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Urgente!: Talking Heads, então era isso? (e Seun Kuti e Thundercat no Brasil)

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Urgente!: Talking Heads, então era isso? (e Seun Kuti e Thundercat no Brasil)

RESUMO: Talking Heads lançam clipe e deixam fãs iguais a cachorro que caiu do caminhão de mudança. Já Seun Kuti (out/nov) e Thundercat (ago) vêm ao Brasil com shows confirmados em várias cidades. Afrobeat, groove e homenagem à Tropicália no radar!

Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução YouTube (clipe Talking Heads) e Kola Oshalusi/Divulgação (Seun Kuti)

Se você esperava que o tal anúncio que os Talking Heads iriam fazer nesta quinta (5) fosse um show, uma turnê ou pelo menos uma live, pode tirar o cavalinho da chuva. Os quatro na verdade aproveitaram o aniversário dos 50 anos de seu primeiro show para lançar o primeiro clipe oficial do hit Psycho killer.

O vídeo tem direção de Mike Mills (o de filmes como Sempre em frente e Mulheres do século 20) e traz a atriz Saoirse Ronan interpretando uma mulher que sofre com uma rotina massacrante, um dia a dia repleto de tédio e uma carga mental daquelas. Aquela imagem do sol brilhando que você viu no Instagram da banda aparece diversas vezes no clipe, e representa mais um dia de trabalho para a personagem. E, sim, você vai ranger os dentes cada vez que aquela imagem aparecer no vídeo.

No texto de lançamento, Mills e Saoirse rasgaram a maior seda: o diretor diz que trabalhar com a banda e a atriz foi uma das melhores experiências de sua vida, e Ronan revela que cresceu escutando a música do grupo. “É realmente um sonho de infância / adolescência / vida inteira se tornando realidade. Mal posso esperar para que os fãs do Talking Heads vejam!”, conta ela.

Os fãs provavelmente vão se sentir como a criança que pediu uma bicicleta e ganhou um carrinho – mas sim, o clipe é bem legal. Veja aí.

***

Seun Kuti tá vindo aí — e não vem sozinho. O filho do mestre do afrobeat Fela Kuti desembarca no Brasil em outubro com a banda Egypt 80, aquela mesma que tocava com o pai dele nos velhos tempos, pra uma série de shows que não são só de música. Até porque, se vem da família Kuti, é música, é transe, é política (e recentemente resenhamos Journey through life, disco do irmão dele, Femi Kuti).

Ele traz na bagagem Heavier yet (Lays the crownless head), disco lançado no ano passado, com produção de Lenny Kravitz e participação de Damian Marley e Sampa The Great. No dia 29 de maio, saiu uma edição deluxe que aumentou o número de convidados: nomes como Kamasi Washington, Alborosie, Posdnuos (De La Soul) e Don Letts juntaram-se à turma.

Anota as datas: Brasília (Infinu Comunidade Criativa, 29/10), Rio (Kingston Club, 30/10), BH (local a definir, 31/10), Florianópolis (Stage Club, 1/11), Curitiba (Tork n’ Roll, 2/11) e Porto Alegre (Grezz, 5/11). Ingressos via Shotgun.

Falando nisso, quem já anunciou volta ao Brasil é o superbaixista e supercompositor Thundercat, que vem fazer shows aqui em agosto – a turnê passa por São Paulo (20/08), Rio (21/08), Porto Alegre (23/08) e Curitiba (24/08). Ligadíssimo à música brasileira, ele fez um cartaz que homenageia a arte da capa do álbum Tropicália ou Panis et circencis (disco colaborativo que reunia Caetano, Gil, Tom Zé, Mutantes e outros, lançado em 1968) para divulgar as apresentações.

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Urgente!: Quando a magia de Brian Wilson voltou a funcionar

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Urgente!: Quando a magia de Brian Wilson voltou a funcionar

Brian Wilson, o cérebro criativo dos Beach Boys, passou décadas mergulhado em um estado de espírito mais denso e desafiador que o simples fracasso. Era, enfim, aquela coisa de observar que todas as suas fórmulas mágicas, de uma hora para outra, pararam de funcionar. Ainda que o sucesso insistisse em dar as caras, aqui e ali.

A palavra “fórmula” parecia acompanhar a história dos Beach Boys. Isso porque Mike Love, primo dos Wilson e eterno algoz de Brian no grupo, supostamente odiava as mudanças que Brian queria fazer no som dos BB. E supostamente teria soltado um ríspido “não foda com a fórmula (da banda)” numa das discussões com Brian. O “supostamente” é apenas um mínimo benefício da dúvida, porque Love cansou de negar tudo isso – disse que, pelo contrário, sempre gostou de Pet sounds (há controvérsias), que defendia Smile (mais ainda), etc.

(Por sinal, nas costas de Love repousa a responsabilidade por um dos maiores superfracassos da história dos Beach Boys: uma turnê com o ex-guru dos Beatles, Maharishi, em 1968. Um rolê que deu errado do começo ao fim. E que se resumiu a apenas três datas com som ruim, atuações cagadas – por parte dos BB – e vaias quando Maharishi abria a boca.)

Brian era aquele famoso caso de gênio incompreendido pelo mercado. Com direito a discos recusados pelas gravadoras (ao longo da vida foram vários), ordens expressas para fazer álbuns que vendessem, ideias interessantes quando ninguém ainda estava preparado para elas (o tal single engavetado de rap que ele fez em 1991).

Havia uma magia em ação ali que parece mesmo deslocada de tempo e espaço – por mais sucesso que ele tenha tido em fases anteriores. Num determinado momento dos anos 1970 tanto Brian quanto sua banda, trilhas sonoras da felicidade norte-americana na década anterior, haviam virado um troço absolutamente uncool. Mal comparando, era como ser fã de Belchior no Brasil dos anos 1980/1990.

Não que a imagem dos Beach Boys já não houvesse sido posta em cheque antes – isso ja vinha acontecendo desde a era de Woodstock. Lá por 1967 / 1968 / 1969, a estética do “sonho americano” do grupo estava em baixa e era tido como música da velha guarda. Em compensação, a turma do Norte da Califórnia (Grateful Dead, em especial) chegava à toda.

Só para você ter uma ideia: Brian Wilson era um dos caciques do festival de Monterey, realizado de 16 a 18 de junho de 1967. Mesmo assim a banda cancelou seu show no evento porque achou que o material antigo não levantaria a plateia – e Brian, comandante dos últimos movimentos do grupo em estúdio, estava sem tocar ao vivo com o BB fazia tempo.

Em 1970, os Beach Boys lançaram Sunflower, sua estreia pela Reprise Records – um disco excelente, mas ignorado por muitos. Em plena era de Led Zeppelin, Black Sabbath e do nascente glam rock, os Beach Boys pareciam completamente fora de lugar. As turnês da banda soavam mais como entretenimento nostálgico para fãs antigos do que como eventos imperdíveis. Bruce Johnston – um dos poucos membros que não fazia parte do clã Wilson – resumiu bem o clima da época: os Beach Boys eram vistos como “uma Doris Day do surfe”.

Com o tempo, o culto em torno da figura de Brian foi surgindo – trilhas de filmes resgataram a banda, jornalistas-fãs trouxeram de volta a história do aborto do disco Smile, e o próprio Brian, ainda paciente do controverso dr. Eugene Landy, foi voltando com álbuns novos. A ideia de que Brian foi um gênio demorou bastante a surgir na mente dos fãs de rock – e não custa lembrar que Pet sounds (1966), disco-virada dos Beach Boys, vendeu bem menos que os anteriores e foi visto pela Capitol, selo do grupo, como um risco não muito calculado.

O Brian Wilson que se despediu nesta quarta (11) era um cara diferente: um gênio aclamado pelos fãs, um cara cujos shows atraíam pessoas, um artista cuja ausência dos palcos (por motivos de saúde) era lamentada por quem nunca pôde vê-lo ao vivo. A magia do artífice dos Beach Boys voltou definitivamente a funcionar. Ou, vendo por outro aspecto, a genialidade de Brian demorou a coincidir com as expectativas do público e do mercado, essas duas entidades que muitas vezes, não esperam por ninguém. Seja como for, o mundo acabou, enfim, se curvando àquele som de praia, dor e vanguarda – que nunca deixou de soar, mesmo quando não era ouvido.

Texto: Ricardo Schott

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Radar: Drugdealer e Weyes Blood, Indigo de Souza, Water From Your Eyes, Astra Vaga – e mais

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Radar: Drugdealer e Weyes Blood, Indigo de Souza, Water From Your Eyes, Astra Vaga - e mais

Viver só de arte – várias bandas que estão em começo de carreira sonham com isso (e tem muita banda experiente que também recorre a outros jobs pra pagar as contas, normal). Hoje no Radar internacional tem uma banda de Portugal, o Astra Vaga, que surgiu dessa necessidade de viver a música 24 horas por dia. E tem uma turma na nossa lista de hoje que encara o dia a dia entre estúdios e palcos na maior intensidade – a dupla Drugdealer e Weyes Blood, Indigo de Souza, etc – e leva isso para suas músicas, clipes e performances. Ouça, leia e veja.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação (Drugdealer e Weyes Blood)

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DRUGDEALER feat WEYES BLOOD, “REAL THING”. Tem coisa nova (e retrô na medida certa) no universo do pop barroco de Michael Collins, mais conhecido como Drugdealer. A nova faixa Real thing, com os vocais de Natalie Mering (que usa o codinome Weyes Blood, e com quem ele já havia feito outras músicas), é puro encanto setentista: tem ecos de Carpenters, e é pop com alma de jazz, baixo dançante e sax envolvente.

Real thing nasceu de sessões de Michael com o produtor parisiense Max Baby no estúdio de um dos membros da banda progressiva. O resultado é suave, nostálgico e feito com afeto. Uma joia pop que parece saída de um especial de TV de 1978 – e que já tem até clipe, dirigido por James Manson. E Natalie Mering/Weyes Blood, mais uma vez, encanta com seus vocais – mas isso já era de se esperar…

WATER FROM YOUR EYES, “LIFE SIGNS”. A TV dos anos 1990, com seus comerciais “ligue djá”, seus telejornais cheios de letreiros passando pela tela, sitcoms e talk shows, é a fonte de inspiração para o novo clipe do Water From Your Eyes. Rachel Brown e Nate Amos, os dois do WFYE, unem tédio, vazio, sátira, ritmos quebrados (numa abordagem mais pro pós-punk que pro pós-hardcore), vocais doces e guitarras ruidosas, numa canção que anuncia o próximo álbum, It’s a beautiful place, agendado para agosto. Um disco que, explicam-confundem eles, será “sobre tempo, dinossauros e espaço”.

INDIGO DE SOUZA, “CRYING OVER NOTHING”. “Essa música é sobre uma dor que transcende a razão. Uma dor que persegue aonde quer que você vá ou o quanto tente apagá-la. Uma dor que vem de memórias que você não consegue apagar e de um amor que você não consegue desfazer. É sobre uma perda que não tem fim”, conta Indigo de Souza sobre seu novo single, Crying over nothing – mais uma música que adianta o próximo álbum da cantora, Precipice, que sai dia 25 de julho. Canção e clipe são bastante felizinhos, apesar da letra ser bastante melancólica.

SUNGAZE, “SHADOWS”. Apesar de ter o clima enevoado do shoegaze como uma de suas referências, o nome desse grupo chega a soar como uma paródia do estilo – só uma ironia diante do clima cabisbaixo do gênero musical. O Sungaze deixa entrar também muitas influências de emo, grunge e até country, e no novo single, o grupo liderado pela dupla Ian Hilvert e Ivory Snow libera espaço para vários tipos de energias – a letra da nova faixa fala sobre o bom e velho equilíbrio entre bem e mal que todos nós vivemos no dia a dia.

PLANET OPAL, “CONNECTION OVERDRIVE”. Não chega a ser um synthpop, mas o som dessa banda italiana experimental é bstante robótico: o Planet Opal se dedica a sons balançados adiante por um clima que lembra bastante o krautrock, e também a dance-punk de bandas como Gang Of Four. Connection overdrive tem até algo de disco music – e em alguns momentos, parece com uma canção punk produzida por Giorgio Moroder. O álbum Recreate patterns, Release energy já está entre nós desde o começo de maio e é som novo, de verdade.

EMPTYSET, “ANTUMBRA”. Essa dupla britânica de música eletrônica trabalha de forma bastante experimental, a ponto de quase ser possível enxergar os sons que eles tiram nas músicas. Algumas canções soam tão esféricas quanto a foto da capa de Dissever, o novo álbum. Já o single Antumbra consiste em uma só nota, no teclado, sendo distorcida de diferentes modos – chegando a parecer uma varrição de vento e areia no deserto. Detalhe: tudo é feito ao vivo e com o uso de equipamento vintage – como se a história do gênero musical fosse repassada.

ASTRA VAGA, “LAMENTO”. Depois de anos no corre entre escritório e estúdio, o português Pedro Ledo (ex-The Miami Flu) larga o inglês e a vida dupla pra lançar seu projeto solo em seu idioma, o Astra Vaga. O primeiro single, Lamento, já tá no ar com clipe e tudo, misturando pós-punk, dream pop e um climão nostálgico noventista. Um som urgente, cheio de contraste, feito pra quem vive entre o mundo real, e a vontade de jogar tudo pro alto e viver de arte. E no qual Pedro fala do que vive: “Tenho sentido, com cada vez mais força, que se não tentar agora viver de forma diferente, talvez nunca venha a descobrir o que é realmente viver da arte”, diz.

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Lançamentos

Radar: Marrakesh, Clayton Barros, Silas Niehaus, Alberto Continentino, Dia Eterno, Asterisma, Devotos de Nossa Senhora

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Radar: Marrakesh, Clayton Barros, Silas Niehaus, Alberto Continentino, Dia Eterno, Asterisma, Devotos de Nossa Senhora

Tem radar quase todo dia no Pop Fantasma – alternando nacional e internacional – e a ideia é reforçar um compromisso nosso de estar sempre divulgando música nova. Relançamentos também têm vez por aqui de vez em quando: além de novas de bandas como Marrakesh e Asterisma, tem também o anúncio de que o primeiro álbum do Devotos de Nossa Senhora Aparecida – banda do Luiz Thunderbird, lembra? – voltou em vinil. Ouça, leia, veja, comente e compartilhe tudo.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Gustavo Baez/Divulgação (Marrakesh)

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MARRAKESH, “TROQUEI”. Essa banda curitibana, que já tem dois álbuns em inglês, prepara o primeiro disco em português – a sair pela Balaclava Records. A sonoridade da nova faixa fica entre estilos como shoegaze e até hardcore (presente numa viradinha rítmica que rola lá pela metade da música, e nos vocais gritados). A letra, por sua vez, fala de uma pessoa que não some da memória. “É como se a pessoa continuasse ali, mesmo quando a gente tenta seguir em frente. O tropeço não é só literal, mas emocional”, comenta Truno, vocalista do Marrakesh. Antes de Troquei, saíram dois singles que adiantaram o próximo álbum, Talvez e Brincos.

CLAYTON BARROS feat JORGE DU PEIXE, “FLOR DE VULCÃO”. Clayton, violonista do Cordel do Fogo Encantado, abre os caminhos de seu novo álbum solo, Primitivo atemporal, com Flor de vulcão, que traz um feat de Jorge Du Peixe, da Nação Zumbi. Uma música que une sertão, mangue, ritmos levemente caribenhos e climas herdados do samba – o violão tem referências de João Bosco e a batida inclui emanações de Glorioso Santo Antonio, faixa da dupla baiana Antonio Carlos & Jocafi. Já a letra fala de recomeço, amor e coragem diante da escuridão. É o sertão revisto com lentes futuristas – como diz Clayton, “um vaqueiro montado numa moto elétrica”. O single saiu pelo selo Estelita e já está nas plataformas.

SILAS NIEHAUS fest GUIAS CEGOS, “PRES MENINES”. Cantor, compositor, multi-instrumentista, poeta, ator, artesão e artista drag queen da Bahia, Silas acaba de lançar o EP Màriwò – uma celebração da identidade preta, LGBTQI+ e periférica, marcada por composições autorais e diversidade musical. Pres menines, colaboração com a banda Guias Cegos, traz influências de samba, rap e trap, criando um manifesto que afirma corpos, vozes e vivências.

O EP integra a iniciativa Sons do Subúrbio, que impulsiona as trajetórias de artistas do Subúrbio Ferroviário de Salvador por meio da qualificação profissional e do apoio à produção artística.

ALBERTO CONTINENTINO, “MILKY WAY”. Baixista de nomes como Caetano Veloso, Ana Frango Elétrico, Bala Desejo e Adriana Calcanhotto, Alberto apronta seu terceiro álbum solo, Cabeça a mil e o corpo lento, para este mês, pelo selo RISCO. Com groove espacial e as mesmas emanações dos anos 1980 que volta e meia marcam o trabalho de Ana, Milky way traz Alberto cantando – com o auxílio de Leticia Pedroza – uma letra extremamente simplificada em inglês, feita por Tomás Cunha. A música foi feita a partir da letra, e Alberto decidiu fazer tudo em cima do groove, com direito a programações eletrônicas e dois baixos (!) que dão uma baita sustentação á melodia.

(e de lá para cá, saiu outro single de Alberto, Cerne)

DIA ETERNO, “ESSA CIDADE ACABOU”. Bastante influenciada pelo pós-punk (e por bandas como Violeta de Outono, cujo hit Dia eterno inspirou seu nome), essa banda paulistana passou recentemente pela tristeza da morte do baixista Jesum Biasin. O músico teve tempo de gravar o baixo em duas faixas do novo álbum do grupo, Diferentes direções, lançado em abril. Uma delas foi a balada dark Essa cidade acabou, de clima chuvoso e andamento lento. O Dia Eterno prossegue com Ivan Malta no baixo e no teclado, dividindo o grupo com Roberto Troccoli (voz, guitarra) e Leandro Alves (bateria).

ASTERISMA, “UMA ESTRELA E MEIA”. Influenciada pela cena do Midwest emo – o emo do Centro Oeste dos Estados Unidos, que ficou famosíssim a partir dos anos 1990 – essa banda gaúcha também une referências de indie rock, e um clima confessional que não fala só de pensamentos pessoais e introspecções afins. Temas sociais e políticos volta e meia aparecem nas letras do grupo, que prepara para breve o segundo álbum. Uma estrela e meia lida com os problemas da vida como se fossem filmes – o título é inspirado no sistema de avaliação do site Letterboxd, e a letra propõe superação no lugar dos traumas (“a intenção não é levar pra cova / alguma merda que vivi / é que as memórias / não usam interruptor pra apagar”). O clipe, filmado na mitológica Twin Video de Porto Alegre, é bem legal.

DEVOTOS DE NOSSA SENHORA APARECIDA, “GIBI, RAMONES E MOTÖRHEAD”. Formada nos anos 1980 pelo apresentador Luiz Thunderbird, o Devotos é uma banda de uma época em que até o punk rock era mais simples, mais voltado para os poucos acordes e para a adoração irrestrita a Ramones – e o primeiro álbum do grupo, Devotos a quem? (1994) acaba de voltar em vinil pelo selo Monstro Discos. O quase-hit do álbum foi Gibi, Ramones e Motörhead, uma declaração de princípios que na época ganhou clipe e (olha só!) fez parte até de uma trilha de novela (a hoje esquecida 74.5, Uma onda no ar, da Rede Manchete).

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