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Tom Petty ganha homenagem do The War On Drugs em show

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The War On Drugs

Vários artistas fizeram homenagens a Tom Petty, morto na madrugada de terça (3), ao longo da semana. Um deles foi a banda The War On Drugs, que lembrou do músico em seu show desta quinta (5), no Greek Theatre de Los Angeles. A banda abriu seu set com Time to move on, música lançada por Petty num disco solo de 1994, The wildflowers. Ouve só.

Lançamentos

Hyporadar: punk-jazz-funk de baixo, voz e bateria

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Hyporadar: punk-jazz-funk de baixo, voz e bateria

Imagine a situação: você passa a infância e a adolescência querendo fazer parte de uma banda de rock. Quando finalmente consegue, já na universidade, desentendimentos levam a banda a terminar depois de dois anos. Foi o que aconteceu com Shane Duquette, norte-americano de uma cidadezinha do Maine “com pouca ou nenhuma cena musical” – e cujo projeto pessoal hoje atende pelo nome de Hyporadar.

Baixista desde cedo, Shane decidiu começar um grupo-do-eu-sozinho assim que a tal banda (que se chamava Mr. Citrus) terminou. Sem muito saco para correr atrás de novos companheiros, decidiu criar o Hyporadar e apostar em um som que usasse só baixo, vocal e um drum beat, influenciado por rock, soul, jazz, grunge, e por bandas como Morphine, Faith No More e Cake. “Já músicos de jazz como Victor Wooten e Marcus Miller forneceram um modelo para uma abordagem centrada no baixo sem guitarra elétrica”, conta ele.

O material do Hyporadar começou a ser gravado no começo de 2023 no porão de Duquette, que compôs, produziu, tocou e gravou tudo ele mesmo. A ideia inicial era encontrar um vocalista, mas ele resolveu também encarar a tarefa. “A ideia era combinar os estilos vocais de Mark Sandman, do Morphine e John McCrea, do Cake, um estilo vocal obscuro que beira a palavra falada”, diz. Tudo isso numa abordagem punk que permite erros e ruídos no som.

O Hyporadar já tem um álbum epônimo lançado em 2023 – destaque para o rock meio Lou Reed, com baixo, bateria e percussão, de This ain’t the day I die, e a balada Road to nowhere, além da hipnótica Forever (The one). Em 2024, já saíram os singles Lucifer (um simplíssimo jazz-rock-funk) e o punk rock Rain today. Ouça aí embaixo.

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Unknown Vagabond: melancolia sonora direto de um porão na Suíça

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Unknown Vagabond: melancolia sonora direto de um porão na Suíça

Com um álbum lançado em setembro, Memories of a forgotten future, e mais uma série de singles, o Unknown Vagabond vem da Suíça e dedica-se a misturar a tristeza de bandas como Bon Iver e Radiohead ao esquema voz-e-violão herdado de artistas como Nick Drake, Elliot Smith e John Lennon – ou seja: melancolia para dar e vender, em faixas como Falling consciously, a quilométrica Wake up (aberta com piano e cordas, e prosseguida com batida quase fúnebre, como no disco Berlin, de Lou Reed), o rock contemplativo de One of them, o clima agridoce de Tear down those walls e a tristeza de Dazed – sem falar na autoexplicativa The art of desolation.

O som do Unknown Vagabond foi bolado pelo multi-instrumentista Daniele Radicci, que tem se dedicado a “compor e gravar silenciosamente sinfonias para o viajante introspectivo”, como ele diz no release do projeto, “no isolamento de um porão em algum lugar em Winterthur, Suíça”. O projeto estava restrito ao tal porão, mas “com a virada de 2023, o Unknown Vagabond escolheu entrar na luz, compartilhando sua visão com o mundo — uma visão que mistura as melodias introspectivas do indie, os sons que desafiam os limites do alternativo, as narrativas expansivas do pós-rock, as estruturas complexas do prog rock e as vibrações etéreas do dream pop”.

Falling consciously, especificamente, é definida por Radicci como uma canção que “parece uma caminhada por uma floresta de outono” e “um abraço lento e acústico que gradualmente se desdobra em um rico mosaico de sentimentos e melodias. Um lembrete de que mesmo na tristeza, a esperança pode acender”. Recentemente, o Unknown Vagabond lançou novo single, We’re the same, uma canção do deserto, com sons de slide guitar e clima stoner, lembrando o estilo de John Frusciante, ou o lado menos pesado de grupos como o Kyuss – e um tantinho mais solar que o comum do repertório do projeto. Renovações à vista?

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Aline Vieira: memórias, emoções e folk caipira em “Mar de dentro”

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Aline Vieira: memórias, emoções e folk caipira em “Mar de dentro”

Influências de folk, música baiana marítima (na onda de Dorival Caymmi) e até de sons MPB-caipiras surgem no EP Mar de dentro, estreia da cantora Aline Vieira. É o primeiro trabalho autoral numa carreira que já tem 15 anos, e que já passou por outras formas de arte, já que ela também trabalha como produtora de filmes e coordenadora de projetos culturais.

A ideia de Aline é que o EP, de cinco faixas, siga uma linha do tempo, que vai da infância até os dias de hoje – desde a voz de criança e o clima de pique-esconde de 31, lá vou eu, folk em tom caipira lembrando Ruy Maurity e Sá & Guarabyra, passando pela MPB praieira e percussiva de Saudádiva, e chegando ao forró clássico, com rabeca, de Samburá de ilusões.

O repertório é completado pelo folk brasileiro de Rosa dos últimos tempos, e pelo som marítimo de Luas de maio. O repertório foi feito pelo poeta Marcos Aurino Pinheiro e pelo músico João Sobral. Entre os músicos, a própria Aline (violões), Carlinhos Ribeiro (percussão), Gabriel Menin (baixo) e Pedro Silva (guitarras).

Foto: Isadora Manerich/Divulgação.

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