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Cultura Pop

Oito novos nomes da Sub Pop

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Mostramos hoje o som e a história do Tres Leches, banda novíssima de Seattle, que se lança de forma independente e busca espaço em locais como a rádio KEXP, tradicional emissora local, por conta própria. Já a Sub Pop, gravadora da região que revelou bandas seminais do som local, ainda está por aí – apesar de já não ser a grande lançadora de novidades de Seattle há tempos, como seu próprio site, na parte de lançamentos, revela. Mantém clássicos como Mudhoney, Afghan Wighs e Sleater-Kinney em seu catálogo e licencia selos de vários lugares do mundo. E ainda tem uma rádio, que você pode ouvir no aplicativo TuneIn. Conheça oito artistas novos-ou-quase da gravadora.

FATHER JOHN MISTY: Ex-integrante de bandas indie como Saxon Shore, Fleet Foxes e Har Mar Superstar, o cantor e compositor americano (de Rockville, Maryland) John Tilman usa o pseudônimo Father John Misty desde 2012. O terceiro disco do cara, “Pure comedy”, sai em 7 de abril e é quase conceitual, girando em torno de temas como progresso, meio ambiente, relações humanas, social media, envelhecimento, a partir de uma história envolvendo seres humanos em formação cerebral. Polêmico, não? “Tem gente me dizendo, desde criança, que não sabe se eu estou falando sério ou não. Como os esquimós têm doze palavras para ‘neve’, eu me sinto como se tivesse doze palavras para ‘engraçado'”, disse, num papo com o site Pitchfork. Abaixo, você conhece a faixa-título do próximo disco, já lançada como single.

PISSED JEANS: Barulho do bom. O quarteto veio de Allentown, Pennsilvânia, e é influenciadíssimo pelo punk e pela cena pós-hardcore, de grupos como Big Black e Rites Of Spring. No dia 24 de fevereiro lançaram o quinto disco, e o quarto pela Sub Pop,”Why love now”. No line-up, Matt Korvette (voz), Brad Fry (guitarra), Randy Huth (baixo) e Sean McGuinness (bateria). Aí embaixo, você conhece “The bar is low”, do novo disco.

ROLLING BLACKOUTS COASTAL FEVER: Essa banda australiana já lançou alguns EPs – o mais recente deles, “The French press”, saiu em março. Entre o punk e o pós-punk, ganharam elogios da Spin e da Pitchfork pelas belas melodias e pela sofisticação dos arranjos. Confira aí a faixa-título do EP novo.

CULLEN OMORI: Ex-vocalista da banda Smith Westerns, de Chicago, ele estreou solo no ano passado com o disco “New misery”. A DIYMag definiu o disco dessa forma: “Se fosse um filme, seria dirigido por Gus Van Sant”. Omori completou dizendo que o filme seria estrelado por Tom Sizemore, “em casa, tomando um monte de metanfetaminas e tomando coragem para se suicidar”. Esse é o vídeo de “Cinnamon”.

CLIPPING.: Formado em Los Angeles em 2009, esse grupo começou muito inserido no conceito do “faça-você-mesmo”. Compunham bases musicais para raps a capella, até que o rapper Daveed Diggs integrou-se à banda. Lançaram a mixtape “Midcity” em 2013 e logo assinariam com a Sub Pop, pela qual soltaram sua discografia a partir de então. Ano passado lançaram “Splendor & misery”, seu segundo disco de estúdio, com visual gráfico bastante criativo – a logo da banda lembra a marca dos antigos LPs da Philips. Confira abaixo “Baby don’t sleep”.

THE GOTOBEDS: Esse grupo do Brooklyn soltou o (bom) segundo disco pela Sub Pop em junho do ano passado, “Blood // Sugar // Secs // Traffic”. Ouve aí a excelente “Cold gold (LA traffic)”.

KRISTIN KONTROL: A cantora e vocalista do grupo Dum Dum Girls deixou a banda (lá, se apresentava com o pseudônimo Dee Dee) estreou solo ano passado com o disco “X-communicate”, bem mais próximo do synthpop do que seu ex-grupo. Olha a faixa-título aí.

GOAT: Elogiado grupo experimental sueco, que em seus discos abrange jazz, psicodelia, progressivismos, afrobeat, world music, punk… de tudo. O grupo não costuma conceder entrevistas – quando o faz, não revela quem as responde, já que seus integrantes sao chamados apenas de “Mr. Goatman”. Nos shows e fotos, a banda aparece sempre mascarada e fantasiada, como se todos fizessem parte de uma estranha seita pagã, ou de um clã de selvagens. Conheça o ultrapsicodélico clipe de “Hide from the sun”.

Vale citar que a gravadora lançou recentemente edições deluxe de discos do Tad (os álbuns “God’s balls”, de 1989, “Salt lick”, de 1990 e “8-way Santa”, de 1991) e do Soundgarden (o primeiro LP, “Ultramega OK”, de 1988, lançado originalmente pelo selo SST). Confira aí embaixo.

Cultura Pop

No nosso podcast, Alanis Morissette da pré-história a “Jagged little pill”

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No nosso podcast, Alanis Morissette da pré-história a "Jagged little pill"

Você pensava que o Pop Fantasma Documento, nosso podcast, não ia mais voltar? Olha ele aqui de novo, por três edições especiais no fim de 2025 – e ano que vem estamos de volta de vez. No segundo e penúltimo episódio desse ano, o papo é um dos maiores sucessos dos anos 1990. Sucesso, aliás, é pouco: há uns 30 anos, pra onde quer que você fosse, jamais escaparia de Alanis Morissette e do seu extremamente popular terceiro disco, Jagged little pill (1995).

Peraí, “terceiro” disco? Sim, porque Jagged era só o segundo ato da carreira de Alanis Morissette. E ainda havia uma pré-história dela, em seu país de origem, o Canadá – em que ela fazia um som beeeem diferente do que a consagrou. Bora conferir essa história?

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch (foto: Capa de Jagged little pill). Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.

Ouça a gente preferencialmente no Castbox. Mas estamos também no Mixcloud, no Deezer e no Spotify.

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Cultura Pop

No nosso podcast, Radiohead do começo até “OK computer”

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Radiohead no nosso podcast, o Pop Fantasma Documento

Você pensava que o Pop Fantasma Documento, nosso podcast, não ia mais voltar? Olha ele aqui de novo, por três edições especiais no fim de 2025 – e ano que vem estamos de volta de vez. Para abrir essa pequena série, escolhemos falar de uma banda que definiu muita coisa nos anos 1990 – aliás, pra uma turma enorme, uma banda que definiu tudo na década. Enfim, de técnicas de gravação a relacionamento com o mercado, nada foi o mesmo depois que o Radiohead apareceu.

E hoje a gente recorda tudo que andava rolando pelo caminho de Thom Yorke, Jonny Greenwood, Colin Greenwood, Ed O’Brien e Phil Selway, do comecinho do Radiohead até a era do definidor terceiro disco do quinteto, OK computer (1997).

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch (foto: reprodução internet). Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.

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4 discos

4 discos: Ace Frehley

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Dizem por aí que muita gente só vai recordar de Gene Simmons e Paul Stanley, os chefões do Kiss, quando o assunto for negócios e empreendedorismo no rock – ao contrário das recordações musicais trazidas pelo nome de Ace Frehley, primeiro guitarrista do grupo, morto no dia 16 de outubro, aos 74 anos.

Maldade com os criadores de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, claro – mas quando Frehley deixou o grupo em 1982, muita coisa morreu no quarteto mascarado. Paul Daniel Frehley, nome verdadeiro do cara, podia não ser o melhor guitarrista do mundo – mas conseguia ser um dos campeões no mesmo jogo de nomes como Bill Nelson (Be Bop De Luxe), Brian May (Queen) e Mick Ronson (David Bowie). Ou seja: guitarra agressiva e melódica, solos mágicos e sonoridade quase voadora, tão própria do rock pesado quanto da era do glam rock.

Ace não foi apenas o melhor guitarrista da história do Kiss: levando em conta que o grupo de Gene e Paul sempre foi uma empresa muito bem sucedida, o “spaceman” (figura pela qual se tornou conhecido no grupo) sempre foi um funcionário bastante útil, que lutou para se sentir prestigiado em seu trabalho, e que abandonou a banda quando viu suas funções sendo cada vez mais congeladas lá dentro. Deixou pra trás um contrato milionário e levou adiante uma carreira ligada ao hard rock e a uma “onda metaleira” voltada para o começo do heavy metal, com peso obedecendo à melodia, e não o contrário.

Como fazia tempo que não rolava um 4 Discos aqui no Pop Fantasma, agora vai rolar: se for começar por quatro álbuns de Ace, comece por esses quatro.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução

“KISS: ACE FREHLEY” (Casablanca, 1978). Brigas dentro do Kiss fizeram com que Gene, Paul, Ace e o baterista Peter Criss lançassem discos solo padronizados em 1978 – adaptando uma ideia que o trio folk Peter, Paul and Mary havia tido em 1971, quando saíram álbuns solo dos três cujas capas e logotipos faziam referência ao grupo. Ace lembra de ter ouvido uma oferta disfarçada de provocação numa reunião do Kiss, quando ficou definido que cada integrante lançaria um disco solo: “Eles disseram: ‘Ah, Ace, a propósito, se precisar de ajuda com o seu disco, não hesite em nos ligar ‘. No fundo, eu dizia: ‘Não preciso da ajuda deles’”, contou.

Além de dizer um “que se foda” para os patrões, Ace conseguiu fazer o melhor disco da série – um total encontro entre hard rock e glam rock, destacando a mágica de sua guitarra em ótimas faixas autorais como Ozone e What’s on your mind? (essa, uma espécie de versão punk do som do próprio Kiss) além do instrumental Fractured mirror. Foi também o único disco dos quatro a estourar um hit: a regravação de New York Groove, composta por Russ Ballard e gravada originalmente em 1971 pela banda glam britânica Hello. Acompanhando Frehley, entre outros, o futuro batera da banda do programa de David Letterman, Anton Fig, que se tornaria seu parceiro também em…

“FREHLEY’S COMET” (Atlantic/Megaforce, 1987). Seguindo a onda de bandas-com-dono-guitarrista (como Richie Blackmore’s Rainbow e Yngwie Malmsteen’s Rising Force), lá vinha Frehley com seu próprio projeto, co-produzido por ele, pelo lendário técnico de som Eddie Kramer (Jimi Hendrix, Beatles, Led Zeppelin) e Jon Zazula (saudoso fundador da Megaforce). Frehley vinha acompanhado por Fig (bateria), John Regan (baixo, backing vocal) e Tod Howarth (guitarras, backing vocal e voz solo em três faixas).

O resultado se localizou entre o metal, o hard rock e o rock das antigas: Frehley escreveu músicas com o experiente Chip Taylor (Rock soldiers), com o ex-colega de Kiss Eric Carr (Breakout) e com John Regan (o instrumental Fractured too). Howarth contribuiu com Something moved (uma das faixas cantadas pelo guitarrista). Russ Ballard, autor de New York groove, reaparece com Into the night, gravada originalmente pelo autor em 1984 em um disco solo. Típico disco pesado dos anos 1980 feito para escutar no volume máximo.

“TROUBLE WALKING” (Atlantic/Megaforce, 1989). Na prática, Trouble walking foi o segundo disco solo de Ace, já que os dois anteriores saíram com a nomenclatura Frehley’s Comet. A formação era quase a mesma do primeiro álbum da banda de Frehley – a diferença era a presença de Richie Scarlet na guitarra. O som era bem mais repleto de recordações sonoras ligadas ao Kiss do que os álbuns do Comet, em músicas como Shot full of rock, 2 young 2 die e a faixa-título – além da versão de Do ya, do The Move. Peter Criss, baterista da primeira formação do Kiss, participava fazendo backing vocals. Três integrantes do então iniciante Skid Row (Sebastian Bach, Dave Sabo, Rachel Bolan), também.

“10.000 VOLTS” (MNRK, 2024). Acabou sendo o último álbum da vida de Frehley: 10.000 volts trouxe o ex-guitarrista do Kiss atuando até como “diretor criativo” e designer da capa. Ace compôs e produziu tudo ao lado de Steve Brown (Trixter), tocou guitarra em todas as faixas – ao lado de músicos como David Julian e o próprio Brown – e convocou o velho brother Anton Fig para tocar bateria em três faixas. A tradicional faixa instrumental do final era a bela Stratosphere, e o spaceman posou ao lado de extraterrestres no clipe da ótima Walkin’ on the moon. Discão.

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