Connect with us

Lançamentos

Radar: Eliminadorzinho, Patricia Marx, Renanrenan e Os Amanticidas – e mais

Published

on

Radar: Eliminadorzinho, Patricia Marx, Renanrenan e Os Amanticidas - e mais

Gritar é preciso – e não é coincidência que o Radar nacional de hoje do Pop Fantasma abra com dois nomes do pop-rock nacional (Eliminadorzinho e Patricia Marx) botando pra fora tudo o que está no peito. Afinal, fazer música é lidar com os próprios sentimentos e expor tudo em forma de canção. E cada vez que um Radar fica pronto, estamos certos de lidar com muita vida que vem pulsando, nas músicas, rumo aos ouvidos da turma que lê o site. Leia, ouça e sinta – e monte suas playlists com esses sons!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Eliminadorzinho): Pedro Malta, com edição de Sarah Ahab/Divulgação

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
  • E assine a newsletter do Pop Fantasma para receber todos os nossos posts por e-mail e não perder nada.
  • Mais Radar aqui.

ELIMINADORZINHO, “CINZA E CARMESIM”. “O que tem dentro do meu peito ferve / e nada, e nada / esfria, esfria”. O novo single da banda paulista Eliminadorzinho transforma barulho em catarse. É som para expurgar o excesso – sentimentos represados, angústias caladas, tudo aquilo que precisa urgentemente sair. Gabri Eliott, João Haddad e Tiago Schützer preparam um novo disco, e Cinza e carmesim é um dos desabafos sonoros do álbum.

“Essa é uma composição sobre transicionar. Fala sobre pulsão de vida, sobre transformar tristeza e ódio em uma força construtiva”, explica a cantora e guitarrista Gabri. A faixa foi produzida por Rubens Adati (Meu Nome Não É Portugas), que também incluiu solos de guitarra na canção. Lançamento da Cavaca Records.

PATRICIA MARX, “CHEGA”. Quatro décadas após seu sucesso com o Trem da Alegria e com seus primeiros álbuns solo pop, Patricia retorna anunciando um álbum em homenagem a Ivan Lins, Nos dias de hoje, esteja tranquilo. E Chega, uma rara faixa em que Ivan faz letra e música (e lançada por ele em 1974 no álbum Modo livre), foi escolhida por ela para entrar no disco e sair como single.

Patricia sente de verdade a emoção da música ao cantar, como dá para perceber nos vocais – Chega é uma canção sobre pôr fim a relacionamentos opressivos. “É uma súplica que parece ter sido escrita ontem. A gravação foi intensa, chorei no estúdio. Cantar Chega hoje é quase uma necessidade”, revela a cantora. Nos dias de hoje sai pelo selo Lab344 em meados de setembro.

RENANRENAN E OS AMANTICIDAS, “BISHA”. Cantor queer do Recife, Renanrenan encontrou-se com a banda paulista Os Amanticidas e o resultado foi o single Bisha, que já chega ao mundo com clipe, trazendo um super-herói mascarado que anda pelo Recife e transforma heteros escrotos em poeira de glitter rosa. Ele passeia por academias, jantares de família e por festas, sempre observando o que está acontecendo, de olho em assediadores e demais integrantes tóxicos do mundo heterossexual. Já o som da faixa, que está no álbum Eu te conto tudo, é pura alegria vinda lá dos anos 1980.

AFRIKA GUMBE, “VIDA RASTEJA”. Soro energizado, próximo disco do Afrika Gumbe – banda que Marcelo Lobato tinha nos anos 1980, até antes de fazer parte do Rappa – está para sair. Vida rasteja, uma faixa de Nunca tem fim…, disco de 2013 do Rappa, está agora no repertório do novo-velho grupo do músico, numa versão mais introvertida que a original.

“Compus essa música ao piano. Era instrumental. Depois de muito tempo resolvi fazer uma letra – e ela fala sobre o contraste de viver num lugar tão belo como o Rio de Janeiro e ter de conviver, ao mesmo tempo, com o lado cruel e violento que assola a cidade”, lembra Marcelo. A regravação já está sendo preparada há um tempo, e sai só agora – lamentavelmente, o tema da letra, que fala sobre a violência e a banalização do uso de armas, permanece atual.

JOÃO GOMES, MESTRINHO E JOTA.PÊ, “LEMBREI DE NÓS”. Sim, estamos em falta com um dos melhores discos de MPB de 2025: Dominguinho, encontro chameguento desses três aí, é discoteca básica da música brasileira desse ano, um disco que vai dificilmente não vai estar nas listas de melhores no comecinho de 2026, e que hora dessas será devidamente resenhado por nós. O trio já está agendado para se apresentar na 27ª edição do festival MADA (Música Alimento da Alma), marcada para os dias 17 e 18 de outubro de 2025, na Arena das Dunas, em Natal (RN) – vai ser estreia da turma em festivais. E Lembrei de nós, faixa de abertura do álbum, você vai querer escutar no repeat.

FAVOURITE DEALER, “FRUSTRATED”. O som dessa banda curitibana une a pegada do grunge e o peso de outras coisas dos anos 1990 (Foo Fighters do começo, Smashing Pumpkins). Em Frustraded, o novo single, Wil Oliveira (vocal), Gus Ferrer (guitarra e backing vocals), Jeangiorgio Bartos (baixo) e Bruno Maciel (bateria) falam de assuntos espinhosos: ansiedade, frustrações (como diz o título), pouca perspectiva, horizontes que não mudam. “A música é um relato de uma jovem presa nas entranhas da ansiedade generalizada, perdida entre possibilidades, desejos reprimidos e uma rotina exaustiva”, afirmam. Ainda em 2025 sai o segundo álbum da banda.

LINIKER, “WHEN THE WIND BLOWS”. Em 1982, Gilberto Gl gravou um disco em inglês, nos Estados Unidos, que ficou inédito – até que anos depois, Chris Fuscaldo e eu descobrimos as gravações no acervo de Gil, e tudo foi parar no museu dele no Google, cujas pesquisas Chris chefiava. O álbum tinha músicas que depois, Gil gravaria em português, como When the wind blows, mais conhecida aqui no Brasil como Deixar você. E agora Liniker, na esteira de seu bem sucedido disco Caju, regrava a canção.

No clipe da faixa, há bastidores da cantora gravando a música, e cenas das conversas entre Liniker e Gil. A música é ação de marketing de uma empresa ligada à internet que não patrocina o Pop Fantasma – sabemos disso, inclusive. Mas a gravação ficou ótima. E quando o assunto é Gilberto Gil, ainda mais se cantado pela Liniker, é só ouvir.

Lançamentos

Radar: Lights, Peach Blush, Julie Neff, Visceral Design, Schramm

Published

on

Foto (Lights): Warwick Hughes / Divulgação

Tem sons cintilantes, dramáticos, densos e pesados no Radar internacional de hoje, com a variedade de sempre – abrindo com o relançamento do disco de Lights, cantora australiana de eletropop, que surge com uma música nova. Ouça e passe pra frente!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Lights): Warwick Hughes / Divulgação

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.
  • Mais Radar aqui.

LIGHTS, “LEARNING TO LET GO”. Com uma turnê pronta para começar em fevereiro de 2026 em Edmonton, na Austrália, e seguindo Estados Unidos adentro, a cantora australiana Lights lança em 30 de janeiro a versão estendida de seu álbum A6. Com um som voltado para o eletropop, ela acaba de lançar a faixa Learning to let go, que vai estar na versão deluxe e também acaba de ganhar clipe, dirigida por ela própria.

“Essa música trata essencialmente da transformação emocional. “A forma como nossa percepção de algo pode mudar dependendo do nosso estado de espírito ou de experiências passadas, a ponto de ser difícil enxergar a realidade em uma situação e inferir a verdade. Às vezes, nosso único caminho a seguir é aprender a deixar ir”, conta ela.

PEACH BLUSH, “ERADICATION OF THE MIND”. Noise rock e pós-hardcore da pesada (e da – literalmente – quebrada, no que diz respeito a ritmos), vindo de Little Rock, Arkansas. O grupo é formado por veteranos da região, que são fãs de bandas clássicas como Hüsker Dü, Dinosaur Jr. e Mission of Burma.

No novo EP, Eradication of the mind, o grupo investe em três faixas que se impõem pelo ritmo feroz e pela intensidade nos vocais e arranjos – a faixa-título é a cara do brain rot, com versos como “observações: a comunicação está lenta / o tempo corroeu seu cérebro / você não é mais o mesmo, apenas uma casca de gênio que envelheceu / a erradicação da sua mente está cobrando seu preço”. O disco, lançado pelo selo Sunday Drive Records, é definido por eles como “uma onda de punk rápido e experimental, com temas de decadência e distorção”. E é mesmo.

JULIE NEFF, “FINE!?” (CLIPE). Uma canadense com fortes laços com o Brasil. O álbum de estreia de Julie Neff, previsto para o ano que vem, tem produção da brasileira Cris Botarelli (Far From Alaska, Ego Kill Talent, Swave). Fine!?, faixa com uma sonoridade que cruza o blues e o pop, e que aborda o esforço de fingir que está bem enquanto se enfrenta uma crise de depressão e ansiedade, já havia aparecido aqui no Radar – e dessa vez retorna para o lançamento do clipe da canção, que foi filmado em São Paulo, com direção de Jader Chahine, e tem bastante inspiração no vídeo de Send my love, de Adèle.

“Para o clipe, eu quis incorporar elementos dourados e referências do Kintsugi presentes na capa, mas com um visual mais dramático. A ideia é que você pode usar toda a maquiagem ou roupas sofisticadas que quiser, mas isso não apaga a dor que está acontecendo internamente”, conta Julie.

VISCERAL DESIGN, “GIVE IT TIME”. Projeto dividido entre EUA, Inglaterra e França, criado pelo músico Tyler Kaufman, o Visceral Design faz pop eletrônico com clima denso e meio deprê. Give it time, novo single, traz as perspectivas de um ex-casal sobre o fim do relacionamento de longa data que unia os dois – os versos trazem frases de ambos, abrindo com a perspectiva da mulher, e partindo para as visões do homem. A mensagem é de superação (“seguimos em frente sem parar”), mesmo com a tristeza.

SCHRAMM, “DON’T CALL ME”. Projeto de um alemão só, o Schramm (é justamente o nome do cara) é definido por ele de forma bem interessante: “Eu escrevo músicas muito divertidas e um pouco tristes em inglês e alemão. Eu chamo de indie rock lo-fi e energético com influências de pós-punk e new wave, mas muito bom. Algumas pessoas chamaram de ‘nova new wave alemã’, mas na verdade não é muito alemão. E também não é muito ‘neu’, mas é muito legal”. Seja lá que definição você queira dar, o pós-punk viajante e deprê do single Don’t call me, com recordações de Japan e The Cure, é realmente muito legal – e o EP novo do Schramm, Something smelling funny, sai em fevereiro.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

 

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Buckingham Nicks – “Buckingham Nicks” (relançamento)

Published

on

Buckingham Nicks ressurge como pérola do soft rock setentista: um disco intenso, country-rock e pré-Fleetwood Mac, cheio de tensão, charme e ótimas canções.

RESENHA: Buckingham Nicks ressurge como pérola do soft rock setentista: um disco intenso, country-rock e pré-Fleetwood Mac, cheio de tensão, charme e ótimas canções.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Rhino Records
Lançamento: 19 de setembro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Daria até para dizer que Buckingham Nicks, único disco do casal Lindsey Buckingham e Stevie Nicks, lançado em 1973 – dois anos antes da dupla se juntar ao Fleetwood Mac – é o típico disco “pouco ouvido e muito falado”. Nem tanto: à medida que o FM ia fazendo sucesso, o álbum ganhava reedições em alguns países durante os anos 1970 e 1980. Nos últimos anos, era bastante baixado na internet e ouvido no YouTube. Só não tinha saído em CD nem estava disponível nas plataformas digitais.

O álbum de Stevie e Lindsey pertence a um limbo dos discos feitos por antigos casais e que hoje habitam uma espécie de cantinho da vergonha – consigo lembrar também do bizarro Two the hard way, gravado pelo então casal Greg Allmann e Cher em 1977, e nunca (nunquinha mesmo) reeditado. A diferença é que se Buckingham Nicks não fosse um puta disco, Mick Fleetwood, baterista e co-fundador do FM, não teria achado nada demais quando um produtor chamado Keith Olsen lhe apresentou à ótima música Frozen love. Em busca de uma liga nova para o grupo, Mick acho que aqueles dois desconhecidos eram a solução (e eram, diga-se).

  • Mais Fleetwood Mac no Pop Fantasma aqui.
  • Recentemente, Madison Cunningham e Andrew Bird regravaram todo o disco Buckingham Nicks como… Cunningham Bird. Resenhamos aqui.

Olsen tinha produzido Buckingham Nicks, lançado sem repercussão alguma pela Polydor em 1973. Mais que isso: foi ele quem conseguiu o contrato com a gravadora, numa época em que ele até hospedava o casal. O som do disco era um soft rock afirmativo e dramático, enraizadíssimo no country, em faixas como Crying in the night, a blues-ballad Crystal, o belo country-rock Long distance runner (marcado pelos vocais fortes de Stevie) e a curiosa Don’t let me down again, que além da referência beatle no título, tem ecos de Get beck, do quarteto de Liverpool.

Um detalhe: se em Rumours, disco de 1977 do Fleetwood Mac, o casal ficava se alfinetando nas músicas, Buckingham Nicks parece igualmente um ótimo espaço para a dupla fazer comentários sobre como andava a vida por aqueles tempos – a vida profissional e a vida íntima. Races are run, balada bittersweet abolerada e folk – na onda de You’ve got a friend, de Carole King – parece uma ode ao fracasso: “corridas são disputadas / algumas pessoas vencem / algumas pessoas sempre têm que perder”.

Provavelmente nem Stevie devia se iludir de que quem mandava ali era o então namorado – ainda que, conversando com Mick Fleetwood, ele exigisse levá-la junto com ele para o Fleetwood Mac, alegando que o casal formava um time de criação. Lindsey ainda protagoniza dois instrumentais (que, na boa, desandam bastante o disco). A balada soft rock Frozen love, que abre com a voz solo de Lindsey, parece um hino de ódio mútuo, que depois ganha uma bela e extensa parte instrumental, com cordas e solos de violão.

Stevie também teve que engolir a exigência da gravadora de que o casal posasse sem roupa (nada explícito) para a foto de capa. Enfim, tempos difíceis, mas o que aguardava o casal – Stevie, em particular – eram períodos bem melhores e de mais autoafirmação.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.

 

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Anika, Jim Jarmusch – “Father, mother, sister, brother” (trilha sonora do filme)

Published

on

Sai trilha de filme Father, mother, sister, brother, de Jim Jarmusch. As músicas são feitas pelo cineasta com Anika e o material revisita Nico e mistura versões sombrias e ambients estranhos.

RESENHA: Sai trilha de filme Father, mother, sister, brother, de Jim Jarmusch. As músicas são feitas pelo cineasta com Anika e o material revisita Nico e mistura versões sombrias e ambients estranhos.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7,5
Gravadora: Sacred Bones
Lançamento: 14 de novembro de 2025

  • Quer receber nossas descobertas musicais direto no e-mail? Assine a newsletter do Pop Fantasma e não perca nada.

Já anunciado pela plataforma Mubi para estreia em breve no Brasil, Pai, mãe, irmã, irmão, novo filme de Jim Jarmusch tem nomes como Tom Waits, Adam Driver, Mayim Bialik, Charlotte Rampling e Cate Blanchett no elenco, e é repleto de reencontros entre pais, mães e filhos – além de descobertas e recordações estranhas. Uma curiosidade pré-filme (a não ser que você já o tenha baixado da Torrentflix ou Nettorrent, ou o tenha visto na Mostra de Cinema de São Paulo há poucas semanas) é a trilha dele, feita pela cantora e compositora alemã Anika ao lado do próprio diretor.

Aqui mesmo no Pop Fantasma eu cheguei a afirmar que Anika soava como uma filha perdida de Nico e Iggy Pop, só que criada por Lou Reed e tendo Ian Curtis como padrinho. Isso com certeza não passou despercebido a Jim, que conheceu a cantora em 2022, na celebração do 15º aniversário do selo Sacred Bones. O primeiro convite feito a ela foi para que regravasse These days, música tristíssima de Jackson Browne que Nico havia gravado em seu primeiro disco solo, Chelsea girl (1968). Duas versões da mesma música estão no disco – a melhor delas é a “Berlin version”, gravada em Berlim, com Anika acompanhada pelo quarteto de cordas Kaleidoskop.

These days é cheia de versos depressivos, que já dão a entender o clima da “comédia-drama” de Jim (“ultimamente, tenho pensado em como todas as mudanças aconteceram na minha vida / e me pergunto se verei outra estrada”, “por favor, não me confronte com meus fracassos / eu não os esqueci”). Além desse clássico da tristeza musical, a única outra música não-autoral do disco é uma versão do jazz divertido Spooky, imortalizada por Dusty Springfield – a releitura é cevada na experimentação, com voz, baixo, estalar de dedos e teclados.

O restante da trilha de Father, mother, sister, brother (nome original) são momentos sonoros do filme transformados em vinhetas ou faixas instrumentais, com Anika e Jim dividindo teclados e guitarras com efeito. Daí surgem ambients assustadores (as duas versões de Skaters), temas tranquilos (as duas The lake), pura psicodelia (The world in reverse) e sons meditativos (Jet lag, com teclados e cítara). Nem tudo se sustenta longe do filme, mas vale bastante pela referência história a Nico.

  • Gostou do texto? Seu apoio mantém o Pop Fantasma funcionando todo dia. Apoie aqui.
  • E se ainda não assinou, dá tempo: assine a newsletter e receba nossos posts direto no e-mail.
Continue Reading
Advertisement

Trending