Cultura Pop
Saiba por que você deve esperar ansiosamente o disco novo de Paul Weller

Paul Weller, o modfather. Um dos maiores compositores da história do rock. O cara que fez o punk rock e o passado da música jovem britânica se conectarem. O autor de discos como “In the city” (1977) e “Setting sons” (1979), com sua ex-banda The Jam. Paul Weller, em carreira solo há anos, produz bastante, não deixa de gravar (bons) discos novos e vem com o 13º álbum no dia 12 de maio, “A kind revolution”. Dados o passado e o presente do músico, não tem como não se animar, já que ele vem sempre lançando coisas legais e programou o disco para o ano em que se comemoram quatro décadas da estreia do Jam, “In the city”. Listamos abaixo dez motivos para você esperar ansiosamente pelo álbum novo de Weller, que já tem dois singles lançados de batedor, deixando entrever que vem coisa boa aí.
1) 2017 é um ano bastante importante para fãs de punk, de mod e de Paul, já que comemoram-se 40 anos da estreia da primeira banda de Paul, The Jam. “In the city”, o primeiro disco, saiu em abril de 1977 e representou a mais perfeita e completa tradução do ideário mod (que movia bandas como The Who e Faces, nos anos 1960) para a era punk. Paul, um moleque de 18 anos, era um cara corajoso: em meio à loucura punk, dizia odiar drogas, falava que sua banda “era como a ovelha negra do punk porque afinávamos nossos instrumentos”, e reverenciava Pete Townshend do Who em cada acorde de sua obra.
2) Não por acaso, vai ser o primeiro ano em que fãs brasileiros do Who, banda-matriz do Jam, vão poder assistir Pete Townshend e Roger Daltrey por aqui, no Rock In Rio e no São Paulo Trip Festival. Melhor clima para esperar por um novo álbum de Paul não há.
3) Como música é o principal, aí vai uma razão boa: o primeiro single, “Long long road”, uma balada soul bem bacana
4) E “Nova”, o segundo single, é uma música bem crua, quase punk-gótica.
5) Pai de sete filhos e com um OITAVO filho a caminho, Paul Weller tem uma razão bastante óbvia, enfim, para continuar trabalhando feito um jumento roqueiro. O músico pode ser tranquilamente chamado de idoso a partir do ano que vem (faz 60 em 25 de maio) e tem lançado pelo menos um disco a cada dois anos, sem parar de compor ou excusionar. E como se não bastasse, são discos bem legais, como “Saturns pattern”, do ano passado, e o classudo “Sonik kicks”, de 2012. E ainda teve outro disco lançado por Weller esse ano: a trilha do filme independente inglês “Jawbone”, um drama de boxe dirigido por Thomas Q. Napper, com com Ian McShane e Ray Winstone.
6) Casado atualmente com Hannah, 31 anos, Weller tem dois filhos gêmeos com ela, Bowie (em homenagem a adivinhe quem) e John Paul, nascidos em 2012 – o segundo não é homenagem a John Lennon e Paul McCartney, mas a seu pai
7) Mesmo sendo autor de quase tudo o que o Jam gravou, Weller não se opôs a que seus ex-companheiros Bruce Foxton (baixo) e Rick Buckler (bateria) montassem uma banda para tocar o repertório do grupo. O From The Jam existe desde 2005, conta com o vocalista e guitarrista Russell Hastings no lugar que um dia foi de Weller e desde 2009 tem Mark Brzezicki na bateria, já que Buckler preferiu sair. A banda está em turnê comemorativa de 40 anos de “In the city”.
8) A amizade de Foxton e Weller voltou mesmo, já que o baixista gravou o solo “Smash the clock”, lançado recentemente, no estúdio do ex-líder do trio. Weller também participa das faixas “Pictures & diamonds” e “Louder”. E vale escutar o (bom) disco de Foxton para se preparar para o lançamento do gente boa Weller (e vale citar que Foxton é autor de clássicos do Jam como “Smithers-Jones”).
9) Weller disse em entrevista ao Digital Journal que passa longe de qualquer estratégia para estourar e vender mais discos. “No disco novo, fiz o mesmo que faço há quarenta anos. Fomos fazer um disco e ver o que acontecia. Não havia planos”.
10) Não caia no velho discurso de que o rock (ou qualquer outro estilo) morreu. Paul Weller, um cara que manja do negócio, tem um conselho pra você, na mesma entrevista. “Não desista. Não adie seus sonhos por nada. Pegue suas armas e mire no que você acredita”.
E se você quiser saber mais sobre o disco de Weller, tá aqui.
Weller’s new album A Kind Revolution will be released on May 12th on CD, Deluxe CD, LP and 10” box set: https://t.co/C5q3TaycnJ pic.twitter.com/hpxnk14hrf
— Paul Weller (@paulwellerHQ) March 30, 2017
Foto: Mark Kent/Wikimedia Commons
Cultura Pop
No nosso podcast, Alanis Morissette da pré-história a “Jagged little pill”

Você pensava que o Pop Fantasma Documento, nosso podcast, não ia mais voltar? Olha ele aqui de novo, por três edições especiais no fim de 2025 – e ano que vem estamos de volta de vez. No segundo e penúltimo episódio desse ano, o papo é um dos maiores sucessos dos anos 1990. Sucesso, aliás, é pouco: há uns 30 anos, pra onde quer que você fosse, jamais escaparia de Alanis Morissette e do seu extremamente popular terceiro disco, Jagged little pill (1995).
Peraí, “terceiro” disco? Sim, porque Jagged era só o segundo ato da carreira de Alanis Morissette. E ainda havia uma pré-história dela, em seu país de origem, o Canadá – em que ela fazia um som beeeem diferente do que a consagrou. Bora conferir essa história?
Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch (foto: Capa de Jagged little pill). Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.
Ouça a gente preferencialmente no Castbox. Mas estamos também no Mixcloud, no Deezer e no Spotify.
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Cultura Pop
No nosso podcast, Radiohead do começo até “OK computer”

Você pensava que o Pop Fantasma Documento, nosso podcast, não ia mais voltar? Olha ele aqui de novo, por três edições especiais no fim de 2025 – e ano que vem estamos de volta de vez. Para abrir essa pequena série, escolhemos falar de uma banda que definiu muita coisa nos anos 1990 – aliás, pra uma turma enorme, uma banda que definiu tudo na década. Enfim, de técnicas de gravação a relacionamento com o mercado, nada foi o mesmo depois que o Radiohead apareceu.
E hoje a gente recorda tudo que andava rolando pelo caminho de Thom Yorke, Jonny Greenwood, Colin Greenwood, Ed O’Brien e Phil Selway, do comecinho do Radiohead até a era do definidor terceiro disco do quinteto, OK computer (1997).
Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch (foto: reprodução internet). Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.
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4 discos
4 discos: Ace Frehley

Dizem por aí que muita gente só vai recordar de Gene Simmons e Paul Stanley, os chefões do Kiss, quando o assunto for negócios e empreendedorismo no rock – ao contrário das recordações musicais trazidas pelo nome de Ace Frehley, primeiro guitarrista do grupo, morto no dia 16 de outubro, aos 74 anos.
Maldade com os criadores de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, claro – mas quando Frehley deixou o grupo em 1982, muita coisa morreu no quarteto mascarado. Paul Daniel Frehley, nome verdadeiro do cara, podia não ser o melhor guitarrista do mundo – mas conseguia ser um dos campeões no mesmo jogo de nomes como Bill Nelson (Be Bop De Luxe), Brian May (Queen) e Mick Ronson (David Bowie). Ou seja: guitarra agressiva e melódica, solos mágicos e sonoridade quase voadora, tão própria do rock pesado quanto da era do glam rock.
Ace não foi apenas o melhor guitarrista da história do Kiss: levando em conta que o grupo de Gene e Paul sempre foi uma empresa muito bem sucedida, o “spaceman” (figura pela qual se tornou conhecido no grupo) sempre foi um funcionário bastante útil, que lutou para se sentir prestigiado em seu trabalho, e que abandonou a banda quando viu suas funções sendo cada vez mais congeladas lá dentro. Deixou pra trás um contrato milionário e levou adiante uma carreira ligada ao hard rock e a uma “onda metaleira” voltada para o começo do heavy metal, com peso obedecendo à melodia, e não o contrário.
Como fazia tempo que não rolava um 4 Discos aqui no Pop Fantasma, agora vai rolar: se for começar por quatro álbuns de Ace, comece por esses quatro.
Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução
“KISS: ACE FREHLEY” (Casablanca, 1978). Brigas dentro do Kiss fizeram com que Gene, Paul, Ace e o baterista Peter Criss lançassem discos solo padronizados em 1978 – adaptando uma ideia que o trio folk Peter, Paul and Mary havia tido em 1971, quando saíram álbuns solo dos três cujas capas e logotipos faziam referência ao grupo. Ace lembra de ter ouvido uma oferta disfarçada de provocação numa reunião do Kiss, quando ficou definido que cada integrante lançaria um disco solo: “Eles disseram: ‘Ah, Ace, a propósito, se precisar de ajuda com o seu disco, não hesite em nos ligar ‘. No fundo, eu dizia: ‘Não preciso da ajuda deles’”, contou.
Além de dizer um “que se foda” para os patrões, Ace conseguiu fazer o melhor disco da série – um total encontro entre hard rock e glam rock, destacando a mágica de sua guitarra em ótimas faixas autorais como Ozone e What’s on your mind? (essa, uma espécie de versão punk do som do próprio Kiss) além do instrumental Fractured mirror. Foi também o único disco dos quatro a estourar um hit: a regravação de New York Groove, composta por Russ Ballard e gravada originalmente em 1971 pela banda glam britânica Hello. Acompanhando Frehley, entre outros, o futuro batera da banda do programa de David Letterman, Anton Fig, que se tornaria seu parceiro também em…
“FREHLEY’S COMET” (Atlantic/Megaforce, 1987). Seguindo a onda de bandas-com-dono-guitarrista (como Richie Blackmore’s Rainbow e Yngwie Malmsteen’s Rising Force), lá vinha Frehley com seu próprio projeto, co-produzido por ele, pelo lendário técnico de som Eddie Kramer (Jimi Hendrix, Beatles, Led Zeppelin) e Jon Zazula (saudoso fundador da Megaforce). Frehley vinha acompanhado por Fig (bateria), John Regan (baixo, backing vocal) e Tod Howarth (guitarras, backing vocal e voz solo em três faixas).
O resultado se localizou entre o metal, o hard rock e o rock das antigas: Frehley escreveu músicas com o experiente Chip Taylor (Rock soldiers), com o ex-colega de Kiss Eric Carr (Breakout) e com John Regan (o instrumental Fractured too). Howarth contribuiu com Something moved (uma das faixas cantadas pelo guitarrista). Russ Ballard, autor de New York groove, reaparece com Into the night, gravada originalmente pelo autor em 1984 em um disco solo. Típico disco pesado dos anos 1980 feito para escutar no volume máximo.
“TROUBLE WALKING” (Atlantic/Megaforce, 1989). Na prática, Trouble walking foi o segundo disco solo de Ace, já que os dois anteriores saíram com a nomenclatura Frehley’s Comet. A formação era quase a mesma do primeiro álbum da banda de Frehley – a diferença era a presença de Richie Scarlet na guitarra. O som era bem mais repleto de recordações sonoras ligadas ao Kiss do que os álbuns do Comet, em músicas como Shot full of rock, 2 young 2 die e a faixa-título – além da versão de Do ya, do The Move. Peter Criss, baterista da primeira formação do Kiss, participava fazendo backing vocals. Três integrantes do então iniciante Skid Row (Sebastian Bach, Dave Sabo, Rachel Bolan), também.
“10.000 VOLTS” (MNRK, 2024). Acabou sendo o último álbum da vida de Frehley: 10.000 volts trouxe o ex-guitarrista do Kiss atuando até como “diretor criativo” e designer da capa. Ace compôs e produziu tudo ao lado de Steve Brown (Trixter), tocou guitarra em todas as faixas – ao lado de músicos como David Julian e o próprio Brown – e convocou o velho brother Anton Fig para tocar bateria em três faixas. A tradicional faixa instrumental do final era a bela Stratosphere, e o spaceman posou ao lado de extraterrestres no clipe da ótima Walkin’ on the moon. Discão.
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