Connect with us

Livros

McGee & The Lost Hope inicia crowdfunding para turnê pela Costa Oeste dos EUA

Published

on

McGee & The Lost Hope inicia crowdfunding para turnê pela Costa Oeste dos EUA

Formada no ano passado por uma americana de Seattle (Mauren McGee) e um brasileiro (Bernd Barbosa), a banda McGee & The Lost Hope foi convidada para fazer uma turnê pela Costa Oeste dos Estados Unidos. O giro vai passar por 13 cidades, como Portland, São Francisco, Las Vegas, Los Angeles, Denver e Seattle. E para fazer essa turnê, a banda precisa da sua ajuda. Mauren e Bernd criaram um financiamento coletivo via Embolacha, com o objetivo de arrecadar R$ 20 mil em 50 dias. Olha aí.

Você pode colaborar com quantias que vão de R$ 10 a R$ 600, e as recompensas variam de postais autografados, camisetas, bonés, CD, até um jantar especial com show acústico na sua casa e artes – plásticas e visuais – produzidas pela própria Mauren.

“Precisaremos do apoio de todos que nos acompanham nessa jornada. Temos uma meta bastante ousada para cobrir os nossos gastos numa turnê internacional – e temos recompensas excelentes para quem estiver disposto a embarcar nessa jornada conosco!”, avisa McGee & the Lost Hope.

Abaixo, você confere o single Magick beings (lançado pela Abraxas Records) e o EP Sensitive woman (independente).

Continue Reading

Livros

Radar: Marta Del Grandi, Blondshell, Bitter Branches, Lemon.,The Radical Deft, Earth Tongue

Published

on

Marta del Grandi

O Radar internacional de hoje tá cheio de mistérios. Já começa com o imagético single da italiana Marta Del Grandi, mas tem o ruído de Bitter Branches, a introspecção de Blondshell, o terror de Earth Tongue… Todos aqui esperando por sua audição. Ouça e repasse!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Marta Del Grandi): Claudia Ferri / Divulgação

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.
  • Mais Radar aqui.

MARTA DEL GRANDI, “ALPHA CENTAURI”. Cantora e compositora italiana, Marta Del Grandi prepara Dream life, seu próximo álbum, para sair em 30 de janeiro pelo selo Fire Records. Alpha centauri, o primeiro single, segue a mesma onda folk, imagética e introspetiva de seu disco anterior, Selva (2023), mas com alguns diferenciais, expostos pela própria Marta no texto de lançamento do disco.

“Enquanto Selva tinha uma natureza poética e bucólica – na minha cabeça, consigo imaginar cada música como uma pintura a óleo – Dream life tem uma abordagem mais contemporânea, com letras que tocam em questões políticas e sociais, uma narrativa pessoal mais explícita e um som pop mais definido. É mais como um fotolivro, mais nítido e detalhado”, conta ela, que se inspirou num livro que leu, e que a fez voltar aos tempos de escola. “De repente, memórias que eu achava que não tinha mais voltaram muito vívidas. Adorei escrever sobre elas e encontrar uma conexão com as estrelas. Também gostei de escrever uma seção de metais ao estilo antigo e grupos vocais que dão um clima de anos 1970”. Fãs de Judee Sill e Joni Mitchell vão curtir.

BLONDSHELL, “BERLIN TV TOWER”. “Essa é a música mais rápida que já escrevi. Ela fala um pouco sobre a cidade, mas principalmente sobre estar sozinho e, pela primeira vez, estar bem com isso… você pode começar, parar e recomeçar quando quiser”, explica a cantora e compositora estadunidense Sabrina Teitelbaum, mais conhecida como Blondshell, sobre seu novo single Berlin TV tower. Ela lançou recentemente Another picture, versão expandida de seu álbum mais recente, If you asked for a picture (resenhado pela gente aqui).

A nova versão tem material inédito, faixas ao vivo, participações especiais de Gigi Perez e John Glacier, e covers de Conor Oberst, Samia e Folk Bitch Trio – e uma das atrações é este single, escrito durante uma estadia em Berlim para alguns shows. Uma balada perdida e tristonha, com ar noventista, e letra irônica, desencantada e (ao mesmo tempo) esperançosa; “Um homem disse que eu fico melhor de lado do que de frente / e é sempre de um duende para um cisne / uma pérola agarrada / e é bom estar sozinho / testemunhando uma chamada cair e o som do tom de discagem”, canta ela.

BITTER BRANCHES, “BASIC KARATE”. Barulho bom daqueles; o Bitter Branches vem da Filadélfia e reúne músicos veteranos da cena hardcore dos anos 1990 – integrantes de bandas como Calvary, Deadguy, Lifetime, Lighten Up, Kiss It Goodbye, No Escape, Paint It Black e Walleye estão na formação. Basic karate, o novo single, é ótima pedida para fãs de todas essas bandas (e ainda rola um aceninho básico ao Nirvana de In utero, disco final do grupo, de 1993).

A letra é lasqueira purinha: “às vezes, só quero chutar um homem quando ele está caído / às vezes, queria que ele tivesse uma mira melhor / às vezes, queria ser um homem violento / às vezes, queria ser um homem mesquinho / às vezes, queria ter o dedo no gatilho / parece tão fácil para eles”.

LEMON., “CEMETERY SHOPPING”. O Lemon. (lemon “ponto”) é um projeto musical canadense criado pelo músico brasileiro Luca Multari – um daqueles sujeitos que gosta de fazer de tudo um pouco: compor, cantar, tocar, gravar, mixar, masterizar, arranjar etc. Cemetery shopping, o single de estreia do Lemon., tem referências que vão de Clairo a Slowdive e My Bloody Valentine – é um dreampop ruidoso, em que ondas sonoras vão se somando para criar a estrutura da canção.

A música foi gravada, segundo Luca, em seu estúdio montado num porão, com um set up bem minimalista. E o objetivo do Lemon. é criar “música emotiva e envolvente que deixa um impacto duradouro”, como ele próprio afirma.

THE RADICAL DEFT, “I WOKE UP HAPPY”. Noel Craig, produtor de rock e de música eletrônica de Los Angeles, é o responsável pelo The Radical Deft – e foi um projeto de pandemia que virou projeto musical de verdade. I woke up happy, um dos singles já lançados pelo TRD, combina elementos de indie dance e dreampop, além de ruídos mais achegados do som de Sonic Youth, My Bloody Valentine e outras bandas.

A gente pretende incutir uma sensação de conforto nostálgico, com uma apreciação de uma era musical passada, ao mesmo tempo que convida os ouvintes a embarcarem numa viagem para um futuro desconhecido e precário”, conceitua Noel.

EARTH TONGUE, “DUNGEON VISION”. Essa dupla de som pesado e lascado é formada por Gussie Larkin (voz e guitarra) e Ezra Simons (bateria), e prepara o terceiro álbum, Dungeon vision, para lançamento pelo selo In The Red em 13 de fevereiro de 2026. A dupla compôs e aprimorou as doze faixas em seu estúdio de ensaio, descrito por eles como uma “caverna sem janelas” – mas a farra rolou mesmo foi em Los Angeles, onde gravaram e mixaram o álbum em apenas dez dias, tendo como produtor ninguém menos que Ty Segall.

Dungeon vision, a faixa-título, já ganhou um clipe de terror, criado pela animadora Neirin Best em 16 mm, e que usa um cenário de masmorra em miniatura de verdade. A dupla só avisa a quem for assistir, para tomar cuidado com o excesso de luzes no vídeo. O som é lasqueira rocker influenciada pelo garage rock, pelo stoner e pela psicodelia, tudo junto e (bem) misturado.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.
Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Kesha – . (Period)

Published

on

Period marca a libertação de Kesha de Dr. Luke e resgata o pop debochado dos velhos tempos. Zoeira, libertação e hits prontos pro Tik Tok.

RESENHA: Period marca a libertação de Kesha de Dr. Luke e resgata o pop debochado dos velhos tempos. Zoeira, libertação e hits prontos pro Tik Tok.

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
  • E assine a newsletter do Pop Fantasma para receber todos os nossos posts por e-mail e não perder nada.

Kesha passou a maior parte de sua carreira presa ao produtor Dr. Luke – que acusou de agressão sexual, e com o qual passou um bom tempo brigando nos tribunais, ainda que estivesse ligada a ele sob contrato. Um acordo entre os dois livrou a cantora de ter que lançar seus discos pelo selo de Luke, ainda que ele não fosse o único produtor dos álbuns, e este Period (cujo título, na verdade, é um ponto final) é o primeiro lançamento independente de Kesha, lançado por um selo com o nome dela.

O disco é um ponto final (não é só um título, enfim) numa história que deu muita dor de cabeça para a cantora – e que vazou para álbuns mal-humorados ou tristes, como High road (2020) e Gag order (2023). Na real, é igualmente uma volta ao passado: já que Lady Gaga descobriu que seus fãs preferem suas criações mais pop, Kesha não pensou duas vezes e retornou à falta de limites dos primeiros tempos.

A Kesha de Period nem é tão diferente da Charli XCX de Brat, pelo menos na nota zero em comportamento – o disco tem uma dance music em que ela admite que adora se envolver em relações perigosas (Red flag), uma new wave selvagem sobre fazer sexo com todo mundo (Boy crazy) e temas dance punk sobre diversão até o fim do mundo (Freedom e Joyride).

Tem também as dancinhas de Tik Tok de Glow, que fala de uma garota que mandou o namorado encostado passear, a tecladeira quase (eu disse quase) experimental de Delusional, e a dance music texturizada de Love forever – esta, uma canção meio breguinha em que ela diz que quer mesmo é um amor que dure pra sempre, e que soa até meio ingênua comparada ao todo do disco.

Dá pra fazer analogias entre Period e Brat mas para por aí: o disco de Kesha provavelmente não vai nem chegar perto de ser considerado o disco do ano, nem tem a pretensão de se tornar um manifesto pop – nem de longe. É mais zoeira e diversão do que arte, e basicamente é Kesha fazendo de tudo para mostrar que ela sempre foi a mesma pessoa, com e sem o tal do Dr. Luke ao lado.

De presente para os fãs, tem o pop de grito de torcida Yippee-ki-yay, o soft rock + tecnopop Too hard e o clima quase hispânico das palmas intermitentes de Trashman – música na qual Kesha fala grosso com quem merece: “eu não preciso de nenhum homem para me dizer como estou, como estou me sentindo / jogue suas opiniões no saco de lixo, canalha (…) /o patriarcado está tremendo, eu e as vadias não temos medo de você / não seja tão egocêntrico”.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Kesha Records
Lançamento: 8 de julho de 2025

Continue Reading

Livros

Urgente!: A música de 1985 virou livro! (e eu tô nele)

Published

on

Urgente!: A música de 1985 virou livro! (e eu tô nele)

E aí, por onde andava você em 1985?

Eu nasci em novembro de 1974 – daí passei quase o ano todo com a idade que completei em 1984 (dez anos), andando de bicicleta, ouvindo rádio, lendo revista em quadrinhos, tomando pau em matemática, detestando a escola e meio irritado porque ninguém tinha topado me levar no Rock In Rio. Foi um ano bem fervilhante: por mais que não desse para engolir aquela papagaiada de “Nova República”, havia um clima de novidade no ar.

Se politicamente o Brasil inteiro acabou ficando igual a cachorro que caiu do caminhão de mudança, culturalmente foi uma maravilha: uma repassada na lista de álbuns nacionais lançados em 1985 anima qualquer pessoa. Você poderia começar o ano indo a uma loja comprar a estreia da Legião Urbana (lançada no vácuo do Rock In Rio sem muito alarde, acredite) e se informar, inicialmente pela revista SomTrês, e a partir de agosto pela Bizz, sobre o que estava para chegar às prateleiras.

E era muita coisa: Língua de Trapo, Ira!, Garotos Podres, Nana Caymmi, Sergio Ricardo… Tudo bem que estamos falando de 1985 e (eu lembro bem) os gostos musicais eram bastante compartimentados. Os fãs de MPB, geralmente mais velhos, raramente compartilhavam o gosto musical dos filhos e sobrinhos adolescentes, que estavam mais ligados a uma outra sigla: RPM. Passados 40 anos, a impressão é que gigantes caminhavam sobre a Terra, mesmo evitando se cruzar. Detalhe: a música girava em torno de vinil e fita – e todo mundo reclamava dos LPs e sonhava com os CDs.

Se em 1985 você já tomava cerveja Malt 90, ou estava na quinta série, ou seus pais sequer haviam se conhecido, pouco importa – importa é que um dos anos mais variados da música popular brasileira vai virar livro. 1985 – O ano que repaginou a música brasileira, organizado por Célio Albuquerque, já está em pré-venda no site da editora Garota FM Books, criada pela jornalista-escritora-multitarefa Chris Fuscaldo.

São 85 textos sobre 85 discos da época, escritos por uma turma que inclui – olha só – até artistas falando sobre seus discos e os de seus colegas: Guilherme Arantes escreveu sobre seu clássico Despertar (o do sucesso Cheia de charme), Leoni analisou a estreia solo de Cazuza (a de Exagerado, por sinal uma música de Cazuza, Leoni e Ezequiel Neves), Leo Jaime dissecou seu próprio Sessão da tarde, Marcos Sabino lembrou as histórias de seu Simples situation. Luiz Thunderbird, músico, comunicador e VJ, escolheu falar de Mais podres do que nunca, dos Garotos Podres.

Uma turma enorme de jornalistas e escritores, claro, está lá para dissecar obras da época: Mauro Ferreira falou de Bem bom (Gal Costa), Lorena Calábria escreveu sobre O adeus de Fellini (Fellini), José Teles encarou Sanfoneiro macho (Luiz Gonzaga), Silvio Essinger pegou Como é bom ser punk (Língua de Trapo). Kamille Viola escreve sobre Criações e recriações (Martinho da Vila), Chris Fuscaldo vai de De gosto, de água e de amigos (Zé Ramalho), Marcelo Costa fala sobre o disco epônimo que Tim Maia lançou naquele ano (o do hit Leva), Carlos Eduardo Lima volta a Educação sentimental (Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens), Daniella Zupo lembrou o álbum de 1985 de Tunai (do hit Sintonia). A lista tá aqui (você compra o livro neste link também).

Eu estou no livro também, falando, de certa forma, sobre mim mesmo, já que Mudança de comportamento, estreia do Ira!, é um dos discos da minha vida, e foi o disco do qual escolhi falar no livro. Mas fique tranquilo/tranquila que me deixei de lado e falei apenas do disco, da banda, e das histórias de um dos grupos mais aguerridos do rock brasileiro.

Então, bora lá: 1985 chega às livrarias ainda no segundo semestre de 2025, a tempo de soprar as 40 velinhas do bolo. Só não vai dar pra cantar Envelheço na cidade, do Ira!, na hora do parabéns – porque aí só se rolar um livro para 1986…

Texto: Ricardo Schott – Foto: Capa do livro

Continue Reading
Advertisement

Trending