Connect with us

Som

Linkin Park posta vídeo engraçado de Chester Bennington

Published

on

Linkin Park posta vídeo engraçado de Chester Bennington

O Linkin Park publicou no Twitter um vídeo engraçado de Chester Bennington, vocalista da banda, morto no dia 20 de julho. No vídeo, aparece fazendo um improviso com uma música chamada Unicorns & lollipops e rindo bastante. Na legenda, a banda escreveu: “Apreciando todos os momentos em que Chester nos fez rir. Relembrando uma das nossas cenas favoritas da LPTV”, referindo-se a uma série que juntava vídeos do grupo em estúdio.

No dia 27, vai rolar um show-tributo ao cantor no Hollywood Bowl, em Los Angeles. A banda tocará pela primeira vez desde a morte de seu vocalista, e o dinheiro arrecadado vai para a Music For Relief’s One More Light Fund, que presta ajuda a vítimas de desastres naturais. Nomes como Daron Malakian, Shavo Odadjian, John Dolmayan (os três do System of a Down), Jonathan Davis (Korn), William Ryan Key (Yellowcard), Synyster Gates, M. Shadows (ambos do Avenged Sevenfold), Kiiara e a turma do Blink-182 estão confirmados.

Crítica

Ouvimos: Prima Queen – “The prize”

Published

on

Ouvimos: Prima Queen, "The prize"

RESENHA: Prima Queen lança The prize, álbum de indie pop sonhador com clima vintage, empoderamento nas letras e ecos de ABBA, britpop e pós-punk.

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

Quem curte bandas como The Big Moon e The Last Dinner Party provavelmente vai enxergar no Prima Queen uma continuação mais indie do som desses dois grupos. A banda liderada por Louise Macphail e Kristin McFadden tem o mesmo compromisso com climas vintage, sons entre o dream pop e o soft rock, e refrãos celestiais feitos para animar plateias.

As duas juntam tudo isso com a disposição para falar de barcas furadas emocionais (com olhar atualizado) e para acrescentar detalhes inusitados à sua imagem. Para começar Louise e Kristin associaram o Prima Queen ao universo dos esportes femininos, e esse imaginário surge nos clipes, nas letras, nas fotos de divulgação e na capa deste The prize, que é o primeiro álbum cheio das duas.

Boa parte do disco fala basicamente de autoestima e superação – e tanto as imagens das duas quanto a própria música aparecem quase como fantasmas de outros tempos. Algo envolto numa mística de sonho, ou uma imagem do tipo “já vi isso antes” – aliás, quem lembra daquelas séries de coletâneas britânicas com nomes tipo Hot hits ou Smash hits, e garotas esportistas nas capas – ou daquela série Disco 78, 79,80 (o ano variava), lançada pela Som Livre – já viu mesmo.

Musicalmente, o Prima Queen, que nos primeiros singles parecia um encontro entre The Cure, New Order e Fleetwood Mac, volta com clima sonhador e vaporoso em México, lembra um ABBA indie na faixa-título The prize (música que tenta convencer uma garota desprezada a levantar a cabeça dizendo que “você esqueceu que você é um diamante? / você é o sonho, você é um pêssego, o prêmio”) e faz um britpop com ótica feminina – lembrando Shampoo e Elastica – na ótima Oats (Aint gonna beg), um rock garageiro e doce ao mesmo tempo.

O Prima Queen ganha cara mais pós-punk em Ugly, Fool e Woman and child, migra para a bossa nova de gringo em Flying ant day, faz indie rock tranquilo em Meryl Streep e investe em climas acústicos em Spaceship, Sunshine song e More credit – essa última, a cara daquelas baladas iniciais do pós-brit pop. Acaba ganhando pela preocupação em entregar um produto bonito, do tipo que gruda no ouvido (a própria The prize tem essa onda), e pela sinceridade nas letras.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Submarine Cat Records
Lançamento: 25 de abril de 2025.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Snoop Dogg – “Iz it a crime?”

Published

on

Ouvimos: Snoop Dogg - "Iz it a crime?"

RESENHA: Snoop Dogg lança Iz it a crime?, disco reflexivo e polêmico, em meio a elogios a Trump, bravatas e críticas à cobrança por coerência.

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

“Não tenho nada além de amor e respeito por Donald Trump”, disse (pode acreditar) Snoop Dogg recentemente numa entrevista. O elogio ao presidente norte-americano veio pouco depois do rapper se envolver numa baita polêmica ao fazer um set de 30 minutos como DJ durante a posse do chefe de estado.

A aparição de Snoop por lá fez com que o rapper perdesse mais de 500 mil seguidores nas redes sociais e tivesse que ouvir xingamentos como “traidor!”, etc – coisas do tipo. Snoop Dogg, vale lembrar, é um excelente vendedor e é o tipo do artista que, sem lançar disco, consegue gerar assunto para a mídia – e não necessariamente a aptidão para vender está associada com as melhores decisões políticas. Nem mesmo o talento artístico está. No Brasil, talvez quem sabe, ele estivesse vendendo jogo do tigrinho.

Daí que provavelmente o próprio Snoop deve se espantar com cobranças de “coerência”, “justiça”, etc, num jogo que em várias músicas de seu repertório, ele ja define como sendo absolutamente injusto – e que seja lá o que for feito, o que importa é estar o mais longe possível do fracasso. Mais do que o apoio a Trump, o espantoso é que muita gente nunca tenha percebido isso.

Iz it a crime?, um disco muito mais coeso e interessante que o anterior Missionary (que a gente já resenhou por aqui), e que sai lado a lado com um filme (veja lá embaixo) mergulha nessa vibe com ainda mais intensidade. É Snoop Dogg vestindo a pele do tiozão rapper gente boa — aquele que aconselha os mais novos, troca ideias com os parceiros e relembra os velhos tempos. Faixas como Unsung heroes, com seu clima psicodélico e afrolatino (graças ao sample de órgão e à percussão envolvente), reforçam essa pegada, asseverando que sobrevivência é mais importante que qualquer outra coisa.

Versos dessa faixa como “nunca deixe a treta do rap afetar seus negócios”, “a vida é um jogo de espadas, é melhor ficar com um trunfo / você não está acostumado com a cozinha do inferno, cai fora” parecem dedicados a quem o julgou por tocar na posse de Trump. A vinheta de abertura, Intro, é direta: “primeiro você ganha dinheiro, aí você ganha o poder, aí você ganha respeito”.

Entre temas espinhosos e lembranças do passado, Snoop e sua turma vão do r&b moderninho ao samples de soul antigo. E constroem um disco que, musicalmente falando, tem bastante chão. É o que rola em faixas como a quase balada Joy, o soul voador Sophisticated crippin’ (“só um arrependimento / eu nunca consegui dizer adeus ao 2pac”), a trilha de suspense de Keep it moving, o clima de Bonnie e Clyde da biqueira de Can’t get enough (dueto com Jane Handcock) e o acid bass de Shutyobitchassup. Já Let me love you, lá pro final, é um r&b nostálgico de respeito.

A tradicional sensação de que um disco de 60 min poderia ter uns 40 – comum a vários álbuns de Snoop – bate ponto no som de boy band Spot, com Pharell Williams, repleto de versos bizarros comparando mulheres e cachorros. E também num estranho indie pop, Cold summer, e em Live life, tão autobiográfica e cheia de positividade e conselhos, que chega a lembrar Will Smith.

Snoop não parece lá muito preocupado com a opinião de ninguém, e perguntar “isso é um crime?” parece a melhor maneira de sair pela tangente na polêmica de Trump. Mas a controvérsia – por sinal vivida igualmente hoje em dia no Brasil – é bem embalada musicalmente.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Death Row / Gemma
Lançamento: 15 de maio de 2025.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Maxswell – “Dancing queen” (EP)

Published

on

Ouvimos: Maxswell, "Dancing queen" (EP)

RESENHA: Maxswell explora o lado sombrio da vida em Dancing queen, EP gótico com clima denso e introspectivo.

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

Vindo do Arizona, Maxswell Mahar é um sujeito bastante misterioso: recentemente se desfez de suas redes sociais, as capas de seus singles e EPs têm um visual bem sombrio, e sua musicalidade é basicamente rock gótico feito na unha. Como ele tem um passado recente no death metal – tocou baixo numa banda chamada Eternal – o som das três músicas de Dancing queen é bem mais cavernoso do que de costume, mesmo que role em meio a teclados e programações eletrônicas.

Com um repertório que fala basicamente sobre isolamento, introspecção e sobre o lado sombrio da vida, o EP abre com a faixa-título – uma música dançante e atmosférica, levada adiante por baixo (na frente) e teclados. Come to the desert é arrastada, distorcida e com clima ligeiramente stoner. Já Then we could dance, no final, tem vocal quase falado, clima darkwave e tom extremamente fantasmagórico.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7,5
Gravadora: Independente
Lançamento: 28 de maio de 2025.

Continue Reading
Advertisement

Trending