de Fragmentos de estrela é Música hipnótica, em letra e melodia.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

 

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Elephant Green – “Here’s everything”

Published

on

Criado na França, mas com brasileiros na formação, o Elephant Green estreia com Here’s everything, disco que mistura britpop, power pop e psicodelia.

RESENHA: Criado na França, mas com brasileiros na formação, o Elephant Green estreia com Here’s everything, disco que mistura britpop, power pop e psicodelia.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7
Gravadora: Independente
Lançamento: 2 de outubro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Banda do Sul da França com brasileiros na formação – o vocalista e compositor Thiago Pedalino integrou a banda indie carioca Ramirez – o Elephant Green não mente quando cita Oasis, Beatles e Teenage Fanclub em seu texto de apresentação nas plataformas digitais. Here’s everything, o primeiro álbum, une características dessas três bandas, embora seja o Oasis que saia na frente como referência. Rola nos vocais de boa parte do disco, e especialmente em faixas como Electric life, One way to go, Fake heroes, Always alive e a estradeira Outcasts – esta, com um esquema riff + virada de bateria bastante ligado a Don’t look back in anger, da banda dos Gallagher.

Ainda desenvolvendo sua maneira própria de atacar o britpop do anos 1990, o Elephant Green migra também para o power pop em Going alone, para uma vibração setentista e blues-rock em Too busy to mind, e para uma vibe que lembra a fase anos 2000 do Skank em In shamble – além de unir britpop, indianismo e psicodelia na ótima On our own.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

 

Continue Reading
Advertisement

Trending