Notícias
Guns N’Roses “é o cu da mãe”, ao vivo no Multishow

Ih, rapaz. No sábado (23), dia em que rolaria Guns N Roses no Rock In Rio, o repórter do Multishow, Bruno de Luca, resolveu entrevistar um fã da banda e pediu a ele que cantasse uma música de Axl e cia. Só que o cara se confundiu e soltou o refrão de What’s up, do 4 Non Blondes – que fazia muito sucesso na mesma época em que o Guns dominava as paradas. Bruno resolveu corrigir o fã e… ouviu umas palavras impublicáveis no fim da música, que acabaram indo pro ar.
https://twitter.com/leadsmila/status/911703007255040001
Notícias
Urgente!: As novas de Bar Italia, The Dirty Nil, Wednesday e The Hives – e Rockarioca

RESUMO: Bar italia lança Cowbella, com clipe doidão e turnê. The Dirty Nil ironiza a indústria no single Rock and roll band. Wednesday anuncia álbum Bleeds com single de tema sombrio. The Hives lança clipe em clima de HQ. Quinta (18) tem Rockarioca com Micah e Cidade Partida na Lapa.
Texto: Ricardo Schott – Foto Bar Italia: Bandcamp
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Depois de um tempo no silêncio, o Bar italia ressurge com Cowbella – música nova, clipe insano e anúncio de turnê pela Europa e América do Norte entre outubro e novembro. A faixa é a primeira desde o EP The tw*ts (2024) e traz o trio Nina Cristante, Jezmi Tarik Fehmi e Sam Fenton revezando nos vocais sobre uma base que soa como um encontro esquisito entre a agilidade do The Cars, o experimentalismo do Television e emanações do grunge.
O clipe da faixa, igualmente recém-lançado, parece uma doideira coletiva filmada de perto, com vários figurantes. Tudo isso enquanto a banda segue testando caminhos ao vivo…
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“Alguém mais está ficando rico / menos você”, avisa o The Dirty Nil em seu novo single, o pop-punk-grunge Rock and roll band – mais uma música que anuncia o álbum The lash, que sai dia 25 de julho. A letra da canção é bem irônica e serve como um aviso para novos músicos – ainda mais nesses tempos de plataformas digitais embolsando grana. Mas o vocalista Luke Bentham diz que mesmo com as perdas do dia a dia, ter feito essa canção lhe trouxe muitas alegrias.
“Não me lembro qual aspecto específico da indústria me irritou naquele dia, mas eu estava tão empolgado. Toquei a música inteira em 30 minutos e me senti melhor na hora”, conta. Apesar de estar saindo só agora, foi a primeira faixa composta para o álbum.
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A banda norte-americana de indie rock Wednesday anuncia o disco novo, Bleeds, para 19 de setembro, pela Dead Oceans. O disco, produzido por Alex Farrar (Indigo De Souza) em seu estúdio Drop of Sun (Asheville), traz na formação do grupo o quinteto Karly Hartzman (voz), Xandy Chelmis (lap steel, pedal steel), Alan Miller (bateria), Ethan Baechtold (baixo, piano) e Jake Lenderman (guitarra) – embora este último não esteja mais saindo em turnê com a banda.
No novo single, Wound up here (by holdin on), a banda embarca num indie rock denso e ruidoso, com guitarras afiadas e medidas. O título da faixa veio de um livro de poesias de um amigo de Karly – já a letra nasceu de um relato pesado de outro amigo, “que teve que tirar um corpo de um riacho na Virgínia Ocidental. Alguém se afogou, mas levou dias pra emergir por causa da correnteza”, diz ela. A faixa já tem clipe, dirigido por Joriel Cura.
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Tem disco novo dos Hives, The Hives Forever Forever The Hives, vindo aí – sai dia 29 de agosto via Play It Again Sam. E a banda decidiu abordar um tema bem louco em sua nova música, Paint a picture, que já ganhou até clipe em estilo HQ dirigido por Filip Nilsson e Henry Moore Selder. “É uma música sobre tentar convencer os outros, e a si mesmo, de que viver fora da sociedade é uma boa ideia. Esta faixa já era favorita dos fãs há tempos, entre os poucos sortudos que a ouviram nos shows”, comentou o grupo.
Paint a picture é um baita peso punk, aliás – os fãs já devem estar adorando. Em 2023, resenhamos o disco mais recente deles, The death of Randy Fitzsimmons.
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O amigo Pedro Serra, do coletivo Rockarioca, avisa que nessa quinta (19) vai rolar a 22ª edição do evento Rockarioca Convida, no La Esquina (Av Mem de Sá, 61, Lapa – Rio de Janeiro). E dessa vez, a Zona Oeste carioca vai estar no centro do palco: a cantora Micah, de Sepetiba, abre a noite comemorando sete anos de carreira e unindo MPB, psicodelia e rock setentista. Logo depois, vem o octeto Cidade Partida, de Campo Grande, com um som que mistura rock, cultura afro-brasileira e crítica social.
Micah toca às 20h30 e a Cidade às 21h30. A casa abre às 19h30 e depois dos dois shows, tem festa. Ingressos entre R$ 20 e R$ 40. E se você não conhece o som deles, a gente te ajuda.
Lançamentos
Radar: Memórias de Ontem, Applegate, 43duo, Almério, Pedro Bienemann, Dani Vallejo, Black Pantera

Antes do feriadão, tá aí uma lista para você fazer sua próxima playlist e conhecer o que uma turma nova anda fazendo – começando com o pós-punk do Memórias de Ontem, passando pelo som novo e hipnótico do Applegate, pela psicodelia do 43duo… Ponha no som do carro para os amigos ouvirem.
Texto: Ricardo Schott – Foto Memórias de Ontem: Divulgação.
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MEMÓRIAS DE ONTEM, “QUASE LÁ”. Essa banda mineira é rock triste feito em família – ou melhor, em famílias. O vocalista e guitarrista Gabriel Campos é irmão gêmeo da cantora e compositora Clara Bicho, que recentemente lançou o EP Cores da TV (resenhado pela gente aqui). No Memórias de Ontem, ele tem a companhia das irmãs gêmeas Camila Nolasco (baixo) e Alice Eskinazi (bateria).
O Memórias de Ontem que prepara um álbum de estreia para este ano, lançou recentemente o clipe da faixa Quase lá, uma canção que tem muito do indie rock britânico dos anos 1980 – mas que aponta levemente para estilos como grunge e metal em algumas passagens. Já a letra fala sobre aquela vibe de tentativa-e-erro que faz parte da idade adulta (“a gente ate tentou, mas / hoje não vai dar / enquanto eu não parar / a gente chega quase lá”, diz a letra).
APPLEGATE feat MARIA CLARA, “DESTEMPERADA”. A vibe da nova música da banda paulistana é um pouco diferente. O Applegate já tangenciou estilos como post rock em gravações anteriores, mas dessa vez tem uma onda bem trip hop no som do grupo – que pela primeira vez fez um feat, com a cantora Maria Clara Melchioretto, autora da letra de Destemperada.
A faixa nova do Applegate com Maria Clara surge a partir do projeto Atalhos Sonoros, uma iniciativa da Tratore que estabelece vínculos entre artistas de seu catálogo, artistas locais em ascensão e as Fábricas de Cultura do estado de São Paulo. A gravação de Destemperada rolou entre 20 e 22 de agosto de 2024 no estúdio da Fábrica de Cultura de Diadema (SP).
43DUO, “SAL E SINA”. Com clima marcial herdado do pós-punk, guitarra de surf music e um toque de ritmos brasileiros nos vocais e arranjos, Sal e sina é uma das faixas de Sã verdade, disco do 43duo, que já está nas plataformas. Composta como um indie rock psicodélico de código aberto, a faixa cresce em camadas, com efeitos e variações rítmicas que ecoam shows onde a música já era destaque antes mesmo de ser gravada. A letra, por sua vez, reflete aquela eterna busca humana pelo inalcançável – um assunto que todo mundo vive diariamente, e que foi colocado em forma de música e psicodelia por Luana Santana (bateria, teclados e voz) e Hugo Ubaldo (guitarra e voz), os dois do 43duo.
ALMÉRIO, “TUDO QUE É MAIS LINDO”. É MPB, com delicadeza e romantismo, mas tem emanações de Wild horses, clássico setentista dos Rolling Stones, marcado pelo clima de blues estradeiro, e por violões ligados ao country. Tudo que é mais lindo, faixa nova de Almério, tem cordas arranjadas pelo maestro Isaias Alexandre, convidado para unir “delicadeza e impacto, leveza e emoção”, conta Almério.
E de fato, o arranjo de orquestra ajudou a gerar uma canção de tirar o fôlego. “Cantar a simplicidade do amor é algo que me emociona, dizer que no meio desse caos, dessas cidades imensamente desordenadas, tem alguém pensando em você com carinho”, completa Almério.
PEDRO BIENEMANN, “NÃO TE FALTA NADA”. “É uma canção que brinca com a MPB clássica, o pop, o rock e a psicodelia, gêneros que eu exploro bastante neste novo trabalho”, diz Pedro, explicando ele próprio o som de seu novo single, Não te falta nada. E nós completamos: se você é fã de Luiz Melodia, Gal Costa, Sergio Sampaio… pode ouvir no volume máximo.
Trabalhando na junção de blues, rock, música brasileira e arranque existencial, Pedro faz a trilha sonora desses tempos de algoritmos, estímulos em excesso e positividade tóxica. O cantor e compositor, integrante do duo 131 (Lumanzin, parceira de dupla, faz os arranjos de cordas) lança em breve o álbum Ondas de choque e calor.
DANI VALLEJO, “ACABOU O CARISMA”. Sabe aquele momento em que a gente percebe que uma relação não vale o esforço que a gente deposita nela? Acontece com namoros, casamentos, amizades, e até com empregos. E é disso que fala a nova faixa de Dani Vallejo, que traz emanações de funk, rock e até da onda hyperpop.
“Muitas vezes me vi me doando e sendo tudo que a pessoa queria que eu fosse, só para mantê-la por perto, aceitando obrigações e exigências apenas para agradar. Um sentimento de que se eu não fizesse iria perder aquela pessoa, que eu considerava muito”, conta Dani. “Mas se te exige e te obriga, deixa ir. Na maioria das vezes é livramento”.
BLACK PANTERA, “UNFUCK THIS”. Em meio a shows internacionais, o Black Pantera, sempre com uma surpresa na manga para os fãs, solta Unfuck this, novo single com peso e urgência. A faixa, em inglês, cai dentro da onda punk + hardcore (que já é um som conhecido do grupo) e bate de frente com o apagamento das raízes negras do rock. É grito, denúncia e resistência em forma de riff. A música chega com cara de hino de turnê — e de recado direto ao mundo.
Detalhe: o grupo toca hoje (hoje!) e amanhã na França – a primeira noite no Leoff, “esquenta” gratuito do Hellfest, e a última no próprio Hellfest. Depois, fazem as malas e partem pro Rock Al Parque, em Bogotá, na Colômbia, onde tocam no sábado (21). “Para nós é um sonho estar nesses festivais, um passo muito importante para a banda. Fizemos um contato com eles oito anos atrás, quando estivemos na França pela primeira vez, e agora vamos tocar no mesmo dia do Korn, uma das nossas grandes referências”, comenta o baixista e vocalista Chaene da Gama.
Notícias
Urgente!: Harmada de volta. Zaz no Brasil. Kim Gordon feroz.

RESUMO: Banda do indie rock carioca dos anos 2000, o Harmada tá de volta com single e álbum, em nova formação. Zaz vem ao Brasil em 2026 com disco novo e turnê. Kim Gordon relança faixa de seu álbum The collective em protesto contra a agenda do governo Trump.
Texto: Ricardo Schott – Foto Harmada: Divulgação.
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Tem três lendas do rock carioca dos anos 2000 de volta: o Pic-Nic, o Moptop (cujos álbuns de retorno já foram resenhados pela gente, respectivamente, aqui e aqui) e o Harmada, que aproveitou o último Dia dos Namorados para lançar som novo, Quando você chegar. A faixa, uma balada tranquila com guitarra blues e naipe de metais, anuncia o próximo álbum, Os fugitivos, programado para agosto.
O Harmada, cujos passos foram bastante repercutidos por jornais como O Globo e sites como Scream & Yell, nunca encerrou atividades de fato: só parou de lançar coisas novas durante 14 anos. Também voltou ao palco: no dia 12 fizeram um show no Espaço Cultural Sergio Porto (Humaitá, Zona Sul carioca) com as novas músicas e o repertório do primeiro álbum, Música vulgar para corações surdos (2011).
No novo disco, que tem nove faixas, Manoel Magalhães (voz, guitarra) e Brynner Bulard (guitarra) voltam com nova formação. “Tem o Bernardo Corrêa, que tocou no Fuzzcas, no baixo, e o Rodrigo Garcia, ex-Onno e ex-Polar, na bateria. Ainda tem o Pedro Henrique Lacerda na terceira guitarra”, conta Manoel. O disco tem convidados, ainda: a banda recebe a cantora 1LUM3 na canção Destino – e na abertura da faixa Iluminar, vai rolar um poema declamado por Alice Sant’Anna.
Outro detalhe: a inspiração do disco foi o livro Os prisioneiros, de Rubem Fonseca (1963) – coletânea de contos, que se tornou um clássico da literatura crua e visceral, e foi o primeiro sucesso do escritor.
“Todas as músicas do disco novo abordam o tema ‘fuga’ e suas diversas variações. Fugir de uma cela, fugir de um relacionamento, fugir existencialmente, fugir das responsabilidades, fugir da família e desaparecer. Em relação à parte musical, temos um naipe de metais em alguns faixas, com arranjos inspirados em baladas dos anos 70, um certo toque R&B, mas o rock do primeiro disco continua salpicado aqui e ali”, diz o vocalista.
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2025 tá aí ainda, mas tem gente já planejando discos e shows de olho em 2026. Como por exemplo a cantora francesa Zaz, que traz para o Brasil sua nova turnê, em março do ano que vem – e os ingressos já estão à venda. A artista, que estourou com Je veux lá em 2010, e prepara o álbum Sains et saufs para o dia 19 de setembro, se apresenta em Porto Alegre (Auditório Araújo Viana, dia 3 de março), São Paulo (Audio Club, dia 5) e Rio (Vivo Rio, dia 7) – satisfazendo um número maior de fãs, já que na última vez em que ela esteve por aqui, em 2023, foi apenas para SP.
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Por falar em “2025 tá aí ainda”, o ano corrente acaba de ganhar seu hino, pelas mãos de ninguém menos que Kim Gordon. A ex-Sonic Youth, que esteve no Brasil recentemente fazendo um show no Cine Joia (na Popload Gig) relançou Bye bye, música de seu revolucionário álbum do ano passado, The collective – que resenhamos aqui – como Bye bye 25. E trocou a letra original por todos os termos que Trump baniu de sua agenda de governo (“gay”, “imigrante”, “saúde mental”, “Golfo do México”).
Para exibir as palavras proscritas, Kim recorreu ao mesmo método usado por Bob Dylan em seu clipe Subterranean homesick blues: escreveu todas elas em folhas de cartolina, que ela mostra para a câmera e joga no chão, no decorrer do clipe. “Se Trump diz que é contra a cultura do cancelamento, é pura ironia, porque o que ele está fazendo é literalmente cancelar a cultura”, disse a musicista. A renda da canção e de todo o merchandising oficial ligado a ela vai para a organização Noise for Now, que atua na defesa de direitos reprodutivos.
Sim, você vai querer ver o clipe um milhão de vezes.
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