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Os Acossados: garage-punk sobre pandemia em “Aislamiento social”

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Os Acossados: garage-punk sobre pandemia em "Aislamiento social"

Destaque do selo Maxilar Records, comandado por Gabriel Thomaz (Autoramas), a banda garage-punk amazônica Os Acossados retorna com mais um single, Aislamiento social. A canção tem título em espanhol, mas a letra foi feita em português e, em meio a distorções e riffs de órgão (e a um vocal quase falado e propositalmente fora de esquadro na instrumentação), traz versos irônicos como “pra mim não é novidade/viver minha vida isolada” e “meus discos são meus amigos/os companheiros de copo só falam miau”.

O grupo, que faz uma espécie de revival punk dos anos 1960, já havia gravado um single ano passado, para o qual usou instrumentos e amplificadores vintage, além de um gravador de quatro pistas para registrar tudo. Atualmente a banda é formada por Monika Cardoso (voz), Alex Jansen (guitarra), Renato Souza (baixo), Wagner (bateria) e Tulio (teclados).

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Radar: Lucy Dacus, Horsegirl, Suzanne Vega e mais 5 sons lá de fora

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Radar: Lucy Dacus, Horsegirl, Suzanne Vega e mais 5 sons

Tem duas guinadas sonoras inesperadas no Radar internacional de hoje: uma voz folk que aderiu ao punk, e um metaleiro que se voltou para o rock sulista dos anos 1970. Vale citar, por acaso, que a variedade é uma meta que tem sido defendida por muita gente nos dias de hoje: em vez de se fechar num só nicho, o lance é criar coisas novas, ousar bastante e fazer o que você nunca fez na vida – e sempre quis fazer. E tá aí o nosso passeio semanal pelos sons internacionais que têm rolado por aqui…

(na foto, Lucy Dacus)

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LUCY DACUS, “BEST GUESS”. Indie pop agridoce, uma aura de mistério e um clipe que parece saído direto de um intervalo comercial dos anos 1990—essa é a receita de Best guess, a nova amostra do próximo disco de Lucy Dacus, Forever is a feeling, que chega em 28 de março. No vídeo, que evoca os inesquecíveis anúncios da Calvin Klein daquela década, brotam rostos conhecidos como Naomi McPherson (da banda MUNA), Cara Delevingne e Towa Bird. Mas não só: algumas aparições vieram direto de uma chamada de elenco feita por Lucy no TikTok. É a estética vintage dialogando com a era digital — e funcionando muito bem.

HORSEGIRL, “FRONTRUNNER”. Folk setentista e indie rock dos tempos atuais se encontram no novo single do Horsegirl, Frontrunner. A faixa antecipa Phonetics on and on, novo álbum do trio de Chicago, que chega na sexta (14). Guitarra, violão e uma percussão delicada embalam a melodia romântica, cantada como se fosse uma serenata à beira da fogueira. O clipe, por sua vez, é puro dia-a-dia: compras de supermercado, cafés preguiçosos e passeios de carro transformam-se em cenas de um filme caseiro.

COMMUNIONS, “NOT A PHASE”. O Communions chegou discreto com seu novo single, Not a phase, mas vale prestar atenção: piano, violão e um toque de cordas trazem uma pegada melódica ao pós-punk da banda dinamarquesa. Desde Pure fabrication (disco anterior, 2021), o grupo passou por mudanças—dois integrantes saíram, novos músicos entraram, e o som parece buscar um novo equilíbrio entre intensidade e melancolia. Ainda sem data definida, o terceiro álbum está a caminho.

BOB MOULD, “NEANDERTHAL”. Bob Mould não brinca em serviço. No single Neanderthal, ele entrega uma pancada punk de dois minutos e treze segundos, direta ao ponto e carregada de tensão. “Imaginei uma criança crescendo em um ambiente instável, exposta a um comportamento errático e agressivo, sempre em estado de luta ou fuga”, contou Bob, que já revisitou temas semelhantes em sua autobiografia See a little light: The trail of rage and melody. O disco novo, Here we go crazy, foi produzido pelo próprio Mould no mítico Electrical Audio, do saudoso produtor Steve Albini, e chega em 7 de março.

HIFI SEAN & DAVID MCALMONT, “HIGH WITH YOU”. Essa dupla de música eletrônica é formada por duas figurinhas experientes: Hifi é Sean Dickson, vocalista e guitarrista dos Soup Dragons e David é cantor de soul, ex-integrante da dupla londrina Thieves. Os dois soltam seu terceiro álbum, Twilight, nesta sexta (14). E o que vem aí parece ser um disco bem mais psicodélico que o anterior, Daylight (2024), a julgar pelo clima fluido de Sorry I made you cry, pela vibe interestelar de Star e pelo tecnosoul herdado de Marvin Gaye de High with you, o single mais recente a anunciar o disco.

THE HAUSPLANTS, “NORMALCY”. De onde vem esse som? O trio canadense The Hausplants pega emprestado ecos de Velvet Underground, The Sundays, The Smiths e chamber pop, misturando tudo com ritmos ciganos e hispânicos em Into equilibrium, um EP que parece um pequeno universo próprio. Mas o que realmente impressiona é a voz de Zel, cantora do grupo: o timbre lembra, e muito, Mariska Veres, a enigmática vocalista do Shocking Blue (aquela banda do hit psicodélico Love buzz, regravado até pelo Nirvana).

MARK MORTON feat CODY JINKS, “BROTHER”. Quem acompanha o Lamb Of God, banda de heavy metal na qual Mark é guitarrista solo, e der o play no novo single do rapaz, vai se surpreender (ou estranhar, se for muito radical na devoção ao som pesado). Em Brother, Mark Morton mergulha fundo no blues e no country rock, evocando os ares carregados e intensos do sul dos EUA nos anos 1970. “Essa é uma música extremamente pessoal, que fala diretamente sobre separação e afastamento familiar”, conta Mark, que traz também na faixa a voz do cantor country Cody Jinks. O álbum Without the pain chega em 11 de abril e ainda reserva uma surpresa: uma releitura de The needle and the spoon, do Lynyrd Skynyrd.

SUZANNE VEGA, “RATS”. Se alguém dissesse que essa música é de uma banda indie obcecada por Cramps, B-52’s e Blondie, acredite: ninguém duvidaria. O que poucos imaginariam é que Rats vem justamente dela, Suzanne Vega, a voz por trás de Luka e de algumas das canções mais delicadas e introspectivas dos anos 1980. Lançado em setembro do ano passado, o single anuncia seu primeiro álbum desde 2016. Suzanne diz que o álbum novo é variadíssimo: tem folk, soul inspirado na Motown, ecos da Califórnia setentista e, como se ouve aqui, uma pegada ramônica filtrada pelo pós-punk do Fontaines D.C. Um novo capítulo para uma artista que nunca se repete.

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Radar: Hyldon, Rael, Josyara e mais 5 sons nacionais

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Radar: Hyldon, Rael, Josyara e mais cinco sons nacionais

O Radar nacional de hoje chega com uma ocupação preta de peso: de um lado, um mestre do soul lança single novo; do outro, seu parceiro de longa data é celebrado em uma homenagem musical, feita por três feras ligadas ao estilo. Ainda: climas inspirados no dub surgem em uma faixa recente de rock, enquanto outra faixa mergulha numa fusão envolvente de jazz, blues e rock, e a conexão entre nordestinidade e negritude aparece em uma releitura marcante. Novidades do indie rock e da MPB recifense fecham a seleção. Aperte o play e embarque nessa viagem sonora.

(na foto: Hyldon)

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HYLDON, “FAVELA DO RIO DE JANEIRO”. 2025 vai ser um ano excelente para um dos artífices do soul nacional: são 50 anos do álbum Na rua, na chuva, na fazenda, obra-prima do cantor, e no dia 4 de abril vai rolar o lançamento do álbum comemorativo HyldonJID023, gravado ao lado do produtor Adrian Younge, co-criador da gravadora/projeto musical Jazz Is Dead (daí vem o JID do título do álbum). Como a produção de algumas faixas vem sendo feita há um tempinho, ainda foi possível contar com a participação do baterista do Azymuth, Ivan Conti (mais conhecido como Mamão, morto em 2023), na gravação do clipe de Favela…, que acaba de chegar ao YouTube. “Não há lugar como o Rio, e os bailes da favela são os melhores!”, diz Hyldon, definindo a vibe da faixa.

RAEL, feat MANO BROWN E DOM FILÓ, “A ONDA”. “A dança, o samba improvisado no boteco, a pelada no campinho de terra, os versos de rap cuspidos no improviso ou se arrumar pra ir pro baile black, tudo isso é mais do que lazer. É um ato de resistência, uma arte, um jeito de dizer: ‘Ainda estamos aqui, vivos, rindo, sonhando’”, explicando o som que vai rolar em A onda — uma homenagem a ninguém menos que Cassiano (1943-2021), outro mestre do soul nacional, assim como o já citado Hyldon. A faixa faz referência direta a Onda, clássico que virou ouro nas mãos de DJs, e reforça os alicerces do groove na letra, reafirmando o legado de Cassiano e outros mestres.

JOSYARA feat. PITTY, “ENSACADO”. Quando o LP 20 palavras ao redor do sol chegou às prateleiras em 1979, trouxe com ele o brilho inquieto da paraibana Cátia de França—era um disco que misturava poesia, Brasil profundo e um violão ágil, que mais parecia vento cortando o sertão. Agora, Ensacado, uma das joias desse álbum, ganha nova vida pelas mãos de Josyara e Pitty. A versão, que vem com o violão e o arranjo de Josyara, passeia entre o folk e o rock, e traz a união de duas vozes que, cada uma a seu estilo, carregam força e identidade. Avia, terceiro disco solo de Josyara, chega em abril.

NAIMACULADA, “CHORO DE OUTONO”. MPB, jazz, psicodelia e rock progressivo, entre outros estilos, fazem a cabeça desse grupo paulistano. O Naimaculada lança A cor mais próxima do cinza no dia 28 de março, e o single novo, Choro de outono, é uma amostra de como essa alquimia sonora funciona. A faixa começa com um toque de choro-jazz e depois mergulha num encontro visceral entre rock pesado e blues-MPB na cola de Luiz Melodia. Destaque para o sax jazzístico de Gabriel Gadelha e para os vocais intensos de Ricardo Paes. A banda ainda conta com Luiz Viegas (baixo e voz), Samuel Xavier (guitarra) e Pietro Benedam (bateria) —sim, o filho de João Gordo (Ratos de Porão), trazendo peso e pegada para a mistura.

FLAIRA FERRO feat LENINE, “AFETO RADICAL”. O rock carnavalista e recifense de Afeto radical é “um anseio para transmutar violências e fazer arte”, como afirma Flaira, que prepara novo álbum autoral para o primeiro semestre deste ano. O clipe, filmado no Centro do Recife, captura um Carnaval pessoal e urbano, colorido e vibrante, em meio à selva de lojas abertas, gente passando, muros pixados e prédios antigos. Lenine, uma das maiores inspirações de Flaira, surge na música, dando sua assinatura única à faixa e, com isso, reforçando o peso de uma tradição que se reinventa e se renova. E, ah: prepare-se para decorar o refrão.

MARCELO LOBATO, “O CORTE”. “Fiz essa música durante a pandemia, um momento de introspecção e questionamentos. Acho que é muito oportuno lançá-la agora, em um mundo tão individualista e desumanizado”, diz Marcelo, ex-integrante do O Rappa, que recentemente retornou com sua banda Afrika Gumbe (você leu no Radar nacional da semana passada), e aproveita para retomar sua carreira solo. O corte é um rock com alma dub, cuja letra revela como o silêncio costuma se instalar nos espaços marcados pela dor, pela dúvida e pela solidão. Mais um lançamento do selo de Lobato, Lobo Records.

GABRIEL VENTURA, “FOGOS”. Há clipes que são pura fotografia. Fogos, de Gabriel Ventura, é um deles: cada cena parece uma capa de disco, dessas que a gente vê, guarda e nunca esquece. Dirigido por Isadora Boschiroli e filmado numa casa em Petrópolis, o vídeo captura o que passa despercebido na pressa do dia a dia — roupa no varal, a arquitetura de uma churrasqueira de quintal, uma estante cheia de livros, LPs num canto (com um Gonzaguinha antigo chamando atenção), gotas d’água escorrendo pelas folhas. A música segue esse clima: uma canção emepebística, intensa e indie, que anuncia Pra me lembrar de insistir, novo álbum solo de Ventura, chegando em abril pela Balaclava Records.

ANTIPRISMA, “QUE SEJA”. O terceiro álbum do Antiprisma, Coisas de verdade, já saiu tem um tempinho e ganhou até uma resenha do Pop Fantasma. Que seja, uma das faixas do disco, traz uma curiosa fusão country – pós punk, com guitarras sonhadoras e paredes de som. A letra, bastante contemplativa, soa como escutar um casal narrando questões do dia a dia, mas em forma de música. E quem curtiu a faixa vai adorar o clipe, que traz a banda em clima de live session, mostrando um pouco de seu processo criativo. E vale lembrar que Coisas de verdade vai sair em vinil ainda no primeiro trimestre, em lançamento da Orangeira/Midsummer Madness.

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Crítica

Ouvimos: FKA Twigs, “EUSEXUA”

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Ouvimos: FKA Twigs, "EUSEXUA"
  • EUSEXUA é o terceiro álbum de estúdio da cantora britânica FKA Twigs. Bem antes dele ser lançado, ela afirmou que se tratava de um disco inspirado pela cultura techno. “Sou obcecada por culturas e subculturas alternativas, então estar em um lugar totalmente novo onde eu nunca estive, aquele tipo de rave techno incrível do East Bloc , crianças techno, eu simplesmente não consegui resistir”, contou no programa de TV Jimmy Kimmel Live!.
  • Entre as definições que ela deu para o título do disco, estão: “é o que eu descreveria como o auge da experiência humana. É a sensação de dançar a noite toda e perder horas com a batida” e “estar tão eufórica que transcende a forma humana”. O conceito influenciou também uma exposição de arte criada por ela, The eleven, que foi exibida entre os dias 14 e 26 de setembro do ano passado na Sotheby’s, em Londres.

Está cada vez mais difícil falar de música pop nos dias de hoje – ou por outro lado, está cada vez mais instigante. Se há cinco décadas a pretensão e ousadia vinham do rock, faz alguns anos que as ambições (aham) “progressivas”, conceituais e cinematográficas vêm mesmo é de um estilo musical cuja base, um dia, foi o compacto de dois minutos.

Esse “novo testamento” pop – que não existiria sem David Bowie, Madonna, Prince e Michael Jackson, vale informar – é o que permite a um cara como The Weeknd se recolocar no mercado como art-pop mórbido (foi o que ele fez no novo disco, Hurry up tomorrow). É o que faz com que Charli XCX mova montanhas e venda Brat não apenas como disco, mas como atitude e estilo de vida. É também o que faz com que Anitta vista uma armadura de ferro no clipe de sua nova faixa, o funk hispânico Romeo, com vibe de barracão de escola de samba. A diferença é que tudo que acontece aqui, vira tendência, vira moda, vira discussão em dois dias – ou não, porque pode não atrair a atenção de ninguém (acontece, e muito).

Nas fronteiras do art pop, as coisas muitas vezes dependem de tempo – até de tempo para o gosto de certos artistas e produtores coincidir com o do público, o que nem sempre é molezinha. No caso de Tahliah Debrett Barnett, a artista britânica conhecida como FKA Twigs, a carreira dela foi se desenvolvendo entre EPs, mixtapes e seus dois primeiros álbuns. Mas com EUSEXUA, o terceiro LP, a coisa ameaça virar estilo de vida pop, algo que ultrapassa as condições de um álbum. Talvez aconteça o que rolou com Brat, muito embora esteja cedo para que algo parecido não soe como farsa. Seja como for, o título do disco significa algo como “estar tão eufórica que transcende a forma humana” – algo que possivelmente acena para a diversão química nas raves, com boas doses de sexo livre.

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E aí que EUSEXUA mexe numa área mais densa e (até) psicodélica, num clima de dream pop dado pelos vocais flutuantes e angelicais de FKA. É o que rola na faixa título, uma dance music congelante e lisérgica, que abre o álbum. E na sequência, com Girl feels good, apresentando uma guitarra em meio a uma argamassa eletrônica que tem algo de Madonna e Prince. Drums of death, por sua vez, é feminismo selvagem, sexualizado, com voz robótica e falada: “escute garota/abaixe sua saia no chão (…)/foda quem você quiser/querida, faça isso só por diversão (…)/destrua o sistema, boneca diva/sirva buceta, sirva violência”.

O álbum tem canções que começam de modo quase pontilhista, em que só depois de alguns segundos elas se revelam. Keep it, hold it, cuja letra fala sobre mudanças pessoais, abre com um sintetizador que vem “de longe”, com voz à frente, e em seguida é trilhada no experimentalismo, graças às gravações de vocais e à combinação de teclados e efeitos. A safada Striptease é dream-pop house, com vocais “voadores”, numa viagem sonora e eletrônica. A misteriosa Sticky começa como uma balada de piano com ritmo incomum, e depois torna-se uma faixa de tom eletrônico e quase industrial. Childlike things, com participação de North West, filha de Kim Kardashian, é, no álbum, a faixa mais próxima de um pop puro, infantil e menos “artístico”, quase k-pop.

Uma canção bem instigante em EUSEXUA é 24hr dog, basicamente uma música eletrônica de videogame, ou de aparelho médico, cujo plot bate fundo (e de maneira bem soft-porn) nessa tal história do “transcender a forma humana” que FGA Twigs contou. A letra traz as confissões de uma entidade que se diz “escrava das suas vontades” e que “aparece em outras formas para te agradar” – deixando no ar a ideia de um amor internáutico, feito sob medida e à distância. Enfim, quase um rolê de OnlyFans, já que a tal figura obedece a “tarefas de amor”, e não fica exatamente claro que alguém pegou alguém (“me use para satisfazer o núcleo da sua mente”, diz um dos versos).

Parece que, mesmo com toda a sacanagem envolvida, EUSEXUA parece um Brat do lindo mundo da imaginação. Será uma tendência para 2025?

Nota: 8,5
Gravadora: Young/Atlantic
Lançamento: 24 de janeiro de 2025.

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