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HiPac: um tipo de fita que só existiu no Japão e não durou muito

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HiPac: um tipo de fita que só existiu no Japão e não durou muito

O canal de vídeos Techmoan achou um aparelho fabricado no Japão que, mais do que tocar um formato que ninguém conhece direito, ainda estava sendo vendido num site de usados como “máquina de karaokê”. Não é bem assim: o tal aparelho consegue tocar quatro fitinhas em formato HiPac.

Bom, o tal do formato HiPac só foi vendido mesmo no Japão, a partir de 1971, e tinha sido um lançamento da Pioneer. Era algo diferente, em termos de formato, da fita K7 normal e do 8-track, e surgiu no mercado assim que o PlayTape, um outro tipo de fitinha, foi descontinuado.  Segundo um número de 1973 da Billboard, o mercado de aparelhos de fitas para carros ficou bastante aquecido depois do Tokyo International Motor Show, em 1972. E depois do crescimento da economia japonesa após 1971, a turma saiu comprando tudo o que viu pela frente, inclusive carros.

“Com o tamanho de um maço de cigarros sem filtro, o cartucho HiPac mostrou-se o ideal para aparelhos estéreo de 4 canais, já que pode tocar por 60 minutos, na velocidade de 1 7/8 polegadas por segundo”, diz o texto. Mas mesmo o HiPac não durou muito, já que a fita K7 virou mesmo o formato mais querido de fitinha ao redor do mundo. De qualquer jeito, empresas como Hitachi e Sharp também investiram no modelo.

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Cinema

Jogaram o importantíssimo filme Cassette – A Documentary Mixtape na internet

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Jogaram o importantíssimo filme Cassette - A Documentary Mixtape na internet

Dirigido por Zack Taylor com as colaborações de Seth Smoot e Georg Petzold, Cassette – A documentary mixtape é um documentário de 2016, premiado, que mostra como as fitas K7 foram voltand… Não, na verdade ele mostra bem como as fitinhas nunca foram embora, ainda que muita gente possa considerá-las como algo meio obsoleto e até de qualidade de som ruim. Logo no comecinho, a escritora Anna Jane Grossman, autora do livro Obsolete: An encyclopedia of once-common things passing us by, diz que resolver a questão sobre o que é ou não obsoleto é algo complicado. E que geralmente o obsoleto surge quando aparece algo com mais qualidade.

Bom, aí surge ninguém menos que Lou Ottens, o inventor da fitinha cassete, aos 80 e poucos anos, como um dos entrevistados do documentário. Lou é um dos entrevistados do documentário, mostra sua casa (onde cuida do jardim e anda com passos largos), apresenta uma memorabília bem legal da época de quando trabalhava na Philips e desenvolveu o K7, e ainda reencontra com antigos amigos do trabalho. Lou espanta-se com o fato de sua invenção nunca ter exatamente saído de moda, mas é um tanto sarcástico quando fala da qualidade de som das fitinhas. “Quando seu tempo acabou, é hora de desaparecer. Não acredito em eternidade”, brinca.

A novidade é que Cassette, até tirarem de lá, está no YouTube (com legendas automáticas). Além de fãs e estudiosos do formato e do próprio criador das fitas, a participação de vários músicos ajuda a entender que, se o CD é de produção cara e os LPs mais ainda, o K7 sempre foi acessível, foi importante tanto para a cultura hip hop quanto para as bandas independentes, e ainda permitiu que pessoas que nunca tocaram um instrumento produzissem seu próprio conteúdo – seja fazendo mixtapes, seja gravando fitas faladas para amigos e parentes.

Nomes como Henry Rollins, Thurston Moore (Sonic Youth), Sarah Bethe Nelson (musicista, cantora e compositora da Califórnia) e Mike Watt (Minutemen) falam disso. O depoimento mais tocante é o de Daniel Johnston, que diz que mal teria iniciado uma carreira na música sem o K7. “Eu estaria num sanatório se não fosse o K7”, diz o cantor e compositor, que sofria de bipolaridade e esquizofrenia, e morreu em 2019.

Tá aí o filme.

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Games

Suzanne Ciani fazendo a triilha do pinball Xenon

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Suzanne Ciani fazendo a triilha do pinball Xenon

Lançado em novembro de 1980, o pinball Xenon trazia algumas novidades para o universo daquelas máquinas que se tornaram super populares nos anos 1970 e 1980. Para começar, a compositora de música eletrônica Suzanne Ciani foi convidada pela empresa Bally (que basicamente trabalhava com caça-níqueis e coisas ligadas ao universo dos cassinos) para fazer a música do jogo. E acabou também fazendo a voz feminina do game.

A ideia da Xenon era produzir algo “sexy” – ainda que vários fãs do game façam questão de destacar o pioneirismo da marca em criar um robô feminino, volta e meia dava para ouvir uns gemidos e uns “try Xeeenon” na parada. Mas Suzanne resolveu fazer mais do que havia sido encomendado a ela e foi entender como funcionavam o jogo e as reações de quem jogava. Tanto que além de fazer a música, sugeriu que sua própria voz fosse gravada como “reações” do robô. Voz e música foram gravados em chips especiais e, dessa forma, o jogo chegou a todos os usuários nos fliperamas da época.

E esse texto é só uma introdução BEM grande para o vídeo abaixo, que mostra uma reportagem do programa Omni Magazine com Suzanne e com a turma da Bally. Suzanne aparece compondo a música do game, colocando voz, argumentando que seria legal que o jogo tivesse a voz dela, entre outras coisas. A produção da máquina e do chip também aparece no vídeo.

Via Early Cianni

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Som

Um flexidisc de 1967 com música eletrônica “do espaço”

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Uma notícia bem interessante para quem ama eletrônica e revistas antigas é que uma turma com muito tempo livre jogou na internet os exemplares, em PDF, da Practical Electronics, uma revista britânica que existiu de 1964 até 1992. Aliás, existe ate hoje, com o nome de Everyday Practical Electronics. Por lá, você aprendia coisas como montar aparelhos de som, despertadores, pequenos gravadoras de fita, entendia como consertar instrumentos musicais e coisas do tipo. E também ganhava brindes bem estranhos, como esse flexidisc encartado na edição de outubro de 1967 da revista.

O disquinho entrava numa área bem importante para quem era fanático (a) pelo universo dos aparelhos de som e queria alguma coisa para testar as caixas acústicas, já que trazia vários sons de microfonias, barulho de televisão sem transmissão e ruídos que pareciam vindos do espaço. No final, todos os barulhos aparecem juntos, num efeito que o site Boing Boing classifica como “música de carnaval do espaço sideral”.

O leitor e amigo Rafael Lourenço tem esse flexidisc e chama a atenção para o fato da música ter sido composta por Frederick Judd, um britânico “que é um compositor ate certo ponto cultuado entre muitos que apreciam a musica eletrônica dos anos 50, 60, foi compilado numa coletânea chamada Electronics without tears de 2012. Vale lembrar que muitos outros compositores mais famosos participaram desses ‘discos demonstração’. Entre os discos que tenho em casa, tenho um disco de demonstração de um modelo moog dos anos 60 em que o som registrado nele foi composto pela Wendy Carlos, que mais tarde fez a trilha do filme Laranja Mecânica entre outros”, escreveu.

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