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Lançamentos

Comemorando 30 anos e concorrendo a prêmio, Pavilhão 9 lança música nova

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Comemorando 30 anos e concorrendo a prêmio, Pavilhão 9 lança música nova

Dando continuidade aos lançamentos programados para a comemoração dos 30 anos de carreira, a banda de rap e rock Pavilhão 9 lança música nova, Trabalhador. Com Rhossi, Doze (vocais), Leco Canali (bateria), Rafael Bombeck (guitarra) e o DJ MF, o single faz um retrato do cotidiano do trabalhador e traz reflexões sobre assuntos atuais como trabalho escravo, trabalho infantil, etc. A faixa foi gravada no DNAudio Studios e teve produção feita por Daniel Krotozinsky.

A banda faz questão de ressaltar que se trata de uma letra bastante otimista, que “mostra que, apesar das dificuldades, é preciso assumir as responsabilidades sem medo, pois a mudança está nas nossas mãos”. “Às vezes, eu não sei se corro ou se fico/Não quero desistir, de saúde, eu tô rico/Não fico só olhando pro meu umbigo/Esperando sentado, do governo o abrigo”, diz a letra.

Ao lado do Planet Hemp e da Afrocidade, o Pavilhão 9 está concorrendo na categoria Música Urbana do Prêmio da Música Brasileira, que acontecerá no dia 31 de maio de 2023, no Rio de Janeiro. “Esse é um momento marcante na história da banda, que está comemorando 30 anos, lançando uma nova música e, mesmo sendo independente, está vendo seu trabalho ser reconhecido ao ser indicada na premiação”, diz o grupo em um comunicado.

Ricardo Schott é jornalista, radialista, editor e principal colaborador do POP FANTASMA.

Crítica

Ouvimos: Roberta Lips, “En plein coeur”

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Ouvimos: Roberta Lips, “En plein coeur”

Quarteto francês formado por mulheres, o Roberta Lips parece um desvio punk-garage rock das riot grrls, com referências óbvias tanto de Bikini Kill quanto de Blondie e Runaways – e até The Damned e Ramones. En plein coeur tem energia próxima da new wave em vários momentos, cabendo punk rocks com órgão e promessas de dancinhas malucas. É o som que brota de faixas como Roberta Lips (a banda tem uma música com seu próprio nome), Cafard e 9 meses.

No final a faixa-título consiste numa guitarra wah-wah que vai crescendo e se sobressaindo na faixa, ao lado de baixo, bateria e vocais. O clima confessional do disco já começa pela capa, com um telefone fora do gancho – En plein coeur, por sinal, abre com um ruído de ligação, e encerra com um telefone ocupado.

Nota: 7,5
Gravadora: Le Cepe Records/Modulor
Lançamento: 28 de março de 2025.

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Lançamentos

Radar: Teenage Joans, Daevar, Girl And Girl, Bela Gisela e mais sons novos internacionais

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Radar: Teenage Joans, Daevar, Girl And Girl, Bela Gisela e mais sons novos internacionais

Em caso de suspeita de falta de sons novos, ouça o Radar do Pop Fantasma no último volume – nessa edição, focamos em sons internacionais que não vemos serem muito comentados aqui no Brasil e que fizeram nossa cabeça nos últimos dias. Já ouviu falar das Teenage Joans? E do Daevar? Ouça tudo aí.

Foto Teenage Joans: Reprodução Instagram

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TEENAGE JOANS, “SWEET AND SLOW”. Tahlia Borg e Cahli Blakers começaram a tocar juntas quando adolescentes — e talvez seja isso que tenha moldado o Teenage Joans com tanta energia, urgência e liberdade. O tempo passou, o som cresceu, mas a espontaneidade permanece intacta. Sweet and slow, novo single, é puro vício: punk-pop cheio de colagens indie, com refrão fácil de decorar e difícil de esquecer. O clipe, divertido e um tanto nonsense, coloca a dupla num programa de variedades que parece saído de um VHS perdido dos anos 1980.

DAEVAR, “CATCHER IN THE RYE”. O som do Daevar vem pesado, mas não se acomoda no peso. A banda alemã, formada em torno das heranças do Black Sabbath, das cinzas do grunge e da poeira cósmica do stoner, equilibra tudo com uma atmosfera sombria e vocal feminino que guia com classe o caos. Lançado agora no EP Sub rosa, Catcher in the rye é uma dessas faixas que parecem nascer de um sonho febril — e, como o título sugere, traz ecos distorcidos de Holden Caulfield vagando pelo subterrâneo de outra cidade, outro tempo.

GIRL AND GIRL, “OKAY”. Okay parece pequena e simples, mas carrega um mundo. O novo single da australiana Girl and Girl vem com guitarras que soam como evocações de Smiths e Echo and The Bunnymen, e uma letra que fala sobre… bem, sobreviver ao cotidiano, tarefa bem ingrata às vezes. O vocalista Kai James explica: “Às vezes, as coisas não ficam incríveis. Nem boas. Mas ficam bem. E tudo bem ficar só bem”. Lançamento da Sub Pop, que mais uma vez aposta em bandas que sabem transformar pequenas epifanias em canções redondas.

BELA GISELA feat JOSÉ CID, “NOSTALGIA”. E o rock português, como vai? A banda Bela Gisela, que já trabalhou com nomes como Steve Lyon (Depeche Mode, The Cure, Paul McCartney) e Bob Weston (Nirvana, LCD Soundsystem), resolveu olhar para trás e revisitou um hit próprio de 2021 — a balada Nostalgia, com forte clima de pós-britpop. Para a nova versão, agora acompanhada de um clipe, convidaram um verdadeiro monumento do rock local: José Cid. Figura-chave do rock de Portugal dos anos 1960, Cid construiu uma carreira solo que foi do space rock (o clássico 10.000 anos depois entre Vênus e Marte, de 1978) à new wave (inclusive Como macaco gosta de banana, sucesso oitentista de João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, é versão em “português brasileiro” de uma música dele, lançada em 1982).

LOVE RARELY, “DISAPPEAR”. Hora do emo: o quinteto de Leeds despeja emoção e intensidade em doses generosas no novo single, Disappear. Com paredes de guitarras que vão do peso ao brilho cristalino, e vocais que beiram o gutural, a faixa é visceral e arrebatadora. Em vez de fugir ou “instalar a TV no quarto dos fundos”, o Love Rarely escolhe se acomodar ao sol — e faz disso um momento catártico, costurado por guitarras afiadas e sentimentos à flor da pele. O mesmo vale para os vocais: melódicos e rasgados na medida certa.

RÖYKSOPP feat. ROBYN, “DO IT AGAIN (TRUE ELECTRIC)”. A dupla norueguesa de música eletrônica volta com True electric, um disco de quase quatro horas de duração (!), incluindo 19 gravações de estúdio inspiradas pela turnê True electric, que rolou em 2023. No repertório, tem remixes e versões retrabalhadas de faixas originais. A luminosa Do it again vem com os vocais e Robyn e em clima de explosão sonora.

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Crítica

Ouvimos: Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs, “Death hilarious”

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Ouvimos: Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs, “Death hilarious”

Vindo de Newcastle, Inglaterra, o Pigs x7 (melhor reduzir o nome ao longo do texto, ou vai complicar até pro SEO) é tido e havido como uma banda de doom metal. Em seu quinto disco, o simultaneamente irônico e sério Death hilarious, eles caem para cima de bandas como Helmet e Tool em vários momentos, e também mostram que passaram pela escola de metal do Sepultura.

Esse som surge em faixas como Detroit, Carousel (que tem a adição de um synth sujo e podre) e Glib tongued. Esta última segue a linha do metal rangedor dos anos 1990, com a cadência de quem alternava discos de hip hop e som pesado no CD player – e ainda tem El-P, do Run The Jewels, fazendo rap. Mas vá lá, o forte deles é abusar de referências metal-clássicas. O disco já abre com Blockage, metal cavalar lembrando até mais Judas Priest do que Black Sabbath. Collider mantém o olho nos anos 1970 e 1990 simultaneamente: é um stoner blues rock referenciado em Soundgarden e Black Sabbath. No final, tem o stoner lento de Toecurler, música de oito minutos que evoca o comecinho do Motörhead – ou a esquina que uniu o pré-punk ao metal.

No mais, a própria já citada Detroit ganha uma cara de blues demoníaco, lá pelas tantas, que é a cara dos anos 1990. E tem Stitches, com tecladeira podre e sonoridade localizada entre Black Sabbath e Deep Purple. Isso tudo já garante espaço para o grupo no coração de quem ouve metal há anos, mas prossegue ligada/ligado em novidades. Já as letras, em vários momentos, apontam para o fim de tudo – seja esse “tudo” a sociedade doente, o totalitarismo, ou alguém muito estranho e problemático que manda recados direto da própria tumba. Blockage, por exemplo, traz versos como: “na minha estupidez cega / voltei ao pó (…) / agora estou residindo / nas profundezas da Terra / o que eu teria dado por uma segunda chance?”.

Nota: 8
Gravadora: Missing Piece Records
Lançamento: 4 de abril de 2025

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