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Lançamentos

Urgente!: Lançamentos da semana (5 a 9 de maio de 2025)

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Urgente!: Lançamentos da semana (5 a 9 de maio de 2025)

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia nessa edição semanal e especial do Urgente! é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:

(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)

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ÁLBUNS E EPs:

Hoje, dia 9 de maio, saiu o volume 2 da série de remixes do álbum Come ahead, o mais recente do Primal Scream. Dessa vez, convidados como os Pet Shop Boys, Terry Farley e o Black Science transformam as faixas do disco em dubs – aquele filhote do reggae e da música ambient que, quando bem realizado, tem graves de doer o peito. O novo do Counting Crows também já está no mundo e tem nome de sobremesa roqueira: se chama Butter miracle, the complete sweets!, assim como os novos de Peter Murphy (Sweet shade), Behemoth (The shit ov god) e do The Kooks (Never/know).

Kali Uchis, depois de duas edições de Orquídeas (a versão normal e a deluxe, com mais uns agrados), mandou para o mundo o novo Sincerely, (isso mesmo, com a vírgula colada no título). O Sleep Token voltou com Even in Arcadia. E Mark Pritchard, em dobradinha com Thom Yorke (ele mesmo, o do Radiohead), lançou nas plataformas o áudio de seu projeto audiovisual Tall tales. Ah, e claro que você já deu uma espiada em Pink elephant, o novo do Arcade Fire.

Por aqui, os Selvagens À Procura de Lei estão de volta com as 12 faixas de Y. Nesta semana também teve Maravilhosamente bem, disco novo da Julia Mestre (foto), que veio com reforço visual: um curta no YouTube, meio cinema indie setentista/oitentista, que acompanha o clima do som. O Terraplana lançou a live session Terraplana on Audiotree Live. Alaíde Costa reverenciou Dalva de Oliveira em Uma estrela para Dalva, Sergio Britto (sim, ele, dos Titãs) soltou seu solo Mango dragon fruit, e Alcione chegou animada com Alcione, seu primeiro álbum de inéditas em cinco anos.

SINGLES:

Garbage e Miley Cyrus, que têm discos no forno, resolveram aquecer os motores com dois lançamentos de impacto: Get out my face AKA Bad Kitty (Garbage) e More to lose (Miley). Fiona Apple, em movimento raro e precioso, rompeu o silêncio com Pretrial (Let her go home) — uma daquelas faixas que fazem a gente lembrar por que sente falta dela. Sophie Ellis-Bextor reaparece com Taste, e já avisa: vem aí o álbum Perimenopop, previsto para o dia 12 de setembro. Já o U.S. Girls solta o single Bookends e crava data para Scratch it, disco novo: 20 de junho.

Kali Uchis apresenta oficialmente Sincerely, o novo álbum, com o clipe elegante de All I can say. Soccer Mommy, por sua vez, aposta na delicadeza: Evergreen, seu último disco, ganha uma versão stripped (despida, despojada, mais crua), prevista para 6 de junho — será um EP, com algumas faixas a menos. A novidade chegou junto com o single She is (Stripped). E de Portugal vem o Mirror People, projeto eletrônico-jazzístico-experimental que solta o single Million questions e já avisa que o álbum Desert island broadcast aporta em 26 de setembro.

No Brasil, o retorno mais simbólico da semana vem do Molejo: é Coração molengo, primeiro lançamento sem o saudoso Anderson Leonardo — a música é de Pedrinho da Flor, Gilson Bernini e Xande de Pilares. A metálica e cromada Caosmaria, direto de Taubaté (SP), lança Pé de cabra, que fala de uma pessoa atraente que se transforma, literalmente, no cão chupando manga — com direito a clipe gravado na Zona Rural de Tremembé. E como já cantamos a bola aqui no Pop Fantasma, Dom Salvador voltou à cena com o single esperançoso Não podemos o amor parar. Mais: nessa semana a banda Atalhos se une a Franco Ocampo, do projeto paraguaio El Culto Casero, e solta o single-clipe Delirios en Paraguay.

Foto Julia Mestre: Gabriel Galvani/Diculgação

Lançamentos

Radar: A Mosca, Megachoir, $upply e outros sons do Groover

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Radar: A Mosca, Megachoir, $upply e outros sons do Groover

O Pop Fantasma tá no Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time. O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins. Aqui embaixo, separamos alguns nomes que já passaram pelo nosso filtro e ganharam espaço no site. Dá o play, adiciona na sua playlist e vem descobrir coisa nova! (foto A Mosca: Divulgação).

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A MOSCA, “32 PORCOS”. Um grupo português que se define como “jazz-rock-eletrónico experimental”, e cujo single novo, A mosca (por enquanto apenas no Bandcamp) faz uma crítica ao capitalismo predatório e ao clima de cobra-comendo-cobra dos dias de hoje. “Querem comer a alma à cidade / e nem lavam as mãos / que porcos!”, afirma o A Mosca, em meio a uma base de guitarra, baixo, bateria e efeitos de teclado, tudo desabando.

MEGACHOIR, “NOT REVENGE”. “Viver bem não é uma vingança”, declara Erik Shveima em voz grave e teatral, no comando desse projeto de música industrial e eletrônica. O Megachoir, afirmam eles, “desceu recentemente a essa era de capitalismo de cérebro reptiliano” e disponibilizou seu som para todas as playlists, em todas as plataformas. Violência sonora das boas.

$UPPLY, “THE SAINT MARCH”. Com um som que parte do grunge e se espalha por influências de pós-punk, hip hop, jazz e até música clássica, o $upply chega com um som denso e emocional. Em The saint march, baixo marcante e clima sombrio anunciam o disco Welcome to Wasteland. A banda se define como “nascida da rebelião, da emoção crua e da introspecção” — e soa exatamente assim.

ME & MELANCHOLY, “NAIVE”. Projeto musical sueco influenciado tanto por Depeche Mode quanto por Radiohead, o Me & Melancholy (criado e liderado pelo compositor Peter Ehrling) lançiu recentemente o disco Open your eyes. O single Naive une sons eletrônicos e atmosfera sombria, com versos inconclusivos na letra.

THE NEW BORN YEARS, “BANGLADESH”. Uma banda norte-americana que deve tanto a Sparks quanto a Residents e Negativland, e que gravou discos absolutamente secretos e/ou sigilosos entre 2008 e 2013. Agora, com o catálogo chegando às plataformas, eles resgatam a faixa Bangladesh, um mergulho nas suas experimentações surrealistas.

MUELLERCRAFT, “AFTER THE FALL”. Prestando homenagem a discos como Tommy, do Who, e 2112, do Rush, o Muellercraft (projeto musical do norte-americano Jay Nelson Mueller) lançou a ópera-rock Dystopia 31, uma ficção científica que fala sobre clonagem, despotismo e revolta. Atenção aos belos synths dessa faixa, uma das melhores do álbum.

LOVE GHOST feat JAZZ MOON, “JUST ANOTHER SUNDAY”. O Love Ghost, dos EUA, uniu forças com a cantora austríaca Jazz Moon para criar uma balada shoegaze com pegada folk. Guitarras atmosféricas e uma melodia suave embalam a letra, que trata da solidão que persiste mesmo em relacionamentos a dois.

DUPLEXITY, “WAVELESS TIDE”. A dupla de irmãos que comanda o Duplexity volta ao Pop Fantasma com Waveless tide, uma pancada sonora que junta riffs do nu-metal com quebras rítmicas do pós-hardcore. Intenso e explosivo, o som parece pronto para colidir com qualquer calmaria.

JOHN CONSALVO, “IMY”. O norte-americano John Consalvo transforma a saudade em canção com IMY — sigla para “I miss you”. A faixa é um folk rock com cara de hit, daqueles que grudam na cabeça e fazem a gente se perguntar: por que isso não está tocando no rádio (que rádio?).

ZIRCON SKYEBAND, “ELVIS LIVES ON THE MOON”. Banda da casa no selo Zircon Skye, a Zircon Skyeband é formada por uma “constelação de músicos” com fixação pelo espaço. Em Elvis lives on the moon, eles embarcam num soul-country psicodélico e levam o espírito do Rei do Rock para dançar na gravidade zero

 

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Ouvimos: Preoccupations – “Ill at ease”

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Ouvimos: Preoccupations - "Ill at ease"

RESENHA: Preoccupations lança Ill at ease, seu melhor disco: pós-punk denso, melódico e sombrio, com ecos de R.E.M., Smiths e Interpol.

Existe algo bem forte no som da banda canadense Preoccupations (ex-Viet Cong – a alcunha mudou porque a banda começou a ter shows cancelados devido ao nome considerado ofensivo) que lembra uma mescla de Interpol, R.E.M. e Smiths. O tal “algo” inclui: vocais fortes, letras apocalípticas, climas pesados, mas tudo amaciado com vibes bem melódicas.

Ill at ease (algo como “constrangido”, “pouco à vontade”) leva essa receita ao máximo e é o melhor disco de Matt Flegel (baixo, vocais), Mike Wallace (bateria), Scott “Monty” Munro (guitarra, sintetizador) e Daniel Christiansen (guitarra) até o momento. Musicalmente é o retrato da transformação do pós-punk em, mais que um estilo musical, uma senha de compreensão musical, e uma chave de leitura para clima estranhos.

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É o que rola em Focus, uma canção sobre mal do século e culpa (“o diagnóstico é / estou fazendo o meu melhor / para esquecer tudo o que sei / mas não consigo me livrar da vergonha dos erros que cometi / deve ter acontecido aqui há mil anos’). E no pós-punk eletrônico de Bastards, uma canção que põe a nu a pose daquele ser humano que só pensa em grana e fama, mas com metáforas de fim de mundo: “talvez, quando você sentir tudo desmoronando / não há mais nada aqui para aproveitar / acho que estamos prontos para o asteroide”.

O disco aponta também para uma união entre a crueza do punk e o som dos já citados R.E.M. e Smiths (Andromeda), sons que lembram David Bowie (a faixa-título e Retrograde – essa última na onda da fase Berlim) e pós-punk robótico na cola de Can e New Order, simultaneamente (Panic). Sken tem experimentações rítmicas a rodo no começo, a ponto de confundir a/o ouvinte, e, finalizando, Krem2 é um blues pós-punk gótico e sombrio. Enfim, Ill at ease traduz inquietações com arranjos emocionantes, atmosferas densas e um senso constante de tensão.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Born Losers Records
Lançamento: 9 de maio de 2025.

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Crítica

Ouvimos: Men I Trust – “Equus asinus”

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Ouvimos: Men I Trust - "Equus asinus"

RESENHA: Men I Trust lança Equus asinus, disco nostálgico e etéreo com folk desolado, pop barroco, emanações da música francesa, e clima de trilha soft porn das antigas.

Demoramos para resenhar o disco do Men I Trust, Equus asinus, lançado em março, e acabou que a banda canadense já cumpriu o que havia prometido e soltou nas plataformas Equus caballus, novo álbum e “outra face” do disco anterior.

São de fato dois discos com astrais bem diferentes um do outro – Caballus fica para uma próxima resenha, mas Asinus investe fortemente numa nostalgia ligada ao pop barroco, à música francesa e… aos temas de antigos filmes soft porn. Pois é: faixas como Girl, Bethelehem e The landkeeper caberiam bem em algum filme da franquia Emmanuelle, ou em alguma produção liberalzaça rodada numa praia deserta.

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Também é um disco marcado por estruturas musicais ligadas ao folk desolado, como em Unlike anything (“quando minha mão se for, você será o mesmo / você é diferente de tudo que eu conheço / você ainda é aquele que não pode ser domado”), I don’t like music, Frost bite, a celestial Burrow. Moon 2 é uma balada jazzística, psicodélica, derretida, que soa como uma viagem bem estranha – e é seguida por um instrumental de piano, What matters most.

Na real, o que o Men I Trust fez foi dividir seu som em dois lados diferentes, e colocar cada lado em cada disco – e a face tranquila e enevoada surge em Equus asinus. É uma opção que acaba cobrando algumas coisas do grupo: mesmo que Asinus tenha algumas músicas excelentes, o cansaço acaba vencendo várias vezes, e fica a impressão de um disco bem maior do que seus quase 45 minutos.

A curiosidade fica por conta da capa, que mostra uma foto num clima nada sexy: um casal no quarto, o homem passando roupa, a mulher de costas. Pode ser uma autozoação, mas fica na memória o que alguém disse do disco no site Album Of The Year: “Desculpe, mas a ironia não pode salvar esta capa”. E é verdade.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7
Gravadora: Independente
Lançamento: 19 de março de 2025

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