Notícias
Um sujeito mandou raspar o rosto do Donald Trump no cabelo

E aí, toparia pedir pro seu cabeleireiro desenhar um Donald Trump na sua cabeça? Bom, um cabeleireiro de Changhua, em Taiwan, fez sucesso nas redes sociais esta semana ao fazer exatamente isso, quando cortava o cabelo de um cliente. Coisa simples: o cara coloriu o cabelo do cliente com o mesmo tom abóbora de Trump e raspou o “rosto” do presidente norte-americano lá.
https://www.youtube.com/watch?v=LKRti_Z-puY
Lançamentos
Urgente!: Stereolab na bossa psicodélica, Turnstile no emo ambient, Forth Wanderers de volta (?)

Nesta sexta (23), finalmente o mundo vai conhecer o novo disco do Stereolab – que, a julgar pelos singles lançados até agora, promete ser fantástico (mas a gente sempre pode se enganar… eu mesmo apostei no novo do Arcade Fire). Instant holograms on metal film, décimo-primeiro álbum da banda, é o primeiro desde 2010, tem quase uma hora de duração, será lançado em vinil duplo e ganhará uma turnê de divulgação que passa pela Europa, América do Norte e Reino Unido até dezembro.
Entre os convidados estão Cooper Crain e Rob Frye (do Bitchin Bajas), Ben LaMar Gay (músico, compositor e folclorista de Chicago) e a multi-instrumentista Marie Merlet. As gravações ficaram por conta da dupla Tim Gane e Lætitia Sadier, junto com os músicos de turnê: Andy Ramsay (bateria), Joe Watson (teclados) e Xavi Muñoz (baixo). Um último vislumbre de Instant holograms on metal film saiu nesta terça (20): é o single Transmuted matter, bossinha psicodélica de respeito, que ganhou um visualiser mais lisérgico ainda. Para ver (e ouvir) estrelas.
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Um disco que já tá cheio de assunto é o quarto álbum da banda norte-americana Turnstile, Never enough, que sai dia 6 de junho pela Roadrunner. Para começar, Never enough não é só um disco — é um álbum visual, que será lançado mundialmente durante o Festival de Cinema de Tribeca, entre 4 e 15 de junho. A direção do filme ficou por conta do vocalista Brendan Yates e do guitarrista Pat McCrory, e ele reúne as 14 faixas do álbum em uma imersão audiovisual contínua — ou seja, se você assistiu aos clipes lançados até agora, já teve pequenos encontros com o filme.
E o som? Surfando na boa maré das bandas emo e mergulhando de vez nos conceitos artísticos, o Turnstile dá passos firmes em direção a paisagens mais ambient — uma tendência que já vinha de antes, mas que agora se consolida. Nesta terça (20), saiu mais um fragmento do novo trabalho: Look out for me, uma faixa de quase sete minutos, com clima de pós-rock, videoclipe misterioso e dinâmico, e versos que doem, como “agora meu coração está por um fio” e “estamos numa fila para desaparecer / é injusto, injusto, injusto”.
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Sumidos da Silva desde 2018, os Forth Wanderers reapareceram do nada com To know me / To love me, single novíssimo que caiu de surpresa no Bandcamp da banda, e foi lançado por sua última gravadora, Sub Pop. O grupo indie de Nova Jersey, que não lançava nada desde seu segundo disco (o auto-intitulado Forth Wanderers, de 2014), nunca anunciou um fim oficial — só um hiato, um cancelamento de turnê e um texto forte da vocalista Ava Trilling na saudosa revista Vice, sobre crises de pânico na estrada.
Agora, a coisa pode estar esquentando de novo: o Instagram do grupo foi reativado com o anúncio da faixa nova. E embora o perfil também tenha sido usado recentemente (no fim de abril) pra anunciar uma edição comemorativa em vinil branco do disco de 2014, o noise rock de To know me / To love me parece que não é só nostalgia…
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O selo Cavaca Records arma noite com shows de City Mall, Caco/Concha e Lorena Moura no dia 29 de maio, na Casa Rockambole, em São Paulo. O evento marca a estreia da nova identidade visual do selo, criada por Bruno Faiotto, e a campanha Ouro da música brasileira.
Na noite, também rolam DJ sets de Eliminadorzinho e do próprio Faiotto. A noite celebra lançamentos recentes, músicas inéditas e a fase atual do selo fundado por Cainan Willy e Yasmin Kalaf. Vale citar que Caco/Concha e City Mall já andaram aparecendo aqui no Pop Fantasma. Ingressos aqui.
Texto: Ricardo Schott
Lançamentos
Radar: A Mosca, Megachoir, $upply e outros sons do Groover

O Pop Fantasma tá no Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time. O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins. Aqui embaixo, separamos alguns nomes que já passaram pelo nosso filtro e ganharam espaço no site. Dá o play, adiciona na sua playlist e vem descobrir coisa nova! (foto A Mosca: Divulgação).
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A MOSCA, “32 PORCOS”. Um grupo português que se define como “jazz-rock-eletrónico experimental”, e cujo single novo, A mosca (por enquanto apenas no Bandcamp) faz uma crítica ao capitalismo predatório e ao clima de cobra-comendo-cobra dos dias de hoje. “Querem comer a alma à cidade / e nem lavam as mãos / que porcos!”, afirma o A Mosca, em meio a uma base de guitarra, baixo, bateria e efeitos de teclado, tudo desabando.
MEGACHOIR, “NOT REVENGE”. “Viver bem não é uma vingança”, declara Erik Shveima em voz grave e teatral, no comando desse projeto de música industrial e eletrônica. O Megachoir, afirmam eles, “desceu recentemente a essa era de capitalismo de cérebro reptiliano” e disponibilizou seu som para todas as playlists, em todas as plataformas. Violência sonora das boas.
$UPPLY, “THE SAINT MARCH”. Com um som que parte do grunge e se espalha por influências de pós-punk, hip hop, jazz e até música clássica, o $upply chega com um som denso e emocional. Em The saint march, baixo marcante e clima sombrio anunciam o disco Welcome to Wasteland. A banda se define como “nascida da rebelião, da emoção crua e da introspecção” — e soa exatamente assim.
ME & MELANCHOLY, “NAIVE”. Projeto musical sueco influenciado tanto por Depeche Mode quanto por Radiohead, o Me & Melancholy (criado e liderado pelo compositor Peter Ehrling) lançiu recentemente o disco Open your eyes. O single Naive une sons eletrônicos e atmosfera sombria, com versos inconclusivos na letra.
THE NEW BORN YEARS, “BANGLADESH”. Uma banda norte-americana que deve tanto a Sparks quanto a Residents e Negativland, e que gravou discos absolutamente secretos e/ou sigilosos entre 2008 e 2013. Agora, com o catálogo chegando às plataformas, eles resgatam a faixa Bangladesh, um mergulho nas suas experimentações surrealistas.
MUELLERCRAFT, “AFTER THE FALL”. Prestando homenagem a discos como Tommy, do Who, e 2112, do Rush, o Muellercraft (projeto musical do norte-americano Jay Nelson Mueller) lançou a ópera-rock Dystopia 31, uma ficção científica que fala sobre clonagem, despotismo e revolta. Atenção aos belos synths dessa faixa, uma das melhores do álbum.
LOVE GHOST feat JAZZ MOON, “JUST ANOTHER SUNDAY”. O Love Ghost, dos EUA, uniu forças com a cantora austríaca Jazz Moon para criar uma balada shoegaze com pegada folk. Guitarras atmosféricas e uma melodia suave embalam a letra, que trata da solidão que persiste mesmo em relacionamentos a dois.
DUPLEXITY, “WAVELESS TIDE”. A dupla de irmãos que comanda o Duplexity volta ao Pop Fantasma com Waveless tide, uma pancada sonora que junta riffs do nu-metal com quebras rítmicas do pós-hardcore. Intenso e explosivo, o som parece pronto para colidir com qualquer calmaria.
JOHN CONSALVO, “IMY”. O norte-americano John Consalvo transforma a saudade em canção com IMY — sigla para “I miss you”. A faixa é um folk rock com cara de hit, daqueles que grudam na cabeça e fazem a gente se perguntar: por que isso não está tocando no rádio (que rádio?).
ZIRCON SKYEBAND, “ELVIS LIVES ON THE MOON”. Banda da casa no selo Zircon Skye, a Zircon Skyeband é formada por uma “constelação de músicos” com fixação pelo espaço. Em Elvis lives on the moon, eles embarcam num soul-country psicodélico e levam o espírito do Rei do Rock para dançar na gravidade zero
Notícias
Urgente!: E o Suede, que acendeu a luz no fim do túnel?

O Suede já foi muitas bandas dentro de uma só. O glam esfumaçado do começo. O lirismo decadente dos anos 1990. O retorno em câmera lenta e de olho no futuro. E a “coisa” punk de Autofiction (2022). Agora, com o anúncio do novo disco, Antidepressants, previsto para 5 de setembro, a história muda mais uma vez.
Enfim, nas palavras do próprio Brett Anderson, vocalista e alma inquieta do grupo: “Se Autofiction foi nosso disco punk, Antidepressants é o nosso disco pós-punk. É sobre as tensões da vida moderna, a paranoia, a ansiedade, a neurose. Todos nós buscamos conexão em um mundo desconectado. Essa era a sensação que eu queria que as músicas tivessem. O álbum se chama Antidepressants. É música fragmentada para pessoas fragmentadas”.
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O primeiro single já veio, Disintegrate estreou com videoclipe cheio de luzes e alertas (literalmente – pessoas com fotossensibilidade, atenção redobrada). É uma faixa que balança entre o Joy Division e o Roxy Music, com Anderson oscilando entre Ian Curtis e Bryan Ferry. Os riffs poderiam ter saído de uma demo perdida em algum porão de Manchester. A letra fala sobre o que todos sentimos, mas não admitimos em voz alta: amor, desamor, o caos dentro da cabeça.
Dias antes, a banda já tinha soltado uma prévia: o clipe ao vivo da faixa-título, Antidepressants, num registro cru, sem o lançamento oficial em plataformas – só o vídeo, como um vislumbre e um presente para os fãs. Tudo indica que Antidepressants não será um disco fácil. E a própria banda já disse – até falamos disso aqui – que o álbum “vai ser barulhento. Vai ser estranho. Vai ser mais desesperado e neurótico do que Autofiction“.
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A Mushroom Pillow, selo espanhol conhecido pelas conexões com o indie e o alternativo, abre uma nova frente: o selo Desdemona. A proposta é simples: um selo paralelo, inteiramente voltado para a música de guitarra. Do nu metal ao garage, do punk ao psicodélico. Sem rodeios.
A estreia vem com Black Maracas, que entrega o primeiro disco do selo. The anecdote ainda não saiu, mas o cartão de visitas, o single Feel me behind your neck, já está nas plataformas.
Na sequência, vem o The Liquorice Experiment – projeto que divide base entre Valência e Londres. Garage e psicodelia com DNA sessentista. Lançamento em breve, com turnê com o grupo norte-americano La Luz no horizonte.
A Desdemona também olha para trás: dois discos fundamentais do rock pesado espanhol ganham reedição em vinil. Morfología, do Sôber (1999), sai em LP pela primeira vez. E El infierno, do Hamlet (2000), vai comemorar 25 anos com sua estreia em formato bolacha preta.
A linha está traçada: guitarra na frente. Passado, presente, palco, acervo.
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O Buzzcocks, um dos nomes centrais do punk britânico, está de volta ao Brasil após 15 anos. A turnê latino-americana começou na Cidade do México e chega por aqui nos dias 24 (São Paulo), 25 (Curitiba) e 27 de maio (Porto Alegre). No repertório, faixas que atravessaram décadas e influenciaram bastante o rock nacional dos anos 1980, como Ever fallen in love e Orgasm addict.
A banda surgiu na mesma cena que revelou os Sex Pistols, mas logo construiu um som próprio, cujo legado estende-se até ao pop punk e emocore. Em São Paulo, a noite terá abertura dos grupos Sweet Suburbia e Excluídos. Em Porto Alegre, quem abre é a Treva.
Steve Diggle, único membro da formação clássica ainda na ativa, lidera os shows. A turnê acontece logo após a participação do grupo no festival Cruel World, na Califórnia. O Buzzcocks segue em movimento.
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E interessante isso: o músico e pesquisador Chris Dalla Riva entrevistou para sua newsletter ninguém menos que Justin Norvell, vice-presidente executivo da Fender. E o executivo veio com uma novidade: mesmo que não haja muitos solos de guitarra nas paradas pop, a guitarra segue “tão vital e relevante como sempre”.
“Por muito tempo, a guitarra foi vista como um instrumento no qual você escrevia riffs. A ideia de que a guitarra pode ser mais do que isso se infiltrou em muitos gêneros a ponto de você nem perceber que certas bandas são bandas de guitarra. É mais um instrumento de ambiente”, diz ele, acrescentando também que a época em que as vendas de guitarras atingiram o nível mais baixo de todos os tempos rolou na década de 1980 (!).
“Acho que parte do problema era que a técnica virtuosa de tocar guitarra parecia fora de alcance para a maioria dos músicos. Nossa pesquisa mostra que a maioria dos músicos hoje em dia são amadores. Acho que, com a democratização da gravação, a guitarra se tornou uma ferramenta mais vital. Estamos vendendo mais guitarras do que nunca hoje em dia por causa disso”, diz, acrescentando também que a guitarra pode não ser a rainha das paradas, mas está nos melhores espetáculos da música pop. “Minha filha estava no Coachella e uma de suas bandas favoritas de K-pop estava se apresentando ao vivo. A guitarra não era o ponto focal, mas estava lá”.
Texto: Ricardo Schott
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