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Cinema

Oito coisas que você vai ver em “Bowie: The man who changed the world”

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Oito coisas que você vai ver em "Bowie: The man who changed the world"

Estreante no Netflix, o documentário “Bowie: The man who changed the world”, dirigido por Sonia Anderson (de documentários como “One Direction: All for one” (2012, sobre a boy band) e “Hendrix on Hendrix” (2013, sobre Jimi Hendrix), promete trazer “a incrível influência de David Bowie na música, arte e cultura através de entrevistas com algumas das pessoas que melhor o conheciam”. O principal: acaba entregando lados bem pouco divulgados de Bowie, como as inseguranças que asssaltavam o autor de “Life on mars?” no começo da carreira, além de outras histórias legais. Veja correndo. E confira aí algumas coisas que você vai ver lá.

“SABE OS BAY CITY ROLLERS?”. Quase todo o doc é costurado por uma entrevista televisiva à distância dada por Bowie em 1976 ao programa do apresentador britânico Russel Harty. Russel, que certa vez tomou uns tapas da cantora Grace Jones por ter virado as costas para ela em seu programa de TV, provoca Bowie – que tinha turnê agendada na Inglaterra e estava vivendo nos EUA – dizendo que desde que ele saiu do país, a cena britânica mudara bastante. “Já ouviu falar dos Bay City Rollers?”, disse, citando a boy band escocesa. Bowie, parecendo incomodado, diz que está se reinventando bastante. Perguntado sobre qual seria seu novo visual, interrompe Harty e diz que sabe “que canções vou cantar, isso é o mais importante”.

https://www.youtube.com/watch?v=dBn2ux5vRHk

FAMÍLIA, ESSA INSTITUIÇÃO SAGRADA. Duas amigas (e ex-namoradas) de Bowie, Dana Gillespie e Mary Finnigan, lembram que o ambiente familiar da casa do futuro astro, em sua adolescência, não era agradável. “Era frio, como se as pessoas carregassem blocos de cimento. Nunca estive numa casa em que as pessoas não eram alegres e não riam”, conta Dana. Com Bowie famoso, os laços familiares ficaram cada vez mais raros: a mãe do cantor ligava e ele raramente queria falar com ela. E Angie, então esposa do cantor, bloqueava as ligações.

ESCOLA. A equipe do documentário vai à escola primária em que Bowie estudou, Burnt Ash, em Londres, e conversa com os alunos. Uma professora mostra fotos e ele é reconhecido por um dos garotos como “o cara do filme ‘Labirinto'”.

MUI AMIGO. Em 1962, Bowie ganhou uma coloração diferente em seu olho direito após tomar um soco do amigo George Underwood, numa briga por causa de uma garota. George, que continuou amigo de Bowie, lembra que ele lhe pediu desculpas (!). Ele explica seu lado da história e também se desculpa. “Eu não andava socando os olhos das pessoas, não era algo que eu fazia. Me senti horrível”, lembra George, que depois virou artista plástico e desenhou capas de Bowie, T. Rex e Mott The Hoople.

“ANDY WARHOL”, A MÚSICA. Gravada por David Bowie no disco “Hunky dory” (1972), essa música, uma descrição-homenagem-zoação com o artista plástico pop, foi escrita originalmente para Dana Gillespie gravar. Ela não se animou nem um pouco com a composição, mas acabou registrando uma versão em 1974 apesar de considerá-la uma das canções mais estranhas que já ouviu. “Era muito abstrata. Foi difícil colocar emoção naquilo. Eu preferiria morrer do que ter uma lata de sopa assinada por Warhol na minha casa”, lembra.

ANDREW LLOYD WEBBER. O compositor e David Bowie, no começo dos anos 1970, tinham uma antipatia mútua. Bowie foi assistir ao musical “Jesus Christ Superstar”, com melodias de Webber (e a amiga Dana Gillespie no papel de Madalena) e saiu na metade. Webber também falava que tinha ouvido as canções de Bowie no rádio e não tinha gostado. Curiosamente, o mundo dos musicais e o cruzamento entre música e teatro sempre atraíram David Bowie, que era fã e quase imitador do ator e compositor Anthony Newley no início da carreira. Dana revela que ela e Bowie, ambos iniciantes, fizeram audição para o elenco de “Hair”, mas levaram porta na cara.

https://www.youtube.com/watch?v=XGOoQtYD5co

BOWIE VAIADO. Bob Harris, DJ da BBC e apresentador do clássico programa musical “Old grey whistle test”, arriscou chamar Bowie, então começando a carreira e compondo apenas material acústico, para fazer um pocket show numa boate na qual ele punha som. Se deu mal: o amigo levou vaias do púbico e ganhou latas de cerveja na cabeça. Bowie teve que sair do palco correndo.

SEM PARAR. Dana e Mary Finnigan lembram que Bowie passava o tempo todo compondo ou escrevendo no começo da carreira e que todo dia tinha algo novo pronto ou em construção – o próprio Bowie diz em entrevistas incluídas no documentário que sempre escreveu diariamente.

Cinema

Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”

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Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”
  • Harlequin é um disco de “pop vintage”, voltado para peças musicais antigas ligadas ao jazz, lançado por Lady Gaga. É um disco que serve como complemento ao filme Coringa: Loucura a dois, no qual ela interpreta a personagem Harley Quinn.
  • Para a cantora, fazer o disco foi um sinal de que ela não havia terminado seu relacionamento com a personagem. “Quando terminamos o filme, eu não tinha terminado com ela. Porque eu não terminei com ela, eu fiz Harlequin”, disse. Por acaso, é o primeiro disco ligado ao jazz feito por ela sem a presença do cantor Tony Bennett (1926-2023), mas ela afirmou que o sentiu próximo durante toda a gravação.

Lady Gaga é o nome recente da música pop que conseguiu mais pontos na prova para “artista completo” (aquela coisa do dança, canta, compõe, sapateia, atua etc). E ainda fez isso mostrando para todo mundo que realmente sabe cantar, já que sua concepção de jazz, voltada para a magia das big bands, rendeu discos com Tony Bennett, vários shows, uma temporada em Las Vegas. Nos últimos tempos, ainda que Chromatica, seu último disco pop (2020) tenha rendido hits, quem não é 100% seguidor de Gaga tem tido até mais encontros com esse lado “adulto” da cantora.

A Gaga de Harlequin é a Stefani Joanne Germanotta (nome verdadeiro dela, você deve saber) que estudou piano e atuação na adolescência. E a cantora preparada para agradar ouvintes de jazz interessados em grandes canções, e que dispensam misturas com outros estilos. Uma turminha bem específica e, vá lá, potencialmente mais velha que a turma que é fã de hits como Poker face, ou das saladas rítmicas e sonoras que o jazz tem se tornado nos últimos anos.

O disco funciona como um complemento a ao filme Coringa: Loucura a dois da mesma forma que I’m breathless, álbum de Madonna de 1990, complementava o filme Dick Tracy. Mas é incrível que com sua aventura jazzística, Gaga soe com mais cara de “tá vendo? Mais um território conquistado!” do que acontecia no caso de Madonna.

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O repertório de Harlequin, mesmo extremamente bem cantado, soa mais como um souvenir do filme do que como um álbum original de Gaga, já que boa parte do repertório é de covers, e não necessariamente de músicas pouco conhecidas: Smile, Happy, World on a string, (They long to be) Close to you e If my friends could see me now já foram mais do que regravadas ao longo de vários anos e estão lá.

De inéditas, tem Folie à deux e Happy mistake, que inacreditavelmente soam como covers diante do restante. Vale dizer que Gaga e seu arranjador Michael Polansky deram uma de Carlos Imperial e ganharam créditos de co-autores pelo retrabalho em quatro das treze faixas – até mesmo no tradicional When the saints go marching in.

Michael Cragg, no periódico The Guardian, foi bem mais maldoso com o álbum do que ele merece, dizendo que “há um cheiro forte de banda de big band do The X Factor que é difícil mudar”. Mas é por aí. Tá longe de ser um disco ruim, mas ao mesmo tempo é mais uma brincadeirinha feita por uma cantora profissional do que um caminho a ser seguido.

Nota: 7
Gravadora: Interscope.

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

O Rock Horror Film Festival, festival carioca de filmes de terror, está de volta na praça – e vai rolar de 19 de setembro a 02 de outubro no Cinesystem de Botafogo (Zona Sul do Rio). Dessa vez, o evento vai trazer uma seleção de mais de 50 filmes de 17 países em seis categorias: Longas Sinistros, Médias Bizarros, Docs Estranhos, Curtas Macabros, Brasil Assombrado e Pílulas de Medo.

O objetivo do festival é unir terror, cultura pop e rock, e juntar os públicos das três coisas. Entre os filmes selecionados, há produções como The history of the metal and the horror, documentário de Mike Schiff repleto de nomões do som pesado (EUA), Tales of babylon, de Pelayo de Lario (Reino Unido), The Quantum Devil, de Larry Wade Carrell (EUA). Há também Death link, dirigido por David Lipper (EUA), com um time de astros e estrelas que inclui Jessica Belkin (Pretty little liars), Riker Lynch (Glee), David Lipper (Full House) e outros.

O evento também vai ter mesas redondas com  diretores, atores e outros profissionais da indústria para o público do festival, comandadas pela criadora do Rock Horror Film Festival, Chrys Rochat (Sin Fronteras Filmes), e que vão rolar no hall do Cinesystem. Entre os convidados já estão confirmados diretores da Polônia, EUA, Canadá e Brasil. Happy hours cinéfilas, shows de rock e oficinas estão no programa também, além da exibição de um filme inédito no Brasil na abertura.

Lista completa dos filmes que participarão da edição no site do festival: www.rockhorrorfilmfestival.com

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

Marcado para este domingo (28) na Areninha Cultural Hermeto Pascoal (Lona Cultural de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro), o Parayba Rock Fest, do qual você ficou sabendo aqui, vai ter shows, DJs, exposições e várias outras atrações. E Michael Meneses, criador do selo Parayba Records e realizador da festa (que também comemora seus 50 anos de idade), vai exibir seu primeiro filme, Ver + – Uma luz chamada Marcus Vini. Michael, que é fotógrafo e professor de fotografia, iniciou o filme como trabalho de conclusão de curso de sua faculdade de Cinema.

“O que eu vou exibir no evento são os 50 minutos que já estão prontos do filme e que apareceram na apresentação do meu TCC. Ainda estou inclusive fazendo pesquisas para ele”, conta Michael, que com o filme, homenageia Marcus Vini, seu melhor amigo (“o irmão homem que eu não tive”, conta), morto por covid. Marcus era fotógrafo e, como Michael, foi professor universitário e cobriu festivais de música como o Rock In Rio.

“Marcus contraiu covid naquela época mais braba da doença, e morreu no dia em que ele deveria estar tomando a primeira dose”, lembra Michael. “Ele foi fotojornalista e curiosamente fazia aniversário no dia 19 de agosto, que é o Dia Mundial da Fotografia. E só soube disso depois que virou fotógrafo. Ele inclusive fez uma foto super importante numa enchente, que foi publicada no jornal Le Monde. A ideia do filme é focalizar o lado humanitário dele, um cara que estava sempre pensando em fazer doação de alimentos, coordenou um curso de fotografia em Madureira (Zona Norte do Rio)“. Antes do evento de Michael, o filme foi exibido também em lugares como a livraria carioca Belle Epoque.

O Pop Fantasma é um dos apoiadores do evento, ao lado de uma turma enorme. Para saber mais e comprar seu ingresso, confira o serviço abaixo.

SERVIÇO:
SHOWS COM AS BANDAS:

Netinhos de Dna Lazara, Benkens, NoSunnyDayz, New Day Rising (NDR) e Welcome To Tenda Spírita.
ALÉM DOS SHOWS:
Exibição do Documentário:
 VER+ – Uma Luz Chamada Marcus Vini – Direção: Michael Meneses
DJs: Explica e Chorão 3
Expo de fotos dos fotógrafos da Rock Press
Feira Cultural com: Disco de vinil, CDs, DVDs, roupas, livros, fanzines, artesanato, acessórios de moda rock, cultura geek e muito mais
Gastronomia Vegana: Vegazô – A Feira Vegana da Zona Oeste/RJ
DATA: 28 de julho 2024, às 14h.
LOCAL: Areninha Cultural Hermeto Pascoal – Praça 1 de Maio S/N – Bangu/RJ
INGRESSOS: antecipados aqui, na bilheteria da Areninha e na loja Requiem (Camelódromo de Campo Grande).

Foto: reprodução Instagram

 

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