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The Listros: “melodias de rock pesado” influenciadas por punk e nu-metal

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The Listros: "melodias de rock pesado" influenciadas por punk e nu-metal

O The Listros enviou para a gente pelo Groover um single recente que eles fizeram com uma cover de Wolf like me, um clássico da banda TV On The Radio que eles regravaram. É cover, ok – mas saiu uma excelente regravação e o trabalho autoral deles é uma boa mescla de punk, emo, som pesado em geral e algumas eletrônicas. Nomes como Nine Inch Nails, Linkin Park e The Vines são citados em entrevistas como influências.

A dupla canadense formada pelos irmãos Sean Listro (voz, guitarra, eletrônicos) e Evan Listro (bateria) se define de maneira bem clínica (“fazemos melodias de rock pesado”) e já tem alguns singles autorais na discografia, como o som meio punk, meio nu metal de Walking in the dark e Hands against the wall, a psicodélica e meio beatle We’re gonna fly e o indie-pop pesado Compare myself to you. Está tudo no Bandcamp deles.

“Nos inspiramos principalmente ouvindo a música dos nossos artistas favoritos. Inicialmente, pegamos uma ideia que gostamos de uma música que nos inspira, e então ela sempre cresce em algo inteiramente de nossa autoria. Quanto às letras, muita inspiração vem da experiência do eu. A voz em nossas cabeças que nos enche de mentiras sobre quem somos e o que podemos ou não fazer. Tentações, vícios, auto-aversão, ganância, são todos exemplos de temas sobre os quais gostamos de escrever a partir de nossas próprias experiências pessoais. Escrever e cantar sobre eles é uma forma de terapia. Nós escrevemos para nós mesmos”, diz a banda.

Ouça Walking in the dark e Wolf like me abaixo.

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Crítica

Ouvimos: Salmos, “Salmos” (EP)

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Ouvimos: Salmos, “Salmos” (EP)
  • Salmos é o EP de estreia da banda de mesmo nome, formada por Sergio Wong (voz, guitarra e baixo) e Carlos Ernesto (bateria). O disco foi produzido por Lisciel Franco, que também fez a mixagem e a masterização.
  • O disco foi gravado em mídia analógica no estúdio ForestLab, no Rio de Janeiro.
  • A banda foi formada em 2018 e inicialmente era só um projetinho criado em cadernos de escola, que foi se tornando uma banda de verdade gradualmente. “Carga emocional, inevitáveis movimentos da vida, isso é o que Salmos é pra mim”, explica Wong.

Salmos, o EP epônimo do projeto de Sergio Wong e Carlos Ernesto é a prova de que o rock, em 2025, vai acabar apontando para uma mistura sonora filtrada pelos anos 1990. Cala boca, a faixa de abertura, abre em clima de Nirvana, e a poética crua da letra lembra bastante o estilo de Kurt Cobain – posteriormente, a faixa ganha um aspecto mais tranquilo e rock + MPB.

Persiana, regravação do primeiro single do projeto (2019), tem uma cara meio soul, mas lembra o estilo de produção de Steve Albini, com foco em pratos, baixo e eco, e tom misterioso. A boa Água de piscina tem riff distorcido e batidão meio punk, meio samba. Vale, de qualquer jeito, apontar que a letra da faixa traz um desencanto com todas as faces da política brasileira que soa meio desatualizado numa época em que já se conhece o pior de todos os lados. Ela abre apontando para o emo, e ganha uma inusitada batida de bossa nova.

Infância, a melhor do disco, surge como um rock tranquilo, com som entre o emo e o grunge, prossegue com uma letra repleta de boas frases (“a não ser a infãncia/não sinto falta de nada”) e vira algo próximo da crueza do Sonic Youth. Ouro Preto, música de sete minutos que talvez pudesse ter tido pelo menos uns dois minutos cortados, começa com uma batida circular na guitarra, ganha um andamento próximo do blues, e depois chega perto do som de bandas como Cloud Nothings.

Nota: 7,5
Gravadora: Cavaca Records

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Crítica

Ouvimos: Desu Taem, “Yeoouch”

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Ouvimos: Desu Taem, “Yeoouch”

Tá aí um bom disco “pesado” de 2024 que foi bem pouco ouvido e comentado. O Desu Taem é uma banda bem pouco conhecida, com menos de 300 ouvintes no Spotify, e que mesmo não sendo um grupo exatamente inovador, faz uma mistura musical bem bacana, que vai do metal ao punk anos 1990, passando por estilos como hardcore e emo. Aliás passando até por recordações do rock dos anos 1950 que mostram que provavelmente eles escutaram Stray Cats. Esse, no caso, é o som que surge em Wood chipper Freddy, uma das melhores de Yeoouch, e um pouco na zoada Has anyone seen my underwear?.

Uma boa curiosidade em relação a eles é que se trata de uma banda de pai (Shan) e filho (Nick), que tem “setenta anos de experiência”, juntando as idades de ambos. Sons próximos do hardcore e do punk surgem em faixas como What just happened? e Assbite mania. Uma mescla de punk e hard rock a la Aerosmith aparece em Don’t stick your fingers in the cage. Chuncky stool mistura punk e metal no estilo Dio. Dammit! e Everything crawls away from me são mais próximas de um lado blues-rock da dupla (e mais próximas da turma que junta rock clássico e coolzice indie). Blasted with rebirth aproxima power metal e hardcore.

Yeoouch vai prosseguindo com country-punk (Six guns and scorching suns), mais mesclas com anos 50 (o tom quase Cramps de Crazy bitch addict), pauleira cromada (Time to choose, Meat head) e alguns hinos punk (F**K! F**K! F**K! e Which part of no didn’t you understand?).

Nota: 8
Gravadora: Independente.

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Crítica

Ouvimos: Ack, “Aurora”

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Ouvimos: Ack, “Aurora”
  • Aurora é o novo EP da banda punk carioca Ack, que retorna após 20 anos de hiato. O grupo retorna com Fabio Seidl (voz e baixo), Felipe Sad (guitarra e voz), Rapha Erichsen (guitarra) e PP (bateria).
  • A gravação do disco foi remota. “Começamos a falar sobre vários temas num grupo de WhatsApp, e de vez em quando alguém falava: isso aí dava uma música. E aí a gente começava a trocar letra, melodia, ideias”, conta Fabio Seidl.
  • O EP tem participação de Rodrigo Lima (Dead Fish) e Nobru Pederneiras (Planet Hemp), além de uma música em homenagem ao saudoso Fábio Kalunga, da banda Cabeça – e que se chama Cabeça. “Foi ele quem apresentou alguns integrantes do Ack, falava da gente em tudo que era entrevista, aparecia do nada em nossos shows”, lembra Seidl. “Essa música é sobre aquele amigo que todo mundo tem, que está sempre lá, incondicionalmente, até o dia que a vida leva”.

Uma surpresa de 2024 foi a volta, depois de vários anos, do grupo punk carioca Ack. Aurora, o novo EP, relembra velhas escolas do punk brasileiro e tem gravação de disco antigo de hardcore e punk, focando no peso. O disco abre logo com Som e fúria sob o sol, uma lembrança do punk nacional mais antigo e um hino de resistência, prestando homenagem a todo mundo que sofreu censura no decorrer dos anos. Rodrigo Lima, do Dead Fish, participa nos vocais dessa música.

Aurora às vezes soa como uma gravação nacional dos anos 1990 – o que tem lados bons (soa como uma continuação do que a banda fez há anos) e ruins (sim, em alguns momentos dá para sentir a falta de mais peso na mixagem). De qualquer jeito, o recomeço do Ack vem com ótimas canções como Vera Cruz, na escola do punk californiano de protesto, e a rápida Dois minutos de raiva (cuja duração, vale citar, é menor que dois minutos). O disco traz ainda o punk distorcido de Insubordinar, e duas canções para emocionar fãs antigos: Cabeça, homenagem ao saudoso vocalista do grupo carioca, Fabio Kalunga, e Garage, punk melódico lembrando antigos shows do Garage Art Cult, casa roqueira carioca que voltou há um ano.

Nota: 7,5
Gravadora: Independente

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