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Urgente!: David Byrne de volta – Friedberg e Cate Le Bon também

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Urgente!: David Byrne de volta - Friedberg e Cate Le Bon também

RESUMO: David Byrne lança single Everybody laughs e anuncia álbum novo. Friedberg solta Ha ha, em clima bem diferente do álbum de estreia. Cate Le Bon anuncia o disco Michelangelo dying, e também lança um novo single.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Shervin Lainez/Divulgação

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Muita gente esperava que os Talking Heads voltassem com uma turnê comemorativa, quando a banda lançou o clipe de Psycho killer na semana passada – não rolou, como é público e notório. Em compensação, quem tá de volta é David Byrne, líder do grupo, que lança o álbum Who is the sky? no dia 5 de setembro pela Matador Records. Everybody laughs, primeiro single, já tem até clipe, dirigido pelo artista multimídia Gabriel Barcia-Colombo. A música é um gospel pop e percussivo.

O disco foi produzido por Kid Harpoon (Harry Styles, Miley Cyrus) e arranjado pelos músicos da Ghost Train Orchestra. Tem participação de St. Vincent, Hayley Williams (Paramore) e Tom Skinner (The Smile). E Byrne diz que existe uma razão para ele ter feito Everybody laughs: ele foi avisado por uma pessoa de que usa demais a expressão “todo mundo”.

“Acho que faço isso para dar uma visão antropológica da vida em Nova York como a conhecemos”, diz Byrne. “Todos vivem, morrem, riem, choram, dormem e olham para o teto. Todo mundo está usando os sapatos dos outros, o que nem todo mundo faz, mas eu fiz”, conta ele, que durante os últimos três anos compilou frases, cozinhou muito (principalmente comida mexicana e indiana) e desenhou também muito – e compôs duas músicas com Arnaldo Antunes, que estão no disco mais recente do paulistano, Novo mundo (resenhado pela gente aqui)

Ainda sobre Everybody laughs: “Tentei cantar sobre essas coisas que poderiam ser vistas como negativas de uma forma equilibrada com um sentimento positivo do ritmo e da melodia, especialmente no final, quando St. Vincent e eu estamos gritando e cantando juntos. A música pode fazer isso: manter os opostos simultaneamente. Percebi isso quando cantei com Robyn no início deste ano. Suas canções costumam ser tristes, mas a música é alegre”, completa ele.

Byrne inicia a turnê do novo disco no dia 14 de setembro em Providence, Rhode Island. A banda da turnê será composta por 13 músicos, cantores e dançarinos – entre eles, uma turma numerosa da banda da turnê American utopia.

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Quem tá de volta é o Friedberg – que ao que parece, deve vir com a sequência de Hardcore workout queen, seu disco do ano passado, resenhado pela gente aqui. Sai agora o single Haha, um tanto diferente do alt-rock da estreia. Dessa vez, a banda surge com uma faixa curta (2 minutos), eletrônica, sombria, parecendo um samba industrial – e ameaçando algo próximo do indie pop na abertura. O clipe é pura entrega tribal à dança.

“A gente estava só brincando no estúdio do Dan (Carey), ligamos a bateria eletrônica, comecei a cantar a linha vocal e então o Dan mandou aquele synth no refrão — e nós dois nos olhamos tipo: ‘Ok, é isso…’. Tudo se encaixou tão rápido, e eu adoro quando isso acontece. A música meio que se desenrolou a partir daí – virou essa coisa sobre perfeição curada, alguém que dominou o espelho mas perdeu o rumo”, conta Anna.

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Cate Le Bon voltou com novidade: a produtora, cantora e compositora acaba de lançar Heaven is no feeling, clipe e faixa que abrem caminho para seu sétimo disco, Michelangelo dying, que sai dia 26 de setembro pelo selo Mexican Summer. A música marca uma virada emocional na carreira da artista – ela vinha trabalhando em outro álbum, mas decidiu abandonar o projeto para escrever sobre o fim de um relacionamento. O disco foi gravado entre a ilha de Hydra e o deserto da Califórnia, com produção de Samur Khouja.

Tanto a música quanto o clipe da faixa seguem a mesma linha pop e perturbadora ligada ao trabalho de Cate – é quase um trabalho de videoarte em que ela, passando o maior sofrimento num quarto todo decorado de rosa, observa a si própria numa tela de TV. A ideia de H. Hawkline, que dirigiu o clipe, foi falar sobre luto – ainda que haja momentos de humor, como quando Cate “atende” uma banana em vez de um telefone.

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E agora você confere lista de faixas e capa do álbum de Byrne:

1. Everybody laughs
2. When we are singing
3. My apartment is my friend
4. A door called no
5. What is the reason for it?
6. I met the Buddha at a downtown party
7. Don’t be like that
8. The avant garde
9. Moisturizing thing
10. I’m an outsider
11. She explains things to me
12. The truth

Urgente!: David Byrne de volta - Friedberg e Cate Le Bon também

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Radar: Folk Bitch Trio, Stealing Sheep, Mae Martin, Dream Bodies, Lal Tuna, Desu Taem, Power Station

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Radar: Folk Bitch Trio (foto), Stealing Sheep, Mae Martin, Dream Bodies, Lal Tuna, Desu Taem, Power Station

E a fila de lançamentos internacionais que a gente separa para sair no Radar tá cada vez maior – o que significa que muita música legal tem saído aqui com atraso. Tem espaço pra todo mundo (todo mundo que está fazendo música boa, claro!) e vai tudo saindo devagar – com direito a novidades e, às vezes, alguns relançamentos, como é o caso do clipe clássico do Power Station que está voltando ao YouTube. Leia, veja, ouça, passe adiante.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução de capa de disco (Folk Bitch Trio)

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FOLK BITCH TRIO, “CATHODE RAY”. Esse trio australiano gosta de um papo introspectivo e literário. Now would be a good time, primeiro álbum de Heide Peverelle, Jeanie Pilkington e Gracie Sinclair, sai em 25 de julho e já teve três singles lançados: The actor, God’s a different sword e esse Cathode ray, que usa metáforas ligadas à química para falar de amor, sexo e autenticidade. O texto de lançamento do álbum avisa que o grupo curte falar de “devaneios dissociativos e términos irritantes, fantasias sexuais e sobrecarga de mídia, todos os pequenos ressentimentos e pequenas humilhações de estar na casa dos vinte anos na década de 2020”, sempre com uma sonoridade vaporosa e folk.

STEALING SHEEP, “FOUND YOU”. Misturando experimentação musical e psicodelia derretida, esse trio de Liverpool diz estar mais interessado em movimentos de guerrilha do que apenas em música. “Pense em festas de escuta nas ruas, passeios de bicicleta, grupos de corrida noturna e competições de dança — trata-se de viver artisticamente e fazer de cada momento uma celebração”, contam Emily Lansley, Luciana Mercer e Rebecca Hawley, que lançam o novo álbum, GLO (Girl life online) em 25 de setembro. Found you é eletrônica e percussiva a ponto de lembrar pop novaiorquino independente, e não rock feito na terra dos Beatles – mas tem a inovação e a criatividade do rock britânico no DNA.

MAE MARTIN, “TRY ME”. Indie rock, letras confessionais e referências que vão do emo ao folk marcam o álbum de Mae, I’m a TV – que é sua estreia no universo da música, já que seu trabalho de atuação e roteiro (especialmente em comédia, em séries como Feel good, popular no Reino Unido) é mais conhecido. “É como se estivesse aprendendo um novo idioma. Mas as músicas que escrevi e às quais tenho mais apego são aquelas que fluíram de mim e tinham algo específico a dizer, ou um sentimento específico a capturar”, disse Mae, num papo com a revista Exclaim!  E Try me, uma das melhores faixas da estreia, tem cara simultaneamente soft rock e pós-punk, com beleza e clima levemente lo-fi nas guitarras do início. Um universo assustador e tóxico surge na letra, e é revisto de forma construtiva. “Me experimente / já estive lá tantas vezes”.

DREAM BODIES, “DON’T LOOK BACK”. A bateria eletrônica do começo dessa faixa vai te levar direto para os anos 1980 – lembra-se daquelas viradas de drum machine que surgiam até em gravações de música brasileira lá por 1984? Só que o Dream Bodies invade a área da darkwave com um clima diferente, bem mais próximo de um synthpop que se orgulha das próprias raízes. A lista de referências do projeto, criado por um músico norte-americano chamado Steven Fleet (que toca quase todos os instrumentos na faixa), é grande: “Clan of Xymox, the Glove, the Cure, New Order, Joy Division, Drab Majesty, Cocteau Twins, the Chameleons UK…”, enumera.

LAL TUNA, “TELEVISION FOREVER”. A artista turca Lal Tuna saiu de Istambul aos 18, dizendo-se sufocada num país em que os artistas se autocensuravam. Hoje vive em Bordeaux, França, e faz um trabalho autoral que mistura música, vídeo, colagem, poesia. Television forever, seu primeiro single, é sombrio, delicado e direto: fala do trauma de uma sobrevivente de abuso sexual que não consegue mais sair da cama – restando apenas a TV como janela para o mundo, daí o “televisão para sempre”. O clipe, feito ao lado Hugo Carmouze, é cru, bonito, tem clima de videoarte – e muda de tom quando o som cresce.

DESU TAEM, “THE BOOT IN THE ASS I’VE BEEN LONGING FOR”. Essa curiosíssima banda dos Estados Unidos – formada por um pai e um filho – lança discos na base do “você bobeou, nós lançamos um álbum duplo” (falamos deles aqui e aqui). 1/Infinity é o quarto (!) álbum lançado só em 2025, e mostra o grupo bandeando-se de vez para o lado do punk-metal (no estilo de bandas como Backyard Babies).

O destaque de 1/Infinity é essa música que fala sobre uma figurinha bem estranha que, certo dia, acorda com “um tijolo na cabeça” e achando que a cidade é uma selva, e há uma sombra à espreita em cada canto.

POWER STATION, “SHE CAN ROCK IT”. Lembra deles? O supergrupo formado nos anos 1980 por Robert Palmer (voz), Tony Thompson (bateria, Chic), John Taylor (baixo, Duran Duran) e Andy Taylor (guitarra, Duran Duran) gravou um disco epônimo em 1985 e em 1996 retornou com formação mudada – John saiu para fazer rehab e deu lugar a um pequeno rodízio de baixistas que incluiu Bernard Edwards (Chic) e Guy Pratt.

Living in fear, segundo álbum do Power Station (1996, cujo baixo foi creditado a John mas gravado por Bernard), destacou essa pérola meio hard rock, meio glam, cujo clipe retorna ao YouTube em HD, com som e imagem melhorados. Para o vídeo, o Power Station foi um trio, já que Bernard havia morrido em abril daquele ano. Vale para curtir o som e para matar saudades não apenas da banda, mas também de Palmer, morto em 2003.

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Urgente!: Quando a magia de Brian Wilson voltou a funcionar

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Urgente!: Quando a magia de Brian Wilson voltou a funcionar

Brian Wilson, o cérebro criativo dos Beach Boys, passou décadas mergulhado em um estado de espírito mais denso e desafiador que o simples fracasso. Era, enfim, aquela coisa de observar que todas as suas fórmulas mágicas, de uma hora para outra, pararam de funcionar. Ainda que o sucesso insistisse em dar as caras, aqui e ali.

A palavra “fórmula” parecia acompanhar a história dos Beach Boys. Isso porque Mike Love, primo dos Wilson e eterno algoz de Brian no grupo, supostamente odiava as mudanças que Brian queria fazer no som dos BB. E supostamente teria soltado um ríspido “não foda com a fórmula (da banda)” numa das discussões com Brian. O “supostamente” é apenas um mínimo benefício da dúvida, porque Love cansou de negar tudo isso – disse que, pelo contrário, sempre gostou de Pet sounds (há controvérsias), que defendia Smile (mais ainda), etc.

(Por sinal, nas costas de Love repousa a responsabilidade por um dos maiores superfracassos da história dos Beach Boys: uma turnê com o ex-guru dos Beatles, Maharishi, em 1968. Um rolê que deu errado do começo ao fim. E que se resumiu a apenas três datas com som ruim, atuações cagadas – por parte dos BB – e vaias quando Maharishi abria a boca.)

Brian era aquele famoso caso de gênio incompreendido pelo mercado. Com direito a discos recusados pelas gravadoras (ao longo da vida foram vários), ordens expressas para fazer álbuns que vendessem, ideias interessantes quando ninguém ainda estava preparado para elas (o tal single engavetado de rap que ele fez em 1991).

Havia uma magia em ação ali que parece mesmo deslocada de tempo e espaço – por mais sucesso que ele tenha tido em fases anteriores. Num determinado momento dos anos 1970 tanto Brian quanto sua banda, trilhas sonoras da felicidade norte-americana na década anterior, haviam virado um troço absolutamente uncool. Mal comparando, era como ser fã de Belchior no Brasil dos anos 1980/1990.

Não que a imagem dos Beach Boys já não houvesse sido posta em cheque antes – isso ja vinha acontecendo desde a era de Woodstock. Lá por 1967 / 1968 / 1969, a estética do “sonho americano” do grupo estava em baixa e era tido como música da velha guarda. Em compensação, a turma do Norte da Califórnia (Grateful Dead, em especial) chegava à toda.

Só para você ter uma ideia: Brian Wilson era um dos caciques do festival de Monterey, realizado de 16 a 18 de junho de 1967. Mesmo assim a banda cancelou seu show no evento porque achou que o material antigo não levantaria a plateia – e Brian, comandante dos últimos movimentos do grupo em estúdio, estava sem tocar ao vivo com o BB fazia tempo.

Em 1970, os Beach Boys lançaram Sunflower, sua estreia pela Reprise Records – um disco excelente, mas ignorado por muitos. Em plena era de Led Zeppelin, Black Sabbath e do nascente glam rock, os Beach Boys pareciam completamente fora de lugar. As turnês da banda soavam mais como entretenimento nostálgico para fãs antigos do que como eventos imperdíveis. Bruce Johnston – um dos poucos membros que não fazia parte do clã Wilson – resumiu bem o clima da época: os Beach Boys eram vistos como “uma Doris Day do surfe”.

Com o tempo, o culto em torno da figura de Brian foi surgindo – trilhas de filmes resgataram a banda, jornalistas-fãs trouxeram de volta a história do aborto do disco Smile, e o próprio Brian, ainda paciente do controverso dr. Eugene Landy, foi voltando com álbuns novos. A ideia de que Brian foi um gênio demorou bastante a surgir na mente dos fãs de rock – e não custa lembrar que Pet sounds (1966), disco-virada dos Beach Boys, vendeu bem menos que os anteriores e foi visto pela Capitol, selo do grupo, como um risco não muito calculado.

O Brian Wilson que se despediu nesta quarta (11) era um cara diferente: um gênio aclamado pelos fãs, um cara cujos shows atraíam pessoas, um artista cuja ausência dos palcos (por motivos de saúde) era lamentada por quem nunca pôde vê-lo ao vivo. A magia do artífice dos Beach Boys voltou definitivamente a funcionar. Ou, vendo por outro aspecto, a genialidade de Brian demorou a coincidir com as expectativas do público e do mercado, essas duas entidades que muitas vezes, não esperam por ninguém. Seja como for, o mundo acabou, enfim, se curvando àquele som de praia, dor e vanguarda – que nunca deixou de soar, mesmo quando não era ouvido.

Texto: Ricardo Schott

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Radar: Drugdealer e Weyes Blood, Indigo de Souza, Water From Your Eyes, Astra Vaga – e mais

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Radar: Drugdealer e Weyes Blood, Indigo de Souza, Water From Your Eyes, Astra Vaga - e mais

Viver só de arte – várias bandas que estão em começo de carreira sonham com isso (e tem muita banda experiente que também recorre a outros jobs pra pagar as contas, normal). Hoje no Radar internacional tem uma banda de Portugal, o Astra Vaga, que surgiu dessa necessidade de viver a música 24 horas por dia. E tem uma turma na nossa lista de hoje que encara o dia a dia entre estúdios e palcos na maior intensidade – a dupla Drugdealer e Weyes Blood, Indigo de Souza, etc – e leva isso para suas músicas, clipes e performances. Ouça, leia e veja.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação (Drugdealer e Weyes Blood)

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DRUGDEALER feat WEYES BLOOD, “REAL THING”. Tem coisa nova (e retrô na medida certa) no universo do pop barroco de Michael Collins, mais conhecido como Drugdealer. A nova faixa Real thing, com os vocais de Natalie Mering (que usa o codinome Weyes Blood, e com quem ele já havia feito outras músicas), é puro encanto setentista: tem ecos de Carpenters, e é pop com alma de jazz, baixo dançante e sax envolvente.

Real thing nasceu de sessões de Michael com o produtor parisiense Max Baby no estúdio de um dos membros da banda progressiva. O resultado é suave, nostálgico e feito com afeto. Uma joia pop que parece saída de um especial de TV de 1978 – e que já tem até clipe, dirigido por James Manson. E Natalie Mering/Weyes Blood, mais uma vez, encanta com seus vocais – mas isso já era de se esperar…

WATER FROM YOUR EYES, “LIFE SIGNS”. A TV dos anos 1990, com seus comerciais “ligue djá”, seus telejornais cheios de letreiros passando pela tela, sitcoms e talk shows, é a fonte de inspiração para o novo clipe do Water From Your Eyes. Rachel Brown e Nate Amos, os dois do WFYE, unem tédio, vazio, sátira, ritmos quebrados (numa abordagem mais pro pós-punk que pro pós-hardcore), vocais doces e guitarras ruidosas, numa canção que anuncia o próximo álbum, It’s a beautiful place, agendado para agosto. Um disco que, explicam-confundem eles, será “sobre tempo, dinossauros e espaço”.

INDIGO DE SOUZA, “CRYING OVER NOTHING”. “Essa música é sobre uma dor que transcende a razão. Uma dor que persegue aonde quer que você vá ou o quanto tente apagá-la. Uma dor que vem de memórias que você não consegue apagar e de um amor que você não consegue desfazer. É sobre uma perda que não tem fim”, conta Indigo de Souza sobre seu novo single, Crying over nothing – mais uma música que adianta o próximo álbum da cantora, Precipice, que sai dia 25 de julho. Canção e clipe são bastante felizinhos, apesar da letra ser bastante melancólica.

SUNGAZE, “SHADOWS”. Apesar de ter o clima enevoado do shoegaze como uma de suas referências, o nome desse grupo chega a soar como uma paródia do estilo – só uma ironia diante do clima cabisbaixo do gênero musical. O Sungaze deixa entrar também muitas influências de emo, grunge e até country, e no novo single, o grupo liderado pela dupla Ian Hilvert e Ivory Snow libera espaço para vários tipos de energias – a letra da nova faixa fala sobre o bom e velho equilíbrio entre bem e mal que todos nós vivemos no dia a dia.

PLANET OPAL, “CONNECTION OVERDRIVE”. Não chega a ser um synthpop, mas o som dessa banda italiana experimental é bstante robótico: o Planet Opal se dedica a sons balançados adiante por um clima que lembra bastante o krautrock, e também a dance-punk de bandas como Gang Of Four. Connection overdrive tem até algo de disco music – e em alguns momentos, parece com uma canção punk produzida por Giorgio Moroder. O álbum Recreate patterns, Release energy já está entre nós desde o começo de maio e é som novo, de verdade.

EMPTYSET, “ANTUMBRA”. Essa dupla britânica de música eletrônica trabalha de forma bastante experimental, a ponto de quase ser possível enxergar os sons que eles tiram nas músicas. Algumas canções soam tão esféricas quanto a foto da capa de Dissever, o novo álbum. Já o single Antumbra consiste em uma só nota, no teclado, sendo distorcida de diferentes modos – chegando a parecer uma varrição de vento e areia no deserto. Detalhe: tudo é feito ao vivo e com o uso de equipamento vintage – como se a história do gênero musical fosse repassada.

ASTRA VAGA, “LAMENTO”. Depois de anos no corre entre escritório e estúdio, o português Pedro Ledo (ex-The Miami Flu) larga o inglês e a vida dupla pra lançar seu projeto solo em seu idioma, o Astra Vaga. O primeiro single, Lamento, já tá no ar com clipe e tudo, misturando pós-punk, dream pop e um climão nostálgico noventista. Um som urgente, cheio de contraste, feito pra quem vive entre o mundo real, e a vontade de jogar tudo pro alto e viver de arte. E no qual Pedro fala do que vive: “Tenho sentido, com cada vez mais força, que se não tentar agora viver de forma diferente, talvez nunca venha a descobrir o que é realmente viver da arte”, diz.

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