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Urgente!: Hayley Williams lança de surpresa 17 músicas novas em seu site oficial

A internet foi invadida hoje por um monte (isso mesmo, um monte) de novas canções solo de Hayley Williams, vocalista do Paramore. São nada menos que 17 canções novas no site da cantora. Mas não é só chegar e ouvir tudo, não.
Quem chegar no site, encontra logo uma imagem como a do Windows dos anos 1990 (sério), e um pedido por um código de 16 dígitos enviado aos fãs pela Good Die Young, empresa de tintura para cabelo de Hayley – no site Reddit chovem senhas para acessar as canções.

Deu até saudade da internet disc… NÃO, PENSANDO BEM, NÃO!
As novas músicas têm títulos como True believer, Hard, Negative self talk, True believer e Zissou, além de Mirtazapine, que já é velha conhecida, digamos – foi lançada há poucos dias durante uma aparição de Hayley numa rádio de Nashville. Tem também Discovery channel, uma interpolação com The bad touch, aquele hit de 1999 da banda The Bloodhound Gang (lembra?).
A página em que aparecem as músicas tem visual de desktop bagunçado dos anos 1990, com direito a um audio player das antigas para ouvir as faixas. Vale informar que Hayley, musicalmente – e isso se esse material for o oficial do próximo álbum – embarcou nos climas próximos do lo-fi, com sons envelhecidos, “defeitos” especiais, e coisas do tipo, mas com a cara própria dela (e sim, o material novo é bom, especialmente a já conhecida Mirtazapine).
Uma pasta adicional, Misc, leva a um vídeo de show feito em Phoenix em 2017 (pelo menos é o que diz o arquivo), além de uma imagem de um caderno de composição, de uma camiseta onde se lê “Hayley Williams é minha banda favorita”, e de um áudio em que uma voz de criança diz “Sinto muito que você esteja passando por algo difícil”.
Aliás, recentemente, o Paramore lançou uma edição de luxe de seu álbum de estreia All we know is falling (2005), acompanhada de uma raridade: as músicas do EP The summer tic, lançado por conta própria em 2006 e vendido apenas nos shows da turnê do primeiro disco.
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Prepare a emoção e os ouvidos: a Balaclava traz ao Brasil, pela primeira vez, os pioneiros do slowcore, Codeine. O trio novaiorquino faz show único no dia 11 de outubro, sábado, no City Lights Music Hall, em São Paulo. Ícone da introspecção ruidosa dos anos 1990, o grupo cult formado por Stephen Immerwahr, John Engle e Chris Brokaw retorna em uma de suas raras aparições desde o fim das atividades em 1994. Ingressos aqui.
Com discos fundamentais como Frigid stars (1991), o Codeine moldou o som melancólico e minimalista que virou escola para nomes como Low e Mogwai. A apresentação marca a fase atual da banda, reativada após relançamentos pelo selo The Numero Group. Emoção contida, distorção lenta, presença histórica garantida.
E tem mais barulho vindo pro Brasil – mas infelizmente, e novamente, só pra São Paulo. O Brian Jonestown Massacre, após esgotar ingressos em 2023 (e fazer um show de mais de duas horas), retorna a SP pelas mãos da Maraty (produtora do jornalista André Barcinski junto ao produtor Leandro Carbonato) e toca no dia 28 de novembro no Espaço Usine (antigo Clash Club). As bandas de abertura vão ser anunciadas nos próximos dias. Ingressos aqui.
Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução
Lançamentos
Radar: Memórias de Ontem, Paira, Bruna Vilela, Hilreli, Personas, Riviera, Pedro Lanches

Duas bandas com trajetórias entrelaçadas abrem o Radar Nacional de hoje: Memórias de Ontem e Paira, ambas de Minas Gerais. A conexão vai além da cena local – a vocalista do Paira colaborou na arte da capa do novo single do Memórias. Tem mais gente de Minas aqui: Bruna Vilela também é de lá. Poucas coisas fortalecem tanto o senso de comunidade quanto a música. Que esse espaço sirva não só para apresentar novos sons aos ouvintes, mas também para aproximar artistas, provocar encontros e inspirar colaborações.
Texto: Ricardo Schott – Foto Memórias de Ontem: Igor Monte/Divulgação
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MEMÓRIAS DE ONTEM, “TRANSLÚCIDO”. Esse é o último single dessa banda mineira antes do lançamento do álbum. Gabriel Campos (guitarra e vocal) e as irmãs gêmeas Camila Nolasco (baixo) e Alice Eskinazi (bateria) fazem rock triste, com vibes melancólicas e melodias que vão do noise-rock ao tom mais contemplativo. Música e clipe vêm da força da turma do rock mineiro: Clara Borges (do Paira, que por sinal aparece neste mesmo Radar) fez o design do single, e tanto da faixa quanto do clipe, participam Clara Bicho (que é irmã gêmea de Gabriel e faz backing vocals na canção) e João Carvalho (do El Toro Fuerte, toca teclados na faixa). Ambos estão na foto acima, com o trio.
Já as lembranças das quais Translúcido vêm não são nada amigáveis: Gabriel fez a letra pensando nas pessoas que nem davam “oi” pra ele, e que começaram a forçar a simpatia quando descobriram que ele e Clara faziam música. “Até por isso achei legal minha irmã participar da música também. Não é nada direcionado a ninguém específico, é só uma coisa recorrente que aconteceu”, conta.
PAIRA, “CONFISSÃO”. Clara Borges e André Pádua, os dois integrantes da banda mineira Paira, são chegados numa sonoridade que une as vibes dançantes do UK garage, indie rock, emocore, shoegaze e as vibrações do dream pop. Junte tudo isso e dá o som da dupla, que anuncia agora o segundo EP (EP02, continuação do EP01 lançado em 2024 e resenhado pela gente aqui). Confissão, o primeiro single do disco, é uma canção enevoada que fala sobre autodescobertas e recomeços, mesmo diante das dificuldades. “Acho que eu sei / quem sou / faço agora / o meu compromisso / de estar de volta”, diz a letra. Filmado em 16mm e dirigido por Patrick Hanser, o clipe da faixa é tão nebuloso quanto a canção.
BRUNA VILELA, “RIMA DA GLOTE”. Essa cantora, guitarrista e compositora mineira fez parte de bandas como Miêta e Ginge. Iniciando carreira solo, ela aparece com o single-clipe misterioso Rima da glote, buscando uma via sonora que une a improvisação do jazz e do blues, e o som esparso do shoegaze. O vídeo, dirigido por Thaylane Cristina, foca nos braços e nas mãos de Bruna e dos outros músicos, em meio à execução da faixa – vai ter muita gente com olho grudado na tela, tentando pegar todos os riffs, solos e batidas. Já a letra usa várias metáforas para falar sobre o que não falamos – as coisas que travam antes de serem ditas, os limites da fala, o pensamento que não alcança nossa própria vontade de expressar.
HILRELI, “TAGADAH”. “A gente merece existir por inteiro. Com desejo, com dor, com amor, com festa, com voz”, diz o cantor mineiro Hilreli, que celebra a vida, o afeto e a liberdade no disco Dance aqui, cheio de faixas dançantes e de misturas de ritmos. Tagadah, uma das músicas, é um batidão que parece um maracatu, mas que tem seu timão guiado para um quase axé, com percussões e guitarras. Na letra, ele explica didaticamente que quem escolhe nossos caminhos, apesar dos pesares e dos desafios do dia a dia, somos nós mesmos – e que desafiar padrões é tarefa diária. “Inventaram uns trem pra cê seguir que não vai rolar”, avisa em bom mineirês.
PERSONAS, “PRESSA”. Entre estilos como emo e pós-punk, a banda Personas, de São José dos Campos (SP) prepara o disco Qualia. Pressa, primeiro lançamento da banda com Pablo Hanzo nos vocais, adianta o álbum, e fala na letra sobre a necessidade da gente sair da nossa bolha e olhar ao redor. Pablo conta que a música foi insporada num dia em que estava atrasado para o trabalho e, ao passar por uma ponte, viu um rapaz com uma expressão pesada, olhando justamente para a beira da ponte.
“Tomado pela pressa, apenas segui meu caminho. O arrependimento veio depois, quando fiquei pensando sobre o que teria acontecido com aquele rapaz e me questionando até que ponto estamos dispostos a abrir mão de nossa humanidade para cumprir metas, horários e obrigações”, conta.
RIVIERA, “A DOR E A CURA”. A dor às vezes é transformação e “é bem mais que doer”, como diz a letra da música nova do Riviera, que hoje é um projeto solo de Vinicius Coimbra. Com inspiração na música pop brasileira e em som introspectivo na linha de Bon Iver, ele compôs A dor e a cura, cujo clipe mostra o sofrimento de uma mulher – interpretada pela atriz Larissa Bocchino – numa estrada deserta.
“É uma música sobre o instante em que a ferida ainda dói, mas você já começa a perceber sinais de cicatrização. Uma esperança que nasce da vulnerabilidade”, explica Vinícius, que vai adotar uma maneira inovadora para lançar o próximo disco do Riviera: Com o passar dos anos terá duas partes, Passado/Presente e Presente/Futuro. A primeira sai agora mesmo no segundo semestre, a segunda só no começo de 2026.
PEDRO LANCHES, “EU ME LEMBRO DE TUDO”. Esse cantor e compositor lançou no ano passado um álbum de nome irônico, Veio sem maionese. Dessa vez, é hora de Eu me lembro de tudo, seu single mais recente, virar clipe. Entre lembranças angustiadas e paredes de guitarra, o clipe transforma o cenário melancólico da letra em escuridão, luzes diretas e tempestades no céu. No final, a canção fica mais rápida e lembra um pouco o Smashing Pumpkins da época de Siamese dream (1993).
Lançamentos
Radar: Marcela Bonfim, Quarto Quarto, Otis Selimane, Souela, Tela Vazia, Bellízio, Duestesia

O Radar, além de uma coleção de músicas, é uma caixinha de histórias. Algumas delas, como as que vêm das canções cantadas aqui por Marcela Bonfim e Otis Selimane, surgem da necessidade de documentar, de não deixar que certos detalhes se percam, ainda mais quando o assunto é ancestralidade. Outras histórias das músicas falam de lutas pessoais, de feminismo, de amor, e do dia a dia em que a gente tem que matar vários leões. Hoje, no Radar nacional, selecionamos essas sete histórias e músicas. Mas logo logo tem mais.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Marcela Bonfim): Divulgação
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MARCELA BONFIM, “TEREZA”. Prestes a lançar o EP Amazônia negra, previsto para novembro, Marcela Bonfim – que é cantora e fotógrafa – lança o single/clipe Tereza, faixa que une soul e samba a Jorge Ben, para homenagear Tereza de Benguela, líder do quilombo Quariterê. A música faz um chamado à memória da resistência negra na Amazônia, com um clipe belíssimo filmado no Vale do Guaporé. Voz, história e ancestralidade em movimento.
“Cantar a Amazônia Negra significa tocar em muitas histórias de invisibilidades como a de Tereza de Benguela, uma memória vívida da região amazônica, tão pouco rememorada. A escravidão, a seringa, o garimpo, o pasto esconderam e ainda escondem o protagonismo de muitos legados negros que poderão ganhar força com o canto”, diz Marcela.
QUARTO QUARTO, “RELENTO”. Essa banda paulistana formada em plena pandemia já havia aparecido aqui antes com o single Me faz mal. Dessa vez, avançam em direção ao próximo EP, Revés, que sai em breve, com a música Relento, que mescla emo e pós-punk, com urgência sonora e reflexão. O EP que está vindo é a continuação do anterior, Sorte, que era bem mais solar, enquanto Revés (sacaram os contrastes nos títulos?) é um disco “que traz a perda, a quebra, as dores e desilusões, porém tudo se revela ao eu-lírico”, relata o baixista e vocalista Nicolas Gulhote.
OTIS SELIMANE feat MATEUS ALELUIA, “CORDEIRO DE NANÔ. Cantor, compositor e multi-instrumentista moçambicano, Otis Selimane faz tributo ao grupo vocal brasleiro Os Tincoãs relendo Cordeiro de Nanã com participação de um dos fundadores, Mateus Aleluia. O single abre caminho para Músicas de Mbira e outros contos Bantu, álbum de Otis que sai em agosto.
Cordeiro, que já havia sido relembrada nos anos 2000 numa versão da cantora e atriz Thalma de Freitas (e também havia sido gravada por João Gilberto nos anos 1970), é uma composição feita por Mateus ao lado do colega de grupo Dadinho. A gravação de Otis foi feita com o uso do instrumento africano mbira. “A mbira foi ocidentalizada como kalimba e esvaziada de seu sentido original. Com esse disco, quero devolvê-la ao seu lugar de contadora de histórias, de guardiã da espiritualidade bantu”, conta Otis.
SOUELA, “CORRE”. Essa banda do interior de São Paulo faz “música para empoderar mulheres”, como elas mesmas falam. Na ficha técnica do funk Corre, novo single do grupo, praticamente só mulheres: as três integrantes – Gabriela Reis (voz), Larissa Ladeia (bateria) e Larissa Féola (baixo) – e a produtora Mônica Agena, entre elas. Entre beats e guitarras, a música fala de um problema enfrentando por muitas mulheres do universo artístico: quando o sucesso aparece, o que mais tem é gente pra minimizar e dizer que tudo foi sorte.
TELA VAZIA, “DARK SURFERS”. Esse trio curitibano acaba de lançar EP novo, Dark surfers, e une estilos como surf music e punk rock – cabendo uma visita ao ska na faixa-título. Os integrantes são da mesma família – Fábio Banks (guitarra e vocal), Isis Sophia (baixo e vocal) e Flávia Banks (bateria) – e dizem apostar na “ação, resistência e consciência”, que permeiam a faixa-título do disco novo, uma música que também lembra bastante a fase anos 1990 dos Titãs, e os melhores momentos dos Autoramas.
BELLÍZIO, “HISTÓRIA MAL ESCRITA”. Tem aqueles momentos na vida em que a gente olha para trás e vê que alguma coisa só pode ter dado errado – alguma viagem no tempo foi mal planejada, alguma visão de futuro se perdeu por aí, e a pessoa que você é hoje não se parece em nada com a que você imaginava há alguns anos. É desse tema que Bellízio trata em sua nova música, um rock alternativo com base indie pop, no qual ele se pergunta se certas coisas que ele viveu valeram a pena. “Eu não lembro o que eu fiz da minha vida”, diz na letra.
DUESTESIA, “SUTILMENTE”. A dupla formada por Gabi Gandolfi e Leonardo Marchi faz indie pop com alegria e melancolia misturadas. Afinal, o novo single Sutilmente é uma música que evoca bandas como Portugal. The Man, com percussão eletrônica lembrando palmas e violão marcando ritmo – enquanto a letra fala sobre como, quase sempre, a gente tem que aceitar nossa vulnerabilidade e seguir em frente na vida. “Aguente / e vá pra tempestade se molhar”, dizem eles. A faixa já ganhou clipe.
Lançamentos
Radar: Tereu, Cipó Fogo, Walfredo Em Busca da Simbiose, Lavolta – e mais

Demoramos para aprontar o Radar nacional da semana, as coisas de uma hora para outra mudaram na nossa agenda, mas tá aí. Alguns nomes da nossa lista, como Tereu e Walfredo Em Busca da Simbiose estão próximos de lançar álbuns novos – olho neles. Agora, vale ficar de olho nos próximos movimentos de Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo. Discretamente já há uma música nova nos shows (e faz um tempinho) e as apresentações da cantora e da banda são mais que música: são ativismo, afirmação e verdade. Mais do que nunca, ouça no volume máximo.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Tereu): Divulgação
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TEREU, “MAIS FORTE QUE O MEDO”. “É uma forma simples de investigar esse sentimento sem nome que temos ao nos debruçarmos sobre a janela de um ônibus”, conta Matheus Andrighi, o popular Tereu, cantor e compositor catarinense radicado em São Paulo, a respeito do clipe de Mais forte que o medo. A faixa, que adianta seu álbum Música pra enxergar de novo, que sai em agosto, é um rock rural sombrio que evoca tanto Neil Young quanto Belchior (na citação de Comentário a respeito de John), além de ter certa aproximação com o lo-fi.
Já o clipe usa o espaço do ônibus de turismo para falar de medo, esperança, saudade, tudo junto – com personagens que partem para vidas novas e despedem-se (ou não, quem sabe?) do que vinha antes. Beleza em música e imagem.
CIPÓ FOGO, “O DEMÔNIO”. O Cipó Fogo é um duo formado por Marcelo Cabral (da cena alagoana, de bandas como o Coisa Linda SoundSystem, Otari, entre outros) e pelo produtor paulista André Corradi (que tocou em bandas como O Surto). Marcelo canta e faz as letras, André responsabiliza-se pelos instrumentos. Já o som une metal, punk e mobilização política em letras e melodias – sempre acrescentando peso a vários estilos.
O novo EP do duo se chama O Vale das Sombras – mas eles avisam que não se trata de um lugar específico, e sim de uma fenda bem estranha no tempo. “É um período de tempo na história, que implica em uma dura travessia, de dor e luta, como a quadra histórica que vivemos hoje, com a ascensão do autoritarismo global que presenciamos, atônitos”, contam. A pesada O demônio fala das sombras que qualquer mulher tem que enfrentar (assédio, violência, feminicídio, microagressões do dia a dia).
WALFREDO EM BUSCA DA SIMBIOSE, “IRIDESCÊNCIA”. Tem disco novo do projeto do cantor e compositor Lou Alves vindo aí – Mágico imagético circular, o terceiro de Walfredo, sai no segundo semestre pela Balaclava Records. Com referências asssumidas de Mutantes, Rita Lee, Pink Floyd, David Bowie, Gilberto Gil e Jorge Ben, ele volta unindo dream pop e psicodelia, num clima derretido – e cheio de synths – que lembra tanto Unknown Mortal Orchestra quanto Syd Barrett. Hoje, ao lado de Lou (voz, guitarra e produção) estão Uiu Lopes (baixo), João Lopes (bateria) e Dizzy Vargas (sintetizadores). Por sinal, já entrevistamos Lou sobre seu trabalho com o Walfredo – e Iridescência já ganhou clipe.
LAVOLTA, “CHORA MUNDO”. No terceiro disco, No estado atual das coisas tristes, o Lavolta (de São Bernardo do Campo, SP) faz a trilha sonora da depressão, do brain rot, da falta de sono e das sequelas da pandemia – tudo com uma sonoridade que oscila entre emo, dream pop e detalhes psicodélicos. Chora mundo, sofrência metal-dream pop do álbum, acaba de ganhar clipe. No vídeo, um personagem encara a rotina melancólica diante de uma velha mesa de escritório, folheando papéis e tentando reunir forças para escrever à máquina.
“A música é sobre procurar respostas, sejam existenciais ou do ordinário cotidiano, seja por meio de uma ainda questionável intervenção divina ou em um gole da bebida mais forte que está em cima da mesa”, diz a banda (por sinal resenhamos No estado atual… aqui).
ANTONIO DA ROSA, “PRESENTE”. Num passado não muito distante, Antonio já usou o nome artístico Yo Soy Toño, com o qual apresentou sua canção Presente no Festival Em Cantos de Alagoas. Se deu quase bem: a canção chegou à final, mas não ganhou o prêmio. Agora, já usando seu nome verdadeiro, ele revisita sua música – uma balada que remete tanto a Leoni quanto à dramaticidade do Radiohead, e cuja letra brinca com os dois significados da palavra “presente” (aquilo que você ganha ou dá para alguém, e o tempo verbal).
A nova versão, diz ele, tem mais a ver com sua nova fase, mais voltada à música brasileira, e menos a ver com a época em que preferia guitarras bem altas. “Eu ainda amo guitarras e sons mais altos, mas boa parte do meu repertório de composições não combinava, e agora tá mais ajustado. E tem também isso de usar meu próprio nome, que tem mesmo uma potência”, conta.
NARVAL, “OUTROS SINAIS”. Aquele momento em que as relações dão sinal de desgaste e outros caminhos surgem no meio da história. Esse tema surge na nova música do Narval, uma banda de Campinas (SP) que segue à risca a receita do shoegaze, com climas enevoados e sombrios. Outros sinais ainda tem uma vibe lo-fi, de fita gasta, cheia de interferências, que vai surgindo lá pela metade. Mas – surpresa! – logo depois a faixa ganha um ritmo mais demarcado e clima meio disco, meio pós-punk, típico de quem já andou escutando Gang Of Four e bandas mais recentes como The Rapture.
SOPHIA CHABLAU E UMA ENORME PERDA DE TEMPO, “CINEMA BRASILEIRO”. Tem música nova de Sophia e seu grupo rolando nos shows desde o ano passado: a romântica, sexy, tropicalista e direta Cinema brasileiro. O vídeo abaixo foi feito no festival Casarão, em Porto Velho – por sinal foi feito pelo amigo Bruno Capelas, do site Scream & Yell.
Fica também a lembrança de que, recentemente Sophia E Uma Enorme Perda de Tempo passaram por maus bocados num evento da Prefeitura de São Paulo, quando fizeram protestos contra Donald Trump, a escala 6×1, e a violência na Palestina (o Popload fez uma ótima cobertura do show) – e tiveram a tela do show, repleta de mensagens, cortada abruptamente pela organização.
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