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Cultura Pop

No Rio, Imperator promove bate-papo sobre rock – o POP FANTASMA vai participar!

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No Rio, Imperator promove bate-papo sobre rock - o POP FANTASMA vai participar!

Dizem por aí que o rock está perdendo público, que o espaço para bandas novas está escasseando, que revistas de rock não têm mais lugar no mercado… Pois bem: nesta quinta (13), Dia Mundial do Rock, um time de profissionais e jornalistas vai se encontrar na casa de shows Imperator, no Rio de Janeiro, à tarde, para conversar um pouco sobre isso e sobre outros assuntos. É o workshop Rock na roda – Ideias sobre rock, que começa às 13h45. E você não pode perder! Cada mesa tem duração de três horas, os bate-papos são gratuitos e as senhasm podem ser retiradas meia hora antes de cada debate.

Olha só o time de debatedores e mediadores: Marcos Bragatto (site Rock Em Geral), Tom Leão (comentarista do Estúdio I da GloboNews e nomaço do jornalismo de rock, criador do saudoso Rio Fanzine), Jamari França (jornalista, escritor, tradutor e apresentador do Jam Sessions, na webradio Cult FM), José Roberto Mahr (DJ e radialista, ex-apresentador do célebre programa de rádio Novas tendências), Marcelo Monteiro (do blog Amplificador, do O Globo), Daniel Pandeló (site Tenho Mais Discos Que Amigos), Bruno Eduardo (do site Rockonboard), Renan Sparrow (produtor do evento Roquealize-se), Alessandro ALR (publicitário e produtor do projeto Maldita 3.0), Marcelo Castello Branco (diretor-executivo UBC e vice-chairman do Conselho do Grammy Latino, e ex-presidente da Universal Music Brasil e EMI Music Brasil) e Felipe Toscano (produtor da Abraxas). E um tal de Ricardo Schott, jornalista do O Dia, apresentador do Acorde na Rádio Roquette-Pinto e editor de um site chamado POP FANTASMA, não sei se vocês conhecem.

E não tem só debate, já que lá pelas 20h, tem som: as bandas Medulla, The Baggios e Posada & O Clã sobem no palco para celebrar o Dia Mundial do Rock, incluindo os sets da DJ Priscilla Dau.

Abaixo, você confere toda a programação do dia.

ROCK NA RODA – IDEIAS SOBRE ROCK

Imperator
Endereço: Rua Dias da Cruz, 170 – Méier.
Evento Gratuito. Sujeito a lotação.
Atenção: Retirada de senhas 15 min. antes de cada mesa.
Local: Terraço
Classificação: Livre
Quinta (13)

MESA 1

O Mercado do Rock – desafios e perspectivas para a cena rock
Horário: 13h45 às 15h45

Produtores, agitadores culturais e profissionais da indústria do entretenimento, compartilham suas experiências e falam dos novos desafios e perspectivas para o mercado de eventos ligados ao rock, discutindo cases e mostrando que, apesar das dificuldades, é possível ultrapassar barreiras e desenvolver produções de sucesso, como festas, shows e festivais, utilizando garra, pouco dinheiro e muita criatividade.

Mediador:
Bruno Eduardo (Jornalista e Radialista – Rock On Board e ARNews)

Convidados:
• Renan Sparrow (Produtor – Roquealize-se)
• Marcelo Castello Branco (Diretor Executivo UBC. Vice-chairman do Conselho do Grammy Latino. Ex-presidente da Universal Music Brasil e EMI Music Brasil)
• Felipe Toscano (Produtor – Abraxas)

MESA 2

Jornalismo Musical Hoje – O Rock em Pauta
Horário: 16h às 18h

Em um cenário onde a produção de conteúdo é grande e a velocidade da sua publicação na internet é determinante para a audiência de um site sobre música, quais as principais características do jornalismo musical, hoje? Para falar sobre o assunto, focando no rock, vamos receber em um bate-papo os representantes de algumas das principais iniciativas especializadas em música, abordando questões como os desafios de um jornalista hoje, apuração versus velocidade de publicação de um conteúdo na internet e o papel do profissional na construção de uma cena.

Mediador:
Ricardo Schott (Jornalista e Radialista – O DIA, Rádio Roquette Pinto FM, site POP FANTASMA)

Convidados:
• Marcos Bragatto (Jornalista – Site “Rock em Geral”)
• Marcelo Monteiro (Jornalista – O Globo/Blog “Amplificador”)
• Daniel Pandeló (Roteirista e redator – Site “Tenho Mais Discos Que Amigos”, Agência Build Up Media)

MESA 3

Rock & Identidade – A cena contemporânea, algoritmos e os desafios de hoje na produção musical
Horário: 18h15 às 20h15

Reunimos veteranos da cena rock e da música alternativa, que sempre estiveram na vanguarda do seu tempo, para falarem sobre algumas diferenças entre o rock produzido no passado e o contemporâneo, além de temas como algoritmos versus criatividade e as ferramentas que eles utilizam para consumir o novo rock.

Mediador:
Alessandro ALR (Publicitário e Produtor – Maldita 3.0)

Convidados:
• José Roberto Mahr (Produtor, DJ e Radialista)
• Tom Leão (Jornalista e Crítico Musical, Comentarista de cultura da GloboNews)
• Jamari França (Jornalista, escritor)

SHOW: Medulla, The Baggios e Posada & O Clã

Imperator
Endereço: Rua Dias da Cruz, 170 – Méier.
1º lote – R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
2º lote – R$50 (inteira) e R$25 (meia)
Local: Pista
Classificação: Livre
Quinta (13) , às 20h

Cultura Pop

No nosso podcast, a época em que o Killing Joke revolucionou o pós-punk

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No nosso podcast, a época em que o Killing Joke revolucionou o pós-punk

Drogas, caos, peso, ocultismo, iluminação espiritual e paixão pela violência e pelo proibido marcaram a carreira do Killing Joke – e marcam até hoje, já que a banda ainda existe. Do começo até meados dos anos 1980, Jaz Coleman, Youth (e depois Paul Raven), Paul Ferguson e o recém-falecido Geordie inseriram mais e mais perigo num estilo musical, o pós-punk, marcado pela insinuação e pela exploração de demônios interiores.

No nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, o assunto de hoje é a melhor fase do Killing Joke, uma das bandas mais misteriosas da história do rock, responsável por aproximar estilos como pós-punk, gótico e heavy metal. Terminamos no disco Brighter than a thousand suns (1986), mas a história do grupo ainda inclui muitos outros discos – ouça tudo.

Século 21 no podcast: Girls In Synthesis e Plastique Noir.

Estamos no Castbox, no Mixcloud, no Spotify e no Deezer .

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch (foto: reprodução internet). Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.

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Crítica

Ouvimos: Ramones, “Halfway to sanity” (relançamento)

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Ouvimos: Ramones, “Halfway to sanity” (relançamento)

Que ironia: um disco nota 6 dos Ramones causa crises de saudades e revisionismo histórico e… pelo menos aqui no Pop Fantasma, aumenta de cotação. Halfway to sanity (1987) volta agora às lojas brasileiras (as online e as que resistem), e no formato CD. Foi o último disco gravado com Richie Ramone na bateria, pouco antes do grupo fazer uma tentativa de colocar o ex-Blondie Clem Burke para substituí-lo.

Dizer que “o disco tal dos Ramones foi marcado por brigas durante a gravação” é chover no molhado, ainda mais em se tratando de uma banda que tinha o intransigente Johnny Ramone como guitarrista. Halfway, décimo álbum da banda, lançado originalmente em 15 de setembro de 1987, por sua vez, é um caso à parte: a porrada comeu antes, durante e depois. Para começar, em janeiro daquele ano, o grupo baixou em São Paulo para três shows – o primeiro deles terminou em briga generalizada provocada por skinheads.

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  • Temos episódios do nosso podcast sobre Ramones e Blondie.

No meio das gravações, Joey e Johnny Ramone, inimigos íntimos, não se entendiam. O produtor Daniel Rey tinha problemas de comunicação com boa parte da banda. Dee Dee Ramone (ainda no baixo do grupo), passava boa parte do tempo doidão, não conseguia se comunicar com ninguém e – dizem – teve suas partes de baixo tocadas por Rey. Pessoas que lidavam com os Ramones de perto dizem que a banda já estava de saco cheio de trabalhar feito louca, gravar um disco por ano e não ser reconhecida, com direito a amigos da onça perguntando a eles “quando a banda iria estourar”.

E aí que Halfway soa insano, embora sob controle. Curtíssimo (12 músicas em 30 minutos e uns quebrados), o álbum traz os Ramones fazendo algumas incursões pelo hard rock e pelo hardcore, com direito a vocais berradíssimos de Joey Ramone em faixas como I know better now, a agitada Weasel face (na qual a voz do cantor chega a lembrar a de Alice Cooper) e o skate punk legítimo I’m not Jesus. O grupo chega perto do pós-punk gótico em Garden of serenity, adere ao som tribal na onda do Public Image Ltd em Worm man, e soa revivalista na balada Bye bye baby (com cara de canção de girl group, e escrita, claro, por Joey) e no rock vintage Go lil Camaro go, marcado por uma apagada participação de Debbie Harry.

1987 foi um ano de três bateristas para os Ramones: com Halfway em curso, Richie saiu brigado da banda, e deu lugar para Clem Burke – jornalistas lançaram a piada de que ele adotaria o nome Clemmy Ramone, mas ficou mesmo como Elvis Ramone. Não deu certo e após dois shows confusos, Marky Ramone, que estava afastado da banda desde 1983, retornou. Hoje, vale a redescoberta.

Nota: 7,5
Gravadora: ForMusic (no Brasil)

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Crítica

Ouvimos: Nick Lowe e Los Straitjackets, “Indoor safari”

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Ouvimos: Nick Lowe e Los Straitjackets, “Indoor safari”
  • Indoor safari é o novo disco do cantor, compositor e produtor britânico Nick Lowe. Um artista cuja carreira vem desde meados dos anos 1960, mas que se notabilizou a partir dos anos 1970, primeiro como integrante das bandas Brinsley Schwarz e Rockpile, depois como artista solo lançado por gravadoras como a indie Stiff e a indie-major Radar.
  • O disco é uma compilação de gravações feitas ao longo de dez anos por Lowe com a banda retrô-lounge-surf Los Straitjackets, que sempre se apresenta disfarçada por máscaras de wrestling. O cantor e o grupo já haviam lançado um álbum ao vivo em 2016.
  • Indoor safari sai pelo selo Yep Roc, iniciado em 1997 e cujo elenco já teve de Fountain Of Wayne a Bob Mould e Gang Of Four.

Figurinha indispensável dos anos 1970, brilhante como cantor, compositor e produtor, rei da transição entre pub rock, punk e new wave (seu som passa pelos três estilos)… Nick Lowe é aquele cara que provavelmente, no Brasil, muita gente conhece sem conhecer. Volta e meia ele é citado por aí como nomão influente, artistas como Elvis Costello já trabalharam com ele, e sua discografia, além de já ser bem extensa, inclui músicas que volta e meia rolam no rádio até mesmo no Brasil, como So it goes, Crackin up e Cruel to be kind.

Drogas e problemas pessoais deixaram a história de Nick mais conturbada, mas ele nunca parou. De qualquer jeito, a carreira discográfica de Lowe meio que ficou no para-e-anda depois de 2013, quando ele lançou Quality street, disco de Natal. Em compensação, ele saiu em turnê para divulgar o álbum ao lado de uma banda chamada Los Straitjackets, uma banda da mesma gravadora que ele (Yep Roc), dedicada a rock extremamente vintage – surf music, rockabilly e coisas próximas do bubblegum – com cada integrante usando uma máscara de wrestling.

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Isso aí era Lowe, que já foi visto como um revisionista futurista, voltando-se para um som clássico de rock, ao lado de uma galera bastante animada. Tão animada que o enrosco com a banda rendeu turnê e alguns singles. E agora rende uma espécie de coletânea expandida, Indoor safari, com os compactinhos que ele vem gravando ao lado dos Straitjackets, mais três músicas inéditas. Uma das novas canções, a surfística Went to a party, surge na abertura soando como o Who ou os Kinks dando vida nova a uma canção dos anos 1950 – ou alguma música perdida de bandas como Kingsmen ou Rivingstones.

Indoor safari não é um disco “novo”, mas isso não o torna menos valoroso. Os Straitjackets e Lowe fazem um disco de rock quase 100% autoral que poderia ter saído em 1961 ou 1962, com músicas que, se tivessem sido feitas naquela época, estariam no set list do show dos Beatles em Hamburgo, ou entre as releituras dos primeiros discos deles. De qualquer jeito, há dois covers, A quiet place, de um grupo chamado Garnett Mimms & The Enchanters, original de 1964; e Raincoat in the river, gravada originalmente por Ricky Nelson.

O clima lounge prometido pela foto da capa surge amplificado em músicas como Love starvation, a tristezinha rocker de Crying inside, a maravilha meio Motown meio Beatles Jet pac boomerang (encerrada com uma citação de Please please me, dos quatro de Liverpool), a selvageria rocker de Tokyo bay e a bateção irresistível de violão e guitarra de Trombone. Cada riff de guitarra soa como anúncio de duelo, numa onda meio surf rock de faroeste. Ouça no volume máximo.

Nota: 9
Gravadora: Yep Roc

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