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Sete coisas sobre Stage, de David Bowie

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Sete coisas sobre Stage, de David Bowie

Stage, disco ao vivo de David Bowie lançado em 1978, tá de volta. O álbum está entre os discos do cantor que ressurgiram com nova masterização nas plataformas digitais. E rola um complemento no álbum Welcome to the blackout (Live London ’78), que sai nesta quarta (21) e traz gravações de dois shows em Londres da turnê Isolar II, que rendeu Stage. Aproveita e pega aí sete coisas sobre o álbum e sobre a turnê que o gerou.

ISOLAR II. Esse era o nome da turnê na qual o disco foi gravado. Era a continuação da Isolar, de 1976, feita para divulgar o disco Station to station (1976). O giro, informalmente chamado de Low/Heroes tour, já que foi feito para anunciar os dois discos (lançados em 1977), iniciou-se em 29 de março de 1978 na San Diego Sports Arena. Foi seguindo pela América do Norte, Europa e Austrália e fechou portas no Nippon Budokan, no Japão, em 12 de dezembro de 1978. A Oceania entrava pela primeira vez no roteiro de turnê do cantor.

SEM FANTASIA. Bowie estava ansioso para ver como seria encarar pela primeira vez seu público sem nenhum personagem – era só ele mesmo no palco, sem nenhum nome maluco do tipo Ziggy Stardust, Alladin Sane ou Thin White Duke. Ainda assim, como alguns países nunca tinham visto o cantor ao vivo, o repertório incluía sete canções do disco The rise and fall of Ziggy Stardust and The Spiders from Mars.

A BANDA da tour incluía Carlos Alomar e Adrian Belew nas guitarras (o primeiro era também diretor musical), George Murray no baixo, Dennis Davis na bateria, Roger Powell e Dennis Garcia nos teclados, Sean Mayes no piano e Simon House no violino. Brian Eno, que havia tido um problema pulmonar seríssimo em 1974 e um acidente de carro em 1975, ia junto, mas largou tudo para cuidar da saúde. Esse time teve duas semanas para ensaiar todo o repertório.

TUDO FOI GRAVADO. Toda a equipe lembra que os shows da turnê Isolar II, do começo ao fim, foram todos gravados em fita. O material ficou com Alomar. Mas Stage focou apenas no shows da turnê em Filadélfia, Providence e Boston, nos Estados Unidos, dados entre o fim de abril e o início de maio de 1978.

Sete coisas sobre Stage, de David Bowie

NA TV. Alguns trechos da turnê viraram especiais de TV na época. O show no Dallas Convention Center, em 10 de abril de 1978, virou o especial de TV David Bowie on stage. Já o show do NHK Hall, em Tóquio, no dia 12 de dezembro de 1978, passou na TV japonesa num programa chamado The Young Music Show.

https://www.youtube.com/watch?v=63lKa3FFCFA

É AO VIVO OU NÃO É? Na época, a gravação de Stage foi considerada melhor que a de David live, ao vivo anterior do cantor, lançado em 1974. Houve quem suspeitasse de gravações em estúdio com palmas acrescentadas. A produção de Bowie e Tony Visconti preferiu contar com entrada direta de microfones e instrumentos, o que reduziu as palmas e a ambiência.

MUDARAM TUDO. Stage teve sua primeira edição em CD em 1984, pela RCA. Depois foi tendo outras edições – pela Rykodisc, pela EMI. A partir de 2005, foi tendo sua tracklist alterada para que ficasse fiel à ordem como as músicas eram apresentadas no show. A edição que você encontra remasterizada no Spotify é essa daqui.

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Frank Kozik, criador de capas de discos e pôsteres, morre aos 61

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Frank Kozik, criador de capas de discos e pôsteres, morre aos 61

Frank Kozik, um dos mais criativos artistas gráficos e criadores de capas de discos dos últimos 30 anos, morreu no sábado, de causas não-reveladas, aos 61 anos, na Califórnia. Nascido na Espanha e radicado nos Estados Unidos, filho de norte-americano e espanhola, Kozik fez artes para bandas como Queens Of The Stone Age (o primeiro disco, de 1998, epônimo), Melvins (Houdini), Offspring (Americana), e ainda criou pôsteres de turnê para Nirvana, Sonic Youth, White Stripes, Butthole Surfers e outros grupos.

“Frank era um homem maior do que ele mesmo, um ícone em cada gênero em que trabalhou”, diz uma declaração compartilhada pela esposa de Kozik, Sharon. “Ele mudou drasticamente a indústria da qual fazia parte. Ele era uma força criativa da natureza. Estamos muito além de sortudos e honrados por fazer parte de sua jornada, e ele fará falta além do que as palavras poderiam expressar”. Ele costumava atribuir muito do seu trabalho artístico ao fato de ter “um senso de humor sombrio” e a ter crescido no meio do punk rock.

Kozik começou a fazer pôsteres enquanto morava em Austin, Texas, no início dos anos 1980 e chegou a trabalhar com publicidade antes das capas de discos, Também foi dono de uma gravadora, a Man’s Ruin Records, e foi diretor criativo da Kidrobot, a empresa de brinquedos artísticos de edição limitada. Dirigiu também um clipe do Soundgarden, Pretty noose.

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E se a capa “da raquete” do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

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E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

Se você ouviu o episódio mais recente do nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, sobre o Led Zeppelin no ano de 1972 (não ouviu? tá aqui), deve lembrar que em 1972, o grupo estava elaborando o disco Houses of the holy, que acabou sendo lançado só um ano depois. E que antes daquela capa com as crianças ficar pronta, Storm Thorgerson, da empresa Hipgnosis, havia sugerido a eles uma capa “com uma quadra de tênis verde e uma raquete” – que Jimmy Page odiou.

Aparentemente essa capa rejeitada (rejeitadíssima, Page ficou p… da vida com a sugestão e mandou o designer sumir da frente dele) nunca tinha sido desenhada. Pelo menos até agora. A Aline Haluch, que faz as artes do Pop Fantasma Documento e do Acervo Pop Fantasma, fez três versões da ideia original de Storm para Houses of the holy. Mais do que uma brincadeira com a história, fica aqui como homenagem a esse designer morto em 2013, e que revolucionou as capas de discos.

“A ideia foi fazer aquelas brincadeiras das capas do Pink Floyd, como a do cara cheio de lâmpadas no disco ao vivo A momentary lapse of reason (de 1988, feita pelo mesmo Storm Thorgerson). Quis brincar com as sobreposições das redes, mas são redes de aço, aquelas de cadeia. Um pouco como se fosse um condomínio, já que tênis é um jogo da elite, cercada de proteção”, conta. “Na segunda capa, a própria raquete é de grama. E na terceira, tem um céu, meio que para brincar com a paisagem da capa do disco Atom heart mother, também do Pink Floyd (1970, com capa também de Storm)“.

A que a gente mais gostou (a do céu), ganhou a faixinha branca com o nome do disco e da banda, que vinha envolvendo a capa do LP original. 🙂

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

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Aquela vez em que Elifas Andreato começou a fazer capas de discos

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“Em 2009, os jornalistas Marcos Lauro e Peu Araújo entrevistaram o artista plástico Elifas Andreato para uma matéria sobre capas de discos. A ideia era falar com capistas profissionais e amadores sobre as mudanças de formato que a internet impunha – do tamanho do vinil ao thumbnail da rede mundial. Players como Spotify já existiam, mas ainda não eram populares como hoje. A matéria nunca saiu, isso acontece. Mas um trecho do material guardado está aqui em homenagem a Elifas Andreato, que nos deixou no dia 29 de março aos 76 anos. Vida eterna ao artista e sua imensa obra”.

Logo depois que Elifas morreu, o radialista, jornalista e podcaster Marcos Lauro subiu no YouTube esse bate-papo dele e de Peu com o capista. A conversa é curtinha mas cheia de detalhes a respeito de como Elifas entrou no mundo das capas de discos – ele trabalhava na editora Abril Cultural em 1970 e acabou fazendo as capas da série História da Música Popular Brasileira, com discos vendidos em bancas de jornal. O trabalho gráfico foi considerado inovador para a época, “e a ideia era interpretar cada personagem de uma maneira”, conta. Foi a partir daí que Elifas conheceu vários artistas e se envolveu com o trabalho nas capas de discos. Partiu direto para a produção de uma capa de Paulinho da Viola – a do disco Foi um rio que passou em minha vida, em 1970, mas ainda apenas usando uma foto do cantor, sem desenhos.

Confira o bate-papo aí.

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