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Lançamentos

Urgente!: Lançamentos da semana (7 a 11 de abril de 2025)

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Urgente!: Lançamentos da semana (7 a 11 de abril de 2025)

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia aqui é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:

(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)

ÁLBUNS E EPS:

Daqui do Brasil, prepare-se para conhecer o novo disco da banda carioca Morcegula – o duo punk e garageiro soltou nesta quinta o disco Caravana dos desajustados e anuncia turnê. O álbum sai pelo selo Goma Base e, além de subir para as plataformas, ganha 150 cópias em vinil colorido.

Vindo lá de Maringá (PR), o Jovens Ateus afia seu pós-punk com os dois pés no gótico (e uma quedinha até para o metal podrão) no álbum de estreia Vol.1, que sai pela Balaclava Records.

Com o nome estranho de SABLE, f ABLE, chega às plataformas o disco novo de Bon Iver – um daqueles discos que mexem com vários sentimentos. O lançamento envolveu algumas novidades, como uso de uma câmera de vigilância (!) para mostrar as músicas ao público.

Se você achava que o OK Go tinha sumido, surpresa: eles estão de volta e lançaram nesta sexta seu quinto álbum, And the adjacent posssible – o primeiro desde 2014, por sinal. Damian Kulash, cantor do grupo, andou filosofando que “a verdade além do nosso alcance é um tema que permeia este álbum: as coisas importantes não são diretamente acessíveis. Estão fora do nosso alcance individual” (isso saiu numa entrevista da banda ao NME).

E chegou finalmente às plataformas o novo disco do The Mars Volta, com o curioso nome de Lucro sucio; Los ojos del vacio. Por sinal, um disco cujo lançamento foi marcado pela estranheza – o site Popload destacou que fãs no megafórum Reddit descobriram um vazamento completo do disco.

SINGLES

Lana Del Rey – Parece que foi ontem que Lana apareceu, mas o décimo disco dela, The right person will stay, sai dia 21 de maio. Ao que tudo indica, a dramaticidade da cantora será usada agora para abrilhantar canções em tom indie-country – aproveitando o bom momento que estilos como country e soft rock têm entre fãs jovens. A música nova saiu hoje e se chama Henry, come on.

Pulp – Sim, é real: a banda (que aparece na foto lá de cima, clicada por Tom Jackson) lançou Spike island, sua primeira faixa inédita em mais de 20 anos! Já tem clipe e tudo. E segura essa: o novo álbum More chega dia 6 de junho.

Terno Rei – O aguardado álbum Nenhuma estrela sai na próxima terça (15), pela Balaclava. Já saíram alguns singles e clipes, e o mais novo é o da faixa-título – gravado na USP, com a banda observando a trajetória de uma ciclista do espaço sideral (!).

Tune-Yards – O duo retorna com Heartbreak, single hipnótico e intenso que antecipa o disco Better dreaming, previsto para 26 de maio, via 4AD.

GarbageThere’s no future in optimist é a nova música da banda, que abre o próximo disco Let all that we imagine be the light. Shirley Manson faz questão de dizer que, apesar do título, a música é sobre resistir ao pessimismo. O clipe também é puro sopro de esperança.

Turnstile – A banda hardcore lança Never enough, disco previsto para 6 de junho. A faixa-título já está entre nós e vem acompanhada de um clipe fantástico, em que os integrantes se separam em universos distintos antes de se reunirem no final.

Moptop – E não é que eles voltaram? Se hoje o Ego Kill Talent abre os shows de tudo quanto é banda gringa, nos anos 2000 havia o Moptop fazendo o mesmo. A banda carioca lançou dois álbuns, se separou e volta agora com a mesma formação de sempre – Gabriel Marques (voz/guitarra), Rodrigo Curi (guitarra), Daniel Campos (baixo) e Mario Mamede (bateria) – lançando o single Last time, dessa vez em inglês. O som parece coisa de gringo, e o Moptop não ficou imune à febre de rock e pop adulto que rola lá fora: detalhes da melodia lembram bandas como Pretenders.

 

Lançamentos

Radar: Myoma, Marya Bravo, Pélico e Catto, e mais sons novos nacionais

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Radar: Myoma, Marya Bravo, Pélico e Catto, e mais sons novos nacionais

O Ministério do Pop Fantasma adverte: ouvir sons novos faz muito bem à saúde. O Radar, seção do site que se dedica a separar músicas que estão saindo agora, permanece saudável e vai muito bem, obrigado. Nesta sexta, ele abarca do shoegaze expandido do Myoma ao xote de metrópole de Eugenia Cecchini. Aumenta o som aí.

(Foto Myoma: Divulgação)

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MYOMA, “WARM SAND AND SUNSET”. Lá de São João de Meriti, Baixada Fluminense, vem Myoma — artista solo que funde camadas de shoegaze com pulsos de synthwave e um sol generoso iluminando tudo. Os vocais não se escondem: são abertos, diretos, quase explosivos, num contraste curioso com o costumeiro nevoeiro do gênero. Há também um quê de psicodelia tranquila. O primeiro EP vem aí, fruto de uma inusitada campanha de trocas chamada Da palheta ao disco — do gesto mais simples ao som gravado, uma trilha feita à mão.

MARYA BRAVO, “ETERNO TALVEZ”. “Qual de vocês consegue sustentar uma nota alta?”, perguntou Paul McCartney em 1967, diante de um grupo de fãs dos Beatles no portão da gravadora EMI. Lizzie Bravo, então adolescente brasileira, estava lá, e se candidatou. Entrou no estúdio e eternizou sua voz no coral da faixa Across the universe, dos quatro de Liverpool. Eterno talvez, novo single da filha Marya Bravo (cujo pai é o cantor, compositor e multi-homem Zé Rodrix), herda esse sopro de história, e o embala num clima de jazz e trip hop — onde cada nota é alongada com precisão e afeto. A produção é de Nobru (Planet Hemp, Cabeça) e Dony Von (Os Vulcânicos), e o clipe, dirigido pela produtora carioca Oficina do Diabo, parece cinema das antigas: boa parte dele se passa num barco à deriva, com ecos das sequências marítimas do clássico Limite (1931), de Mario Peixoto. Um mergulho no som e na imagem.

PÉLICO E CATTO, “TE ESPEREI”. Pélico compôs Te esperei pensando no drama silencioso de uma amiga, que vivia uma história de afeto não correspondido. A canção teve arranjo repensado por Zé Godoy, ao piano, e logo ganhou corpo — Thiago Faria chegou com o violoncelo, e faltava só uma voz que atravessasse o tempo. Catto, parceira de longa data (ela gravou Sem medida, música de um disco de Pélico lançado em 2007), foi o nome natural. A delicadeza da música é o retrato de uma amizade e de uma entrega mútua.

ZAINA WOZ, “DOMINATRIX”. O pop de Zaina Woz é performance e transformação. Depois de lançar Boneca de porcelana, ela agora apresenta Dominatrix, produzida por Arthur Kunz (Marina Lima) e com teclados de Donatinho. O single remete ao pop noventista – e traz referências assumidas de Kraftwerk, Goldfrapp e Lady Gaga. Mais uma vez, Zaina veste um personagem: a boneca de antes toma as rédeas da narrativa, caminhando firme rumo ao primeiro disco, prometido para junho.

EUGENIA CECCHINI, “RELAMPEIA”. Atriz, cantora e compositora de trilhas, Eugenia Cecchini define seu novo single como um “xote de Sampa”. Relampeia mistura elementos nordestinos com o ruído e o caos poético da metrópole, evocando nomes como Céu e Jorge Mautner. É uma canção de descobertas amorosas, de fascínio pelo feminino, e de amores que quase foram — mas não foram. Em breve, ela lança o EP Ay, amor!, que promete expandir ainda mais esse universo híbrido.

JADSA, “BIG BANG”. Dormir bem. Comer bem. Caminhar sem tropeços pela cidade. Coisas simples que às vezes, são bem complexas de se fazer (pelas mais variadas razões) e que servem de inspiração para Jadsa. O samba-jazz que serve de “amuleto” para a cantora já apareceu em um Radar anterior, mas volta aqui por uma ótima razão: Big bang virou um belo clipe, feito durante um giro da cantora pela Europa – Jadsa aparece passeando pelo distrito de Kreuzberg, em Berlim, onde ela estava hospedada na ocasião.

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Crítica

Ouvimos: Lexi Jones, “Xandri”

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Ouvimos: Lexi Jones, “Xandri”

A expressão “lançamento silencioso” acaba de ganhar um novo significado: Alexandria Zahra Jones – ou Lexi Jones, filha de David Bowie – lançou seu primeiro álbum, Xandri, praticamente sem alarde, chegando aos ouvidos de críticos e ouvintes em ritmo desacelerado. Quem a acompanha no Instagram sabia o que estava por vir, já que Lexi vinha falando do disco por lá. Mas veja bem: é a filha de David Bowie, e o disco saiu devagar, sem que muita gente percebesse.

O título Xandri vem do grego e faz referência a um “defensor da humanidade” – o que pode sugerir, num primeiro momento, uma tentativa de criar um Ziggy Stardust próprio. Mas não é bem por aí: a personagem de Xandri parece ser a própria Lexi, num trabalho bastante confessional. E a pergunta que paira no ar é inevitável: vale a pena ouvir?

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A resposta é sim. A voz de Lexi Jones às vezes evoca a frieza elegante de Nico, em outras momentos lembra o calor de Bobbie Gentry. Suas composições usam a repetição como recurso estético, não como vício. Faixas como Along the road e Let me go têm uma atmosfera gélida, remetendo à fase berlinense de Bowie ou às texturas de Brian Eno, com pianos sequenciados, dissonâncias suaves e batidas que flertam com o eletrônico. Já Crack of me lembra algo entre Gigantic, dos Pixies (por sinal, uma música que Bowie adorava e até gravou), e Patti Smith, só que com uma energia tipicamente anos 1990.

Se for para buscar paralelos entre Lexi e o pai, talvez o principal seja a busca de soluções melódicas simples e pegajosas – aquele tipo de “cola” que alimenta o pop, ou deveria alimentar – mas dentro de experimentalismos particulares. In the almost, uma das melhores faixas, mistura rock e country com leveza. Já Moral compass aposta em um clima sofisticado e nostálgico, unindo dois templates em áreas diferentes do arranjo: um clima soul e sessentista, e outro com base no indie-pop e no r&b. Essa busca por sons novos também aparece na cigana The passage unseen e na fantasmagórica The rush of the absurd. E em todo o disco.

Xandri é um disco que provoca, desde o início, aquela sensação de estranhamento bom – o tipo de som que, quando toca em algum lugar, faz você parar e se perguntar: “que música é essa?”. É um disco que aponta caminhos interessantes para uma artista que parece mais interessada em construir sua própria voz do que em aproveitar a herança.

Nota: 9
Gravadora: Independente
Lançamento: 2 de abril de 2025.

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Crítica

Ouvimos: Σtella, “Adagio”

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Ouvimos: Σtella, “Adagio”

Σtella Chronopoulou (ou como ela se apresenta nas redes sociais, “Stella com sigma”) chamou a atenção há alguns anos por ter sido a primeira cantora grega contratada pela Sub Pop. Seus quatro álbuns anteriores traziam sons que giravam em torno do synthpop, com climas diferentes – e por trazerem uma visão particular de música pop, como algo ouvido à distância. Distância essa que se torna um pouco mais enevoada em Adagio, quinto disco de Σtella.

O novo disco dela é basicamente um álbum pop, só que reduzido a um mínimo necessário – os sons são esparsos, os vocais e a instrumentação têm bastante eco, tudo soa ambient e tecnológico, mas um “tecnológico” vintage. E um pop vintage, já que Adagio chega perto da new bossa eletrônica em vários momentos, como na faixa-título e na sintomática Baby Brazil, com participação do músico Las Palabras. Ao mesmo tempo que tem algo de Matt Bianco e Style Council ali, tem também uma suposta tentativa de se parecer com Sade Adu, ou Nara Leão, ou com uma Kate Bush indie.

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Can I say tem a mesma estileira new bossa, lembrando uma demo dos anos 1980 que em 2025 foi completada em estúdio. 80 days lembra Kate Bush, mas é um som acústico e levemente brasileiro. Too poor é a música do disco que tem mais cara dream pop: um r&b leve e cintilante, com vocais com certo drama. Ta vimata é som cigano e grego, tocado com dois violões e uma percussão, que tornam a música algo mais próximo dos Gipsy Kings. No final, Caravan lembra um easy listening dos anos 1960 e 1970, mas com base dançante e guitarra estilo Theme from SWAT. Um pop diferente e envolto em mistério.

Nota: 8,5
Gravadora: Sub Pop
Lançamento: 4 de abril de 2025

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