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Urgente!: The Cure – “Songs of a lost world” remixado sai em junho

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E agora é sério: The Cure vem ao Brasil em dezembro

Hoje é 21 de abril, data em que Robert Smith, líder do The Cure, completa 66 anos. É também o dia em que a banda anuncia (mas só para o dia 13 de junho) o lançamento de Mixes of a lost world, álbum com remixes do disco Songs of a lost world, o décimo-quarto do grupo, lançado no ano passado. Para marcar o anúncio, as faixas Alone e I can never say goodbye saem retrabalhadas, respectivamente, pelo Four Tet (projeto do artista londrino Kieran Hebden) e por Paul Oakenfold (no que ele chama de “cinematic remix”).

Urgente!: The Cure - “Songs of a lost world” remixado sai em junho

Mixes of a lost world, como aconteceu com a edição deluxe de Songs of a lost world (que incluía o disco bônus ao vivo Songs of a live world), vai ter seus royalties doados para a instituição de caridade War Child. O disco sai em duas versões: uma de 2 LPs (ou 2 CDs), trazendo as oito faixas do disco remixadas por Orbital, Anja Schneider, Daybreakers, além dos remixes feitos por Four Tet e Paul Oakenfold, já lançados. A outra versão, deluxe, tem um terceiro disco com remixes e regravações feitas por Trentemøller, Mogwai, Chino Moreno (Deftones) e outros. Somando os três discos, são 24 remixes do álbum.

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Digamos que é um lançamento especial feito não apenas para quem é fã do The Cure, mas principalmente para quem é MUITO fã de Songs of a lost world – um disco ótimo, mas que… enfim, vai da escolha de cada fã. Para os seguidores da antiga, o Cure também preparou outro lançamento especial, que é a versão do disco clássico The head on the door (1985) em picture disc, apenas para a comemoração 2025 do Record Store Day – além de um single de 12 polegadas com o tal remix de Alone feito pelo Four Tet. Dois lançamentos em tiragem bastante limitada, que se você achar por aí, prepare-se para pagar BEM caro.

Ah, sim: se você não ouviu ainda, os dois remixes já lançados estão aí embaixo. E falamos de Songs of a lost world e Songs of a live world, respectivamente, aqui e aqui.

Crítica

Ouvimos: Chloe Qisha – “Modern romance” (EP)

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Ouvimos: Chloe Qisha - "Modern romance" (EP)

RESENHA: Chloe Qisha encara o caos moderno em Modern romance, EP que mistura synthpop, emo e letras afiadas sobre amor, crise e existencialismo pop.

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Não precisa nem ler uma dúzia de livros para entender que um dos assuntos preferidos dos dias de hoje é a confusão – para muita gente, os tempos de hoje sáo distópicos, e observar todo esse caos de fora, com perspectiva, é para poucos. E essa bagunça entre ficção e realidade, entre idealização e (hum) verdade, é um dos combustíveis de Modern romance, EP novo da nova sensação pop Chloe Qisha.

Musicalmente – e vá lá, até nas letras – Chloe soa bastante comparável a muita coisa pop-rock atual, especialmente Olivia Rodrigo. Há diferenciais: um pé maior no synthpop do que no rock-de-guitarras, além de uma vivência mais apurada, até nos vocais. Nas músicas, Chloe lida com as distopias particulares da vida dela, como as lembranças das ilusões amorosas da adolescência (The boys, 21st century cool girl), o amor por pessoas que parecem feitas de areia (Modern romance) e a vontade de nem sequer sair da cama, porque o mundo lá fora parece medonho demais para quem não nem tem nem 30 anos e ainda está descobrindo a miséria dos boletos (Sex, drugs and existential dread).

Existencialmente e sexualmente, a coisa só parece resolvida mesmo em A-Game, a última faixa, na qual ela decide fazer amor com uma pessoa fanática por esportes “como se estivéssemos na WrestleMania” (evento fodaralhástico de luta-livre). Os sons no EP variam entre o emo teatral lembrando Queen (21st century), tecnorock que usa guitarras como um ambiente sonoro (Modern romance, The boys, A-Game) e um ligeiro pós-disco (Sex, drugs, com um pé no Paramore). Uma confusão que gruda.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7,5
Gravadora: VLF Records / Are You Serious? Records
Lançamento: 15 de maio de 2025.

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Crítica

Ouvimos: Julia Mestre – “Maravilhosamente bem”

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Ouvimos: Julia Mestre - "Maravilhosamente bem"

RESENHA: Julia Mestre retorna com um som mais elaborado em Maravilhosamente bem, disco que mistura MPB vintage, boogie 80s e pop atual com beleza e sutileza.

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O som de Julia Mestre voltou com uma cara diferente, mais elaborada, no terceiro disco, Maravilhosamente bem. Um disco que por sinal é um dos melhores trabalhos recentes da MPB a equilibrar referências do pop transante do começo dos anos 1980. O boogie vaporoso da faixa-título, o pop adulto de Sou fera e o clima Rita-e-Roberto de Pra lua e Veneno da serpente devolvem todo mundo a uma época em que patins era moda, a série Amizade colorida escandalizava geral na Globo e a abertura da novela Sol de verão ajudava a vender biquíni e bronzeador.

Maravilhosamente bem é um disco que, aparentemente, passou por uma elaboração complexa – a própria Julia afirmou num texto de seu Instagram que passava por um processo pessoal de cura, do qual saiu o single Sou fera. Mesmo com o olhar voltado para uma MPB jovem e vintage, o disco se conecta com o pop atual – como no boogie latino de Vampira. Ambientações musicais entre a disco music e o dream pop tomam conta de boa parte do álbum, combinando os vocais sussurrados e as cordas patinantes lembrando Boney M e The Trammps.

Entre referências e emanações que incluem pop latino (a não autoral Vampira foi feita pelo ex-menudo Ray Reyes) e os arranjos de Lincoln Olivetti, Maravilhosamente bem também é repleto de canções que parecem ter saído dos estúdios da PolyGram no anos 1980 – incluindo a homenagem a Marina Lima Marinou, limou (com participação da homenageada) e a vibe Angela Ro Ro de Sentimento blues. Ou o dream pop realmente pop de Cariño, no final.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Independente.
Lançamento: 8 de maio de 2025.

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Crítica

Ouvimos: Bryony Lloyd – “Aerial” (EP)

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Ouvimos: Bryony Lloyd - "Aerial" (EP)

RESENHA: Bryony Lloyd estreia com o EP Aerial, um folk barroco e melancólico sobre solidão urbana, gravado com beleza e minimalismo.

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Vinda de Manchester, com alguns singles na discografia (lançados desde o ano passado), Bryony Lloyd segue o mesmo clima quase barroco do folk britânico dos anos 1960 – 1970, de bandas como Steeleye Span e Fairport Convention. O primeiro EP, Aerial, fala de uma cidade gelada e distante na faixa de abertura, Never never never, com violão e cordas nostálgicas, e versos como “eu nunca tive uma mão / dada a mim / como eles dão um ao outro”.

Bryony permanece falando de solidão em 4am, folk com piano tocado lá de longe, com cordas discretas e delicadas. Moon in Libra é pop barroco introspectivo, It’s OK é outro retrato da solidão – com fantasmagoria acentuada no som e clima esparso, meditativo. Em When you looked away, por sua vez, sons parecem ranger em meio à delicadeza da voz e do violão, gravados como se viessem de uma fita, em meio a uma letra cheia de palavras nunca ditas. Em muitos casos do EP, por sinal, só o violão e a voz não parecem estar sendo usados para funções diferentes do normal.

O final tem Phantasmagoria in two, com melodia lembrando discretamente Blowin in the wind (Bob Dylan), violão e voz soando como se viessem de uma fita K7 gravada casalmente numa cozinha, ou num lugar qualquer com bastante reverberação. Um disco cheio de tristeza, e uma espécie de EP conceitual sobre solidão e frieza na cidade grande.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Independente
Lançamento: 6 de março de 2025.

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