Connect with us

Notícias

Bule: “Desagradar faz parte da nossa essência como seres humanos”

Published

on

Bule: "Desagradar faz parte da nossa essência como seres humanos"

A banda pernambucana Bule faz pop psicodélico (enumeram influências que vão do pop pernambucano a Daft Punk, passando pelo synth pop) e vem lançando singles com nomes curiosos e refrãos do tipo que você vai ouvir só uma vez e sair cantando. Os mais recentes são Desagradar (“eu vou desagradar, eu vou”, cantam) e Sacanear.

“Finalmente podemos encarar a realidade: desagradar faz parte da nossa essência como seres humanos”, contextualiza a banda, formada por Pedro Lião (voz, guitarra, sintetizadores), Carlos Filizola (guitarra, sintetizadores, programações), Daniel Ribeiro (percussão, programações), Bernardo Coimbra (contrabaixo, sintetizador) e Kildare Nascimento (bateria). Os cinco brincam que desagradar é quase como respirar. E não é verdade?

“Cada vez que a gente diz não, a gente tá desagradando. Então, no dia a dia a gente sai desagradando a cada não, e também a cada expectativa sobre nós que não é correspondida. E agora, com a pandemia nos estamos mais despreocupados em desagradar porque consideramos o nosso tempo mais precioso”, explicam os cinco, juntos, dizendo também que as duas canções estão interligadas.

“Elas se interligam através da ironia com que tratamos do tema. Ambos fazem parte do nosso cotidiano. Uma das canções fala sobre as nossas conspirações egocêntricas e a outra se debruça sobre com o nosso perfeccionismo discursivo que esvazia de conteúdo e nos esconde de nos mesmos”, completam eles, que se inspiraram bastante no primeiro disco de Madonna (especialmente os hits Borderline e Holiday)

Os singles da rapaziada, lançados pelo selo Toca Discos, serão unidos num EP que sai em breve, com mais duas músicas novas. As músicas do disco dialogam entre si, afirma o Bule. “Apontam pra um novo ciclo da banda, preparando para um 2022 melhor”, contam.

Foto: Marcos Hermes/Divulgação

Lançamentos

Radar: Estranhos Românticos, Braza, Zepelim e o Sopro do Cão e outros novos sons nacionais

Published

on

Radar: Estranhos Românticos, Braza, Zepelim e o Sopro do Cão e outros novos sons nacionais

Os Estranhos Românticos lançam um EP ao vivo enquanto o álbum não fica pronto, o Braza anuncia turnê e disco com single e feat, Dan E Os Caras da Esquina estreiam com EP… e estamos aqui no Radar pra mostrar o que essa turma toda tem produzido. Ouça no volume máximo.

Foto Estranhos Românticos: Tadeu Goulart/Divulgação

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
  • Mais Radar aqui.

ESTRANHOS ROMÂNTICOS, “MAVERICK 73”. Enquanto não fica pronto o quarto disco dos Estranhos Românticos, o quinteto carioca (Victor Barros, voz e guitarra; Jr Tostoi, guitarra; Luciano Cian, teclado; Mauk Garcia, baixo; Pedro Serra, bateria) solta o EP ao vivo Não é o fim. Produzido por Tostoi e gravado por Rodrigo Ferreti em setembro de 2024 no Akasha Rock Fest, realizado no Calabouço Bar (Tijuca), o EPzinho destaca a lembrança do single Maverick 73, parceria entre a banda, Homobono (Djangos) e Seu Cris, lançada originalmente em 2023. Uma canção de amor ao carro do título – e uma viagem sonora entre tropicalismo, pós-punk e garage rock.

BRAZA, feat PONTO DE EQUILÍBRIO, “VAI DAR BOM”. Sai em junho o novo disco da banda carioca Braza pela Deck, Baile cítrico utrópico solar. Mas o pontapé já chegou com Magnética, um single que mistura samba, funk, reggae e raggamuffin num groove magnético (com o perdão do trocadilho), lançado pela banda há algumas semanas, e com Vai dar bom, que tem feat da banda de reggae Ponto de Equilíbrio. Na letra as duas bandas falam sobre os desafios globais, e procuram passar uma mensagem de esperança. A nova turnê do Braza começa no dia 5 de julho, no festival Correria, em Vila Velha (ES).

ZEPELIM E O SOPRO DO CÃO, “LARA”. Essa banda de Campina Grande (PB), resolveu brincar de terror fake no novo clipe. Lara é a larica da vez, e o protagonista (interpretado por Joálisson Cunha, das séries Cangaço Novo e Maria do Cangaço) precisa comer algo urgente, ou vai dar ruim. É o primeiro lançamento deles pelo selo potiguar DoSol, com produção de Capilé (Sugar Kane). O segundo álbum de Zepelim e O Sopro do Cão sai ainda este ano.

CRIME CAQUI, “EXISTE EM MIM”. Primeiro som inédito do Crime Caqui em três anos, Existe em mim é puro pop sem culpa, com uma pitada de indie rock, riffs de synth vintage e uma batida que flerta com a disco. O refrão é um abraço existencialista: “eu aceito o que existe em mim!”. A banda – Fernanda Fontolan (bateria), May Manão (guitarra e sintetizador), Larissa Lobo (guitarra) e Yolanda Oliveira (baixo) – volta em grande forma.

DAN E OS CARAS DA ESQUINA, “O VELHO E O BLUES”. Blues com sotaque do Subúrbio Ferroviário de Salvador: Dan e os Caras da Esquina estreiam com o EP O velho e o blues, que mistura referências de Jorge Ben, Bob Dylan e guitarras blueseiras. As letras falam da vida como ela é para os jovens da região. O lançamento faz parte do projeto Sons do Subúrbio, que apoia músicos independentes da capital baiana.

O ESPELHO DO ZÉ, “SAPATILHA”. Rock e baião convivem harmonicamente no novo single da banda paulistana O Espelho do Zé. Esse encontro musical entre guitarras, grooves e som nordestino é a cara do próximo EP de André Guaxupé (bateria), Gabi Schubsky (baixo), Leandro Rodrigo (guitarra) e Mariana Cintra (voz), O reflexo do amanhã. Já a letra da faixa fala sobre uma figura feminina que hipnotiza todo mundo ao dançar – e “o mundo inteiro se desfaz”. A produção é assinada por Thiago Barromeo, com mixagem de Jander Antunes (Cachorro Grande) e masterização de Martin Furia (Destruction).

Continue Reading

Lançamentos

Urgente!: Primeiro disco do Public Image Ltd ganha edição “alternativa”

Published

on

Urgente!: Primeiro disco do Public Image Ltd ganha edição "alternativa"

E esse tal lançamento do Public Image Ltd? Vamos por partes. Historicamente, os mercados musicais da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos funcionam em paralelo. Tanto que existem discografias britânicas e norte-americanas de bandas como Beatles, Rolling Stones, Kinks, The Who. Ou seja: para cada país, discos com nomes diferentes, capas diferentes, ordem das faixas diferentes, músicas diferentes, mixagens diferentes, e vai por aí.

Mais exemplos: a Capitol Records, divisão norte-americana da EMI, só topou lançar The piper at the gates of dawn, estreia do Pink Floyd (1967) se fizesse algumas mudanças. Desfigurou completamente a lista de faixas, pôs o single See Emily play (ausente do LP britânico) abrindo a seleção, jogou a quilométrica Interstellar overdrive lá para o fim do disco e lançou o disco pela subsidiária “indie” Tower Records. Em 1979, a Columbia praticamente transformou numa coletânea o primeiro disco do Clash – lançado dois anos antes – para lançá-lo nos Estados Unidos.

  • Mais Urgente! aqui.
  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

E, bom, uma coisa bem mais complexa aconteceu com um dos discos mais abrasivos da história do rock: First issue, primeiro álbum do Public Image Ltd (1978). A Warner norte-americana disse em 1979 que lançaria o disco, desde que fossem remixadas ou regravadas seis das oito faixas (Theme, Fodderstompf, Annalisa, Public Image, Low life e Attack – ou seja, quase todo o disco). A ideia era que o lançamento norte-americano fosse considerado algo “único” em termos de vendas, daí as tais mudanças.

O problema foi que a Warner simplesmente desistiu de lançar o disco nos Estados Unidos. A única dessas músicas a ser lançada foi a versão diferente de Fodderstompf, que saiu num lado B de single ainda em 1979 – mas as fitas da tal “versão alternativa” foram arquivadas de maneira errada – e perdidas. Em 2013 o selo Light In The Attic pôs First issue nas lojas norte-americanas em vinil e fechou o ciclo de qualquer jeito.

Agora corta para o Record Store Day de 2025. A festa foi em 12 de abril, mas se você tiver sorte, ainda consegue esbarrar com uma cópia em vinil do mix alternativo de First issue lançada em tiragem limitada para o evento. O disco traz cinco das seis faixas do original-que-não-foi-lançado nos EUA em 1979 (Fodderstompf ficou de fora, sei lá o motivo). Como todo o material foi feito em meio às gravações de Metal box, segundo disco do PiL (1979), a relação inclui também Swan lake, que saiu nesse álbum – e que foi publicada em single como Death disco.

Urgente!: Primeiro disco do Public Image Ltd ganha edição "alternativa"

O novo lançamento ganhou também uma capa alternativa – com o mesmo conceito, mas fotos diferentes da formação do PiL na época – e sai por uma junção especial da Universal com a Rhino Records, apenas para Reino Unido/Europa e América do Norte/Canadá. Olha aí a versão de Public image, um remix que destaca a voz de John Lydon e os pratos da bateria, logo no começo.

A tal versão de Fodderstompf que saiu apenas em single (e não está no tal disco novo) tá aqui.

 

Continue Reading

Lançamentos

Urgente!: Lançamentos da semana (21 a 25 de abril de 2025)

Published

on

Urgente!: Lançamentos da semana (21 a 25 de abril de 2025). Na foto: Viagra Boys.

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia nessa edição semanal e especial do Urgente! é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:

(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

ÁLBUNS:

Provavelmente você já acordou ouvindo falar que uma das bandas mais legais dos últimos tempos, o Viagra Boys, lançou seu novo álbum nesta semana, com o curioso título de Viagr aboys. Eles avisaram num papo com a NME que o disco novo é bem menos carregado politicamente que o anterior, e que se trata de um disco “meio estúpido” – pelo que já deu para ver pelos singles, é para ouvir no último volume (mas ainda vamos conferir).

Duas sensações do rock brasileiro surgiram com álbuns nesta semana: o Jambu retoma sua essência de Manaus no álbum Manauêro, e o extremamente comentado Vera Fischer Era Clubber vem com Veras I. De lá de fora, o Sunflower Bean mostra outra face com Mortal primetime (o grupo é conhecido por ter quase um estilo diferente a cada álbum), o Tennis retorna com Face down in the garden e, como você já deve ter visto, o Ghost manda bala com o aguardado Skeletá, já anunciado com os singles Satanized e Lachrima.

O veteraníssimo Willie Nelson também está de volta e solta o belo (não ouvimos ainda mas garantimos que é) Oh what a beautiful world. E o veterano Billy Idol está de volta com Dream into it – disco que adota até o logotipo antigo dele na capa. Outro nomão experiente que lançou disco nessa semana foi ninguém menos que Femi Kuti, filho mais velho do pioneiro do afrobeat Fela Kuti: é Journey through life.

SINGLES E EPs:

Filha dos mestres Lizzie Bravo e Zé Rodrix, Marya Bravo anuncia seu novo disco para o dia 14 de maio e lançou o single novo, Avisei. Ao contrário do single anterior, Eterno talvez, a nova música é bem mais solar.  Completando 30 anos de serviços muito bem prestados ao hardcore brasileiro, o Mukeka Di Rato anuncia o nono disco, Generais de fralda, para 16 de maio. Desgraça capixaba, primeiro single a anunciar o disco, já está rolando há um tempo por aí – e sai agora Engenho de sangue, inspirada no livro do Darcy Ribeiro O povo brasileiro, ao se referir ao Brasil como “um moinho de gastar gente desde o início da sua história”.

Jadsa, que vem sendo bastante comentada aqui, vai lançar em breve o disco Big buraco – e tem mais um single lançado nesta semana, o rock No pain. E quem reapareceu com novo lançamento foram os Titãs: São Paulo 1, faixa que encerra o disco de estúdio mais recente da banda, Olho furta-cor (2022) volta em clipe feito em Inteligência Artificial, dirigido por Arnaldo Belotto. O titã Branco Mello deu várias ideias. “Viajei em um visual inspirado em Metrópolis e no M, o Vampiro de Düsseldorf do Fritz Lang, misturado com cenas de São Paulo antiga, com bondes, estátuas, fontes, multidão caminhando…”, conta.

E claro que você já viu, ouviu e ouviu falar que o HAIM não apenas lançou um single novo, Don’t be wrong, como também anunciou que o nome do próximo disco é I quit – fizeram o anúncio em um show na quarta (23) na Califórnia, em frente a um telão repleto de mensagens com “eu desisto”. O álbum sai dia 20 de junho. E Lorde, após um carnaval com os fãs no Washington Square Park, lançou o single What was that, e um clipe que traz não apenas imagens da tal zoeira com a turma, como também Lorde dando um rolé de bike.

Continue Reading
Advertisement

Trending