Cinema
Bora relembrar “A iniciação de Sarah”?

Há 40 anos este telefilme clássico estreou na tevê brasileira. Exibido pela Rede Globo em 24 de maio de 1980, um sábado, na extinta sessão Primeira Exibição, logo depois da novela das 8 (Água Viva, na época). A iniciação de Sarah tornou-se um daqueles campeões de reprise na tevê. Quem acompanha meu blog, o Porcos, Elefantes e Doninhas, sabe que menciono esse telefilme com certa frequência. Tanto que o nome do meu blog (por sinal, onde este texto foi originalmente publicado) foi tirado de uma icônica fala do filme. O post de hoje é inteiramente dedicado a ele.
Impossível falar de A iniciação de Sarah sem tocar em Carrie, a estranha (Carrie), de Brian De Palma. Carrie descortinou um verdadeiro filão desde que estreou no cinema, em 1976. A partir de então, muitos filmes de terror valeram-se do mesmo mote da telecinesia (a habilidade de mover objetos por força paranormal, sem contato físico direto). Só em 1978 foram quatro longas: Jennifer (Jennifer), A fúria (The fury), Patrick (Patrick) e O toque da Medusa (The Medusa touch). E após o sucesso de Carrie no cinema, a televisão — sempre inclusiva no que diz respeito aos modismos — estava pronta para a combinação explosiva de telecinesia, angústia adolescente e vingança. Naquele mesmo ano de 1978, em 6 de fevereiro, o canal norte-americano ABC apresentou A iniciação de Sarah.
O diretor Robert Day, tarimbado na televisão, já tinha em sua lista diversos telefilmes, entre ele House on Greenapple Road (1970), Sortilégio (Ritual of evil, 1970) e Caçada mortal (Death stalk, 1975), além de vários episódios de séries muito populares da época. Apesar de sua inspiração óbvia em Carrie, A iniciação de Sarah, longe de ser uma cópia desleixada, é dirigido de forma admirável por Day. O roteiro adotou uma tática um pouco diferente do filme de De Palma e situou a personagem-título na faculdade, o que acabou fornecendo uma forte dose de ‘empoderamento feminino’, termo que ainda não existia naquela época. E Sarah, ao contrário de Carrie, é uma jovem madura, inteligente e consciente do mundo ao seu redor.
O filme garante o entretenimento do começo ao fim, principalmente devido ao ótimo elenco. Kay Lenz é a tímida Sarah, que vive na sombra da extrovertida irmã Patty (Morgan Brittany). Sarah é adotada e, embora ela e Patty sejam muito amigas e íntimas, ela se sente deslocada, acanhada. Entrar em Alpha Nu Sigma (ANS), a irmandade mais chique e bem conceituada do campus, significaria que as irmãs poderiam ficar juntas. Mas as esnobes e fúteis garotas da ANS, lideradas pela cruel Jenniffer Lawrence (Morgan Fairchild) olham para Sarah com desdém e sarcasmo. Patty, por outro lado, é recebida com entusiasmo por elas.
Sarah se candidata também à Phi Epsilon Delta (PED), a irmandade onde as descoladas, as “esquisitas”, as nerds e as fora do circuito moram. O casarão da PED, triste e meio soturno, nem de longe tem o glamour da ANS. Como já era de se esperar, Patty é aceita em três irmandades, incluindo Alpha Nu Sigma. A única que aceitou Sarah foi Phi Epsilon Delta.
Como caloura de Alpha Nu Sigma, Patty tem que passar por um teste de merecimento. Uma brincadeira cruel, espécie de trote. Jenniffer exige que Patty declare à Sarah, na frente de todos, no meio do campus, sua lealdade à ANS: “Manterei os altos padrões de Alpha Nu Sigma. Não comerei caminhando em público. Não vou me associar com PED — Porcos, Elefantes e Doninhas — em nenhum lugar.”
Em inglês é pigs, elephants and dogs (porcos, elefantes e cachorros). Mas, para a dublagem em português na TV, precisavam encontrar um nome de animal começando com a letra d, que justificasse as iniciais PED. A solução foi substituir cachorros por doninhas. Daí a famosa frase “porcos, elefantes e doninhas”, em uma das cenas mais memoráveis do filme.
As garotas da PED são lideradas pela excêntrica Sra. Hunter (Shelly Winters, sempre ótima), que demonstra interesse imediato em Sarah. A Sra. Hunter também é conhecida por se interessar por bruxaria. Aos poucos, tenta atrair Sarah para esse universo, ao perceber que a garota possui habilidades sensoriais ocultas. A velha usa esses poderes para retomar a velha rixa existente entre PED e ANS, e Sarah se torna um joguete na disputa, que envolve vingança e bruxaria.
O filme tem muito a seu favor e, em grande parte, funciona porque os personagens oprimidos são carismáticos e empáticos. Tisa Farrow (irmã caçula de Mia Farrow) interpreta Mouse, uma jovem tão doce, recatada e melancólica que dá vontade de levá-la para casa. E ela faz jus ao apelido: parece mesmo um ratinho assustado. Em uma das melhores cenas, Sarah defende a amiga Mouse da crueldade sádica de Jenniffer Lawrence: “Assim que eu cheguei aqui, conheci você (Jenniffer) e achei bonita. Mas eu estava enganada. Sua única preocupação é ser popular. Todo mundo dá tudo a você! Não faz esforço para nada! Nem para fazer amizade. Não liga para o sentimento das pessoas, nao liga a mínima para nada a não ser sua aparência. Vou te dizer uma coisa, Jenniffer: um dia, talvez, essas garotas estúpidas que riem da sua crueldade vão enxergar você feia como é! E vão odiar você, virar as costas pra você. E não lhe restará nenhuma amiga!”
Atriz de fibra, Kay Lenz foi uma feliz escolha para o papel de Sarah. Embora tenha demonstrado seu talento nas telonas em Interlúdio de amor (Breezy, 1973) — dirigido por Clint Eastwood — Moving violation (1976) e A casa do espanto (House, 1986), Kay trabalhou principalmente na televisão. Ganhou dois Emmy Awards e várias outras indicações por papéis na TV. Mesmo atraente ela conseguiu, de fato, encarnar o “patinho feio”, o jeito tímido e retraído que muitas jovens têm enquanto tentam se encontrar no ambiente da faculdade. É ela quem consegue, sem planejar, reunir as meninas do PED de uma maneira que ninguém havia sido capaz antes. A personagem possui, de fato, uma força oculta que não depende de telecinesia ou de poderes paranormais. Sua incapacidade de manter seus poderes afastados é o que torna trágico o desenrolar e o consequente desfecho da história.
As duas Morgans do filme (Fairchild e Brittany) estavam igualmente ótimas. E ainda tem a grande Shelley Winters, que sabia, como poucas, interpretar senhoras cruéis e manipuladoras por trás da aparência insuspeita e até dócil. Robert Hays, o impagável piloto atrapalhado de Apertem os cintos… O piloto sumiu! (Airplane!, 1980), ganhou em A iniciação de Sarah seu primeiro papel de (certo) destaque, como o namorado de Jennifer Lawrence.
No roteiro original, as garotas da irmandade eram transformadas em quadrúpedes. Mas os executivos da ABC relutaram diante da ideia e apontaram que essa e outras sequências envolvendo mais efeitos especiais estavam além dos custos da produção e das limitações de filmagem disponíveis na época.
Não é de se surpreender que o filme ainda tenha boa repercussão hoje — não apenas entre os telespectadores que tiveram a sorte de vê-lo pela primeira vez em sua exibição original, mas também entre os novos iniciados, que continuam a descobri-lo mais de quatro décadas depois. Eu o descobri em 1996, quando o gravei da Sessão Livre, exibida pela Bandeirantes, no começo da tarde. Foi “amor à primeira vista”.

Jornal O Globo, 24 de maio de 1980
A iniciação de Sarah chegou a ser lançado em vídeo em alguns países, inclusive aqui no Brasil, no final da década de 1980, pela Video Ban. Nos Estados Unidos, é um dos telefilmes mais cultuados dos anos 1970. E há uma razão para isso: a história é atemporal e as atuações ótimas. No geral, dá até para dizer que o filme envelheceu de forma mais do que digna. É claro que o visual pode parecer datado hoje, mas a mensagem de aceitação e a emoção da vingança não envelhecem.
Ganhou um remake homônimo em 2006, também para a TV, exibido em 22 de outubro daquele ano pela rede ABC. Apesar da participação de Morgan Fairchild, trata-se de um remake meio fajuto, pois aproveitou apenas pontos do telefilme original, mudando completamente a personalidade dos personagens e a história.
(o filme de 1978 inteiro, dublado, está no YouTube)
(ah, sim, o tal remake de 2006 também).
Cinema
Urgente!: Cinema pop – “Onda nova” de volta, Milton na telona

Por muito tempo, Onda nova (1983), filme dirigido por Ícaro Martins e José Antonio Garcia – e censurado pelo governo militar –, foi jogado no balaio das pornochanchadas e produções de sacanagem.
Fácil entender o motivo: recheado de cenas de sexo e nudez, o longa funciona como uma espécie de Malhação Múltipla Escolha subversivo, acompanhando o dia a dia de uma turma jovem e nada comportada – o Gayvotas Futebol Clube, time de futebol formado só por garotas, e que promovia eventos bem avançadinhos, como o jogo entre mulheres e homens vestidos de mulher. Por acaso, Onda nova foi financiado por uma produtora da Boca do Lixo (meca da pornochanchada paulistana) e acabou atropelado pela nova onda (sem trocadilho) de filmes extremamente explícitos.
O elenco é um espetáculo à parte. Além de Carla Camuratti, Tânia Alves, Vera Zimmermann e Regina Casé, aparecem figuras como Osmar Santos, Casagrande e até Caetano Veloso – que protagoniza uma cena soft porn tão bizarra quanto hilária. Durante anos, o filme sobreviveu em sessões televisivas da madrugada, mas agora ressurge restaurado e remasterizado em 4K, estreando pela primeira vez no circuito comercial brasileiro nesta quinta-feira (27).
Meu conselho? Esqueça tudo o que você já ouviu sobre Onda nova (ou qualquer lembrança de sessões anteriores). Entre de cabeça nessa comédia pop carregada de referências roqueiras da época, um cruzamento entre provocação punk e ressaca hippie. O filme abre com Carla Camuratti e Vera Zimmermann empunhando sprays de tinta para pixar os créditos, mostra Tânia Alves cantando na noite com visual sadomasoquista, segue com momentos dignos de um musical glam – cortesia da cantora Cida Moreyra, que brilha em várias cenas – e trata com surpreendente modernidade temas como maconha, cultura queer, relacionamentos sáficos, mulheres no poder, amores fluidos e, claro, futebol feminino.
Se fosse um disco, Onda nova seria daqueles para ouvir no volume máximo, prestando atenção em cada detalhe e referência. A trilha sonora passeia entre o boogie oitentista e o synthpop, com faixas de Michael Jackson e Rita Lee brotando em alguns momentos. E o que já era provocação nos anos 1980 agora ressurge como registro de uma juventude que chutava o balde sem medo. Vá assistir correndo.
*****
Já Milton Bituca Nascimento, de Flavia Moraes, que estreou na última semana, segue outro caminho: o da reverência, mesmo que seja um filme documental. Durante dois anos, Flavia seguiu Milton de perto e produziu um retrato que, mais do que um relato biográfico, é uma celebração. E uma hagiografia, aquela coisa das produções que parecem falar de santos encarnados.
A narração de Fernanda Montenegro dá um tom solene – e, enfim, logo no começo, fica a impressão de um enorme comercial narrado por ela, como os daquele famoso banco que não patrocina o Pop Fantasma. Aos poucos, vemos cenas da última turnê, reações de fãs, amigos contando histórias. Marcio Borges lê matérias do New York Times sobre Milton, para ele. Wagner Tiso chora. Quincy Jones sorri ao falar dele. Mano Brown solta uma pérola: Milton o ensinou a escutar. E Chico Buarque assiste ao famigerado momento do programa Chico & Caetano em que se emociona ao vê-lo cantar O que será – um vídeo que virou meme recentemente.
Isso tudo é bastante emocionante, assim como as cenas em que a letra da canção Morro velho é recitada por Djavan, Criolo e Mano Brown – reforçando a carga revolucionária da música, que usava a imagem das antigas fazendas mineiras para falar de racismo e capitalismo. Mas, no fim, o que fica de Milton Bituca Nascimento é a certeza de que Milton precisava ser menos mitificado e mais contado em detalhes. Vale ver, e a música dele é mito por si só, mas a sensação é a de que faltou algo.
Por acaso, recentemente, Luiz Melodia – No coração do Brasil, de Alessandra Dorgan, investiu fundo em imagens raras do cantor, em que a história é contada através da música, sem nenhum detalhe do tipo “quem produziu o disco tal”. Mas o homem Luiz Melodia está ali, exposto em entrevistas, músicas, escolhas pessoais e atitudes no palco e fora dele. Quem não viu, veja correndo – caso ainda esteja em cartaz.
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Cinema
Urgente!: Filme “Máquina do tempo” leva a música de Bowie e Dylan para a Segunda Guerra

Descobertas de antigos rolos de filme, assim como cartas nunca enviadas e jamais lidas, costumam render bons filmes e livros — ou, pelo menos, são um ótimo ponto de partida. É essa premissa que guia Máquina do tempo (Lola, no título original), estreia do irlandês Andrew Legge na direção. A ficção científica, ambientada em 1941, acompanha as irmãs órfãs Martha (Stefanie Martini) e Thomasina (Emma Appleton), e chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (13), dois anos após sua realização.
As duas criam uma máquina do tempo — a Lola do título original, batizada em homenagem à mãe — capaz de interceptar imagens do futuro. O material que elas conseguem captar é todo registrado em 16mm por uma câmera Bolex, dando origem aos tais rolos de filme.
E, bom, rolo mesmo (no sentido mais problemático da palavra) começa quando o exército britânico, em plena Segunda Guerra Mundial, descobre a invenção e passa a usá-la contra as tropas alemãs. A princípio, a estratégia funciona, mas logo começa a sair do controle. As manipulações temporais geram consequências inesperadas, enquanto as personalidades das irmãs vão se revelando e causando conflitos.
Com apenas 80 minutos de duração e filmado em 16 mm (com lentes originais dos anos 1930!), Máquina do tempo pode soar confuso em algumas passagens. Não apenas pelas idas e vindas temporais, mas também pelo visual em preto e branco, valorizando sombras e vozes que quase se tornam personagens da história. Em alguns momentos, é um filme que exige atenção.
O longa também tem apelo para quem gosta de cruzar cultura pop com história. Martha e Thomasina ficam fascinadas ao ver David Bowie cantando Space oddity (o clipe brota na máquina delas), tornam-se fãs de Bob Dylan, adiantam a subcultura mod em alguns anos (visualmente, inclusive) e coadjuvam um arranjo de big band para o futuro hit You really got me, dos Kinks, que elas também conseguem “ouvir” na máquina. Um detalhe curioso: a própria Emma Appleton operou a câmera em cenas em que sua personagem Thomasina se filma (“para deixar as linhas dos olhos perfeitas”, segundo revelou o diretor ao site Hotpress).
Ainda que a cultura pop esteja presente, Máquina do tempo é, acima de tudo, um exercício de futurologia convincente, explorando uma futura escalada do fascismo na Inglaterra — que, no filme, chega até mesmo à música, com a criação de um popstar fascista.
A ideia faz sentido e nem é muito distante do que aconteceu de verdade: punks e pré-punks usavam suásticas para chocar os outros, Adolf Hitler quase figurou na capa de Sgt. Pepper’s, dos Beatles, Mick Jagger não se importou de ser fotografado pela “cineasta de Hitler” Leni Riefenstahl, artistas como Lou Reed e Iggy Pop registraram observações racistas em suas letras, e o próprio Bowie teve um flerte pra lá de mal explicado com a estética nazista. Mas o que rola em Máquina do tempo é bem na linha do “se vocês soubessem o que vai acontecer, ficariam enojados”. Pode se preparar.
Cinema
Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”

- Harlequin é um disco de “pop vintage”, voltado para peças musicais antigas ligadas ao jazz, lançado por Lady Gaga. É um disco que serve como complemento ao filme Coringa: Loucura a dois, no qual ela interpreta a personagem Harley Quinn.
- Para a cantora, fazer o disco foi um sinal de que ela não havia terminado seu relacionamento com a personagem. “Quando terminamos o filme, eu não tinha terminado com ela. Porque eu não terminei com ela, eu fiz Harlequin”, disse. Por acaso, é o primeiro disco ligado ao jazz feito por ela sem a presença do cantor Tony Bennett (1926-2023), mas ela afirmou que o sentiu próximo durante toda a gravação.
Lady Gaga é o nome recente da música pop que conseguiu mais pontos na prova para “artista completo” (aquela coisa do dança, canta, compõe, sapateia, atua etc). E ainda fez isso mostrando para todo mundo que realmente sabe cantar, já que sua concepção de jazz, voltada para a magia das big bands, rendeu discos com Tony Bennett, vários shows, uma temporada em Las Vegas. Nos últimos tempos, ainda que Chromatica, seu último disco pop (2020) tenha rendido hits, quem não é 100% seguidor de Gaga tem tido até mais encontros com esse lado “adulto” da cantora.
A Gaga de Harlequin é a Stefani Joanne Germanotta (nome verdadeiro dela, você deve saber) que estudou piano e atuação na adolescência. E a cantora preparada para agradar ouvintes de jazz interessados em grandes canções, e que dispensam misturas com outros estilos. Uma turminha bem específica e, vá lá, potencialmente mais velha que a turma que é fã de hits como Poker face, ou das saladas rítmicas e sonoras que o jazz tem se tornado nos últimos anos.
O disco funciona como um complemento a ao filme Coringa: Loucura a dois da mesma forma que I’m breathless, álbum de Madonna de 1990, complementava o filme Dick Tracy. Mas é incrível que com sua aventura jazzística, Gaga soe com mais cara de “tá vendo? Mais um território conquistado!” do que acontecia no caso de Madonna.
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O repertório de Harlequin, mesmo extremamente bem cantado, soa mais como um souvenir do filme do que como um álbum original de Gaga, já que boa parte do repertório é de covers, e não necessariamente de músicas pouco conhecidas: Smile, Happy, World on a string, (They long to be) Close to you e If my friends could see me now já foram mais do que regravadas ao longo de vários anos e estão lá.
De inéditas, tem Folie à deux e Happy mistake, que inacreditavelmente soam como covers diante do restante. Vale dizer que Gaga e seu arranjador Michael Polansky deram uma de Carlos Imperial e ganharam créditos de co-autores pelo retrabalho em quatro das treze faixas – até mesmo no tradicional When the saints go marching in.
Michael Cragg, no periódico The Guardian, foi bem mais maldoso com o álbum do que ele merece, dizendo que “há um cheiro forte de banda de big band do The X Factor que é difícil mudar”. Mas é por aí. Tá longe de ser um disco ruim, mas ao mesmo tempo é mais uma brincadeirinha feita por uma cantora profissional do que um caminho a ser seguido.
Nota: 7
Gravadora: Interscope.
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