Notícias
Tiago Sá lança lyric video de “Quase tudo bem”

Músico que começou a carreira na década de 1990, tocando em bandas de reggae de Brasília, Tiago Sá lançou no dia 28 de julho o EP Querelas de Brasília, pelo selo Hominis Canidae REC. O nome do disco é uma brincadeira com Querelas do Brasil, música de Aldir Blanc e Mauricio Tapajós, e também é uma referência à situação bizarra que estamos vivendo no país atualmente. É também o primeiro disco dele a estar nas plataformas de streaming. Tiago tem mais dois CDs lançados originalmente ainda apenas em formato físico, Reação da alquimia (2012) e Música pra te aguçar (2019).
E agora saiu lyric video da faixa de abertura do disco, Quase tudo bem, que você assiste com exclusividade aqui no POP FANTASMA.
O clipe é o terceiro lyric video do EP, já que saíram os de Anticorpos antifascistas e Querelas de Brasília. Todos os vídeos foram produzidos pela Imaginarte e formam um EP visual com o repertório do disco. Tiago acrescenta que a música, que une rock, dub, rap, música brasileira e eletrônica (“a voz tem um suíngue brasileiro que lembra a síncope do samba”, diz) tem participação do rapper Japão Viela 17. “A letra fala sobre o Brasil, faz um recorte crítico que também exalta as coisas boas e tenta ter esperança, por isso a ironia do nome Quase tudo bem. Ela lembra que somos um povo de paz, mas também um povo de luta, e sem luta não há mudança”, conta.
“Os três lyrics são praticamente clipes, já que são feitos 100% com filmagens, têm uma estética que lembra o punk rock dos anos 1980 e cada vídeo tem uma cor predominante como na trilogia de Krzysztof Kie?lowski”, explica Henrique Montezano, criador dos vídeos.
E tá aí o EP de Tiago.
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Notícias
Urgente!: Wet Leg aquece para “Moisturizer” no Tiny Desk. Ana Frango Elétrico na vibe pós-disco.

RESUMO: Wet Leg aquece o lançamento de Moisturizer no Tiny Desk. Ana Frango Elétrico volta com música nova em vibe de pop nacional clássico, e compacto a caminho.
Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução YouTube
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Se você já está só esperando Moisturizer, disco novo do Wet Leg, brotar nesta sexta (11) nos aplicativos de música (isso se você já não conseguiu ouvir o disco por outras fontes ou está hoje na audição do álbum no Bar Alto, em São Paulo), pode começar a adiantar os serviços com a aparição do grupo no programa Tiny Desk, da emissora NPR, que foi divulgada ontem.
O show teve apenas quatro músicas (CPR, Manguetout, Davina McCall e 11:21) e, mesmo no espaço ínfimo do escritório-cenário do programa, mostrou o quanto a nova fase fez bem ao Wet Leg. O grupo hoje opera como um quinteto de verdade – e não apenas como as duas garotas e uma banda de apoio. Rhian Teasdale, a vocalista, se tornou uma espécie de mulher fatal glam punk – sem abandonar a timidez que caracterizava ela e sua parceira Hesther Chambers no começo do grupo. O repertório está cada vez mais direto e conversando olho-no-olho com os/as fãs. E a gente fica aqui doido pra ouvir e escrever logo sobre Moisturizer.
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Ana Frango Elétrico (Foto: Pietro Leonardi/Divulgação)
Grooves oitentistas e sons à la Lincoln Olivetti & Robson Jorge são tão fundamentais para o novo pop brasileiro quanto o soft rock é básico para o indie gringo atual – já percebeu?
Um ano e meio após lançar o elogiadíssimo Me chama de gato que eu sou sua (resenhado pela gente aqui), Ana Frango Elétrico volta com música nova, a sexy A sua diversão, parceria com Tuca Monteiro, e repleta do clima vaporoso do pop brasileiro pós-disco. Inclusive, dá perfeitamente para imaginar Ana lançando a canção no palco do Vamos nessa! (antigo programa de música da TVS, hoje SBT) ou do Programa Carlos Imperial.
A sua diversão é um das duas faixas que entraram para o repertório da turnê de Ana – a outra foi a releitura de Não tem nada não, de Marcos Valle, Eumir Deodato e João Donato, que sai nas plataformas digitais no dia 24 de julho. As duas músicas vão virar um compacto de vinil que sai pelos selos RISCO, MR Bongo e Psychic Hotline. Abaixo, você vê a capinha do single e ouve A sua diversão.
Lançamentos
Radar: Cidade Partida, Dimas, Homeninvisível, William Torres, Resp, Nicolas Geraldi, Raul Seixas

O Radar nacional de hoje começa com denúncia em carne viva – é o som da banda carioca Cidade Partida, com vários universos antagônicos do Rio em seu som. Mas seguimos com uma turma que coloca as emoções e as sombras pessoais como assunto principal. Todos os nomes do Radar de hoje falam sobre como lidamos com os monstros do dia a dia, cada um de sua maneira – encerramos inclusive com um nome histórico do rock brasileiro que estaria chegando aos 80 anos em 2025, e cuja carreira foi construída justamente em cima da habilidade de dar nome a muita coisa que a gente sente e nem percebe. Bora?
Texto: Ricardo Schott – Foto Cidade Partida: Divulgação
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CIDADE PARTIDA, “DE JANEIRO”. O Cidade Partida é um coletivo numeroso – são oito integrantes – e a sonoridade do grupo é ampla o bastante para comportar vários universos em cada faixa. Vindos de Campo Grande (Zona Oeste do Rio), eles traduzem uma carioquice que atravessa distâncias, mistura culturas, encara desigualdades, dribla o caos do deficitário transporte público e aprende com as esquinas.
De janeiro, single com quase sete minutos lançado em maio, mistura art rock, percussões e elementos da música brasileira para tratar de opressões e contrastes em uma cidade que virou cartão-postal do país (“antagonismos em luta / espaço em disputa / no bloco do eu sozinho”, diz a letra).
DIMAS, “EXCESSO DE FUTURO”. Muitas vezes, a ansiedade nada mais é do que excesso de futuro – sabe aqueles momentos em que você não está ligado no que está acontecendo agora, e tem vontade de mexer no relógio para atrasar ou adiantar um pouquinho o tempo? É exatamente isso que Dimas mostra no synthpop Excesso de futuro, que fala sobre um dia a dia em que tudo parece feito ou no sacrifício ou na força da raiva.
“É uma síntese do meu universo musical e acho que é a primeira canção que mostraria para alguém que quisesse conhecer meu trabalho, pois ela grita não só minha identidade artística como também pessoal”, conta Dimas que, num das cenas do clipe, aparece trabalhando num escritório a céu aberto – como o do vídeo de Sweet dreams (Are made of this), dos Eurythmics.
HOMENINVISÍVEL, “NAVALHAS”. Essa banda de São Paulo já passou por estilos como shoegaze e emocore, e vem encontrando sua razão de existir na música ruidosa e nas letras existenciais. Com um EP pronto para sair neste mês, adiantam o disco com Navalhas, uma canção cheia de sombras, que fala de palavras que cortam e ferem, de um quarto escuro que “representa o isolamento necessário para lidar com feridas da alma” (diz a banda) e da necessidade de se recuperar das tristezas e estresses. A música termina abruptamente e parece que vai ganhar continuidade num próximo single, ou numa próxima faixa do EP – quem sabe?
WILLIAM TORRES, “O PESO”. Vindo de Maceió (AL) e influenciado, entre outros sons, pela experimentação musical do Men I Trust, William é produtor, cantor e compositor e tem um trabalho solo que fala sobre temas como “amor, solitude, pertencimento e amadurecimento”, entre outros temas. O peso, novo single, é marcado pelo som etéreo, pelo compasso de valsa indie e por uma guitarra estilingada cujo riff dá todo o andamento da música.
RESP, “NOVA LUA”. Guitar rock melancólico e angustiado dá o tom da música do Resp, que é um projeto do músico curitibano Lorenzo Molossi. Cantando e tocando guitarra, Lorenzo se juntou à banda 3x – formada por Amanda Padilha (baixo) e Felipe Zago (bateria) – e à cantora Niko para gravar os EPs Meio da semana (2024) e Cotia (2025). E é deste último EP que sai Nova lua, faixa que acaba de ganhar um clipe com participação de todos os músicos envolvidos.
O vídeo da canção é basicamente um curta de cinema indie, contando de maneira criativa e fragmentada uma história de dia a dia estressante de trabalho – em que você vende sua força, cumpre uma rotina massacrante e sente, a cada dia, que estão te pagando (mal) mas estão roubando seu tempo. Parece familiar, não?
NICOLAS GERALDI, “VIM DA SOLIDÃO”. Cantor e compositor carioca, Nicolas retoma uma das faixas de seu disco de estreia, Em outro lugar do céu (2023), e lança o clipe da acústica e bucólica Vim da solidão, com um belíssimo arranjo de cordas. O vídeo, dirigido por Hick Duarte, foi gravado durante uma viagem com amigos a Diamantina (MG), e segue o clima introspectivo e interiorano da música, que é inspirada por sons como o rock psicodélico, o dream pop e a música mineira dos anos 1970.
“Mais do que o clipe de uma faixa, é um retrato sensível das cores que compõem o disco”, diz Nicolas, que transformou Vim da solidão numa experiência de autodescoberta, em que estar só, às vezes, não significa necessariamente estar sozinho – pode ser um excelente momento de respiro.
RAUL SEIXAS, “UM SOM PARA LAIO”. Dá para colocar Raul Seixas, o pai do rock brasileiro, aqui no Radar nacional? Dá sim – e como! Raulzito praticamente inventou o emprego de muita gente que hoje surge aqui mesmo no Pop Fantasma. E 2025 é “ano Raul”: tem exposição, documentário e comemorações pelos 80 anos do Maluco Beleza.
Vale inclusive lembrar que Raul não é só Ouro de tolo e Sociedade alternativa. Entre os lados-B geniais do baiano está Um som para Laio, parceria com Paulo Coelho feita para a trilha da novela O Rebu (1974) hoje resgatada na Globoplay em fragmentos. A faixa saiu no LP da trilha, e também num compacto. Com guitarras abertas, batida crua e vocal gritado, Raul e sua turma pareciam incorporar ao mesmo tempo o espírito do pré-punk e os ecos de Woodstock. E o resultado segue pulsando até hoje.
Cultura Pop
Urgente!: Nova do Hot Chip, “DVD” do Oasis em Cardiff, The Rapture de volta com turnê

RESUMO: Hot Chip (foto) anuncia coletânea e lança single e clipe. Fã produz vídeo do primeiro show do Oasis em Cardiff só com imagens feitas por fãs. The Rapture anuncia turnê pelos Estados Unidos e Canadá.
Texto: Ricardo Schott – Foto Hot Chip: Louise Mason/Divulgação
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Vai sair pela primeira vez uma coletânea do Hot Chip, Joy in repetition, prevista para 5 de setembro. Vale até a pergunta que muita gente já se fez: qual a importância de coletâneas nessa época de playlists e aplicativos de música com poucas infos? Bom, a importância de uma boa coletânea de hits é enorme, vale por uma setlist bem montada e pode contar uma história. E elas eram as playlist de duas décadas atrás.
No caso de Joy, ela traça o caminho do Hot Chip do tempo dos cachês baixos até a época em que jornais como The Guardian já estavam classificando Alexis Taylor, Joe Goddard, Owen Clarke, Al Doyle e Felix Martin como o maior grupo pop de seu tempo. E entre hits como Ready for the floor, I feel better e Look at where we are, ainda tem uma música nova de altíssimas proporções de grude: Devotion, já lançada em single, que é uma mescla de pop adulto, eletrônica psicodélica e futuro hit de pista, com clipe gravado no Japão.
Taylor rasga seda: Devotion é “uma celebração da devoção a este projeto coletivo”. E ele ainda faz um baita elogio ao colega Joe Goddard: “Penso no Joe como alguém parecido com o Brian Wilson, com uma dedicação enorme em descobrir como criar a música pop mais incrível possível”. Errado não está.
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Alguém com (felizmente, não estamos julgando) muito tempo livre pegou varias imagens diferentes do primeiro show do Oasis em Cardiff, feitas por fãs da banda, e compilou um (digamos) DVD do show.
O registro tá o mais fiel possivel, apesar das imagens à distância e do som nem sempre maravilhoso – vale como um belo bootleg das antigas. Tem ate o som da fitinha de Fuckin in the bushes na abertura, e a voz do apresentador do show. Detalhe: quem botou o video no ar tentou se livrar de problemas avisando que o video nao é monetizado. Pode ser que não ganhe strike do YouTube. “É de um fã apenas para fãs”, avisa.
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E ainda Oasis: vale ler o texto de Liv Brandão, fera do jornalismo musical brasileiro recente, sobre como a setlist do show do Oasis não foi apenas uma setlist. Foi uma aula de storytelling daquelas – como numa (olha aí) coletânea daquelas que vinham com textos contextualizando tudo.
“Muito se falou da escolha das canções, que privilegia os dois primeiros álbuns, como se só eles importassem (…). Mas tão especial quanto a seleção das 24 músicas que compõem o set, idêntico nos dois dias, é a ordem em que elas aparecem, montada para contar a história de quando o Oasis foi a maior banda do mundo – justamente na época desses discos – e tudo o que aconteceu desde então”. Leia o restante na newsletter dela
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Banda importante do dance punk dos anos 2000, The Rapture voltou, mas não há ainda nenhuma novidade a respeito de disco novo – nem de shows no Brasil, já avisamos. Na real, esse grupo novaiorquino já está de volta desde 2019, com o cantor Luke Jenner como único membro fixo, mas não havia retornado de fato. Fizeram alguns shows, mas pararam as atividades por conta da pandemia, e foi só. Dessa vez, o grupo tem uma turnê de verdade pela frente, que começa dia 16 de setembro no mitológico First Avenue, em Minneapolis, e passa por várias cidades dos EUA e Canadá até novembro.
“Anos atrás, quando me afastei da banda, eu precisava de tempo e espaço para reconstruir minha vida”, conta Jenner sobre a volta, sem comentar diretamente sobre as brigas intermináveis que a banda tinha lá por 2014. “Eu precisava consertar meu casamento, estar presente para meu filho e, por fim, trabalhar em mim mesmo. Esta turnê marca um novo capítulo para mim, moldado por tudo o que vivi e aprendi ao longo do caminho. Conquistei tudo o que esperava alcançar através da música e agora posso usá-la para ajudar qualquer pessoa que talvez precise, como eu precisei naquela época”.
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