Notícias
Construindo Chewbacca, em timelapse

Um sujeito chamado Steve Richter, da empresa Regal Robot – especializada em lembranças, objetos de decoração e até em mobília inspirada em Star wars – publicou no YouTube um timelapse que o mostra fazendo uma escultura BASTANTE detalhada do Chewbacca.
Olha o vídeo aí, além de um pouco dos materiais que ele usou.
https://www.instagram.com/p/BcFPbNxD5ZX
https://www.instagram.com/p/BboAvdcDq7P
https://www.instagram.com/p/Ba7zqPCDX9c
Lançamentos
Radar: Parque da São, The Us, Antonio da Rosa, Dennehy, Não Ao Futebol Moderno

Escolher as músicas do Radar de hoje foi uma tarefa bem complexa, porque tinha muita coisa, e essa semana foram só dois radares nacionais – mas optamos por fazer uma mescla de novidades com gente que estávamos para apresentar há umas semanas. O experimentalismo místico do Parque da São abre a seleção de hoje, que tem desde o emo + nu-metal do Dennehy até o cruzamento indie-pop do Não Ao Futebol Moderno. Ouça e passe adiante!
Texto: Ricardo Schott – Foto (Parque da São): Antonia Muricy Leite/Divulgação
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PARQUE DA SÃO, “CERIMÔNIA”. Talvez você nunca tenha ouvido falar do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul – filmes dele como Tropical malady, eleito pela crítica o melhor concorrente da 28ª Mostra de Cinema de São Paulo em 2004, são um pouco mais populares. Arthur Bittencourt (violão) e Júlio Santa Cecília (synth, programação, criador também do projeto DJ Guaraná Jesus), os dois integrantes do projeto Parque Da São, conhecem bem o trabalho dele – até se inspiraram no cinema de Apichatpong para criar seu primeiro single, Cerimônia. Um tema instrumental curto, que realmente lembra uma cerimônia, e tem um lugar central no conceito do álbum de estreia da dupla, que está vindo aí.
“Ela representa o clímax da narrativa – o despertar da meditação transcendental – e aparece como a penúltima faixa antes do encerramento”, contam. Illan Becker colaborou no arranjo orquestral, e o coral da faixa foi feito apenas por vozes femininas. Já o misterioso clipe da faixa, dirigido por Theo Andrada, traz o ator Luis Melo de Souza dedicando-se a um esporte realmente radical: corrida de carrinho de supermercado.
THE US, “I’M NOT HERE”. Essa banda mineira faz dream pop com muitas lembranças de Cocteau Twins em composições e vocais – Slowdive, Placebo, The Cure e Sonic Youth também são citados como referências. Preparando um EP novo, solta o single No,I’m not here, uma canção equilibrada entre beats eletrônicos e guitarras, e que fala sobre isolamento, repressão e questões existenciais. Daysi Pacheco, além de cantar a letra, faz vocais líricos que dão um clima bastante fantasmagórico para a música.
ANTONIO DA ROSA, “PARA AMAR”. Preparando o álbum Emocionado, esse artista alagoano lança o último single antes do disco inteiro sair – é Para amar, uma música que ressalta que o amor também é resultado de ação e construção. Feita em parceria com a cantora LoreB, também de Alagoas, a música surgiu de uma frase ouvida por Antonio, “a realidade é um emaranhado de versões” – ele gostou tanto da frase que decidiu desdobrá-la numa letra inteira.
“São várias coisas que você precisa fazer para amar. Você precisa estar atuando, se colocando ali para que o amor aconteça, ao mesmo tempo sabendo lidar com o tempo próprio do sentimento”, conta ele sobre a faixa, esclarecendo também que se trata do momento indie rock do disco, “com riffzinho de guitarra, uma bateria bastante enérgica e talvez algo ainda de momentos anteriores, mas que eu acho que cabe muito na minha fase atual”, explica.
DENNEHY, “ZER0”. Vindo de Brasília, o Dennehy diz explorar uma sonoridade que fica entre o shoegaze e o nu-metal – bandas como Deftones e Linkin Park estão entre as influências, e o quarteto de Luna (vocais), Cookie (baixo), Gus (bateria) e Felipe (guitarra) não tem nenhum grilo em se assumir como “banda emo”. A ideia é justamente que essas origens no emocore não sejam perdidas, ainda que o grupo tenha referências eletrônicas e bem pesadas. O single Zer0, por exemplo, conta com a mescla de calma e desespero dos vocais de Luna (que também faz raps), lado a lado com guitarras distorcidas e beats eletrônicos.
O grupo está preparando um álbum, mas avisa que o som não será apenas o de Zer0, porque muitas janelas foram abertas na criatividade deles nos últimos anos. “Até esta nova era, nós tínhamos muita certeza do que a banda era. Desta vez, apagamos toda essa certeza. Esvaziamos nossa xícara e, com ela vazia, pudemos enxergar novas possibilidades”, diz Luna.
NÃO AO FUTEBOL MODERNO, “FERNET”. Essa banda indie de Florianópolis gravou um excelente álbum em 2026, Vida que segue, e acabou dando uma boa sumida dos estúdios – sumida essa que durou quase uma década. Pequenos prazeres, o novo álbum, saiu discretamente nas plataformas no mês passado, e destaca faixas como Fernet, que une shoegaze, pop jazzístico oitentista e beat eletrônico – soa quase como um “Bryan Ferry esbarra com o Idlewild”, ganhando ares drum’n bass no fim. As guitarras da música têm emanações de Tears For Fears.
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Lançamentos
Radar: L’Impératrice, Sudan Archives, Wet Leg, Darkside, Steve Gunn

Quando fechávamos o Radar internacional, vimos que o Sugar, a segunda banda do Bob Mould depois do Hüsker Dü, voltou – e que o Guided By Voices, uma banda que a gente adora, lançou coisa nova. Vamos ter tempo de falar disso mais detalhadamente, mas é um sinal de que quando a gente acha que tá tudo fechado, a música não para mesmo. Hoje vamos da música sensual e dançante do L’Impératrice ao folk introvertido e Steve Gunn. Bora com a gente?
Texto: Ricardo Schott – Foto (L’Impératrice): Manu Fauque / Divulgação
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L’IMPÉRATRICE, “CHRYSALIS”. Essa banda francesa tem duas novidades em uma: Chrysalis, o novo single, apresenta a nova vocalista Louve, que entrou oficialmente no grupo em 2024, e também estreia como co-autora na nova faixa. O grupo, que esta prestes a fazer três shows no Brasil (no festival Rock The Mountain, dias 31 de outubro e 7 de novembro, e na Audio, em São Paulo, no dia 4 de novembro) retorna honrando as raízes dançantes e pop de seu som – fazendo “uma declaração artística sobre a constante evolução da banda e sua conexão profunda com o público internacional”, como explica o texto de lançamento.
Boa de pista, a música nova do L’Impératrice destaca os teclados viajantes e a ótima voz de Louve, que vinha de uma ótima carreira solo com dois álbuns lançados – e de uma história paralela como atriz e modelo, usando seu nome verdadeiro, Maud Ferron.
SUDAN ARCHIVES, “A BUG’S LIFE”. Sudan, que se chama na verdade Brittney Parks, anuncia seu disco The BPM (programado para 17 de outubro pelo selo Stones Throw Records) com esse novo single, uma ótima combinação de arranjo de cordas, piano patinante e batidão de house music. A letra de A bug’s life é ostentação e empoderamento puros: jogando notas de dólar para longe, Sudan cai dentro da personagem poderosa, que deixa o passado para trás, foca no futuro e no crescimento pessoal e não se arrepende de nada (“ela quer a melhor metade / ela não precisa de um homem”, diz ela, tocando no nervo do romantismo que sempre prevê um “final feliz” romântico para as mulheres).
WET LEG, “MANGUETOUT”. Música do disco mais recente do Wet Leg, Moisturizer (que resenhamos aqui), Manguetout tem vocal blasé e batida punk, e abre parecendo um rock gostosinho desses que podem tocar em rádio sem assustar ninguém – até que o refrão entra e a coisa fica meio feroz. Rhian Teasdale, uma vocalista que Fausto Silva não hesitaria em classificar como “essa fera aqui”, também dá seus sustos no clipe. Ela aparece dançando sensualmente num milharal, só que usando uma peruca que a deixa parecida com o Floquinho, o cachorro peludaço do Cebolinha – até que tira o acessório e surge banhada em sangue.
DARKSIDE, “ONE LAST NOTHING”. Trio voltado para uma mescla ousadíssima de psicodelia, eletrônica experimental e vibes dançantes, o Darkside lançou no começo do ano o álbum Nothing – e retorna com um outtake das sessões do álbum chamado… One last nothing. Um single cru, viciante, dançante e com uma textura tão viva em teclados e beats que você quase pode botar a mão no som. A sonoridade tem a ver com estilos como krautrock (a fase dançante do Can é uma ótima fonte) e dub, com alguns beats industriais surgindo aqui e ali.
STEVE GUNN, “MORNING ON K ROAD”. O norte-americano Gunn é fã da Nova Zelândia – tanto que se inspirou num reencontro que teve em Auckland com um amigo que não via há tempos para compor o lindo tema folk Morning on K Road, uma canção de seis minutos que tenta levar para os fãs a magia desse encontro inesperado. A letra tem ar de carta, trazendo Steve se dirigindo ao amigo e conversando com ele sobre temas como a força da vida, dos encontros, do destino e etc.
“Eu amo a Nova Zelândia e queria espetar um alfinete de metal no mapa daquele lugar, com essa lembrança”, afirma o cantor, que prepara seu novo álbum, Daylight daylight, para 7 de novembro, e adianta os trabalhos com essa nova música. Morning on K Road ganhou também um belo clipe, que curiosamente é formado por imagens feitas por Gunn não no seu país amado, mas na Cidade do México.
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Notícias
Tem novidade para os apoiadores do Pop Fantasma

O Apoia.se, onde faço o financiamento coletivo do Pop Fantasma, tem um espaço que eu acho bem interessante no qual você pode fazer um blog, escrever textos, colocar áudio, etc.
Esse espaço já vem sendo usado por mim há tempos, mas sem muita frequência – e confesso que a falta de um foco também ajudava a melar tudo. Consigo perfeitamente ser o editor e o chefe de mim mesmo se eu tiver na cabeça um “isso é assim”, bem demarcadinho. Quando não tem, já bate o “por que é que eu tô fazendo isso mesmo?” e vai tudo embora.
A partir de hoje o espaço vai ser ocupado com uma seção que eu bolei chamada CLIMA DE ÉPOCA – uma análise rápida (a ideia não é fazer texto longo) do que está acontecendo no mundo da música, a partir das notícias, do mercado, dos discos que estão saindo, de movimentos que eu estou vendo do meu lugar (digamos) privilegiado de quem ouve música nova e antiga todos os dias.
A ideia é que a seção saia duas vezes por mês – uma na metade, outra no fim do mês. Acho que vai ser uma ótima para quem acompanha o site e é maluco/maluca por música, ou para quem vive música de forma mais profissional, seja tocando, produzindo ou escrevendo sobre ela. Detalhe: ela não sai aqui no site nem na newsletter, sai no Apoia.se.
Como eu sentia falta de um produto, ou quem sabe até um infoproduto, para presentar quem apoia o site, acho que vai ser bacana dar uma coisa diferente, e que se relacione com o negócio principal do site – que, mais do que jornalismo musical, é o fomento da conversa sobre música, da formação de insights sobre ela. O olho no olho com quem ouve música e ama ler sobre. Então acho que tem tudo para dar certo, e conto com o interesse e a curiosidade de todo mundo que acompanha o site.
Não é a única novidade – tem mais coisa vindo aí para quem apoia o site. Ainda neste mês, começa algo novo, que talvez seja semanal ou quinzenal. Aos poucos, vamos colocando a casa em ordem. Enquanto isso, se você curte o Pop Fantasma considere apoiar o site no Apoia.se. Com R$ 20 por mês, você ajuda o Pop Fantasma a continuar existindo e funcionando todos os dias!
Texto: Ricardo Schott – Arte da seção: Aline Haluch
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