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Violent Femmes improvisando o set-list com a plateia em show

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Violent Femmes

“Não usamos set list, não sabemos o que vamos tocar, daí vamos perguntar a algum de vocês”, diz o baixista dos Violent Femmes, Brian Ritchie, logo na abertura da apresentação da banda na rádio KEXP, de Seattle. Um garoto que deve ter uns onze anos, filho de uma fã, acaba no palco pedindo o hit Blister in the sun, que enfim abre o show –  curtinho, de apenas quatro músicas, e que rolou na última segunda (2). Você TEM que ver – destaque para o baterista do grupo tocando percussão num kit de churrasqueira (!) e para as piadas do vocalista Gordon Gano.

O repertório incluiu só músicas antigas, mas a banda falou de seu novo disco, o acústico Two mics and the truth, gravado na turnê do álbum anterior, We can do anything, e que inclui basicamente (olha só!) apresentações feitas em rádio. E se você nunca escutou nada da banda, não foi á toa que o apresentador Troy Nelson chamou o trio ao palco avisando que se tratava dos “legendários Violent Femmes”. Os reis do country-punk são mesmo legendários (e olha o novo disco aí).

Lançamentos

Radar: Lisa SQ, Julie Neff, Louse, Messiness, Atomic Fruit

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Na foto, a canadense Lisa SQ

Uma cantora do Canadá (Lisa SQ), uma outra cantora do mesmo país, mas com relações com o Brasil (Julie Neff), bandas dos Estados Unidos e da Itália influenciadíssimas pelo rock britânico e pela psicodelia (Louse e Messiness), e uma outra banda radicada na Alemanha (o Atomic Fruit) cuja formação une três países. E tá aí um Radar REALMENTE internacional pra abrir a semana. Ouça em alto volume.

Texto: Ricardo Schott – Foto (Lisa SQ): Martin Reis/Divulgação

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LISA SQ, “MAKE IT UP TO YOU”. Lisa Savard-Quong, a popular Lisa SQ, vem do Canadá, e faz um som que une pós-punk, elementos pop e loucuras musicais – com influências que vão de David Bowie a Edith Piaf. O novo single, Make it up to you, é uma canção tranquila que ganha uma musicalidade de videogame da Nintendo, graças aos teclados tocados por Simeon Abbott.

A letra, por sua vez, fala do autossabotador que existe em cada um de nós. A musa inspiradora da canção foi uma vizinha de Lisa que vive contando histórias de mancadas pessoais, volta por cima e resiliência. Bastou isso, além de algumas conversas sobre heróis trágicos e mártires com Tyler Kyte (parceiro dela na música), para Make it up to you aparecer. “A música surgiu disso e do meu próprio ritmo, devaneios e composições no sótão”, conta ela.

JULIE NEFF, “FINE!?”. Mais uma canadense no Radar de hoje — mas com fortes laços com o Brasil. O álbum de estreia de Julie Neff, previsto para o ano que vem, tem produção da brasileira Cris Botarelli (Far From Alaska, Ego Kill Talent, Swave). A cantora já passou algumas vezes por aqui — em 2018, inclusive, fez seu primeiro show no país, no festival Coma, em Brasília. A sessão de fotos do novo single, Fine!?, foi realizada em São Paulo, durante uma de suas visitas. Com uma sonoridade que cruza o blues e o pop, a faixa aborda o esforço de fingir que está bem enquanto se enfrenta uma crise de depressão e ansiedade.

“Em inglês, fine tem muitos significados e estou brincando um pouco com isso. Essa música, assim como todo o álbum, trata de reparação, de encontrar cura e beleza nas partes quebradas que temos dentro de nós”, conta. “Depois de anos lidando com dores crônicas e doenças, depressão e ansiedade, descobri que essa percepção de ‘ter tudo sob controle’ pode ser bastante perigosa. Significa que você provavelmente não vai pedir ajuda quando precisar e seus amigos não saberão o que está se passando realmente com você”.

LOUSE, “SUGAR IN THE WOUND” / “MADE OF STONE”. Vindo de Cincinatti, Ohio, esse grupo – que faz parte do elenco da gravadora Feel It Records – tem um som que une referências de The Cure e Dinosaur Jr: guitarras ótimas e ruidosas, vocais desesperados e melodias sonhadoras. Passions like tar, o primeiro álbum, saiu no ano passado, e de lá para cá já sairam dois outros singles: a intensa Sugar in the wound e a ótima releitura para Made of stone, dos Stone Roses. Sugar, a única inédita a sair até o momento, surgiu uma ou duas semanas após o álbum ter sido concluído, e dá um passo adiante do som majoritariamente emparedado e reverberado do álbum.

“A música despertou alguma hesitação na banda. Mas, à medida que camadas foram adicionadas e a música foi ensaiada cada vez mais, a música começou a fazer sentido”, avisa o grupo no comunicado de lançamento. “Olhando para o futuro, é mais provável que você ouça músicas mais pop como Sugar in the wound”.

MESSINESS, “ETERNITY UNBOUND”. Vindo de Milão, Itália, o Messiness pode se tornar a próxima banda preferida de quem curte não apenas a psicodelia, como os movimentos que a atualizaram – incluído aí o britpop. O novo single do projeto liderado pelo músico Max Raffa, Eternity unbound, traz de volta a loucura do fim da era psicodélica, quando algumas bandas começaram a migrar para o rock progressivo – com direito a uma citação de Light my fire, dos Doors.

Eternity unbound fala de vida, morte e de um estado de espírito que separa uma coisa da outra: “Eternidade sem limites / deixe as areias do tempo te afogarem no som (…) / aqui estou eu em um estado obscuro / estou realmente presente ou estou na retaguarda?”. “Essa letra lida com a alienação, a identidade fragmentada e a implacabilidade do tempo, transformando a abstração em algo visceral. O resultado é uma viagem de bolso: febril, desorientadora e impossível de definir”, conta Max, animadão com a nova música.

ATOMIC FRUIT, “HIT THE GROUND”. Preparando um terceiro disco para o ano que vem, essa banda radicada em Berlim, Alemanha (mas com integrantes vindos da Suécia, França e Itália) une estilos diferentes em seu som: pós-punk, psicodelia e krautrock juntam-se numa receita bastante sombria e viajante. O clipe do single Hit the ground é pura lisergia, com figuras e fotos da banda recortadas e animadas à maneira do Monty Python’s Flying Circus.

“Essa música é sobre a bagunça que se acumula na sua cabeça quando se vive na cidade. Um ruído infinito de desejos, prazos e ambições passando pela mente como o trânsito. Você sonha com uma vida mais simples – em meio à natureza, sonhando acordado, estudando as trajetórias de abelhões e pássaros migratórios”, conta a banda.

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Lançamentos

Radar: Zuriak, Welcome To The Outside, Disco Partisan, 61 OHMs e mais sons do Groover

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Na foto, o Zuriak

O Pop Fantasma tá na Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time. Fizemos hoje uma relação do que tem chegado de legal até a gente por lá – começando com o punk introspectivo do Zuriak,

O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins.

Texto: Ricardo Schott – Foto (Zuriak): Divulgação

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ZURIAK, “CREE EN TÍ”. Punk introspectivo da Espanha, com clima sombrio, às vezes meio próximo do metal e do hardcore, mas bastante herdado do lado mais sensível das bandas de três acordes. Tanto que Cree em tí, um dos singles do grupo, parece uma versão mais deprê do som dos Buzzcocks. Lançaram em julho o primeiro álbum, La era artificial.

WELCOME TO THE OUTSIDE, “ONLY (DANCE OF THE LONELY ONES)”. Projeto de música eletrônica dark de Los Angeles, capitaneado pelo músico Gadi Murciano, o Welcome To The Outside contou com os vocais de Norelle neste single, uma música que fala sobre caos e solidão no dia a dia. Mesmo sendo um projeto eletrônico, a faixa tem uma guitarra meio blues que dá um ar progressivo à música.

DISCO PARTISAN, “FUEL”. O Disco Partisan é um projeto de punk-reggae-ska vindo dos Estados Unidos, e que parece ter muita, mas muita influência do Clash, além de referências de uma gama de grupos que vai de Smash Mouth a Specials. Conforme Fuel, novo single do grupo, vai crescendo, ganha peso e vai parecendo ficar mais próxima do punk que do ska. O refrão é ótimo.

61 OHMS, “THE SONG REMAINS THE SAME”. O 61 Ohms é um quinteto de Orange County que diz ter referências de Coldplay e U2, e… ei, espere, volte aqui! Pode acreditar que essa banda tem memória para lembrar do U2 quando ele ocupava lugar no espaço, e do Coldplay quando era ainda uma banda inovadora e criadora de excelentes melodias. Em todo caso, vão com força na identificação do grupo: The song remains the same, novo single, fala sobre resistência, ciclos da vida. Momentos decisivos.

MOSQUITO CONTROL MUSIC, “IN THIS PARADOX”. Combinando referências de darkwave, de grupos como The Prodigy e The Chemical Brothers , e uma sonoridade eletrônica e suja que vem lá dos anos 1980, esse projeto musical norte-americano retorna com seu novo single. Para divulgá-lo, fizeram um demo-clipe com cenas do filme O dia em que a Terra parou – o originalzão, de 1951, dirigido por Robert Wise. Detalhe: o Mosquito usa a icônica bateria eletrônica TR-808 em suas músicas.

DUPLEXITY, “LOVE IN REVERSE”. Vinda dos Estados Unidos, essa dupla de irmãos segue numa linha de som pesado e pop, mas dessa vez tem um lance meio trevoso surgindo lá de longe. A voz de Savannah Jude (a “irmã” da dupla) toma conta de toda a faixa, e o clima é de balada feita para acompanhar momentos mais tristes da vida: dores de cotovelo, relacionamentos que chegam no fim, a descoberta de que aquela pessoa que você amava não era tão amável assim, etc.

DREAM BODIES, “RUN”. “Essa música é Cocteau Twins encontra The Doors”, define Steven Fleet, o criador do Dream Bodies. Faz sentido, mas não é só isso: as guitarras esparsas e os teclados têm uma baita cara de Joy Division – e o vocal grave de Steven lembra tanto Jim Morrison quanto Ian Curtis, simultaneamente. “É uma jornada eletrizante e onírica rumo ao desconhecido. Correr para ou de alguma coisa”, completa ele.

HALLUCINOPHONICS, “HAZE OF TIME” / “C’EST LA VIE”. Essa banda britânica se diz inspirada por Pink Floyd e Tame Impala e tem como missão operar “na intersecção entre consciência e som, criando paisagens sonoras psicodélicas imersivas que desafiam os limites entre realidade e devaneio”. Um som que fica entre o pós-punk e o progressivo, e que revela canções como a sombria Haze of time e a viajante C’est la vie, singles mais recentes.

DEAD AIR NETWORK, “THE FIFTH OF OCTOBER”. Banda punk de Nova Jersey montada por dois músicos experientes da região, o Dead Air Network só quer saber de som pesado, briga e enfrentamento, oferecendo seu novo single The fifth of october como resposta ao “lixo higienizado” do Spotify. O som lembra uma mescla de Motörhead, Killing Joke e GBH, com riffs pesados, clima pesado e vocais que narram o caos urbano.

ROSETTA WEST, “TOWN OF TOMORROW”. Rios de tristeza e outras coisas meio duvidosas estão no seu caminho em Town of tomorrow, a música futurista dessa misteriosíssima banda dos Estados Unidos, que já tem vários anos de carreira, fora de qualquer esquema comum. O Rosetta West faz blues-rock predominantemente acústico, em clima quase punk. Essa é do álbum novo, God of the dead.

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Lançamentos

Radar: Lara Klaus, Inseton, Monobloco, Marisa Monte, Iorigun

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Na foto, Lara Klaus

Sai da frente que o Radar nacional chega atrasado, mas chega cheio de lançamentos: Iorigun, Lara Klaus, Marisa Monte, Inseton, Monobloco… Tudo que não foi lançado hoje foi lançado bem perto de hoje. Ouça tudo no último volume para mostrar que você está ligado/ligada em sons novos – pode acreditar, isso dá sorte.

Texto: Ricardo Schott – Foto (Lara Klaus): Rodrigo Sotero/Divulgação

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LARA KLAUS, “DE SE IMAGINAR”. Pernambucana radicada no Canadá, Lara – que também é uma das fundadoras da banda Ladama – já havia lançado o single Qual sabor a paixão tem?, feito em parceria com o conterrâneo Jr Black, morto em 2022. Uma parceria com jeito de homenagem, enfim – que se repete agora com o forró-folk De se imaginar, também fruto do trabalho em dupla de Lara e Jr.

“A canção nasceu com a cadência do xote, ritmo do universo do forró, mas recebeu um novo arranjo a partir dos bandolins e da guitarra baiana de Rafael Marques”, conta ela, que gravou o clipe em Montreal, ao lado da diretora Tarsila Schott. “Ele combina imagens que gravei em 8mm, são paisagens, natureza, momentos íntimos e de introspecção, com cenas do presente. É um fio poético que conecta o vivido ao agora, lembrando que são as memórias que nos fazem vivos e nos sustentam na invenção e criação do que queremos ser”.

INSETON, “FILTRO”. Oscilando entre punk, metal e sons eletrônicos, essa banda capixaba fez de sua nova música, Filtro, um protesto contra a busca por padrões inalcançáveis. O clipe da música, dirigido por Rayan Casagrande – com roteiro dele e Jeff Chicão, vocalista e guitarrista da Inseton – une live action e animação, e traz uma boneca sendo produzida a partir de partes de outros bonecos. Traz também o dia a dia de um boneco que é moldado por um “Criador de Filtros”, uma metáfora para as pressões sociais e a indústria da estética. Letra direta, som pesado, imagens que falam bastante do nosso dia a dia e das pressões que todo mundo sofre.

MONOBLOCO, “LUCRO/DESCOMPRIMINDO” (AO VIVO). O bloco liderado pelo sambista carioca Pedro Luís tem uma parceria de duas décadas com a Fundição Progresso – que envolve vários shows e noitadas na casa. Agora essa parceria virou lançamento musical, já que o Monobloco lança um single pelo selo Fundisom, criado pela Altafonte ao lado da Fundição em 2022.

Lucro/Descomprimindo, música do repertório do Baiana System (lançada no disco Duas cidades, de 2016), foi composta por Russo Passapusso e Mintcho Garrammone, e foi a escolha da banda para integrar o projeto Ao vivo na Fundição – sim, a versão foi gravada pelo Monobloco num show dado no local. Já a letra de Lucro fala de um pesadelo bem real, em que a especulação imobiliária avança e as coisas só interessam se gerarem dinheiro. Uma letra de protesto que Pedro canta ao lado de dois outros integrantes do bloco, Mariá Pinkusfeld e Igor Carvalho, em meio à massa de percussão.

MARISA MONTE, “SUA ONDA”. Fã da ideia de lançar singles de surpresa – seja para marcar o início de turnês, complementar registros ao vivo ou apenas compartilhar um novo momento com o público – Marisa Monte apresenta Sua onda, já disponível com lyric video. A faixa, uma toada serena e meditativa, é parceria com Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, e tem produção do argentino Gustavo Santaolalla – o mesmo que tocou os violões no sucesso Ainda bem. Sua onda também é a novidade que Marisa vai incluir na turnê Phonica, prestes a estrear.

“Gustavo sugeriu a Budapest Scoring Orchestra, tocou quase todos os instrumentos e fez o arranjo. Fizemos uma gravação remota, ele em Los Angeles, eu no Rio e a orquestra em um estúdio na Hungria, numa experiência que a tecnologia nos proporcionou de conexão, compartilhamento e sintonia”, conta Marisa.

IORIGUN, “PUDESSE”. O som ágil dessa banda baiana volta em forma no novo single, Pudesse – uma das músicas que anunciam o primeiro álbum do Iorigun, planejado para o primeiro semestre de 2026, e que vai ter em seu repertório faixas gravadas de 2024 e 2025, no home studio da banda. A nova música traz uma cara mais ligada ao pós-punk, entre riffs e toques marcantes na guitarra – um tipo de sonoridade que já surgiu em parte no single anterior, Não vai valer a pena.

O clipe da faixa, dirigido por Samara Reis , faz referência simultaneamente às filmagens nas antigas câmeras analógicas, e também às gravações verticais dos stories. Foi feito durante a participação do Iorigun no Circuito Nova Música, projeto que leva bandas novas para tocar por todo o Brasil – Crystal, vocalista do Vera Fischer Era Clubber, banda que também participava do circuito, aparece de relance em algumas cenas. Já a letra fala sobre “as nuances de se relacionar com o outro. É uma música sobre amores efêmeros, projeção e desejo. Mas a sonoridade é como uma cama que você deita confortável pra pensar sobre tudo”, conta o vocalista e guitarrista Iuri Moldes.

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