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Subset: a união de Presidents Of The Usa (lembra?) com Sir Mix-A-Lot

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Subset: a união de Presidents Of The Usa (lembra?) com Sir Mix-A-Lot

A princípio, uma parceria entre a banda de garagem Presidents Of The USA (aqueles caras do hit único Lump, de 1995) e o rapper e produtor Sir Mix-A-Lot não teria nada a ver. Ainda mais numa época em que os Presidents mal existiam. A banda tinha encerrado atividades em 1998, planejava de leve voltar com material novo e decidiu se juntar com Mix-A-Lot para levar adiante um projeto chamado Subset.

O Subset era um projeto que unia rap e rock, e transformava a turma em um quinteto: o trio Chris Ballew (voz, baixo, teclado), Dave Dederer (guitarra, baixo) e Jason Finn (bateria) convidava Mix-A-Lot (voz) e Mike “Outtasite” Singleton (voz). Aparentemente, havia mais do que referências musicais cruzadas unindo toda essa turma: tanto Mix quanto os Presidents já estavam bastante cansados das maquinações da indústria e decidiram criar seu próprio material autoral, com todo tipo de influência maluca que pudessem incluir ali.

Essa união de talentos gerou uma turnê, que na real nem durou muito. Primeiro porque todos estavam meio de saco cheio do processo de gravar e lançar um disco, segundo porque Mix queria usar sons industriais e coisas mais pesadas, e os Presidents não queriam saber disso. O grupo chegou a gravar um disco inteiro em 1999, que nunca nem sequer saiu, à exceção de um split single promo com uma faixa dos Presidents e uma do Subset.

Olha aí uma das faixas que vazaram, Addicted to fame.

Olha a turma aí ao vivo com Skinnin’ and grinnin’.

Mais uma ao vivo, Baby got back.

Os fãs tanto do PUSA quanto de Sir Mix-A-Lot esperam até hoje que saia o disco inteiro, mas até agora nada saiu. Bom, Ballew e Outtasite chegaram a montar uma banda chamada The Feeling Hijackers e gravaram material do Subset, mas ficou só nisso. Aqui tem toda a relação de músicas gravadas pelo projeto.

E se você ficou fã mesmo do Subset, pega aí um concerto inteiro da turminha.

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Urgente!: David Byrne de volta – Friedberg e Cate Le Bon também

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Urgente!: David Byrne de volta - Friedberg e Cate Le Bon também

RESUMO: David Byrne lança single Everybody laughs e anuncia álbum novo. Friedberg solta Ha ha, em clima bem diferente do álbum de estreia. Cate Le Bon anuncia o disco Michelangelo dying, e também lança um novo single.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Shervin Lainez/Divulgação

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Muita gente esperava que os Talking Heads voltassem com uma turnê comemorativa, quando a banda lançou o clipe de Psycho killer na semana passada – não rolou, como é público e notório. Em compensação, quem tá de volta é David Byrne, líder do grupo, que lança o álbum Who is the sky? no dia 5 de setembro pela Matador Records. Everybody laughs, primeiro single, já tem até clipe, dirigido pelo artista multimídia Gabriel Barcia-Colombo. A música é um gospel pop e percussivo.

O disco foi produzido por Kid Harpoon (Harry Styles, Miley Cyrus) e arranjado pelos músicos da Ghost Train Orchestra. Tem participação de St. Vincent, Hayley Williams (Paramore) e Tom Skinner (The Smile). E Byrne diz que existe uma razão para ele ter feito Everybody laughs: ele foi avisado por uma pessoa de que usa demais a expressão “todo mundo”.

“Acho que faço isso para dar uma visão antropológica da vida em Nova York como a conhecemos”, diz Byrne. “Todos vivem, morrem, riem, choram, dormem e olham para o teto. Todo mundo está usando os sapatos dos outros, o que nem todo mundo faz, mas eu fiz”, conta ele, que durante os últimos três anos compilou frases, cozinhou muito (principalmente comida mexicana e indiana) e desenhou também muito – e compôs duas músicas com Arnaldo Antunes, que estão no disco mais recente do paulistano, Novo mundo (resenhado pela gente aqui)

Ainda sobre Everybody laughs: “Tentei cantar sobre essas coisas que poderiam ser vistas como negativas de uma forma equilibrada com um sentimento positivo do ritmo e da melodia, especialmente no final, quando St. Vincent e eu estamos gritando e cantando juntos. A música pode fazer isso: manter os opostos simultaneamente. Percebi isso quando cantei com Robyn no início deste ano. Suas canções costumam ser tristes, mas a música é alegre”, completa ele.

Byrne inicia a turnê do novo disco no dia 14 de setembro em Providence, Rhode Island. A banda da turnê será composta por 13 músicos, cantores e dançarinos – entre eles, uma turma numerosa da banda da turnê American utopia.

***
Quem tá de volta é o Friedberg – que ao que parece, deve vir com a sequência de Hardcore workout queen, seu disco do ano passado, resenhado pela gente aqui. Sai agora o single Haha, um tanto diferente do alt-rock da estreia. Dessa vez, a banda surge com uma faixa curta (2 minutos), eletrônica, sombria, parecendo um samba industrial – e ameaçando algo próximo do indie pop na abertura. O clipe é pura entrega tribal à dança.

“A gente estava só brincando no estúdio do Dan (Carey), ligamos a bateria eletrônica, comecei a cantar a linha vocal e então o Dan mandou aquele synth no refrão — e nós dois nos olhamos tipo: ‘Ok, é isso…’. Tudo se encaixou tão rápido, e eu adoro quando isso acontece. A música meio que se desenrolou a partir daí – virou essa coisa sobre perfeição curada, alguém que dominou o espelho mas perdeu o rumo”, conta Anna.

***

Cate Le Bon voltou com novidade: a produtora, cantora e compositora acaba de lançar Heaven is no feeling, clipe e faixa que abrem caminho para seu sétimo disco, Michelangelo dying, que sai dia 26 de setembro pelo selo Mexican Summer. A música marca uma virada emocional na carreira da artista – ela vinha trabalhando em outro álbum, mas decidiu abandonar o projeto para escrever sobre o fim de um relacionamento. O disco foi gravado entre a ilha de Hydra e o deserto da Califórnia, com produção de Samur Khouja.

Tanto a música quanto o clipe da faixa seguem a mesma linha pop e perturbadora ligada ao trabalho de Cate – é quase um trabalho de videoarte em que ela, passando o maior sofrimento num quarto todo decorado de rosa, observa a si própria numa tela de TV. A ideia de H. Hawkline, que dirigiu o clipe, foi falar sobre luto – ainda que haja momentos de humor, como quando Cate “atende” uma banana em vez de um telefone.

***

E agora você confere lista de faixas e capa do álbum de Byrne:

1. Everybody laughs
2. When we are singing
3. My apartment is my friend
4. A door called no
5. What is the reason for it?
6. I met the Buddha at a downtown party
7. Don’t be like that
8. The avant garde
9. Moisturizing thing
10. I’m an outsider
11. She explains things to me
12. The truth

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Lançamentos

Radar: Nilüfer Yanya, Annapurna, Barking Poets, Jaroslav3000, Jimena Amarillo, Mediopicky, Joan Jett

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Radar: Nilüfer Yanya, Annapurna, Barking Poets, Jaroslav3000, Jimena Amarillo, Mediopicky, Joan Jett

Não tem só música nova no Radar internacional de hoje, não – lembramos de um clipe de Joan Jett que acaba de retornar melhorado ao YouTube e volta e meia vamos falar de coisas que estão sendo reeditadas. Mas calma que nosso negócio é o que está saindo agora, e tem espaço pra todo mundo aqui. Faça sua playlist e ponha no último volume.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação (Nilüfer Yanya)

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NILÜFER YANYA, “WHERE TO LOOK”. O single novo da cantora britânica (cujo disco My method actor é uma das maiores surpresas do ano passado – falamos dele aqui) anuncia o EP Dancing shoes, que sai dia 2 de julho, e surgiu de um conjunto de músicas que ela disse ter revisitado após a turnê do disco anterior.

Com guitarras texturizadas e um clima entre o neo soul e a sujeira sonora elegante, a música destaca a voz marcante da artista britânica. Originalmente pensada para My method actor, a faixa só tomou forma após a turnê. “Melodicamente, é uma das minhas favoritas”, disse Nilüfer. Um retorno introspectivo e inventivo.

ANNAPURNA, “METAMORFOSIS”. Essa é a faixa de abertura do novo EP da banda espanhola Annapurna, Golpes, flores. A música explora os contrastes entre força e fragilidade, acertando em cheio no emo ao combinar riffs densos com passagens melódicas, em meio um repertório que inclui influências de post-rock e de rock alternativo experimental. A faixa antecipa a tensão e os climas que marcam o restante do EP, centrado em perdas, mudanças e recomeços. Um cartão de visitas direto e emotivo.

BARKING POETS, “LOSING CONTACT”. Essa banda de Londres já tem dois EPs e um punhado de singles na discografia. Losing contact, novo compactinho, traz 5:30 de punk anos 1990, ágil, com emanações espaciais (a letra fala de um astronauta que vai perdendo o contato com a Terra). A melodia e o arranjo lembram uma mescla de The Clash e Green Day, tudo levado adiante por uma marcação cerrada de guitarra, baixo e bateria. Mas vale dizer que se trata de uma daquelas canções que se sustentam sozinha apenas em voz e violão – e vale destacar os backing vocals, que dão uma beleza especial a uma canção marcada pela simplicidade. Ouça.

JAROSLAV3000, “HEAT”. Não, você não vai ter a mínima vontade de comer a refeição que o cozinheiro esquisitão do clipe de Heat está preparando – pra começar, ele usa uma balaclava enquanto cozinha, os materiais não parecem estar lá muito frescos e o prato provavelmente não vai cair bem. Ao contrário do single da dupla parisiense Jaroslav3000, que desce redondo: une sons indies dos anos 1990 (Strokes, Arctic Monkeys), passagens a la Depeche Mode e eletrorock sujismundo em doses quase iguais.

O mais bacana é a definição que eles dão para o próprio grupo. “É um projeto de dois jovens encrenqueiros que pretendem escapar do trabalho assalariado multiplicando composições ousadas e inebriantes”. Ouça no volume máximo.

JIMENA AMARILLO, “FLOW DESKICIADA”. “Com este álbum, não quero que você chore e, se chorar, quero que faça isso enquanto dança”, diz a espanhola Jimena, que se dedica ao indie pop cantado em seu idioma. Em seu terceiro álbum, Angélika, ela expressa-se o tempo todo por intermédio de seu alter ego trans – a Angélika do título do álbum, que Jimena diz ter sido a responsável pelo clima empoderado e desinibido do disco.

Oscilando entre trap e batidões dance, a criativa e dançante Flow deskiciada une amor platônico, vida urbana e dia-a-dia queer: “Um punhado de flores, ah, que eu trouxe para ela / linda, ela tem tudo, ela não me ama”, diz o refrão. Jimena completa: “Eu só escrevo realidades, escrevo sobre quem eu sou e com quem passo tempo. Quero me divertir em um mundo moderno que nos deixou sufocados por muito tempo”, assevera.

MEDIOPICKY, “LLUVIA”/”MARIELA”. Pablo Alcántara é um artista da República Dominicana que, antes de tudo, prefere desafiar limites de gênero com sua música. Tanto que o EP de seu projeto Mediopicky, Forma de cer, é basicamente textura musical, ruído eletrônico, luz e sombra, transbordando em ritmos quase não-dançáveis. Lluvia abre com 20 segundos de um quase-silêncio, ate que beats e sons de teclados, além da voz de Pablo, vão chegando – formando uma espécie de trap ambient.

Mariela, um trap caribenho carregado de texturas, marca o primeiro single lançado após o EP e mergulha em uma paixão adolescente atravessada pela timidez. Trata-se de “um amor não correspondido que existe apenas na mente de quem canta”, como define o texto de divulgação. “Mariela, eu sou um covarde / eu nem consigo falar com você”, diz Pablo na letra, chorando as mágoas.

JOAN JETT AND THE BLACKHEARTS, “REAL WILD CHILD (WILD ONE)”. Gravado em 1998, esse clipe volta ao YouTube com melhorias no som e na imagem, realçando o poder punk dessa cover gravada por Joan Jett e sua banda – e lançada como bônus do relançamento de um álbum da cantora, Flashback (1993), compilação de outtakes e músicas raras. Real wild child foi composta em 1958 pelo pioneiro do rock and roll australiano Johnny O’Keefe, ao lado de Johnny Greenan e Dave Owens, e é considerada por muita gente a estreia da Austrália no universo do rock. Foi também gravada por Iggy Pop no controverso álbum Blah-blah-blah (1986) numa versão quase new wave – mas Joan põe quilos de ferocidade na canção.

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Crítica

Ouvimos: Garbage – “Let all that we imagine be the light”

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Ouvimos: Garbage - "Let all that we imagine be the light"

RESENHA: Garbage lança Let all that we imagine be the light, disco surpreendentemente positivo, político e provocador, com rock ruidoso e dance sombrio.

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Confesso que eu não esperava que o Garbage voltasse com um disco cujo título traz tanta positividade. “Que tudo que imaginamos seja luz” é um nome tilelê inimaginável para uma banda que estourou com o hit Only happy when it rains. Talvez ninguém esperasse. Ainda mais que No gods, no masters (2021), álbum anterior, vinha carregado de energia anti-fascista e anarquista.

Dessa vez, em Let all that we imagine be the light, o Garbage volta mais positivo. Sim, dá para estranhar, embora tenha bastante contexto nisso – nos últimos anos Shirley Manson (vocalista) precisou fazer uma cirurgia delicada no quadril, e o próprio Garbage andava em descrédito após alguns discos que fizeram pouco barulho. Vale dizer que a raiva não foi deixada de lado. Surge, por exemplo, no radicalismo musical e político de There’s no future in optimism e no rock ruidoso de Chinese fire horse, faixa na qual Shirley lida com o etarismo do dia a dia. “Você diz que meu tempo acabou / que eu fiquei velha (…) / que eu devia apenas me aposentar”. Guerras, capitalismo e ódio pelas redes sociais acabaram inspirando o novo material.

É um ponto a considerar o quanto um Garbage “construtivo” é emocionante, vá lá. Como argumentos, o novo álbum apresenta canções provocadoras como Hold, a dance music soturna e sexy de Have we met (The void), o blues tecnorock Radical e até uma música eletrônica, quase pop e estranhamente solar – Sisyphus, sobre o rolar de pedras do dia a dia. R U happy now é um eletrorock sombrio de excelente refrão, falando sobre os males do capitalismo. Já o hard rock Love to give, se fosse lançado nos anos 1980/1990, seria o tipo de rock que faria sucesso entre surfistas e skatistas – algo como o que já foram o Concrete Blonde, o Nirvana e o próprio Garbage, numa época em que surfistas e skatistas eram personagens definitivamente cool.

No final, The day that I met god poderia significar a elevação espiritual de Shirley Manson e a explicação para a “luz” do título do disco – na verdade fala sobre o uso do analgésico Tramadol, em meio a uma base de pós-punk sombrio, com riffs circulares de teclados e qualquer coisa relacionada a David Bowie e ao krautrock. Let all that we imagine be the light mostra o Garbage tentando encontrar sentido (e esperança) em meio ao caos.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: BMG
Lançamento: 30 de maio de 2025.

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