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Cinema

Jogaram Ginger Baker in Africa no YouTube

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Jogaram Ginger Baker in Africa no YouTube

Ginger Baker in Africa foi lançado em DVD no Brasil faz um tempinho. Se você não tem mais aparelho de DVD em casa, tem uma opção para assistir ao documentário que mostra o mergulho do baterista do Cream – um dos nomes mais criativos e selvagens da bateria de todos os tempos – em terras africanas. Alguém jogou o filme no YouTube, com qualidade de imagem e som pra lá de discutível. Pelo menos dá pra assistir e comemorar antecipadamente os 80 anos de Ginger, a serem completados em 19 de agosto do ano que vem.

Jogaram Ginger Baker in Africa no YouTubeSe você nunca tinha ouvido falar deste filme, vamos lá. Veteraníssimo baterista de rock, recriador do solo de bateria, pioneiro na união de rock, jazz e ritmos africanos, Ginger Baker é considerado pelo amigo Eric Clapton como um músico superior a nomóes como John Bonham (Led Zeppelin) e Keith Moon (The Who). Além de gênio, Ginger tem uma biografia bastante movimentada. Saiu há alguns anos um documentário sobre ele, cujo nome já diz tudo: Beware of Mr. Baker (Cuidado com Mr. Baker). Falamos desse filme em outro post.

Sua história, além de participações em bandas sólidas como Cream, Blind Faith, Graham Bond Organisation e Air Force, inclui décadas de abuso de drogas, casamentos fracassados, sangrias de dinheiro. E brigas com colegas, empresários, donos de gravadoras e até com milicianos sulafricanos (durante a época do Apartheid, mudou-se para a África do Sul, onde vive até hoje, e arrumou briga com um movimento no estilo white power).

Só para você ter uma ideia: antes de entrarem para o Cream, quando dividiam espaço no Graham Bond Organisation, Ginger e o baixista Jack Bruce tiveram uma briga física em que Ginger simplesmente socou e pisoteou o colega. Baker, que evidentemente não era líder do Organisation, expulsou (!) Bruce da banda depois da porradaria e ainda ameaçou esfaqueá-lo. Poucos anos depois, inacreditavemente formando uma cozinha arrasa-quarteirão no Cream, Bruce e Baker tinham brigas que horrorizavam até mesmo o colega de banda Eric Clapton.

Em 1970, Baker levou a maluquice ao status de arte. Com pouca grana no bolso e desejando manter-se longe da heroína, meteu-se num jipe com o cineasta Tony Palmer – que dirigira o filme do concerto de despedida do Cream, em 1968, e, na época, preparava 200 motels, comédia musical criada por Frank Zappa. Os dois partiram rumo à Nigéria, na África, passando pelo deserto do Saara.

Os objetivos de Baker eram encontrar-se com seu amigo músico Fela Kuti, conhecer de perto os sons africanos que sempre tinha amado à distância (fora iniciado neles – e na heroína – pelo baterista de jazz Phil Seamen, seu grande ídolo) e montar um estúdio em Lagos, então capital do país. E fazer um documentário da aventura.

O resultado você confere em Ginger Baker in Africa, filme curto (55 minutos) que mostra a saga de Palmer e Baker. Foca em algumas ideias de jerico – a maior delas, ilustrada por divertidos desenhos, foi penetrar em países africanos, todos dominados por ditaduras, sem se apresentar à polícia local. Os passeios pelo deserto e pelas localidades são narrados por Baker com uma espécie de prosa–poesia psicodélica (acentuada por sua voz grave e envelhecida). E centram mais fogo no estranhamento ao deparar com uma música diferente do que se fazia na época, além dos sons meditativos e lisérgicos que Baker tirou em seu estúdio com os músicos nigerianos.

Pega aí.

Aliás, o encontro de Baker e Fela Kuti deu em Live, disco da banda Africa 70, do nigeriano, lançado em 1971. Uma das edições recentes desse disco em CD tem de bônus um duelo de 16 minutos entre Ginger e Tony Allen, baterista do Africa 70. Curte aí.

Cinema

Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”

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Ouvimos: Lady Gaga, “Harlequin”
  • Harlequin é um disco de “pop vintage”, voltado para peças musicais antigas ligadas ao jazz, lançado por Lady Gaga. É um disco que serve como complemento ao filme Coringa: Loucura a dois, no qual ela interpreta a personagem Harley Quinn.
  • Para a cantora, fazer o disco foi um sinal de que ela não havia terminado seu relacionamento com a personagem. “Quando terminamos o filme, eu não tinha terminado com ela. Porque eu não terminei com ela, eu fiz Harlequin”, disse. Por acaso, é o primeiro disco ligado ao jazz feito por ela sem a presença do cantor Tony Bennett (1926-2023), mas ela afirmou que o sentiu próximo durante toda a gravação.

Lady Gaga é o nome recente da música pop que conseguiu mais pontos na prova para “artista completo” (aquela coisa do dança, canta, compõe, sapateia, atua etc). E ainda fez isso mostrando para todo mundo que realmente sabe cantar, já que sua concepção de jazz, voltada para a magia das big bands, rendeu discos com Tony Bennett, vários shows, uma temporada em Las Vegas. Nos últimos tempos, ainda que Chromatica, seu último disco pop (2020) tenha rendido hits, quem não é 100% seguidor de Gaga tem tido até mais encontros com esse lado “adulto” da cantora.

A Gaga de Harlequin é a Stefani Joanne Germanotta (nome verdadeiro dela, você deve saber) que estudou piano e atuação na adolescência. E a cantora preparada para agradar ouvintes de jazz interessados em grandes canções, e que dispensam misturas com outros estilos. Uma turminha bem específica e, vá lá, potencialmente mais velha que a turma que é fã de hits como Poker face, ou das saladas rítmicas e sonoras que o jazz tem se tornado nos últimos anos.

O disco funciona como um complemento a ao filme Coringa: Loucura a dois da mesma forma que I’m breathless, álbum de Madonna de 1990, complementava o filme Dick Tracy. Mas é incrível que com sua aventura jazzística, Gaga soe com mais cara de “tá vendo? Mais um território conquistado!” do que acontecia no caso de Madonna.

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O repertório de Harlequin, mesmo extremamente bem cantado, soa mais como um souvenir do filme do que como um álbum original de Gaga, já que boa parte do repertório é de covers, e não necessariamente de músicas pouco conhecidas: Smile, Happy, World on a string, (They long to be) Close to you e If my friends could see me now já foram mais do que regravadas ao longo de vários anos e estão lá.

De inéditas, tem Folie à deux e Happy mistake, que inacreditavelmente soam como covers diante do restante. Vale dizer que Gaga e seu arranjador Michael Polansky deram uma de Carlos Imperial e ganharam créditos de co-autores pelo retrabalho em quatro das treze faixas – até mesmo no tradicional When the saints go marching in.

Michael Cragg, no periódico The Guardian, foi bem mais maldoso com o álbum do que ele merece, dizendo que “há um cheiro forte de banda de big band do The X Factor que é difícil mudar”. Mas é por aí. Tá longe de ser um disco ruim, mas ao mesmo tempo é mais uma brincadeirinha feita por uma cantora profissional do que um caminho a ser seguido.

Nota: 7
Gravadora: Interscope.

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

O Rock Horror Film Festival, festival carioca de filmes de terror, está de volta na praça – e vai rolar de 19 de setembro a 02 de outubro no Cinesystem de Botafogo (Zona Sul do Rio). Dessa vez, o evento vai trazer uma seleção de mais de 50 filmes de 17 países em seis categorias: Longas Sinistros, Médias Bizarros, Docs Estranhos, Curtas Macabros, Brasil Assombrado e Pílulas de Medo.

O objetivo do festival é unir terror, cultura pop e rock, e juntar os públicos das três coisas. Entre os filmes selecionados, há produções como The history of the metal and the horror, documentário de Mike Schiff repleto de nomões do som pesado (EUA), Tales of babylon, de Pelayo de Lario (Reino Unido), The Quantum Devil, de Larry Wade Carrell (EUA). Há também Death link, dirigido por David Lipper (EUA), com um time de astros e estrelas que inclui Jessica Belkin (Pretty little liars), Riker Lynch (Glee), David Lipper (Full House) e outros.

O evento também vai ter mesas redondas com  diretores, atores e outros profissionais da indústria para o público do festival, comandadas pela criadora do Rock Horror Film Festival, Chrys Rochat (Sin Fronteras Filmes), e que vão rolar no hall do Cinesystem. Entre os convidados já estão confirmados diretores da Polônia, EUA, Canadá e Brasil. Happy hours cinéfilas, shows de rock e oficinas estão no programa também, além da exibição de um filme inédito no Brasil na abertura.

Lista completa dos filmes que participarão da edição no site do festival: www.rockhorrorfilmfestival.com

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

Marcado para este domingo (28) na Areninha Cultural Hermeto Pascoal (Lona Cultural de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro), o Parayba Rock Fest, do qual você ficou sabendo aqui, vai ter shows, DJs, exposições e várias outras atrações. E Michael Meneses, criador do selo Parayba Records e realizador da festa (que também comemora seus 50 anos de idade), vai exibir seu primeiro filme, Ver + – Uma luz chamada Marcus Vini. Michael, que é fotógrafo e professor de fotografia, iniciou o filme como trabalho de conclusão de curso de sua faculdade de Cinema.

“O que eu vou exibir no evento são os 50 minutos que já estão prontos do filme e que apareceram na apresentação do meu TCC. Ainda estou inclusive fazendo pesquisas para ele”, conta Michael, que com o filme, homenageia Marcus Vini, seu melhor amigo (“o irmão homem que eu não tive”, conta), morto por covid. Marcus era fotógrafo e, como Michael, foi professor universitário e cobriu festivais de música como o Rock In Rio.

“Marcus contraiu covid naquela época mais braba da doença, e morreu no dia em que ele deveria estar tomando a primeira dose”, lembra Michael. “Ele foi fotojornalista e curiosamente fazia aniversário no dia 19 de agosto, que é o Dia Mundial da Fotografia. E só soube disso depois que virou fotógrafo. Ele inclusive fez uma foto super importante numa enchente, que foi publicada no jornal Le Monde. A ideia do filme é focalizar o lado humanitário dele, um cara que estava sempre pensando em fazer doação de alimentos, coordenou um curso de fotografia em Madureira (Zona Norte do Rio)“. Antes do evento de Michael, o filme foi exibido também em lugares como a livraria carioca Belle Epoque.

O Pop Fantasma é um dos apoiadores do evento, ao lado de uma turma enorme. Para saber mais e comprar seu ingresso, confira o serviço abaixo.

SERVIÇO:
SHOWS COM AS BANDAS:

Netinhos de Dna Lazara, Benkens, NoSunnyDayz, New Day Rising (NDR) e Welcome To Tenda Spírita.
ALÉM DOS SHOWS:
Exibição do Documentário:
 VER+ – Uma Luz Chamada Marcus Vini – Direção: Michael Meneses
DJs: Explica e Chorão 3
Expo de fotos dos fotógrafos da Rock Press
Feira Cultural com: Disco de vinil, CDs, DVDs, roupas, livros, fanzines, artesanato, acessórios de moda rock, cultura geek e muito mais
Gastronomia Vegana: Vegazô – A Feira Vegana da Zona Oeste/RJ
DATA: 28 de julho 2024, às 14h.
LOCAL: Areninha Cultural Hermeto Pascoal – Praça 1 de Maio S/N – Bangu/RJ
INGRESSOS: antecipados aqui, na bilheteria da Areninha e na loja Requiem (Camelódromo de Campo Grande).

Foto: reprodução Instagram

 

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