Connect with us

Lançamentos

FBC: house + boogie em “Madrugada maldita”, o novo single

Published

on

FBC tá parecendo bastante interessado em compor músicas novas que poderiam ir muito bem no Programa Carlos Imperial e na trilha do filme clássico Sábado alucinante, dirigido por Claudio Cunha, com a turma do apresentador na trilha sonora. Madrugada maldita, single novo, faz referências a Cazuza e Jorge Benjor, mas o som é influenciadíssimo por uma mescla de boogie e tecnopop, de primeira linha. E tem raízes na house music, como diz FBC.

“Este é o single que está mais inserido no contexto desse ritmo musical (house), seja na forma de cantar ou no jeito que os metais chegam na música. Acredito que ela seja a porta de entrada para o disco de uma forma mais elegante”, resume. “A forma que eu canto e o jeito de escrever essa música é muito inspirada nas obras de Cazuza e do mestre Jorge Benjor, aquela coisa simples e bonita em que se aproveita os melhores momentos da batida, o house é a resposta imediata ao fim da era disco”, diz.

A faixa estará no próximo álbum de FBC, que tem o título O amor, o perdão e a tecnologia irão nos levar para outro planeta, e está previsto para julho deste ano. O primeiro single do disco foi Químico amor. O rapper e cantor mineiro diz que o álbum vem inspirado pela “ideia de que o amor e a empatia podem salvar a humanidade”.

Foto: Bel Gandolfo (kiddotrixx)/Divulgação

Crítica

Ouvimos: Ludmilla – “Fragmentos”

Published

on

Disco novo de Ludmilla, Fragmentos é um lançamento de transição, em que o r&b aparece unido a elementos do passado - e não domina o álbum inteiro.

RESENHA: Disco novo de Ludmilla, Fragmentos é um lançamento de transição, em que o r&b aparece unido a elementos do passado – e não domina o álbum inteiro.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7,5
Gravadora: Independente
Lançamento: 6 de novembro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Ponto básico: não soma pontos pra ninguém fazer dueto com Luisa Sonza – mas Ludmilla parece duvidar disso e convidou a loura para soltar a voz em Calling me, a faixa mais fraca desse disco novo dela, Fragmentos. Outro ponto: Fragmentos está longe de ser um disco fraco (como alguns críticos apontaram). Também não é “o disco de r&b” de Ludmilla, apesar dela lançar músicas no estilo e de ter falado umas verdades sobre como o estilo é tratado no Brasil (não existe parada de r&b brasileiro, a cena eternamente parece espremida entre rap e funk, etc).

Na real, Fragmentos parece um disco de transição, em que Ludmilla não parece querer deixar de lado os fãs que conquistou cantando pagode. O estilo surge como subtexto até mesmo em faixas pop como Cheiro de despedida e A pior parte, na vibe trap de Whisky com água de choro e na baladinha chorosa Falta eu (cuja letra fala de amores lésbicos secretos e oprimidos). Não é à toa: o pagode dos anos 1990 surgiu no meio da nova onda de boy bands, e vários grupos tinham fotos de divulgação e capas de discos (e mapas de palco) próprios de artistas que cantam dançando. R&B e pagode, no Brasil, nunca foram tão separados assim.

  • Ouvimos: Katy da Voz e As Abusadas – A visita

Em alguns momentos, dá pra imaginar que Ludmilla andou ouvido bastante Clairo e Billie Eilish – tem muita coisa em Fragmentos que parece com elas, só que numa linguagem de funk, trap, pagode e r&b. Rola no folk fofo de Tudo igual, no soul tristonho e bedroom de A pior parte. O r&b extremamente autêntico vai surgindo aos poucos no disco. Tem o pop romântico leve de Paraíso, o samba-pop Coisa de pele, os vocais criativos de Dopamina – mas o que fica mais na mente é o batidão violento de Energy, gravada com as rappers Ajuliacosta e Duquesa, mostrando que a mescla entre r&b e peso sonoro herdado do rap é um caminho mais legal para um próximo disco. Como rola também em Meu defeito, som de briga no estilo de Cardi B.

Uma curiosidade no disco é o final, com Textos longos – r&b em que Ludmilla, em tempos de zap zap, se empodera e diz que “nunca mais serei aquela mina que perde noites em claro no telefone esperando a sua ligação” (!). O pop nunca vai deixar de falar de frustrações amorosas e respostas que não vêm fácil – e às vezes fala da maneira mais clássica.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Partido da Classe Perigosa – “Dízimo” (EP)

Published

on

Dízimo, EP do Partido da Classe Perigosa, ataca falsidades religiosas com rap-punk pesado, críticas ácidas e faixas que vão do hardcore ao post-rock.

RESENHA: Dízimo, EP do Partido da Classe Perigosa, ataca falsidades religiosas com rap-punk pesado, críticas ácidas e faixas que vão do hardcore ao post-rock.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Independente
Lançamento: 7 de novembro de 2025.

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Saiu o EP gospel do grupo de rap-punk Partido da Classe Perigosa. Bom, quase isso: Dízimo é um disco que gira em torno de falsidades das religiões, bancada da Bíblia, igrejas que pedem salários inteiros como dízimos e coisas do tipo.

Línguas estranhas surgem na vinheta Evangelho, que abre o disco – e logo em seguida, a porrada sombria Bíblia e terno propõe o micro-ondas como solução para vacilões de terno, gravata e Bíblia debaixo do braço. “Jesus era um cara tão legal / não é possível que esse cara ia trabalhar pra sucursal / Jesus só andava com pobre e marginal / tocou o terror no templo, vinho e peixe pra geral”. Sucursal, hardcore-rap, tem os vocais de Glenda (808 Punks) e mostra a voz do “outro lado”, com a gravação de uma voz pedindo ao fiel que ofereça o dinheiro de seu aluguel durante um ano, todos os meses – para depois supostamente conseguir uma casa própria.

No final, o rap-post rock-metal La maison est tombée é o “a casa caiu” de uma turma que já esteve no topo da cadeia alimentar: “hora de arrumar tua zona / queimar estar notas frias e jogar fora o celular (…) / sete pragas vai ser pouco pro que vem de arrasta”. Porrada nos cornos.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Sunflowers – “You have fallen… Congratulations!”

Published

on

Sunflowers misturam garage, indie, surf e no wave num disco feroz: riffs à la Black Sabbath, barulho gelado, psicodelia suja e pancadas egg punk.

RESENHA: Sunflowers misturam garage, indie, surf e no wave num disco feroz: riffs à la Black Sabbath, barulho gelado, psicodelia suja e pancadas egg punk.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 9
Gravadora: Fuzz Club
Lançamento: 7 de novembro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Os Sunflowers vêm de Portugal, mas parecem saídos de alguma garagem ou sala de ensaios em Nova York. You have fallen… congratulatons! une garage rock, indie rock, surf music e mumunhas de no wave em poucos minutos. Chameleon kids, na abertura, tem algo de Idles e The Hives, I got friends é uma surf music gelada, com barulho à frente. Corpse light é porrada de verdade, com um riff que lembra Lord of this world, do Black Sabbath, emendando num som quase punk gótico, quase darkwave.

A therapist’s special abre com ruídos de guitarra – parece até que vem algo eletrônico ou industrial na sequência dos ruídos, mas é um rock com cara psicodélica, vira-lata e garageira. March of the drones também ameaça algo bem eletrônico e psicodélico – o que vem são lembranças do riff de Peter Gunn (Henry Mancini) envoltas em lembranças de Black Sabbath. Workworkwork é uma porrada quase egg punk, com sintetizador sujo. No final, as microfonias de You have fallen… e as distorções altas de Congratulations!, as duas faixas-título.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading
Advertisement

Trending