Connect with us

Lançamentos

Babycarpets: parede de guitarras no novo single, “Zombie”

Published

on

Babycarpets: parede de guitarras no novo single, "Zombie"

Assumidamente inspirada no rock alternativo dos anos 1990, a banda maranhense Babycarpets está preparando seu novo álbum. E uma amostra do disco já está nas plataformas. É Zombie, que fala sobre alguém que passa por uma crise existencial. Intensificando a letra, a faixa lança mão de uma sonoridade pesada, baseada em paredes de guitarras, e associada a estilos como shoegaze.

O Babycarpets é formado por Lucas Ferreira (vocal e guitarra), Caio Lúcio (baixo), Elias Suassuna (guitarra) e Pedro Bessa (bateria), e já tem um álbum chamado Nada a perder, que saiu em 2021 e que tem músicas com títulos convidativos como Indo pro inferno e Rancor – enfim, a banda fala bastante daqueles momentos em que a gente se sente bastante sobrecarregado.

Você ouve Zombie abaixo.

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

Lançamentos

Radar: The Denim Emperor, Jonas Wilson, Saticöy, Bets – e mais sons do Groover

Published

on

O Pop Fantasma tá na Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time. Fizemos hoje uma relação do que tem chegado de legal até a gente por lá – começando com a sujeira sonora do The Denim Emperor.

O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins.

Texto: Ricardo Schott – Foto (The Denim Emperor): Smoulder/Divulgação

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
  • Mais da Groover no Pop Fantasma aqui.
  • Nosso perfil na Groover aqui.

THE DENIM EMPEROR, “ANVIL”. Kentucky Clawson, o criador do The Denim Emperor – projeto musical vindo da Califórnia – está prestes a lançar o álbum Hog, basicamente uma coleção de canções voltadas para o punk e para o stoner de altas energias (o “para quem gosta de” do som dele inclui Ty Segall, Viagra Boys e outros nomes ruidosos). Anvil é um hino indie pesado e distorcido sobre sair por aí e fazer um monte de merda com os amigos. O tipo da música que gruda BEM na mente, por causa do peso e dos riffs.

JONAS WILSON feat HANNIBAL LOKUMBE, “DREAM OF LIFE”. Esse cantor e compositor do Texas que não usa Spotify – prefere se divulgar pelo Bandcamp – faz um som que gira em torno do pós-punk e de uniões sonoras com jazz, trip hop e outros estilos. Dream of life está em seu novo álbum, Smash the control machine, e traz participação do trompetista Hannibal Lokumbe. O clipe da faixa, que foi filmado durante uma viagem a Buenos Aires, retrata as turbulências políticas da capital argentina.

SATICÖY, “WANT IT ALL”. O negócio dessa banda de Los Angeles é power pop, mas com uma ênfase pouca coisa maior no lado power da coisa. Want it all, novo single, é uma história de angústia adolescência, “um discurso motivacional para um garoto tímido e apaixonado”, como diz a banda. É pop como o tema de abertura da série Friends, mas tem peso.

BETS, “JENNY” / “AUTUMN AGAIN”. Vindo dos Estados Unidos, o Bets fez lançamentos entre 2015 e 2022 e vem buscando reposicionar alguns de seus singles e clipes mais recentes no mercado. O som une soft rock e climas ligados ao folk, com letras esperançosas e tristes – caso da delicada Autumn again, que fala da superação de um relacionamento que chegou ao fim, e do clima indie e sixties da romântica Jenny, cujo clipe que fala do dia a dia amoroso de um casal sáfico.

CHAD CARVEY, “GRAVEDIGGER”. Influenciado por nomes como Radiohead (em especial) e Elliott Smith, esse músico norte-americano prepara mais um EP e já fez três lançamentos de singles em 2025. Gravedigger, um dos singles mais recentes, é uma canção etérea e triste sobre “a dor e a libertação de dizer adeus a um ente querido que partiu”, com sons esparsos, vocal e guitarras melancólicos e programações eletrônicas.

CRIS 88 KEYS, “THE MAD SIDE OF THE PLANET”. Cris, uma cantora e compositora da Itália, decidiu fazer uma canção pop sobre como ela vê o mundo de hoje em dia, com guerras, gente com a cara afundada em redes sociais, Inteligência Artificial e outras coisas que deixam qualquer pessoa maluca. Mesmo com tanto estresse envolvido na letra, saiu um pop tranquilo e relaxante, com heranças musicais do soft rock e do folk.

AMAZONICA, “MIRROR BABY”. DJ criada entre Londres e Nova York, Amazonica acaba de lançar seu primeiro álbum, Victory, prometendo “música pop para o apocalipse”. Ela chegou a ser mais conhecida pelo codinome Dirty Harry, pelo qual lançou seu trabalho inicial – hoje reeditado com seu novo nome artístico. Sua nova fase musical gira em torno de temas como espiritualide e sobriedade, sempre com foco nas pistas, como no single Mirror baby.

NIGHT TEACHER, “NEVER BETTER”. Criado pela cantora e compositora norte-americana Lilly Bechtel, o Night Teacher lança no fim do mês o álbum Year of the snake. Trabalhando lado a lado com o produtor Matt Wyatt, Lilly trabalhou vários anos como instrutora de ioga e encara a música como um trabalho de cura. Músicas como Never better, com clima pop, mágico e sonhador, têm levado Lilly a ser bastante comparada com nome como Cate Le Bon – e olha que faz sentido.

DAX, “LONELY DIRT ROAD”. Rapper e cantor canadense, atualmente em turnê, Dax une rap, r&b, spirituals e sombras existenciais em Lonely dirt road, uma música em que ele recorda as vezes em que põe as malas no carro e vai para bem longe, para descansar a cabeça e deixar as coisas seguirem seu rumo. “Não quero que minha família me veja chorar / eles nem sabem que estou carregando todo esse peso”, canta ele (ei, não tá na hora de tentar dialogar e buscar ajuda, não?).

STEVE LIEBERMAN, “WE APPROACH 1974 – ENTR’ACTE 178”. Esse músico judeu norte-americano que já gravou mais de 90 álbuns (!) e toca um sem-número de instrumentos, ressurge de maneira ensurdecedora e econômica nesse tema de apenas seis minutos – Steve, você já leu no Pop Fantasma, é autor de The Noise Militia (#38/76), música que dura 35 horas, 41 minutos e nove segundos.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Laufey – “A matter of time”

Published

on

Laufey atualiza o jazz-pop com ironia e charme em A matter of time, misturando nostalgia, humor e reflexões sobre amor e autonomia feminina.

RESENHA: Laufey atualiza o jazz-pop com ironia e charme em A matter of time, misturando nostalgia, humor e reflexões sobre amor e autonomia feminina.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 9
Gravadora: Vingolf/AWAL
Lançamento: 22 de agosto de 2025.

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Alguns sites estrangeiros, ao resenharem A matter of time, novo álbum de Laufey, adotaram um tom meio irônico – a Pitchfork foi certeira em cravar que a cantora islandesa faz parte de uma onda de “retrofetichismo” que já vinha desde quando Amy Winehouse foi apresentada ao mercado, e ganhou cordilheiras de fãs quando Lana Del Rey virou estrela pop. Mais: um certo clima de nostalgia das capas da Playboy paira sobre a ousada capa do álbum, com as pernas de Laufey indicando as horas, quase fazendo a figura do coelhinho da revista.

O principal é que A matter of time traz uma visão atualizada sobre o papel da mulher no cancioneiro norte-americano, e no pop clássico em geral. O som jazz-pop de Laufey Lín Bing Jónsdóttir (é o nome completo dela) diz mais sobre revisão e mudanças do que sobre eternos retornos. Músicas como Clockwork (que daria um ótimo tema de comédia romântica bem antiga), o folk mágico Castles in Hollywood e a bossa orquestral Lover girl têm energia de filme da Disney e letras em primeira pessoa, em tom confessional.

Na “persona” de Laufey, o romantismo é visto como algo que pode ser até bom, mas atrapalha e cega – Lover girl reclama justamente disso, e a circense Carousel avisa que os altos e baixos do humor fazem parte de um relacionamento. A já citada Castles fala de um rompimento de amizade, e Laufey fez questão de falar em entrevistas que perder uma amiga pode ser bem pior que perder qualquer namorado. Silver lining é o lado “nunca fui santa” do disco – uma balada blues que lembra Frank Sinatra e Roberto Carlos. Forget-me-not, com beleza de perder o fôlego, tem versos em islandês e traz recordações de sua terra natal.

O lado “a zoeira não tem fim” de Laufey surge em faixas como Mr Ecletic, sambinha-bossa de gringo em homenagem a machos-palestrinha em geral: “aposto que você acha que é tão poético / citando épicos e prosa antiga (…) / que poser, você acha que é tão interessante”. A cautionary tale, uma das mais moderninhas do disco, tem algo de Forever your girl, sucesso oitentista de Paula Abdul (!), ali disfarçado entre as referências de jazz – a letra fala de relacionamentos cagados e desgastantes, e de falta de paciência para gente ciumenta em geral.

Uma surpresa no álbum é Sabotage, que abre como uma caixinha de música, e ganha um “susto” de cordas quando Laufey ameaça uma “sabotagem fria, sangrenta e amarga”. No final, uma conexão com os sons de 2025: a música encerra com uma surra de ruídos de voz, orquestra e guitarras. O bom de A matter of time é que Laufey encara o passado com charme – e o presente com ironia.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.
Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Billianne – “Modes of transportation”

Published

on

Billianne estreia com Modes of transportation, misturando soft rock, folk e country moderno em um álbum delicado e cheio de surpresas.

RESENHA: Billianne estreia com Modes of transportation, misturando soft rock, folk e country moderno em um álbum delicado e cheio de surpresas.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7
Gravadora: No Wonder Inc.
Lançamento: 15 de agosto de 2025.

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Vinda do Canadá, Billianne virou sucesso em 2022 por causa de uma cover despojada de Simply the best – aquele hit imortalizado por Tina Turner. Um clima de flashback oitentista que não responde exatamente por tudo que rola em Modes of transportation, seu primeiro álbum solo.

Imersa na mesma onda soft rock e country alternativo tentada por muitos artistas no dia de hoje, ela aponta para uma mescla de pós-punk e heranças de Taylor Swift em Baby blue, faz country com solinho de banjo e violões em Jessie’s comet, e faz folkzinho doce e “espacial” em Cassiopeia, três faixas que vão se seguindo no disco, e que ainda não dão totalmente a cara musical de Billianne.

  • Ouvimos: Luapsy – I met the devil in a dream

Isso porque Modes vai se tornando um álbum menos introspectivo à medida que as músicas rolam, com direito a uma música tão melancólica quanto dançante (Wishlist) e a um batidão meio soft rock / meio gospel (a bacaninha Memories, que pode causar antipatia por lembrar demais Coldplay), e também a um eletrorock mais explosivo, com vibe meio country (a ótima Crush, por sinal a melhor do álbum).

No final, Let me run vai no dream folk triste e texturizado, com vocais rápidos a ponto de deixarem transparecer algo de rap e trap. Modes of transportation é basicamente uma boa introdução, com delicadeza nos vocais e nas composições.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

Continue Reading
Advertisement

Trending