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Cultura Pop

Rocket to Russia: 16 coisas que você não sabe sobre o clássico dos Ramones

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Rocket to Russia, terceiro disco dos Ramones

Rocket to Russia, terceiro disco dos Ramones, é tão importante para o punk rock quanto Never mind the bollocks, estreia dos Sex Pistols. Por coincidência (ou não), um saiu bem próximo do outro. Rocket completou 40 anos neste sábado (4), e o disco dos Pistols chegou às quatro décadas em 28 de outubro. E assim como tem uma edição comemorativa de Never mind… vindo aí, os fãs dos Ramones não vão passar vontade.

Rocket to Russia, o terceirão de Joey Ramone (voz), Johnny Ramone (guitarra), Dee Dee Ramone (baixo) e Tommy Ramone (bateria) volta às lojas em edição especial tripla. Inclui o disco remixado pelo técnico de som do LP original, Ed Stasium, um CD de faixas raras e remixes alternativos, e mais um outro CD com um show da banda em Glasgow, Escócia, em dezembro de 1977.

No pacote, tem também um LP com a versão remixada e um booklet com textos de Seymour Stein (criador do selo Sire, que lançou a banda), o editor da finada revista Creem Jaan Uhelszki e o próprio Stasium. O livrinho inclui também várias fotos raras. Essa pacoteira sai dia 24 de novembro. Babe aí.

https://www.youtube.com/watch?v=-HksJB_ZewA

Aproveite e conheça aí 16 coisas sobre Rocket to Russia. É por causa de discos como esse que os Ramones são a melhor banda de rock do mundo (é, a gente acha isso, sim).

DOENÇA MENTAL. Rocket to Russia tinha canções como Cretin hop, I wanna be well, Teenage lobotomy, We’re a happy family (sobre uma família disfuncional) e outras. Boa parte das letras trata de doenças mentais e derivados – é o mais próximo que dá para se considerar como um “conceito” do álbum. E são temas que alguns integrantes da banda conhecem bem. Joey Ramone passara um tempo internado num sanatório e levou choques químicos. Dee Dee chegou a agredir verbalmente a própria mãe em meio a crises de abstinência.

ALIÁS E A PROPÓSITO. Não por acaso, o álbum quase se chamou Ramones get well.

OUTUBRO DE AZAR. Pouco antes do lançamento de Rocket to russia, em outubro, a banda teve seu caminhão de turnê furtado. Foram-se embora US$ 30 mil em equipamentos, incluindo a guitarra de estimação de Johnny Ramone, uma Mosrite azul.

TRINTA PRATAS. Em época de justificada contenção de despesas, Rocket to Russia foi gravado no estúdio Media Sound em poucas semanas. E custou entre US$ 25 e 30 mil. Para a mixagem, o grupo estreou a mesa estalando de nova do estúdio Power Station, de propriedade do produtor Tony Bongiovi. Tony, aliás, é primo de Jon Bon Jovi, que chegou a trabalhar como faz-tudo por lá.

SUMIU. Apesar de Tony ter dividido os créditos de produção de Rocket to Russia com Tommy Ramone, Johnny Ramone diz que o chefão do Power Station não fez rigorosamente nada no disco. “Ele nem estava lá”, conta.

O CRÉDITO TAMBÉM SUMIU. Ed Stasium, engenheiro de som de Rocket to Russia (e do anterior Leave home, também de 1977) tomou um susto quando pegou o LP e viu que seu nome não constava entre os produtores. O engenheiro de som tocou guitarra e fez backing vocals em algumas músicas – nada disso foi creditado. “Me falavam: ‘Da próxima vez você vai ter credíto de produtor'”, contou. No subsequente Road to ruin (1978), assinou a produção com Tommy.

MIL PRATAS. Criador do zine Punk, John Holsmtrom foi convidado por Johnny para fazer o desenho da contracapa do álbum. Fez mais que isso. Após a banda ter uma experiência malsucedida com um assistente de Wally Wood, desenhista da Mad, acabou fazendo as ilustrações do encarte, que acompanham cada música. “Ganhei mil dólares, eu acho. Saiu barato”, disse. Apesar de as ilustrações do disco terem aparecido em camisetas, disse que nada foi parar no bolso dele.

ROCKAWAY BEACH. O segundo single de Rocket foi inspirado por um lugar que fica na região do Queens (local de Nova York de onde os Ramones vieram). E por ter uma praia, é até hoje destino da turma local para fins de semana e feriados. Mas vá perguntar sobre Rockaway Beach a Legs McNeil, autor do evangelho punk Mate-me por favor“É um esgoto. Milhões de garotas depravadas de biquíni e salto alto, garotões bebendo cerveja camuflada em sacos de papel pardo, loucos para arrumar uma briga”, detonou Legs.

ALIÁS E A PRÓPÓSITO. A região de Rockaway Beach serviu de cenário para algumas tomadas de A era do rádio, filme de 1987 de Woody Allen.

RAMONA. No Media Sound existia uma engenheira de som chamada Ramona. Não, a música Ramona, do álbum, não foi inspirada nela. A canção não só já existia antes de a banda entrar em estúdio, como também a técnica de som nem trabalhou em Rocket.

AMOR ETERNO, AMOR VERDADEIRO. “Entrei no Media Sound no primeiro dia e Johnny Ramone estava com o disco dos Pistols, de God save the Queen. Disse: ‘Esses caras nos deram uma rasteira e quero ser melhor do que eles'”, contou o produtor Ed Stasium. Ed só respondeu: “Sem problemas”. Rocket to Russia foi feito em meio a preocupações com a possibilidade de os Ramones ficarem para trás no universo do punk. Perguntado sobre o que achou de um show dos Pistols, Johnny chegou a falar que era “terrível. Não podia acreditar que eram tão ruins”.

SEX PISTOLS RIVAIS. Para desespero dos Ramones, Never mind the bollocks, primeiro disco dos Sex Pistols, chegou às lojas uma semana antes de Rocket to Russia. Virou febre na imprensa, com Malcolm McLaren ganhando ares de inventor do punk, a banda fazendo shows caóticos e dando declarações de baixo calão. Os Ramones tentaram o que podiam. Abriam shows de Tom Petty & The Heartbreakers e Iggy Pop, desfrutavam de um contrato de distribuição da Sire com a Warner e agendaram uma turnê nacional.

JOEY GRAVEMENTE FERIDO. Com Rocket to Russia para divulgar, lá se foi a banda fazer um show no Capitol Theatre, em Nova Jersey, em 19 de novembro de 1977. O asmático Joey foi fazer exercícios respiratórios com um vaporizador, que explodiu em sua cara. Joey teve queimaduras de segundo e terceiro grau no rosto. Resolveu fazer o show assim mesmo, com a face coberta por uma pomada branca. Mas acabou tendo que ficar três semanas internado no Centro de Queimaduras de Nova York.

CANÇÃO DO HOSPITAL. A internação teria inspirado uma música que só veria a luz do dia no disco seguinte, Road to ruin (1978). Era I wanna be sedated. A letra original seria algo como “eu quero ser sedado/e o Matt quer me ver cremado” (Matt foi o roadie que armou o vaporizador que queimou Joey).

https://www.youtube.com/watch?v=JBN1CkyRzmE

COVER. Outro fruto de Rocket to Russia que foi parar em Road to ruin é a cover de Needles and pins, dos Searchers. Tinha sido planejada para entrar em Rocket mas vazou para o disco posterior.

DEU RUIM. Rocket não chegou a ser um enorme sucesso. Alcançou o posto 49 na parada das 200 mais da Billboard. Até aquele momento, era o melhor resultado dos Ramones. Joey dizia que o que definiu as vendas de Rocket foi a decisão da emissora CBS em produzir um documentário do programa 60 minutes sobre os Pistols. “Até então nosso disco vinha tocando no rádio”, lamenta.

E isso aí é Rocket to Russia, na edição expandida que saiu há alguns anos. Divirta-se. Sempre é tempo de descobrir.

Fontes: Hey ho let’s go – A história dos Ramones, de Everett True, Na estrada com os Ramones, de Monte A Melnick e Frank Meyer e Mate-me por favor, de Legs McNeil e Gillian McCain.

Ricardo Schott é jornalista, radialista, editor e principal colaborador do POP FANTASMA.

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Urgente!: O silêncio que Bruce Springsteen não quebrou

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Urgente!: O silêncio que Bruce Springsteen não quebrou

Tá aí o que muita gente queria: Bruce Springsteen vai lançar uma caixa com sete álbuns “perdidos”, nunca lançados oficialmente. O box vai se chamar Tracks II: The lost albums (é a continuidade de Tracks, caixa de 4 CDs lançada em 1998) e nasceu de uma limpeza que Bruce fez nos seus arquivos durante a pandemia. Pelo que se sabe até agora, o material inclui sobras das sessões de Born in the USA (1984) e gravações da fase eletrônica dele, no comecinho dos anos 1990 – inclusive um disco inteiro desse período, que nunca viu a luz do dia.

Essa notícia caiu nos sites na semana passada e trouxe de volta um detalhe que os fãs de Bruce já conhecem bem: ele tem muito material inédito guardado – e material bom. Em uma entrevista à Variety em 2017, ele mesmo comentou que sabia ter feito mais discos do que os que lançou, mas que havia motivos sérios para manter alguns deles nas gavetas.

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“Por que não lançamos esses discos? Não achei que fossem essenciais. Posso ter achado que eram bons, posso ter me divertido fazendo, e lançamos muitas dessas músicas em coleções de arquivo ao longo dos anos. Mas, durante toda a minha vida profissional, senti que liberava o que era essencial naquele momento. E, em troca, recebi uma definição muito precisa de quem eu era, o que eu queria fazer, sobre o que estava cantando”, disse na época (o link do papo tá aqui – é uma entrevista longa e bem legal).

Com o tempo, vários desses registros acabaram saindo em boxes e coletâneas. Um deles foi The ties that bind, um disco de pegada punk-power pop que seria lançado no Natal de 1979 – e que acabou virando uma espécie de esboço inicial do disco duplo The river, de 1980. Pelo menos saiu uma caixa em 2015 chamada The ties that bind: The River collection, com todo o material dessa época, inclusive o tal disco descartado (além de um material que formava quase um suposto disco de punk + power pop que teria sido abandonado).

Um texto publicado na newsletter do músico Giancarlo Rufatto recorda que Bruce infelizmente deixou de fora do novo box alguns álbuns que realmente mereciam ver a luz do dia. Um deles é um álbum solo (sem a E Street Band, enfim), com uma sonoridade country ’n soul, que foi gravado em 1981. Esse disco teria sido abandonado durante um período de depressão, que resultou em isolamento e na elaboração do disco cru Nebraska (1982), feito em casa com um gravador de quatro canais, só voz e violão.

Bruce até parece fazer referência a esse álbum perdido na entrevista da Variety. “Esse disco é influenciado pela música pop da Califórnia dos anos 70”, contou. “Glen Campbell, Jimmy Webb, Burt Bacharach, esse tipo de som. Não sei se as pessoas vão ouvir essas influências, mas era isso que eu tinha em mente. Isso me deu uma base pra criar, uma inspiração pra escrever. E também é um disco de cantor e compositor. Ele se conecta aos meus discos solo em termos de composição, mais Tunnel of love e Devils and dust, mas não é como eles. São apenas personagens diferentes vivendo suas vidas.”

Outro material bastante esperado pelos fãs – e que também não está na caixa – é o Electric Nebraska, a tentativa de Bruce de gravar com a E Street Band as músicas que acabaram no Nebraska. Nem ele, nem o empresário Jon Landau, nem os co-produtores Steven Van Zandt e Chuck Plotkin gostaram do resultado, e as gravações foram trancadas a sete chaves. Nem em bootlegs esse material apareceu até hoje. Pra você ter ideia, Glory days, que só sairia no Born in the USA (1984), chegou a ser ensaiada e gravada junto.

Quase todo mundo próximo a Bruce acredita que ele nunca vai lançar oficialmente essas gravações elétricas do Nebraska. Max Weinberg, baterista da E Street Band desde 1974 (com algumas pausas), confirmou a existência desse material em 2010, numa entrevista à Rolling Stone, e disse que adoraria ver tudo lançado.

“A E Street Band realmente gravou todo o Nebraska, e foi matador. Era tudo muito pesado. Por melhor que fosse, não era o que Bruce queria lançar. Existe um álbum completo do Nebraska, todas essas músicas estão prontas em algum lugar”, revelou. Bruce pode até guardar discos inteiros na gaveta, mas esse é um daqueles casos em que o silêncio guarda várias histórias – que podem render surpresas bem legais.

E ese aí é o lyric video de Rain in the river, uma das faixas programadas para Tracks II (a faixa sai num disco montado durante a elaboração do box, Perfect world).

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Cultura Pop

Urgente!: Supergrass, Spielberg e um atalho recusado

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Coisas que você descobre por acaso: numa conversa de WhatsApp com o amigo DJ Renato Lima, fiquei sabendo que, nos anos 1990, Steven Spielberg teve uma ideia bem louca. Ele queria reviver o espírito dos Monkees – não com uma nova versão da banda, como uma turma havia tentado sem sucesso nos anos 1980, mas com uma nova série de TV inspirada neles. E os escolhidos para isso? O Supergrass.

O trio britânico, que fez sucesso a reboque do britpop, estava em alta em 1995, quando lançou seu primeiro álbum, I should coco. Hits como Alright grudavam na mente, os vídeos eram cheios de energia, e Gaz Coombes, o vocalista, tinha cara de quem poderia muito bem ser um monkee da sua geração. Spielberg ouviu a banda por intermédio dos filhos, gostou e fez o convite.

Os ingleses foram até a Universal Studios para uma reunião com o diretor – com direito a recepção no rancho dele e papo sobre fase bem antigas da série televisiva Além da imaginação. O papo sobre a série, diz Coombes, foi proposital, porque a banda sacou logo onde aquilo poderia dar. “Talvez eu estivesse tentando antecipar a abordagem cafona que seria sugerida, tipo a banda morando junta como os Monkees”, contou Coombes à Louder, que publicou um texto sobre o assunto.

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A proposta era tentadora. Mas eles disseram não. “Foi lisonjeiro e muito legal, mas ficou óbvio para nós que não queríamos pegar esse atalho”, explicou o vocalista, afirmando ter pensado que aquilo poderia significar o fim do grupo. “Você pode acabar morrendo em um quarto de hotel ou algo assim, ou então a produção quer apenas um de nós para a próxima temporada. Foi muito engraçado, respeitosamente muito engraçado”.

O tempo passou. E agora, em 2025, I should coco completa 30 anos (mas já?). O Supergrass, que se separou no fim dos anos 2000, voltou para tocar o disco na íntegra e alguns hits em festivais como Glastonbury e Ilha de Wight.

Aqui, o trio no Glastonbury de 2022.

Foro: Keira Vallejo/Wikipedia

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Crítica

Ouvimos: Lady Gaga, “Mayhem”

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Ouvimos: Lady Gaga, “Mayhem”

Tudo que é mais difícil de explicar, é mais complicado de entender – mesmo que as intenções sejam as melhores possíveis e haja um verniz cultural-intelectual robusto por trás. Isso vale até para desfiles de escolas de samba, quando a agremiação mais armada de referências bacanas e pesquisas exaustivas não vence, e ninguém entende o que aconteceu.

Carnaval, injustiças e polêmicas à parte, o novo Mayhem foi prometido desde o início como um retorno à fase “grêmio recreativo” de Lady Gaga. E sim, ele entrega o que promete: Gaga revisita sua era inicial, piscando para os fãs das antigas, trazendo clima de sortilégio no refrão do single Abracadabra (que remete ao começo do icônico hit Bad romance), e mergulhando de cabeça em synthpop, house music, boogie, ítalo-disco, pós-disco, rock, punk (por que não?) e outros estilos. Todas essas coisas juntas formam a Lady Gaga de 2025.

Algo vinha se perdendo ou sendo deixado de lado na carreira de Lady Gaga há algum tempo, e algo que sempre foi essencial nela: a capacidade de usar sua música e sua persona para comentar o próprio pop. David Bowie fazia isso o tempo todo – e ele, que praticamente paira como um santo padroeiro sobre Mayhem, é uma influência evidente em Vanish into you, uma das faixas que melhor representam o disco. Aqui, Gaga entrega dance music com alma roqueira, um baixo irresistível e um batidão que evoca tanto a fase noventista de Bowie quanto o synthpop dos anos 1980.

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Mais coisas foram sendo deixadas de lado na carreira dela que… Bom, sao coisas quase tão difíceis de explicar quanto as razões que levaram Gaga a criar um álbum considerado “difícil” como Artpop (2013), enquanto simultaneamente mergulhava no jazz com Tony Bennett e preparava-se para abraçar o soft rock no formidável Joanne (2016), um disco autorreferente que talvez tenha deixado os fãs da primeira fase perdidos. Em outro tempo, Madonna parecia autorizada a mudar como quisesse, mas quando Gaga fazia o mesmo, deixava no ar notas de desencontro e confusionismo. O pop mudou, as décadas passaram, o público mudou – e todas as certezas evaporaram.

É nesse cenário que Mayhem equilibra as coisas, entregando um pop dançante, consciente e orgulhoso de sua essência, mas ao mesmo tempo sombrio e marginal. Há momentos de caos organizado, como em Disease e Perfect celebrity – esta última começa soando como Nine Inch Nails, mas, se você mexer daqui e dali, pode até enxergar um nu-metal na estrutura. Killah traz uma eletrônica suja, um refrão meio soul, meio rock que caberia num disco do Aerosmith, enquanto Zombieboy aposta no pós-disco punk, evocando terror e êxtase na pista (por acaso, Gaga chegou a dizer que o disco tem influências de Radiohead, e confirmou o NiN como referência).

Na reta final, o álbum se aventura por outros terrenos: How bad do U want me e Don’t call tonight flertam com o pop dinamarquês dos anos 90 (e são, por sinal, as únicas faixas pouco inspiradas do disco); The beast tem cara de trilha sonora de comercial de cerveja; e Lovedrug mergulha na indefectível tendência soft rock que surge hoje em dia em dez entre dez discos pop. Essa faixa soa como um híbrido entre Fleetwood Mac e Roxette – como se Gaga  estivesse pensando também na programação das rádios adultas de 2035.

O desfecho de Mayhem chega como um presente para o ouvinte: Blade of grass é uma balada melancólica de violão e piano, que ecoa tanto a tristeza folk dos anos 70 quanto a melancolia do ABBA, crescendo em inquietação à medida que avança. E então, como quem perde um pouco o tom, o álbum termina com… Die with a smile, a já conhecida balada country-soul gravada em parceria com Bruno Mars, lançada há tempos como single. Dentro do contexto do disco, ela soa mais como um apêndice do que como um encerramento – uma nota de rodapé onde se esperava um ponto final. Nada que chegue a atrapalhar a certeza de que Lady Gaga conseguiu, mais do que retornar ao passado, unir quase todos os seus fãs em Mayhem.

Nota: 8,5
Gravadora: Interscope
Lançamento: 7 de março de 2025.

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