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Totô de Babalong: bachata, pop e amor pandêmico em clipe novo

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Totô de Babalong: bachata, pop e amor pandêmico em clipe novo

Se você costuma ler sites com notícias de celebridades, já esbarrou com o nome do artista baiano Totô de Babalong. Além de músico, ele é estilista (mantém a marca Babalong) e já teve peças suas vestidas e divulgadas por nomes como Anitta, Isis Valverde, Pabllo Vittar e Ludmilla. Sua carreira musical inclui músicas com clipes e letras que abraçam ironicamente um lado meio bagaceiro da vida, mas com uma onda fashion.

O clipe mais recente é o de 50 tons de pinga, que fala do dia a dia de paqueras no pós-pandemia. O single da faixa faz parte do projeto Volume 1, que tem outras três faixas e teve mais de 300 mil streams em menos de 6 meses apenas no Spotify. Totô falou com o Pop Fantasma sobre sua história na música e na moda, e sobre o que tá vindo aí.

O que veio primeiro, o estilista ou o artista da música? Como você começou a se envolver com as duas coisas?

Então, a música e a moda sempre desempenharam um papel fundamental na minha vida. A música mesmo quando não compunha sempre esteve ali comigo em todos os momentos, nela eu tomava a liberdade pra viajar e desbravar sentimentos que mais tarde na vida consegui pôr nas letras. E ao mesmo tempo, sempre fui muito focado no mundo da moda, sempre acompanhei a semana de moda de várias cidades, sempre pesquisei e ainda pesquiso. A moda pra mim, antes de tudo é meu verdadeiro eu. Ao decorrer da minha jovem vida adulta percebi que o que eu gostava mesmo era mexer nesses dois âmbitos e explorar o meu potencial artístico neles. Ai tudo começou!

Como tem sido divulgar as suas duas facetas nessa época em que todo mundo tem tanto conteúdo para curtir?

Sinto que alguns ficam confusos, recebo algumas mensagens de pessoas que conhecem meu trabalho na moda pela música e vice-versa. Mas acredito que nessa era digital as pessoas cada vez mais consomem conteúdos em uma velocidade avassaladora então depois do estranhamento de primeira eles já encaram com normalidade e aceitam numa boa.

Aliás, a sua marca tem chegado a vários nomes famosos. Como isso começou e quem foram os primeiros nomes que usaram as suas peças?

Babalong estourou quando a Anitta encomendou uns looks pra usar no Rock In Rio e usou! A parceria foi boa, ela já usou mais de 7 looks desenhados e confeccionados pela gente, e aí cê sabe, se Anitta usou a galera curte e assim vieram vários stylists de famosos encomendando looks, como Pabllo Vittar, Isis Valverde, Luísa Sonza, Ludmilla, Vitão e por aí vai. Fico muito contente em misturar música com moda! Acho que isso me ajuda muito hoje na minha carreira musical.

Quem são as pessoas que estão com você nos clipes?

Depende, cada clipe tem sua história/narrativa, eu quando vou gravar um clipe sou bem chato pra escolher quem vai ta comigo, de verdade, sou muito perfeccionista quando o assunto é estética e no audiovisual existem vários caminhos a serem seguidos. Mas em geral não largo mão da minha irmã Débora pra fazer tudo comigo, e meu maquiador Edu333 que entrega horrores.

O que inspira as letras das músicas? De onde surgiu uma história como a de Caipirinha de Milão, por exemplo?

Eu tento explorar lugares na minha composição que não são muito pensados, músicas de amor me entediam um pouco, são poucas as composições que me entretém, então eu sempre tento buscar um plottwist, algum lugar na música que eu possa por um duplo sentido, um jogo com as palavras ou até palavras que tem uma sonoridade diferente que grudam na cabeça. Caipirinha de Milão por exemplo escrevi para e com uma amiga que tinha acabado de terminar um relacionamento de seis anos (o nome dela é Camilla e o apelido é Milão) e a cabeça dela tava uma bagunça. Então comparei o processo de fazer a caipirinha com a a situação que ela vivia, toda bagunça de sentimentos que tava no coração dela, ai surgiu o hit.

E os roteiros dos clipes? Como são feitos?

Cada clipe tem sua peculiaridade, alguns eu dirijo e outros procuro um diretor e alinho minhas ideias com ele ou ela. Os roteiros dos meu clipes, assim como minhas composições, eu tento explorar ao máximo o ainda não pensado, geralmente são ideias pontuais que juntas viram uma ideia forte. Mas para que surjam direitinho é preciso muita reunião, videochamadas, etc..

O Volume 1 vai virar um álbum inteiro? Como você tá pensando a distribuição do trabalho daqui pra frente?

O volume I foi um projeto onde explorei meu potencial artístico, sempre apresentando minha baianidade e tropicalidade, me entendi melhor enquanto artista e hoje sei bem em qual caminho seguir até pra me dar bem no mercado. O Volume I se encerrou no meu último single 50 tons de pinga e estou fazendo shows pra divulgação desse momento tão mágico na minha carreira!

Como você tá se planejando pra esse ano que mal começou, e o que vem por aí?

Olha, tem coisa boa vindo aí viu? Modéstia à parte só tem hit. Devo lançar meu primeiro álbum no final desse primeiro semestre e ele ta vindo com tudo. Com produção de João Mansur, vai ter muita música inédita e mal posso esperar pro meu público sentir esse verão no meio do inverno! Vai ser uma introdução musical de quem é Totô de Babalong e minhas referências estarão bem nítidas ali, tô ansioso desde já!

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Radar: The Denim Emperor, Jonas Wilson, Saticöy, Bets – e mais sons do Groover

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O Pop Fantasma tá na Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time. Fizemos hoje uma relação do que tem chegado de legal até a gente por lá – começando com a sujeira sonora do The Denim Emperor.

O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins.

Texto: Ricardo Schott – Foto (The Denim Emperor): Smoulder/Divulgação

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THE DENIM EMPEROR, “ANVIL”. Kentucky Clawson, o criador do The Denim Emperor – projeto musical vindo da Califórnia – está prestes a lançar o álbum Hog, basicamente uma coleção de canções voltadas para o punk e para o stoner de altas energias (o “para quem gosta de” do som dele inclui Ty Segall, Viagra Boys e outros nomes ruidosos). Anvil é um hino indie pesado e distorcido sobre sair por aí e fazer um monte de merda com os amigos. O tipo da música que gruda BEM na mente, por causa do peso e dos riffs.

JONAS WILSON feat HANNIBAL LOKUMBE, “DREAM OF LIFE”. Esse cantor e compositor do Texas que não usa Spotify – prefere se divulgar pelo Bandcamp – faz um som que gira em torno do pós-punk e de uniões sonoras com jazz, trip hop e outros estilos. Dream of life está em seu novo álbum, Smash the control machine, e traz participação do trompetista Hannibal Lokumbe. O clipe da faixa, que foi filmado durante uma viagem a Buenos Aires, retrata as turbulências políticas da capital argentina.

SATICÖY, “WANT IT ALL”. O negócio dessa banda de Los Angeles é power pop, mas com uma ênfase pouca coisa maior no lado power da coisa. Want it all, novo single, é uma história de angústia adolescência, “um discurso motivacional para um garoto tímido e apaixonado”, como diz a banda. É pop como o tema de abertura da série Friends, mas tem peso.

BETS, “JENNY” / “AUTUMN AGAIN”. Vindo dos Estados Unidos, o Bets fez lançamentos entre 2015 e 2022 e vem buscando reposicionar alguns de seus singles e clipes mais recentes no mercado. O som une soft rock e climas ligados ao folk, com letras esperançosas e tristes – caso da delicada Autumn again, que fala da superação de um relacionamento que chegou ao fim, e do clima indie e sixties da romântica Jenny, cujo clipe que fala do dia a dia amoroso de um casal sáfico.

CHAD CARVEY, “GRAVEDIGGER”. Influenciado por nomes como Radiohead (em especial) e Elliott Smith, esse músico norte-americano prepara mais um EP e já fez três lançamentos de singles em 2025. Gravedigger, um dos singles mais recentes, é uma canção etérea e triste sobre “a dor e a libertação de dizer adeus a um ente querido que partiu”, com sons esparsos, vocal e guitarras melancólicos e programações eletrônicas.

CRIS 88 KEYS, “THE MAD SIDE OF THE PLANET”. Cris, uma cantora e compositora da Itália, decidiu fazer uma canção pop sobre como ela vê o mundo de hoje em dia, com guerras, gente com a cara afundada em redes sociais, Inteligência Artificial e outras coisas que deixam qualquer pessoa maluca. Mesmo com tanto estresse envolvido na letra, saiu um pop tranquilo e relaxante, com heranças musicais do soft rock e do folk.

AMAZONICA, “MIRROR BABY”. DJ criada entre Londres e Nova York, Amazonica acaba de lançar seu primeiro álbum, Victory, prometendo “música pop para o apocalipse”. Ela chegou a ser mais conhecida pelo codinome Dirty Harry, pelo qual lançou seu trabalho inicial – hoje reeditado com seu novo nome artístico. Sua nova fase musical gira em torno de temas como espiritualide e sobriedade, sempre com foco nas pistas, como no single Mirror baby.

NIGHT TEACHER, “NEVER BETTER”. Criado pela cantora e compositora norte-americana Lilly Bechtel, o Night Teacher lança no fim do mês o álbum Year of the snake. Trabalhando lado a lado com o produtor Matt Wyatt, Lilly trabalhou vários anos como instrutora de ioga e encara a música como um trabalho de cura. Músicas como Never better, com clima pop, mágico e sonhador, têm levado Lilly a ser bastante comparada com nome como Cate Le Bon – e olha que faz sentido.

DAX, “LONELY DIRT ROAD”. Rapper e cantor canadense, atualmente em turnê, Dax une rap, r&b, spirituals e sombras existenciais em Lonely dirt road, uma música em que ele recorda as vezes em que põe as malas no carro e vai para bem longe, para descansar a cabeça e deixar as coisas seguirem seu rumo. “Não quero que minha família me veja chorar / eles nem sabem que estou carregando todo esse peso”, canta ele (ei, não tá na hora de tentar dialogar e buscar ajuda, não?).

STEVE LIEBERMAN, “WE APPROACH 1974 – ENTR’ACTE 178”. Esse músico judeu norte-americano que já gravou mais de 90 álbuns (!) e toca um sem-número de instrumentos, ressurge de maneira ensurdecedora e econômica nesse tema de apenas seis minutos – Steve, você já leu no Pop Fantasma, é autor de The Noise Militia (#38/76), música que dura 35 horas, 41 minutos e nove segundos.

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Urgente!: O que teve de bom no final de “Vale Tudo”?

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E aí, o que teve de bom no final de Vale Tudo?

E aí, o que teve de bom no final de Vale Tudo?

Bom, o capítulo foi um belo discurso. Seo Bartolomeu defendeu as últimas melhorias do país (naquele papo com o Ivan). Fátima e Cesar mostraram que quem não presta pra nada vai continuar não prestando pra nada – esqueça essa patacoada de “discurso de redenção”, que é usada bastante em reality shows.

Mais: Odete Roitman sempre volta porque isso é o que acontece de tempos em tempos no Brasil e no mundo. Sempre tem um maldito que ganha o protagonismo. Odete volta porque Trump voltou, e porque o sonho de um certo ex-presidente inominável é voltar.

(Sobre os lados bons do último capítulo, aliás, vale ler também o que escreveu a Patricia D’Abreu, que me deu aula no curso de jornalismo)

O que teve de pior é que, já que a linguagem da novela foi definitivamente invadida pela publicidade, nada como usar a linguagem publicitária no roteiro da trama. Em vários momentos – e isso rolou no final – Vale Tudo foi usada mais para passar ideias e “entregar” coisas do que para contar uma história propriamente dita. Tudo isso aí de cima foi “publicado” como numa colagem mal feita.

Eu tento enxergar isso como uma tendência dos dias de hoje, mas: 1) a descoberta de que foi Marco Aurélio o assassino rolou sem emoção nenhuma (eu sou velho o suficiente pra lembrar do “eu matei Salomão Hayala!” da novela O astro, de 1977, e toda a perplexidade que veio depois); 2) Alexandre Nero parece ter sido sorteado como assassino num globo daqueles de bolinhas pra bingo – não houve emoção, pareceu marmelada e a expectativa de que “o assassino é alguém que ninguém imagina” foi pro cacete; 3) o final pareceu mais uma “entrega” do que um último capítulo – aliás tudo estava nesse mesmo clima desde a morte da Odete.

No mais, eu saí de Vale Tudo fã da turma que faz o comercial da Globo: aquela inserção da turma de Três graças assistindo o último capítulo foi ótima, os atores da novela fazendo propaganda de um aplicativo de entrega de bebidas que não patrocina o Pop Fantasma, idem. O problema é que novela não é só isso.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação

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Urgente!: E a volta do Sugar, hein?

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Na foto, o Sugar

Os anos 1990 foram uma época de redescoberta para Bob Mould. O ex-vocalista do Hüsker Dü já vinha tendo o som de sua ex-banda redescoberto por causa de grupos como Pixies e Nirvana – até que em 1992, após dois discos solo, decidiu apostar na criação de uma banda nova. O Sugar – que, você deve ter visto, voltou com uma música nova, House of dead memories, após 30 anos de separação – foi criado ao lado de dois músicos que ele inicialmente havia convidado para trabalhar em futuros projetos solo: David Barbe (baixo, ex-Mercyland) e Malcolm Travis (bateria, ex-Human Sexual Response).

Na época, os ensaios deram liga, o Sugar começou a fazer shows e logo gravou o primeiro álbum, Copper blue (1992) – aquele mesmo, de hits como Helpless e If I can’t change your mind. Sempre tinha havido bastante interesse pelos passos de Bob, que é o herói de muitos músicos norte-americanos e britânicos, mas agora o Sugar estava na MTV, no New Musical Express (que considerou Copper blue o álbum do ano) e os fãs de vários grupos novos podiam comprovar na prática as referências que, por exemplo, os Pixies tinham do som de Mould (muito embora ele próprio tenha citado inconscientemente um padrão tipicamente pixie de composição em A good idea).

Mesmo com o sucesso, foi uma época complicada para Bob. Em 1993, o músico foi processado por seus ex-colegas de Hüsker Dü, Grant Hart e Greg Norton, que se sentiam passados para trás nos royalties do grupo – foi por causa disso que, no ano seguinte, saiu o disco ao vivo The living end, que traz inclusive Doug Myren, então o advogado de Hart, como “coordenador de projeto” na ficha técnica.

Antes disso, Hart, com quem Mould tinha uma relação difícil, já havia tentado diversas vezes se reaproximar dele, ou até mesmo de sua banda nova. Segundo Mould, Hart, que já dera uma de mosca de padaria com um ex-namorado seu, estava fazendo o mesmo com o baixista do Sugar, David Barbe (“não tenho nenhum problema com isso, mas disse ‘não’ pra ele, e ele não parava!”, disse Barbe a Mould, puto da vida).

No geral, o Sugar acabou encerrando atividades justamente por causa desse período complicado. A banda gravou ainda um EP (o ótimo Beaster) e um álbum (o bacaninha File under: Easy listening, de 1994), mas Mould frustrava-se com as expectativas altas das gravadoras envolvidas – Rykodisc nos EUA, Creation na Inglaterra. File under, o tal segundo álbum, só saiu depois de algumas tentativas em que a banda não engrenava e não conseguia gravar nada.

O Sugar retorna hoje com o mesmo trio, e em clima de quentinho no coração tanto para os músicos quanto para os fãs. A nova música é o punk rock House of dead memories, uma canção de desamor tão fria quanto Love will tear us apart, do Joy Division, um tema típico de Mould como compositor – e ela veio acompanhado de um clipe com várias imagens de shows antigos do grupo. Mais: a banda já tem shows marcados para maio em Nova York (dois, no Webster Hall) e Londres (mais dois, no 02 Arena). Sei lá se ainda há ingressos, mas começaram a ser vendidos hoje.

E se você não viu, tá aí House of dead memories.

***
Vale encerrar esse texto com uma agenda muito especial para o fim de semana: no sábado (18) vai rolar na Casa de Cultura Marielle Franco (Rua Dona Amália Sestini, 85, Franco da Rocha, São Paulo), em SP, o festival Queers & Queens, dedicado a visibilizar estilos e artistas que costumam ser marginalizados, inclusive dentro do próprio universo LGBTQIAPN+ (dica: existe um documentário sobre o festival – assista para saber mais).

O evento rola desde 2012, já deu espaço a nomes como nomes como Linn da Quebrada, Jup do Bairro, Dominatrix, Mercenárias e Adriano Cintra. Dessa vez, a atração principal e o Dance Of Days, histórica banda punk liderada pela artista trans Nene Altro, mas também rolam o queercore do Disforia, o metal do Neural Wreck (com Renata Petrelli), o power trio punk Submersa e outras atrações. O Queers & Queens começa às 14h e a entrada é gratuita.

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