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Walfredo Em Busca da Simbiose: um papo sobre pandemia, novas músicas, disco novo e… Rick & Renner

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Tem disco novo do Walfredo Em Busca Da Simbiose vindo aí. O projeto musical paulistano criado pelo cantor e compositor Lou Alves estreou em 2019 com o álbum Maiúsculas cósmicas. Dessa vez, retorna com uma série de questionamentos causados pela pandemia, pelo isolamento, por amadurecimentos pessoais e até por sonhos. Como no caso de Netuno, o single mais recente, inspirado simultaneamente por um sonho do amigo e produtor Fernando Rischbieter, e pelos climas de Dark side of the moon, clássico do Pink Floyd. “Brincamos dizendo que essa track deveria se chamar The dark side of the netuno“, conta Lou.

Em uma conversa com o Pop Fantasma, Lou adianta um pouco do disco novo, que virá em climas mais noturnos e menos solares, mas sempre inspirados por nomes como David Bowie e o próprio Pink Floyd. Também recordou a época em que, começando como técnico de som, gravou artistas como Belo, Banda Calypso e Rick & Renner num dos estúdios mais populares de São Paulo. Tá aí o papo.

Como é que foi esse período de isolamento pra você, ainda mais levando em conta que seu projeto musical fala em simbiose (em biologia é a relação ecológica que ocorre entre indivíduos de espécies diferentes)?

Eu aproveitei muito o período para me descobrir como compositor, completo. É tudo muito novo pra mim, comecei esse trabalho como músico, compositor e produtor em 2017. Aí na pandemia acendeu algo diferente. Eu já tinha o Maiúsculas cósmicas (primeiro disco, de 2019), era um compilado daquelas músicas que a gente faz quando é mais jovem. Para o segundo disco, eu tinha que me provar, aquela coisa de “será que você consegue fazer mais um compilado de músicas? Compor mais músicas do zero?” Antes eu tinha todo o período da minha vida, agora eu tenho esse momento para compor. Pensei em fazer uma música por semana, em compor.

A quarentena então foi literalmente esse período de sentar e ficar compondo. Ler muitos livros e também compor bastante. Acho que o segundo ano de quarentena foi o mais difícil, porque a gente não estava mais aguentando. O primeiro ano foi para escrever as músicas e fazer as prés tanto dos singles quanto do disco que tá vindo.

No que você acredita que amadureceu como compositor e como letrista, em especial?

É quase como se eu tivesse uma responsabilidade nova. E como é arte, muita gente fica falando “ah, tô esperando meu período de inspiração e tal”. É ótimo estar inspirado porque você senta e compõe rapidinho, mas tem momentos em que você não está assim. E eu tinha que fazer uma música por semana (risos). Tinha dia em que você não estava tão inspirado mas buscava essa inspiração. A primeira coisa que eu aprendi foi buscar essa inspiração, e ir atrás dela, seja ouvindo música, lendo um livro, vendo um filme. A leitura me ajudou muito. Às vezes você não está num bom dia mas busca alguma coisa que te inspira, e a inspiração vem.

Evoluí muito na parte técnica como compositor, comecei a ficar mais pragmático, a prestar atenção em estruturas de rimas, tipo “ah, não vamos fazer uma rima tão óbvia”. E a parte mais metafísica, espiritual, mais profunda da coisa, é literalmente aprender a se libertar. Eu escrevo sobre coisas verdadeiras, sentimentos verdadeiros, é quase um ato de autoconhecimento quando você fala de você mesmo, sobre coisas da sua vida. Eu falo muito sobre sonhos, então eu anoto meus sonhos. As pessoas que eu ouço têm isso também, então é um espelho.

E como é o caminho de reflexão para você chegar no tipo de letra que você faz? Suas letras têm comentários bem legal sobre a condição humana, a coisa do “o louco sempre tem razão”, “traumas de estimação procuro não arrastar comigo a vida inteira”. É um caminho de autoconhecimento muito forte…

É um nível de ensimesmamento, não vou dizer nem que é algo egocêntrico nem egoísta… A primeira coisa que influenciou muito foi ler muita coisa sobre filosofia. O que abriu minha cabeça foi o Assim falou Zaratustra, do Nietzsche. Li muita coisa sobre cabala, sobre autoconhecimento mesmo. Gosto muito de Jung também, psicologia analítica, muita coisa que eu até preciso me aprofundar mais. Essa coisa da música O louco sempre tem razão é algo que até faz parte da minha vida. Tem o arquétipo do louco, que tem em músicas dos Mutantes, Raul Seixas. Os loucos não se importam com o que estão falando dele, ele não se importa com o julgamento. O arquétipo do louco no tarô para mim é muito importante, ele é o arquétipo mais puro da liberdade. Só que ele precisa ser guiado, tem que ter alguém guiando ele até o fim da jornada.

E o que você pode adiantar do disco que tá vindo aí? O single Netuno, você comentou que tem uma influência grande do Pink Floyd, do Dark side of the moon… O disco novo vem nessa linha também?

Netuno e Traumas de estimação são minhas faixas favoritas no disco, porque elas não são tão solares, são mais noturnas. O disco tem esse ar um pouco mais noturno, não é tão solar. Por causa da quarentena, né? O disco foi todo feito na quarentena, uma época em que todo o inconsciente coletivo estava muito pra baixo. Hoje tá tudo mais solar, até coletivamente. O disco é bastante ambientado, tem uns barulhos do nada nas músicas (risos), e ouvindo de fones, isso dá um gostinho a mais. Você fica querendo escutar aquele ruído de novo, é quase como num filme.

Com certeza vai ter algo da estética de Netuno, que foi uma música que foi até um presente dado a um amigo. No meio da quarentena, a gente estava vivendo uma crise, porque a gente sofreu muito nessa época. Ele um dia começou a desabafar e contou um sonho que ele teve. Eu nem falei que iria fazer a música, só fiz, mandei para ele e quando ouviu, ele não percebeu nada (risos). Só falou: “Nossa! Não acredito que você fez uma música sobre o meu sonho”. Queria fazer uma surpresa, ver se ele percebia, e ele percebeu.

Você trabalhou como  técnico de som durante um tempo, com artistas que fazem um som bem diferente do seu, mais popular. No caso, Belo, Alexandre Pires… Como foi essa experiência? E foi no Gravodisc, que é um estúdio bem tradicional…

Bom, quando eu saí da escola, fiz um curso de áudio. Juntei uma graninha, porque eu trabalhava numa locadora de vídeo, e fiz o curso. Abri o jornal, peguei os classificados e mandei currículo pro primeiro emprego que apareceu – e era esse, de técnico de gravação. E fui parar lá. Dei muita sorte, até porque eu morava do lado, era bem ali no Largo do Arouche. Era um estúdio realmente muito antigo e foi uma experiência bem louca, porque eu era bem novo, tinha 18 pra 19 anos.

Eu tava ali como técnico de gravação trainee, andava no corredor e cumprimentava Chitãozinho e Xororó. Muito legal, vi Belo gravando, Daniel, banda Calypso… Rick & Renner foi meu primeiro play-rec, pra você ver. Foi a primeira vez em que eu sentei na mesa de som. Os caras ainda por cima me chamavam de Fiuk, pra piorar. Era: “vem pra mesa de som, Fiuk” (risos). Eu apertei o play-rec tremendo, imagina? E querendo ou não, são músicas que ficam na cabeça das pessoas. Você vai num bar tomar uma cerveja e tá tocando. Eu amava as músicas do Rick & Renner (canta Ela é demais), foi uma grande experiência gravar esses caras. E me ajudou, me deu bagagem no meu trabalho.

Imagino. Na verdade ia até perguntar em que nível o que você aprendeu com essa galera mais popular ficou no teu trabalho…

Ficou muito essa coisa de trazer coisas mais complexas pro meu trabalho – eu adoro assuntos como filosofia, psicologia, metafísica – mas de forma simples. Parece um paradoxo, mas fui sacando que essas canções são bem diretas e retas no que elas estão dizendo. Então, é nesse lance mesmo, da construção de uma canção. Eu gosto de estruturas psicodélicas na produção, mas o cerne é a canção, aquela coisa do estrofe, ponte e refrão, que é a coisa bem radiofônica. No Gravodisc lembro que havia a preocupação de não passar dos 3m30. Lembro de ter visto os caras levantarem a base de uma música do zero e ter a música pronta em seis horas. E com cordas, com tudo, metais.

Eu trabalhei com a Gal Costa em produção, também, mas foi num estúdio mais de ensaio. Foi na época do Estratosférica. Vi todo mundo levantando o show do zero, direção de show do Pupillo… Foi uma aula. Eu estava ali na graxa, mas aprendendo tudo. E ainda teve outros artistas, gravei o Detonator, também (risos). Aliás, ele e a Gal estavam no estúdio no mesmo horário.

Rolou de se conhecerem?

Não, infelizmente. Bom, se cruzavam no corredor do estúdio, mas não sei se teve alguma prosa. Não deve ter rolado.

E por que o nome Walfredo Em Busca Da Simbiose?

Walfredo era o nome de um cliente do último estúdio que eu trabalhei. Tinha uns clientes que batiam na porta do estúdio sem ter nenhuma assessoria. O cara batia na porta e falava: “Oi, tenho uma musiquinha, queria gravar em voz e violão, mas não é pra fazer sucesso. É só pra gravar e deixar em casa tocando pros meus filhos”. Um desses caras era o Walfredo. Eu pensava: “esse é o cara!”, só dele estar ali entregue no estúdio. Aquilo para ele era um Playcenter, e ele estava lá gravando voz e violão, uma coisa bem simples mas bem singela, pura.

E por outro lado, tinha uma turma bem jovem, de banda, que chegava lá e falava: “Então, como é que é? A gente grava a música aqui e já põe a música dentro do rádio? Como é que faz? Manda pra quem?” (risos). Eu e meu parceiro de estúdio pensávamos: “Mas o cara nem gravou e já quer pular as etapas!”. E tinha esse cliente que era oposto disso, o nome dele era até Walfredo dos Anjos. O “simbiose” veio da semiótica, que eu adoro. É o processo de comunicação dos símbolos, como ele se apresenta na sua consciência, como ele trabalha. Ficava pensando que o Walfredo tinha encontrado a simbiose, só dele estar ali, íntegro, gravando, em voz e violão (risos). E era algo bem singelo, a gente gravava em CD-ROM – na época se gravava em CD-ROM – e o cara levava para casa para ouvir com a família.

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Urgente!: Baú de Servio Tulio (Saara Saara) rende música inédita, “Planes”

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Urgente!: Baú de Servio Túlio (Saara Saara) rende música inédita, "Planes"

Grande pioneiro do pop eletrônico nacional, Servio Tulio (Saara Saara) estava preparando um disco solo antes de morrer em 2023. A música Planes, um vislumbre do que Servio estava criando, vai sair finalmente no dia 12 de setembro em single. O fonograma sai pela gravadora Slum Dunk, criada por Bruno Verner e Eli Majorado, integrantes do projeto Tetine.

Planes faria parte de uma ópera que o músico estava compondo, e já havia sido gravada em demo no fim dos anos 1980. “A canção tocava num assunto pessoal muito profundo”, conta Johann Heyss, músico, escritor, amigo de Servio e produtor executivo do lançamento. Ele ouviu a demo na época e recorda ter ficado perplexo com a faixa – que, no entendimento dele, não se parecia com nada que o músico havia feito no Saara.

O trabalho de Servio como radialista (ele foi responsável pela programação musical da Rádio MEC FM e produtor de programas na emissora) acabou atropelando outros projetos – e o disco solo voltou a ficar no radar do músico apenas em 2015. “Eu volta e meia cobrava uma versão definitiva de Planes. E ele volta e meia me mostrava uma versão diferente, sempre com aquela melodia complexa mas inesquecível”, diz Heyss.

Logo que Servio morreu, Heyss sugeriu a Cecilia, irmã do músico, e América Cupello, outra amiga próxima, que fosse feita uma garimpagem nos computadores dele. “Eu garanti que a música existia e devia ter uma versão boa de lançar. Cheguei a cantarolar um trecho que lembrava da melodia”, conta. E finalmente, Planes acabou sendo encontrada. O single sai com uma capa feita por Marcellus Schnell (autor das capas dos dois discos do Saara) e masterização – feita a partir da mixagem original – de Daniel Watts.

“Este single é um trabalho de amor, feito pela família e amigos próximos para divulgar e celebrar o talento de Servio Tulio, que fez a molecagem de nos deixar antes de finalizar o álbum. Ou será que ele finalizou e deixou escondido em algum HD?”, conta Heyss.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação

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Lançamentos

Radar: Pic-Nic, Karnak, Edu K, Jonas Sá, The Monic e MC Taya – e mais!

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Pic-Nic (foto)

Ninguém esperava que Edu K, o vocalista da banda maldita De Falla, fosse transformar em punk rock um clássico pop brasileiro dos anos 1980 – e ele fez isso. No geral, o fator “ninguém esperava” é o que deveria deixar todo mundo ligado quando se trata de música. Afinal, a gente já vê muitas coisas previsíveis por aí afora. Por isso é que Edu K está no Radar nacional de hoje, ao lado de Pic-Nic (que lança clipe), The Mönic (que lança música ao lado de MC Taya, na união de rap, funk e metal), Jonas Sá, Karnak e uma galera que não cansa de surpreender todo mundo.

Texto: Ricardo Schott – Foto (Pic-Nic): Divulgação

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PIC-NIC, “I WANNA BE ALONE”. Música do disco novo do grupo carioca, Volta, I wanna be alone foi a única canção a ser feita em inglês do álbum, “não por escolha, mas foi o único jeito que a letra saiu”. E ela acaba de ganhaar um clipe, dirigido por Henrique Aqualo. O vídeo mostra a banda em ação no palco improvisado da livraria carioca Baratos da Ribeiro, tocando entre estantes de livros e gôndolas de discos, enquanto figuras do indie do Rio aparecem de relance.

SOPHIA CHABLAU E UMA ENORME PERDA DE TEMPO, “EMBARAÇO TOTAL”. Uma das melhores faixas de Música do esquecimento (2023, já resenhado por aqui), o pós-punk sereno Embaraço total ganha agora um clipe dirigido por Luiza Aron. A canção, que fala das batalhas internas de cada dia – e abre com os versos “sem nunca saber muito bem / como conciliar / o giro da roda e o hábito de respirar” – ganha imagens à altura: enquanto os músicos tocam, quatro atores-mirins interpretam o grupo e recriam momentos da infância de Sophia e seus amigos. Assista, ouça, sonhe.

KARNAK, “CARLEVINDO É BOY”. O novo álbum do Karnak, Karnak Mezosoiko, previsto para 5 de setembro, gira em torno de uma fábula: a primeira fita demo da banda, de 1987, foi encontrada e está sendo lançada agora. Carlevindo é boy, novo single do disco, tem clima eletropunk, e lembra na letra dos antigos games Atari e Game Boy – que fala sobre um garoto abonado que perde seu Atati. “Carlevindo foi falar com o seu papai / e o papai do Carlevindo deu pra ele o Gameboy”, diz a letra. No clipe, um garoto interage com um robô, e outros robôs encarregam-se da coreografia.

ANA KARINA SEBASTIÃO, JACKIE CUNHA, ROGÉRIO MARTINS, “CONVERGÊNCIA”. A união de uma baixista (Ana Karina) com dois percussionistas (Jackie e Rogério) deu em jazz sensível e etéreo. Os três músicos encontraram-se a pedido do Selo Sesc, na série Encontros Instrumentais, e fizeram uma criação musical espontânea juntos – que sai agora no EIN 003, o terceiro EP da série. Convergência, a faixa de abertura, mostra o clima quase espacial do trio ganhando um clima feroz aos poucos, com diálogo entre percussões, baixo e efeitos sonoros.

JONAS SÁ, “DE SENTIR VOCÊ”. _MNSTR_, novo álbum de Jonas, sai neste mês pelo selo Risco. Depois da lançar o single Deus, o músico volta com um bittersweet quase legítimo – um soul acústico, batido no violão, que tem tanto do folk quanto de Gilberto Gil e Luiz Melodia. Entre synths, violões, batidas e corais, Jonas fala sobre como é importante a gente sempre estar do lado de quem a gente gosta. A mixagem da faixa foi feita pelo lendário Mario Caldato.

THE MÖNIC E MC TAYA, “BITCH, EU SOU INCRÍVEL”. Hit da MC Taya – que mistura heavy metal, funk e hip hop – Bitch, eu sou incrível volta em versão bem pesada e intensa, feita pela MC com a banda The Mönic. A versão surgiu quando a banda e cantora se apresentaram no festival Knotfest e apresentaram essa canção juntas – agora, virou single. “Juntas nos encontramos na vontade de derrubar essa cerca invisível que segura o rock de abraçar outros gêneros e furar a bolha. Esse som é sobre isso. Sobre a mistura de referências e estilos musicais não limitantes”, comenta Dani Buarque, vocalista da The Mönic.

EDU K. “URSINHO BLAU BLAU”. Se você pensou que era apenas brincadeira… não era. Edu K, vocalista do De Falla, tira onda punk pop regravando nada mais nada menos que Ursinho blau-blau, hit da banda Absyntho. Aqui pra nós, até que a releitura ficou bem bacana e deu um peso inimaginável para um anti-clássico da new wave brasuca. E de Edu se espera tudo: ele já misturou hip hop e rock, MPB e rock, fez miami-Bass, emo…

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Lançamentos

Radar: The Sophs, Dynasty, Idles, Cristian Dujmovic, Spinal Tap, Zoo Sioux, Circa Waves

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The Sophs (foto)

Aqui pra nós: e esse negócio de disco com parte 1 e parte 2, hein? O Circa Waves, por exemplo, vem aí com a parte complementar do seu álbum Death & love – e a gente, que resenha discos, fica como? Esperando a parte 2 pra escrever tudo? Seja lá como for, eles mandaram muito bem no single novo deles, Cherry bomb, que entrou neste Radar internacional com singles novos do The Sophs, Idles, Cristian Dujmovic… Ouça tudo no último volume e vá acompanhando as novidades do mundo da música por aqui.

Texto: Ricardo Schott – Foto (The Sophs): Eric Daniels/Divulgação

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THE SOPHS, “DEATH IN THE FAMILY”. Esse sexteto de Los Angeles, contratado pela Rough Trade, estreou em maio com o single Sweat, que até apareceu num Radar anterior. Dessa vez voltam com Death in the family, uma espécie de stoner rock “ensolarado” com letra sombria: “Preciso de uma morte na família para virar a minha página (…) / preciso de intervenção divina para lavar essas cicatrizes”. Mais sinistro que isso, só o clipe, em que os integrantes do The Sophs vão sendo assassinados um após o outro – sobra apenas o vocalista que… Bom, assista ao vídeo!

DYNASTY, “COMBATIVE HEART”. Vindo de Hamilton, no Canadá, o Dynasty é uma dupla de synthpop que curte falar dos momentos duvidosos da vida. Tanto que Combative heart, o novo single, fala sobre a sensação de embarcar no desconhecido, de braços abertos, confiando na jornada mesmo quando ainda não se tem ideia nenhuma do que está vindo por aí – e mesmo quando uma parte de você tem medo e se recusa a seguir. O som tem cara de anos 1980, com teclados típicos da época, mas deixa um certo clima de heavy metal nos vocais – feitos pela cantora e compositora Jenni Dreager – e até no logotipo da banda.

IDLES, “RABBIT RUN”. Clima de porrada em letra, em música e em clipe. O grupo britânico acaba de soltar Rabbit run, e a faixa foi feita para a trilha de Caught stealing, o próximo thriller policial de Darren Aronofsky (Cisne negro, Réquiem para um sonho). Aliás, é uma das quatro faixas compostas pela banda para o filme – sendo que os Idles ainda fizeram a trilha incidental e contribuíram também com uma releitura de Police and thieves, de Junior Marvin, imortalizada pelo Clash.

Rabbit run é sombria, fria, misteriosa, com batida próxima do krautrock e clima explosivo que surge lá pelas tantas, sem aviso prévio. E a letra tem versos como “as paredes parecem pequenas, minhas veias estão se contraindo quando estou entediado / faço um cruzeiro, assalto e espanco quando estou entediado”.

CRISTIAN DUJMOVIC, “DESPUÉS, EL ORIGEN”. Músico radicado na Espanha, Cristian está preparando o EP Fín de un mundo, e em Después, el origen, fala do mundo e dos acontecimentos como rodas que giram, sem que a gente muitas vezes se dê conta. O som varia do pós-punk ao ambient em poucos segundos, como costuma acontecer nos singles dele. Recentemente Atisbo, EP mais recente de Cristian, foi assunto nosso.

SPINAL TAP feat ELTON JOHN, “STONEHEDGE”. Dia 12 de setembro sai a aguardada continuação do mockumentary This is Spinal Tap, um clássico cult que falava sobre uma banda fictícia de heavy metal que passou pelos mais diversos estilos em busca de sucesso, e que perdeu uma série de bateristas – todos mortos em circunstâncias misteriosas.

Spinal Tap II: The end continues mexe com dois temas que estão na moda, já que traz a reunião e o show final (haha) do grupo. Vestindo uma capa de druida que tira logo no começo do clipe, Elton John canta e toca piano nesse hard rock que estava na trilha original (aliás rende risadas em This is Spinal Tap) e que aqui se torna uma espécie de metal progressivo folk de brincadeirinha.

ZOO SIOUX, “GIMME WAMPUM”. No som desse projeto musical britânico, climas punk, pré-punk e meio blueseiros são levados às últimas consequências. Gimme wampum, um dos singles da banda, é um verdadeiro filhote de Lou Reed, Iggy Pop e Black Sabbath, cheio de vocais roucos e riffs de alto a baixo.

CIRCA WAVES, “CHERRY BOMB”. Na estica dos anos 1980, a banda britânica anuncia a segunda parte de seu disco Death & love (falamos da primeira parte aqui), que sai em 24 de outubro via Lower Third / [PIAS]. O anúncio vem com o bom synthpop Cherry bomb, cujo clipe é protagonizado por uma garota ruiva de patins, vestindo uma jaqueta com o nome da música e rodopiando enquanto curte um som no walkman.

Diz a banda que a faixa nova é sobre uma pessoa que faz qualquer coisa por você: entra numa briga, te chama para tomar uma cerveja, faz sempre algo de bom nos dias ruins. Altíssimo astral à vista, então – e a gente espera que a segunda parte do disco seja bem melhor que a primeira, ou torne todo o set do álbum bem bacana.

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