Cultura Pop
Donovan: descubra agora

Dr. Lonnie Smith, lenda do soul jazz, está preparando um disco novo, Breathe, com produção de Don Was, que chega às plataformas no dia 26 de março. E o primeiro single já rola por aí: a versão de Sunshine Superman, de Donovan, com ninguém menos que Iggy Pop fazendo uma participação vocal. Donovan, por sinal, é uma daquelas figurinhas do rock que muita gente tem a noção de já ter ouvido bastante – apenas por que há varias relações dele com nomões do estilo.
Nascido na Escócia em 10 de maio de 1946, Donovan Leitch, além da carreira própria, ligada a explosão folk-rock dos anos 1960, passou o rodo no rock. O cara ensinou técnicas de finger-picking (tocar violão usando apenas unhas ou dedos) para John Lennon, teve Paul McCartney como seu baixista (no álbum Mellow yellow), foi camarada de Jimi Hendrix e Brian Jones (criou o filho deste último, após se casar com sua ex-namorada), fez farra com todo mundo que você puder imaginar. E, ah, foi comparado a Bob Dylan – de quem se diferenciava por aproximar-se mais do folk jazz.
Nos anos 1990, Donovan voltou à mídia como influenciador de cenas tão díspares quanto a de música eletrônica e a das bandas-de-franjinha de Manchester. Além de servir de referência para outros nomões. Artistas como Scott Weiland (Stone Temple Pilots) e John Frusciante (Red Hot Chili Peppers) sempre deixaram claro seu amor pela música de Donovan. A estreia de Beck, Mellow gold (1994), reacendeu o interesse por seu som e seu imaginário folk-psicodélico. Os Happy Mondays fizeram uma canção em sua homenagem, Donovan, mas havia aí mais do que aproximação estética: o líder do grupo, Shaun Ryder, foi casado com a filha do bardo escocês, Oriole.
Ryder e Oriole deram ao cantor uma neta, Coco. Mas o relacionamento não durou muito. No ano passado, Donovan deu uma entrevista à Uncut em que, entre outros assuntos, solicitou a Ryder que voltasse a manter contato com a filha, hoje com 26 anos. Coco é pintora, e já dividiu uma exposição com o avô, também artista plástico. Nos anos 1990, Donovan chegou a frequentar o Haçienda, clube da turma da gravadora Factory, com Shaun.
Com a regravação de Sunshine Superman, esperamos que muita gente volte a falar de Donovan. E aproveitamos para trazer pro POP FANTASMA onze músicas dele que você precisa ouvir hoje.
“CATCH THE WIND” (1965). O primeiro single de Donovan fez barulho: imediatamente foi regravado por uma porrada de gente (Johnny Rivers, Chet Atkins, Glen Campbell e outros) e se deu bem tanto na Inglaterra quanto nos EUA. Na época, por causa de apresentações em festivais como o de Newport, formou-se uma espécie de mega-liga do folk com Donovan, Joan Baez e Bob Dylan.
“SUNSHINE SUPERMAN” (1965). Dois quartos do Led Zeppelin estão nessa música: Jimmy Page toca guitarra e John Paul Jones toca baixo. Uma canção dançante que mostrou que, antes mesmo até dos Beatles gravarem Revolver, já havia um pop psicodélico surgindo.
“MELLOW YELLOW” (1966). Folk jazz de primeira, trazendo Paul McCartney soltando gritos de alegria (no meio da faixa), metais fanfarrões e uma letra que fazia referência a uma espécie de vibrador amarelo (que seria a tal “banana elétrica” da letra). O sucesso Good vibrations, dos Beach Boys, impediu essa faixa de chegar ao número 1.
“WEAR YOUR LOVE LIKE HEAVEN” (1967). No ano de Sgt Pepper’s, dos Beatles, Donovan lançava seu mais ambicioso disco, o duplo A girl from a flower to a garden, que incluía um álbum folk-lisérgico (e elétrico) e um disco infantil (acústico). Para acompanhar o disco, saiu um curta-metragem dirigido por Karl Ferris, com promos de quatro faixas. No de Wear…, Donovan aparece em cenário quase tropicalista, cercado de flores e de panos que lembram os Parangolés de Hélio Oiticica.
“HURDY GURDY MAN” (1968). Lançado pouco antes de um disco ao vivo de Donovan, o single (quase homônimo do álbum lançado naquele ano, a não ser por um “the” acrescentado no começo do nome, no LP) foi composto após o cantor estudar meditação transcendental ao lado dos Beatles, na Índia. Donovan chegou a afirmar que adoraria ver essa canção gravada por Jimi Hendrix. Jimmy Page (Led Zeppelin) toca guitarra na música.
“BARABAJAGAL” (1969). Uma espécie de hard rock soul-jazzístico, com Donovan acompanhado pelo Jeff Beck Group (Beck na guitarra, Ron Wood no baixo e Mick Waller na bateria). Madeline Bell (Blue Mink), Lesley Duncan e uma pós-adolescente Suzi Quatro fazem os backing vocals. Fez parte do disco Barabajagal, lançado naquele ano. Na época, Donovan mudou-se para uma espécie de comuna hippie na Ilha de Skye, na Escócia.
“ATLANTIS” (1969). Clássico hippie por excelência, cuja letra era uma longa declamação sobre o mito da civilização de Atlântida. Mesmo assim, acabou sendo lançada como single e disputou os primeiros lugares das paradas em vários países. Nos EUA, Argentina e até no Brasil, foi trocada para o lado B e preterida por To Susan on the West Coast waiting. A capa do single original continha uma cruz e uma suástica budista (com rotação no sentido anti-horário). Não chegou a causar polêmica, mas o trabalho gráfico nunca mais foi relançado e foi modificado em alguns países. Ah, sim: Ronnie Von gravou a música em português. E um sujeito estudou toda a letra, comparou com os textos de Platão sobre a Atlântida e mencionou todos os erros de Donovan.
“JOE BEAN’S THEME” (1970). Pouco após Barabajagal, Donovan brigou com seu produtor de sempre, Mickie Most, e mudou a concepção do trabalho. Em 1970, voltou com Open road, disco no qual liderava um trio de mesmo nome, e oscilava entre o folk rock e o rock mais básico (em Changes e no single Riki tiki tavi). A maior surpresa do álbum era Joe Bean’s theme, uma bossa nova de gringo em homenagem a Tom Jobim (sim, o “Joe Bean” vem daí). No fim do ano, Donovan se separa da mulher (com quem tinha dois filhos, os hoje atores Donovan Leitch e Ione Skye) e casa-se com sua verdadeira paixão, Linda Lawrence (ex-mulher de Brian Jones).
“COSMIC WHEELS” (1973). Mudanças à vista: Linda fica grávida de Donovan (teve com ele as meninas Astrella Celest e Oriole Nebula) e o cantor lança um obscuro disco infantil, HMS Donovan (1971), que só sai na Inglaterra. Em 1973, rende-se à onda glam rock e dá uma imitada básica no T. Rex no disco Cosmic wheels. Ambos os discos trazem Mickie Most de volta à produção, mas dividindo o serviço com o cantor. Alice Cooper, que gravava o disco Billion dollar babies no mesmo estúdio em que Donovan fazia Cosmic, o convidou para soltar a voz na faixa-título do álbum.
“BRAVE NEW WORLD” (1977). Após um troca-troca de produtores e discos que não deram certo, o contrato de Donovan com a Epic chegou ao fim. No ano do levante punk, o cantor voltou pelo selo independente do próprio Mickie Most, Rak Records (com distribuição da poderosa Arista nos EUA). Donovan, de 1977, trazia o som de FM da época: rock amaciado na onda do Fleetwood Mac, com boas canções.
“GIVE IT ALL UP” (1996). Após os anos 1980, Donovan passou a gravar menos, e a fazer discos com repercussão restrita, voltados ao folk. Em 1993, sem gravadora, teve um álbum, One night in time, lançado apenas em fita, por seu fanzine oficial. O retorno digno se deu mesmo com Sutras (1996), produção de Rick Rubin para a gravadora American, e participações de Jonny Polonski (baixo) e Dave Navarro (guitarra, chamberlin e o que aparecesse). O tom era dado por canções delicadas como Give it all up.
Já que você chegou até aqui, pega aí uma versão bem sui generis de Mellow yellow, em português, cantada por… Michel Teló. A trilha de Minions usou a música, e no Brasil, o cara de Ai se eu te pego foi responsável por cantar a canção.
Cultura Pop
Urgente!: O silêncio que Bruce Springsteen não quebrou

Tá aí o que muita gente queria: Bruce Springsteen vai lançar uma caixa com sete álbuns “perdidos”, nunca lançados oficialmente. O box vai se chamar Tracks II: The lost albums (é a continuidade de Tracks, caixa de 4 CDs lançada em 1998) e nasceu de uma limpeza que Bruce fez nos seus arquivos durante a pandemia. Pelo que se sabe até agora, o material inclui sobras das sessões de Born in the USA (1984) e gravações da fase eletrônica dele, no comecinho dos anos 1990 – inclusive um disco inteiro desse período, que nunca viu a luz do dia.
Essa notícia caiu nos sites na semana passada e trouxe de volta um detalhe que os fãs de Bruce já conhecem bem: ele tem muito material inédito guardado – e material bom. Em uma entrevista à Variety em 2017, ele mesmo comentou que sabia ter feito mais discos do que os que lançou, mas que havia motivos sérios para manter alguns deles nas gavetas.
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“Por que não lançamos esses discos? Não achei que fossem essenciais. Posso ter achado que eram bons, posso ter me divertido fazendo, e lançamos muitas dessas músicas em coleções de arquivo ao longo dos anos. Mas, durante toda a minha vida profissional, senti que liberava o que era essencial naquele momento. E, em troca, recebi uma definição muito precisa de quem eu era, o que eu queria fazer, sobre o que estava cantando”, disse na época (o link do papo tá aqui – é uma entrevista longa e bem legal).
Com o tempo, vários desses registros acabaram saindo em boxes e coletâneas. Um deles foi The ties that bind, um disco de pegada punk-power pop que seria lançado no Natal de 1979 – e que acabou virando uma espécie de esboço inicial do disco duplo The river, de 1980. Pelo menos saiu uma caixa em 2015 chamada The ties that bind: The River collection, com todo o material dessa época, inclusive o tal disco descartado (além de um material que formava quase um suposto disco de punk + power pop que teria sido abandonado).
Um texto publicado na newsletter do músico Giancarlo Rufatto recorda que Bruce infelizmente deixou de fora do novo box alguns álbuns que realmente mereciam ver a luz do dia. Um deles é um álbum solo (sem a E Street Band, enfim), com uma sonoridade country ’n soul, que foi gravado em 1981. Esse disco teria sido abandonado durante um período de depressão, que resultou em isolamento e na elaboração do disco cru Nebraska (1982), feito em casa com um gravador de quatro canais, só voz e violão.
Bruce até parece fazer referência a esse álbum perdido na entrevista da Variety. “Esse disco é influenciado pela música pop da Califórnia dos anos 70”, contou. “Glen Campbell, Jimmy Webb, Burt Bacharach, esse tipo de som. Não sei se as pessoas vão ouvir essas influências, mas era isso que eu tinha em mente. Isso me deu uma base pra criar, uma inspiração pra escrever. E também é um disco de cantor e compositor. Ele se conecta aos meus discos solo em termos de composição, mais Tunnel of love e Devils and dust, mas não é como eles. São apenas personagens diferentes vivendo suas vidas.”
Outro material bastante esperado pelos fãs – e que também não está na caixa – é o Electric Nebraska, a tentativa de Bruce de gravar com a E Street Band as músicas que acabaram no Nebraska. Nem ele, nem o empresário Jon Landau, nem os co-produtores Steven Van Zandt e Chuck Plotkin gostaram do resultado, e as gravações foram trancadas a sete chaves. Nem em bootlegs esse material apareceu até hoje. Pra você ter ideia, Glory days, que só sairia no Born in the USA (1984), chegou a ser ensaiada e gravada junto.
Quase todo mundo próximo a Bruce acredita que ele nunca vai lançar oficialmente essas gravações elétricas do Nebraska. Max Weinberg, baterista da E Street Band desde 1974 (com algumas pausas), confirmou a existência desse material em 2010, numa entrevista à Rolling Stone, e disse que adoraria ver tudo lançado.
“A E Street Band realmente gravou todo o Nebraska, e foi matador. Era tudo muito pesado. Por melhor que fosse, não era o que Bruce queria lançar. Existe um álbum completo do Nebraska, todas essas músicas estão prontas em algum lugar”, revelou. Bruce pode até guardar discos inteiros na gaveta, mas esse é um daqueles casos em que o silêncio guarda várias histórias – que podem render surpresas bem legais.
E ese aí é o lyric video de Rain in the river, uma das faixas programadas para Tracks II (a faixa sai num disco montado durante a elaboração do box, Perfect world).
Cultura Pop
Urgente!: Supergrass, Spielberg e um atalho recusado

Coisas que você descobre por acaso: numa conversa de WhatsApp com o amigo DJ Renato Lima, fiquei sabendo que, nos anos 1990, Steven Spielberg teve uma ideia bem louca. Ele queria reviver o espírito dos Monkees – não com uma nova versão da banda, como uma turma havia tentado sem sucesso nos anos 1980, mas com uma nova série de TV inspirada neles. E os escolhidos para isso? O Supergrass.
O trio britânico, que fez sucesso a reboque do britpop, estava em alta em 1995, quando lançou seu primeiro álbum, I should coco. Hits como Alright grudavam na mente, os vídeos eram cheios de energia, e Gaz Coombes, o vocalista, tinha cara de quem poderia muito bem ser um monkee da sua geração. Spielberg ouviu a banda por intermédio dos filhos, gostou e fez o convite.
Os ingleses foram até a Universal Studios para uma reunião com o diretor – com direito a recepção no rancho dele e papo sobre fase bem antigas da série televisiva Além da imaginação. O papo sobre a série, diz Coombes, foi proposital, porque a banda sacou logo onde aquilo poderia dar. “Talvez eu estivesse tentando antecipar a abordagem cafona que seria sugerida, tipo a banda morando junta como os Monkees”, contou Coombes à Louder, que publicou um texto sobre o assunto.
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A proposta era tentadora. Mas eles disseram não. “Foi lisonjeiro e muito legal, mas ficou óbvio para nós que não queríamos pegar esse atalho”, explicou o vocalista, afirmando ter pensado que aquilo poderia significar o fim do grupo. “Você pode acabar morrendo em um quarto de hotel ou algo assim, ou então a produção quer apenas um de nós para a próxima temporada. Foi muito engraçado, respeitosamente muito engraçado”.
O tempo passou. E agora, em 2025, I should coco completa 30 anos (mas já?). O Supergrass, que se separou no fim dos anos 2000, voltou para tocar o disco na íntegra e alguns hits em festivais como Glastonbury e Ilha de Wight.
Aqui, o trio no Glastonbury de 2022.
Foro: Keira Vallejo/Wikipedia
Crítica
Ouvimos: Lady Gaga, “Mayhem”

Tudo que é mais difícil de explicar, é mais complicado de entender – mesmo que as intenções sejam as melhores possíveis e haja um verniz cultural-intelectual robusto por trás. Isso vale até para desfiles de escolas de samba, quando a agremiação mais armada de referências bacanas e pesquisas exaustivas não vence, e ninguém entende o que aconteceu.
Carnaval, injustiças e polêmicas à parte, o novo Mayhem foi prometido desde o início como um retorno à fase “grêmio recreativo” de Lady Gaga. E sim, ele entrega o que promete: Gaga revisita sua era inicial, piscando para os fãs das antigas, trazendo clima de sortilégio no refrão do single Abracadabra (que remete ao começo do icônico hit Bad romance), e mergulhando de cabeça em synthpop, house music, boogie, ítalo-disco, pós-disco, rock, punk (por que não?) e outros estilos. Todas essas coisas juntas formam a Lady Gaga de 2025.
Algo vinha se perdendo ou sendo deixado de lado na carreira de Lady Gaga há algum tempo, e algo que sempre foi essencial nela: a capacidade de usar sua música e sua persona para comentar o próprio pop. David Bowie fazia isso o tempo todo – e ele, que praticamente paira como um santo padroeiro sobre Mayhem, é uma influência evidente em Vanish into you, uma das faixas que melhor representam o disco. Aqui, Gaga entrega dance music com alma roqueira, um baixo irresistível e um batidão que evoca tanto a fase noventista de Bowie quanto o synthpop dos anos 1980.
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Mais coisas foram sendo deixadas de lado na carreira dela que… Bom, sao coisas quase tão difíceis de explicar quanto as razões que levaram Gaga a criar um álbum considerado “difícil” como Artpop (2013), enquanto simultaneamente mergulhava no jazz com Tony Bennett e preparava-se para abraçar o soft rock no formidável Joanne (2016), um disco autorreferente que talvez tenha deixado os fãs da primeira fase perdidos. Em outro tempo, Madonna parecia autorizada a mudar como quisesse, mas quando Gaga fazia o mesmo, deixava no ar notas de desencontro e confusionismo. O pop mudou, as décadas passaram, o público mudou – e todas as certezas evaporaram.
É nesse cenário que Mayhem equilibra as coisas, entregando um pop dançante, consciente e orgulhoso de sua essência, mas ao mesmo tempo sombrio e marginal. Há momentos de caos organizado, como em Disease e Perfect celebrity – esta última começa soando como Nine Inch Nails, mas, se você mexer daqui e dali, pode até enxergar um nu-metal na estrutura. Killah traz uma eletrônica suja, um refrão meio soul, meio rock que caberia num disco do Aerosmith, enquanto Zombieboy aposta no pós-disco punk, evocando terror e êxtase na pista (por acaso, Gaga chegou a dizer que o disco tem influências de Radiohead, e confirmou o NiN como referência).
Na reta final, o álbum se aventura por outros terrenos: How bad do U want me e Don’t call tonight flertam com o pop dinamarquês dos anos 90 (e são, por sinal, as únicas faixas pouco inspiradas do disco); The beast tem cara de trilha sonora de comercial de cerveja; e Lovedrug mergulha na indefectível tendência soft rock que surge hoje em dia em dez entre dez discos pop. Essa faixa soa como um híbrido entre Fleetwood Mac e Roxette – como se Gaga estivesse pensando também na programação das rádios adultas de 2035.
O desfecho de Mayhem chega como um presente para o ouvinte: Blade of grass é uma balada melancólica de violão e piano, que ecoa tanto a tristeza folk dos anos 70 quanto a melancolia do ABBA, crescendo em inquietação à medida que avança. E então, como quem perde um pouco o tom, o álbum termina com… Die with a smile, a já conhecida balada country-soul gravada em parceria com Bruno Mars, lançada há tempos como single. Dentro do contexto do disco, ela soa mais como um apêndice do que como um encerramento – uma nota de rodapé onde se esperava um ponto final. Nada que chegue a atrapalhar a certeza de que Lady Gaga conseguiu, mais do que retornar ao passado, unir quase todos os seus fãs em Mayhem.
Nota: 8,5
Gravadora: Interscope
Lançamento: 7 de março de 2025.
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