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Chapel of Roses: pós-punk experiente, falando sobre o “valor do amor” em novo single

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Chapel of Roses: pós-punk experiente, falando sobre o “valor do amor” em novo single

O Chapel Of Roses está bem longe de ser uma banda nova. O grupo do cantor Chris Kelley começou sua carreira em meados dos anos 1980 em Nashville, tocando numa festa voltada para o som skate-punk (a foto acima é dessa época). Chegaram a lançar um single na época (também intitulado Chapel of roses) e tiveram boa execução em college radios. Agora, estão de volta com uma face diferente do seu trabalho, já que It’s not nothing é uma canção romântica – e uma balada que une punk, power pop e country.

It’s not nothing é um dos singles de uma série de compactinhos que a banda está lançando em seu retorno – – incluindo Cast out of sea e Lose control. A canção tem história: Chris escreveu essa música em 2016 enquanto trabalhava no vídeo de Put me in a spell, uma música de seu projeto solo Lost American. “Eu estava morando em Barcelona, ​​recentemente divorciado, e estava pensando sobre, er, o valor do amor”, conta.

“Talvez eu estivesse meio miserável, mas também – esperançoso? A frase ‘não é nada’ surgiu na minha cabeça, e cortei uma demo rápida”, continua ele. “Eu tinha algumas filmagens sobrando do vídeo e hackeei um pequeno clipe. Alguns dias depois, reorganizei a música e fui de bicicleta até o espaço de ensaio da minha banda para adicionar bateria à demo e atualizei o pequeno clipe. No ano seguinte, fui para Nashville e gravei uma nova versão com meus companheiros de banda Chapel of Roses – senti que a música tinha um toque de Nashville, um toque triste”.

Passou tempo, veio a pandemia e só agora o material é lançado. “Esta é uma direção diferente para Chapel of Roses: somos uma banda pós-punk. Ficamos mais confortáveis ​​fazendo um barulho alto”, conta. O Chapel Of Roses volta com os quatro integrantes originais (Chris no vocal, Houston Greer na guitarra, Preach Rutherford no baixo e Colin Parker na bateria), e acrescido de dois convidados: Jim T. Graham no pedal steel e Brittany Hadley nos background vocals.

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Radar: Luís Capucho, Bianca and The Velvets, Estranhos Românticos, Vale Cinza, Os Fugitivos

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Na foto, Luis Capucho (Divulgação)

Tem clássico abrindo o Radar nacional de hoje: Luís Capucho (não conhece? cria vergonha nessa cara!) volta com single novo. Ele abre nossa seleção de hoje, mas aqui só tem craque, da turma mais nova à mais experiente. Ouça no último volume e passe adiante hoje mesmo!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Luís Capucho): Divulgação

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LUÍS CAPUCHO, “A MASCULINIDADE”. Violão, clima introspectivo, voz grave e vibe de MPB experimental – tanto em música quanto em letra. É a onda de Luís Capucho, capixaba criado em Niterói (RJ), gravado por artistas como Pedro Luis, Cássia Eller, Suely Mesquita e Daúde. Seu novo single A masculinidade foi feito em parceria com Kali C, vai estar no próximo álbum do músico (Homens machucados, previsto para sair em 2026 pelo selo-produtora + Um Hits) e é uma balada folk que faz revelações sobre a fragilidade do masculino. “A masculinidade é cega / a masculinidade é soberba / a masculinidade é mesmo como a flor / a masculinidade é frágil / a masculinidade é de veludo”, explica a canção.

Luís é tido por muita gente como uma espécie de “novo maldito” da MPB – mas ao mesmo tempo tem uma onda sonora que o põe lado a lado com nomes como Lou Reed, pelo jeito despojado com que interpreta suas próprias canções. Além de cantar, ele também escreve e mexe com artes visuais, o que já o põe também na condição de artista múltiplo, do tipo que faz de tudo. “Me expresso livre, de meu ponto de vista, para qualquer um que esteja aberto, que se interesse, que goste ou que se toque”, diz.

BIANCA AND THE VELVETS, “LIKE ON TV”. Punk e indie rock de Belém (PA): Bianca Marinho, Marcel Barretto, Emmanuel Penna e Leonardo Chaves unem referências que passam pelo pós-punk, pelo grunge e pelo som de bandas dos anos 2000 – tendo como detalhe especial a voz grave de Bianca, que muitas vezes soa parecida com a de Dean Wareham (do Luna, lembra?). O EP Reminder destaca faixas como a balada Said you loved me, then you’re gone, o punk Knives e a pesada, robótica e ritmada Like on TV, com recordações de rock inglês da Rough Trade dos anos 1980.

ESTRANHOS ROMÂNTICOS, “POR QUE VOCÊ ME TRATA ASSIM?”. O single novo da banda carioca (Victor Barros, voz; Jr Tostoi, guitarra e produção; Mauk Garcia, baixo; Luciano Cian, teclados; Pedro Serra, bateria) prepara terreno para seu quarto álbum: Por que você me trata assim? é definido por eles como “uma imersão sonora que mescla indie-rock psicodélico, post-rock pesado e James Brown”.

Os vocais, o baixo à frente e os vocais fazem lembrar bandas como Picassos Falsos – o que já traz de volta vários anos de história do rock carioca. O beat quebrado, os teclados e as distorções são pura mescla de pós-punk e psicodelia, tudo junto. E a canção ainda tem uma segunda parte bem garageira e ruidosa. Tem que ouvir.

VALE CINZA, “JÁ NÃO ME CABE ESTE LUGAR”. Essa dupla de pós-punk/darkwave diz fazer música “para quem se identifica com o peso e a beleza do silêncio, gosta de dançar e para quem busca sentido dentro do caos”. Já não me cabe este lugar, som de terror que traz lembranças infantis e recorações de crises de ansiedade, foi gravada na casa do vocalista e guitarrista Maycon Rocha, em Nova Friburgo (RJ). Ele divide a dupla com Marcelo de Souza (baixo).

“As letras falam sobre isolamento, julgamento, falta de perspectiva e a tentativa de encontrar sentido em meio a um mundo apagado e saturado de informações. É um recorte do contemporâneo, um reflexo de um tempo marcado por guerras, crises e pandemia. Apesar da atmosfera sombria, existe beleza na sinceridade e um certo acolhimento em reconhecer essas dores coletivas”, diz Maycon.

OS FUGITIVOS feat WADO E BRANDÃO, “AZUL”. Dupla de Alagoas que já havia aparecido aqui no Radar, Os Fugitivos (Nayane Ferreira e Thiago Mata) haviam composto Azul para entrar no próximo álbum, Sonhos e traumas, previsto para 2026 – mas a música foi ganhando clima diferente e vida própria. Para começar, é uma música repleta de brasilidade, indo além do soul romântico feito pelos dois – o som tem uma certa cara de samba-soul, e até de axé music, com referências confessas de Trio Ternura e Novos Baianos. Além disso, a dupla decidiu convidar dois amigos bem especiais: o também alagoano Wado e o baiano Brandão.

“Lembramos de Azul e sentimos que ela dialogava muito com a fase atual de Wado. Ambos são cantores tão expressivos que foi muito fácil encaixar as vozes. Gravamos todos por inteiro e depois definimos quem cantaria o quê na mixagem”, conta Thiago. “Todos nós temos essa brasilidade no trabalho. Samba-rock, axé, ritmos que vêm da nossa história. A combinação foi muito natural”, completa Nayane.

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Crítica

Ouvimos: Optic Sink – “Lucky number”

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Pós-punk afiado: no novo álbum, o Optic Sink mistura baixo frontal, bateria robótica e synths em faixas tensas, frias e cheias de energia.

RESENHA: Pós-punk afiado: no novo álbum, o Optic Sink mistura baixo frontal, bateria robótica e synths em faixas tensas, frias e cheias de energia.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 9
Gravadora: Feel It Records
Lançamento: 31 de outubro de 2025

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Tem pós-punk estranho lá em Memphis. O Optic Sink parece com aquelas bandas que você descobre em coletâneas antigas da Factory – grupos para os quais o Joy Division chegou a abrir shows mas que ficaram no passado, ou que chegaram a ser considerados mais promissores que o New Order por alguns minutos. Claro que nada disso significa que o Optic Sink vai ficar para trás: no terceiro disco, Lucky number, eles vêm com músicas pontiagudas e altas habilidades no uso dos melhores truques dos estilos da “família” pós-punk.

  • Ouvimos: Anika, Jim Jarmusch – Father, mother, sister, brother (trilha sonora do filme)

Natalie Hoffmann, Ben Bauermeister e Keith Cooper usam e abusam de baixo na frente, batera robótica, riff de guitarra combinados com riffs de synth, heranças do krautrock, vibes repetitivas e bacanas, vocais que dão certos sustos no/na ouvinte – tudo isso surge em faixas como Laughing backwards, Lucky number, Don’t look down. Já Construction abre com algo que (opa) pode se parecer com a fase tecnopop do Queen, mas também pode não parecer – e que logo se torna algo mais próximo de bandas como Magazine e Stranglers.

O lado mais frio e ritmado do grupo continua dando as cartas em músicas como How can I help you? e Kinetic world, duas canções que constroem atmosferas urbanas e musicais na frente de quem ouve o disco. Já Golden hour, um duelo entre baixo e guitarras funciona como se pusesse Joy Division e New Order lado a lado. Luxury of honesty, encerrando o álbum, tem curiosamente algo de raggamuffin na batida, e chega a lembrar a mania do Public Image Ltd pela exploração de ritmos em meio ao instrumental frio.

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Crítica

Ouvimos: Alan James – “Solar/Sonhar”

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Solar/Sonhar, novo álbum de Alan James, junta Beatles, sunshine pop e Clube da Esquina em faixas psicodélicas e sessentistas, com toques de Skank, Guilherme Arantes e Elton John.

RESENHA: Solar/Sonhar, novo álbum de Alan James, junta Beatles, sunshine pop e Clube da Esquina em faixas psicodélicas e sessentistas, com toques de Skank, Guilherme Arantes e Elton John.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 9
Gravadora: Independente
Lançamento: 7 de novembro de 2025

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Fã de Beatles, de Roberto Carlos, do já saudoso Lô Borges, de Todd Rundgren e de nomes do chamado sunshine pop (estilo musical mais ou menos popular na Califórnia no fim dos anos 1960, gerado por fãs de Beach Boys e The Mamas and The Papas como a banda The Millennium), o carioca radicado em SP Alan James faz a junção de tudo isso em seu segundo álbum solo, Solar/Sonhar.

  • Ouvimos: Julian Lennon – Because… (EP)

Solar/Sonhar começa juntando Todd Rundgren e The Who na psicodélica Não precisa mais – que ganha duas partes no disco, a segunda encerrando o álbum numa onda meio britpop, meio Guilherme Arantes. Luz da manhã, na sequência, tem toques herdado tanto do Clube da Esquina quanto de sensações pop sessentistas como The Cowsills. A onda sunshine pop toma conta de faixas puramente sessentistas como Não se prenda ao medo, Pra ver o sol e Olha, enquanto a vinheta Por que isso aconteceu comigo? (cuja letra é apenas o seu título) tem muito de bandas como High Llamas.

Perto do final, Solar/Sonhar ganha uma cara parecida com a fase Maquinarama / Cosmotron do Skank, em Sobrevivo e Graciosa ilusão, e junta Guilherme Arantes, Elton John e Carpenters na bela Aquela que brilha.

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