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Snõõper: punk ágil em clipe e single, “Running”

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Snõõper: punk ágil em clipe e single, "Running"

Banda punk lançada pelo selo Third Man (de Jack White, dos White Stripes), o Snõõper já tem alguns singles e promete o primeiro álbum, Super Snõõper, para esta sexta-feira (14). O disco será pródigo em canções bem curtas (singles como Pod e Fitness, já lançados, têm menos de dois minutos), mas o grupo acaba de lançar mais um single, da faixa de encerramento do disco, Running, que foge bastante disso. São cinco minutos e quatorze segundos de punk-new wave dançante, influenciado por B-52s e Bangles, com vocais lembrando cheerleaders. O clipe, também liberado junto com a faixa, mistura imagens da banda e cenas de gente se exercitando, num efeito que lembra videoartes dos anos 1980.

Blair Tramel, cantor da banda, diz que Running foi “escrita no meio da pandemia, quando as pessoas começaram a se sentir sem esperança e tudo começou a parecer realmente assustador. As pessoas se sentiram descontroladas ao ver nosso país sofrer as consequências de um sistema injusto. Na maioria dos dias, tudo que eu podia fazer era dar uma longa caminhada ou correr. Acho que às vezes é tudo o que alguém pode fazer quando as coisas parecem fora de controle. Sempre podemos sair de nossas mentes e entrar em nossos corpos. Mova-se, respire, pule, coloque um pé na frente do outro”, afirma.

Foto: Reprodução do YouTube

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Urgente!: Mercyland, antiga banda do baixista do Sugar, David Barbe, ganha compilação

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Mercyland, o disco, traz onze faixas gravadas num periodo de dois anos – outubro de 1985 e outubro de 1987. A sonoridade do grupo (cujo nome, literalmente “misericórdia”

O Sugar, banda que Bob Mould (ex-Hüsker Dü) teve nos anos 1990, voltou com single novo e shows novos – você leu sobre isso no Pop Fantasma na semana passada. Mas não é só isso: David Barbe, baixista do grupo, decidiu voltar ainda mais no passado e anuncia para 5 de dezembro uma compilação do Mercyland, trio punk/pós-punk que manteve em Athens, Georgia, mais ou menos no mesmo período em que o Hüsker Dü se tornava uma locomotiva do punk norte-americano.

Mercyland, o disco, traz onze faixas gravadas num periodo de dois anos – outubro de 1985 e outubro de 1987. A sonoridade do grupo (cujo nome, literalmente “misericórdia” em português, veio de “uma conversa inútil e etílica numa madrugada”, segundo Barbe) tinha lá seus cruzamentos com a do Hüsker, e também com a da cena roqueira de Athens – lugar que, você deve saber, deu ao mundo o R.E.M. O som era “punk”, mas era um punk apaixonado pelos anos 1960, tanto que músicas do Who e dos Beatles rolaram no primeiro ensaio de Barbe (voz, baixo), Mark Kreig (guitarra) e Harry Joiner (bateria).

Enquanto ia fazendo shows, o Mercyland ia usando a grana dos cachês gravar demos – todas registradas no estúdio da lenda local John Keane, que existe até hoje. O som da banda passava pelo punk ágil (Amerigod), pelo pós-punk guerreiro (Black on black on black), por hinos guitarrísticos com emanações do Hüsker Dü (Ciderhead), hardcores (Can’t slow down to think) e estilos afins.

Lançamentos em tempo real do grupo foram poucos: dois singles (um deles com Black on black on black) e o álbum No feet on the cowling (1989). Bem antes do término, o Mercyland teve um hiato forçado quando, no fim de 1986, Mark foi estudar na Alemanha e Harry foi trabalhar em Porto Rico. Nessa época, Barbe decidiu montar um selo, cujo primeiro lançamento foi uma compilação em K7 de bandas de Athens –  uma fita tão obscura que “hoje em dia nem está no Discogs!”, diz o músico.  Mas pouco depois, ele retomou o grupo com Harry e o guitarrista Andrew Donaldson. Essa formação durou até Harry decidir que ia sair de vez do grupo, em 1991.

Com o fim do Mercyland, Barbe tocou em bandas como Sugar e Drive-By Truckers, montou um estúdio e tornou-se diretor do programa de music business da Universidade da Georgia – está no cargo até hoje. “Esta reedição não apenas resgata o trabalho pouco conhecido do Mercyland, mas o recoloca em destaque; ouvir essas músicas hoje revela o quanto Barbe e sua banda anteciparam o rock alternativo e o pós-punk que viriam depois”, diz o release.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação

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Crítica

Ouvimos: Why Bother? – “Case studies”

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Em Case studies, o Why Bother? mistura punk, garage e psicodelia suja em faixas que soam como pesadelos gravados numa garagem assombrada.

RESENHA: Em Case studies, o Why Bother? mistura punk, garage e psicodelia suja em faixas que soam como pesadelos gravados numa garagem assombrada.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Feel It Records
Lançamento: 3 de outubro de 2025

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Quarteto de Mason City, Iowa, o Why Bother? não faz jus ao nome: ouvir o som deles lá pela madrugada pode cortar o sono de qualquer ser humano. Isso porque basicamente Terry (voz, synth, mellotron), Speck (guitarra, vocais), Pamela (baixo) e Paul (bateria) fazem punk e garage rock de terror, com inspirações mais do que evidentes em The Damned, Ramones e na primeiríssima fase de Alice Cooper – o disco de estreia de Alice, Pretties for you (1969), é bastante citado ao longo da audição desse Case studies, novo álbum do grupo.

  • Ouvimos: Intercourse – How I fell in love with the void

Se o papo é meter medo, o Why Bother? vai em frente: o disco novo, segundo a própria banda, foi inspirado em experiências fora do corpo e projeção astral. “Você encontrará essas pistas inseridas nas gravações? Talvez…”, confundem os quatro. Seja como for, o grupo se comporta como uma banda de garagem dos anos 1960 que teve seu som enfiado numa garrafa e jogado no mar, logo na faixa de abertura, Helen’s father (Has no heart) e na vira-lata There she was.

Na sequência, eles invadem a área do punk setentista + garage rock em In between the distance, I take back e na parede de ecos e ruídos de Destruction by design.Feeding the birds parece gravada perto de uma ribanceira, com direito a ruídos aterradores de pássaros no final. O Why Bother? também cai dentro da psicodelia suja, entre Alice Cooper e Pink Floyd, na tribal e hipnótica Still remain/Back in sleep paralysis, que tem seis minutos. E faz praticamente só barulho em The past makes me sasd / Behold! The great war of 12 realms.

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Crítica

Ouvimos: Sunn O))) – “Eternity’s pillars b/w Raise the chalice & Reverential” (EP)

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O Sunn O))) estreia na Sub Pop com o EP Eternity’s pillars b/w Raise the chalice & Reverential, três faixas longas e cerimoniais de drone e noise-rock espiritualizado.

RESENHA: O Sunn O))) estreia na Sub Pop com o EP Eternity’s pillars b/w Raise the chalice & Reverential, três faixas longas e cerimoniais de drone e noise-rock espiritualizado.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Sub Pop
Lançamento: 14 de outubro de 2025

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Poderia ser só um single, mas o Sunn O))), trevoso como ele só, decidiu iniciar sua estadia na Sub Pop com um EP de três longas faixas. O grupo-dupla de Seattle, que faz som barulhento por vocação (metal, drone e noise-rock são nomeclaturas comuns quando se fala de seu som), abre Eternity’s pillars b/w Raise the chalice & Reverential com uma sinfonia de distorções e microfonias, orquestrada quase como se fossem vários violoncelos, na tal faixa Eternity’s pillars, de quase 14 minutos e poucas notas, ocupando todo o lado A. Ainda no “poderia”: poderia ser até um tema regido por um maestro e executado numa sala de concerto sombria, mas é noise-rock cerimonial e esfumaçado.

Tem um lado jazz e espiritualista na primeira faixa do EP: Eternity’s pillar era o nome de um programa apresentado pela guru jazzística Alice Coltrane nos anos 1980, e que falava sobre viagens astrais, vida fora da matéria e outros assuntos afins – e o Sunn O))) conta que usou o nome (no plural) por causa da abordagem transcendental de Alice na música. Pouca coisa mais curtinhas (7 e 8 minutos, respectivamente), Raise the chalice e Reverential vão na mesma; homenageiam, respectivamente, o falecido vocalista de hardcore Ron Guardipee e “aqueles que vieram antes de nós com os fardos mais pesados”. Basicamente é a mesma sinfonia distorcida, com poucas variações, especial para quem gosta de ruído mântrico.

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