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Seis artistas que nunca levaram um Grammy pra casa

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Você já se sentiu, como fã, injustiçado ao ver que seu artista preferido voltou para casa de mãos abanando numa premiação do Grammy (por sinal, hoje tem)? Se isso já aconteceu com você, imagina como se sente essa turma aí embaixo, que nunca levou uma estatueta pra casa – e em casos bizarros, nunca nem foi indicada para ganhar nada.

DEPECHE MODE: Em vias de lançar novo disco (e com o single de “Where’s the revolution” já rolando por aí), o grupo inglês de rock (sim, eles são uma banda de rock, e não exatamente de synthpop) foi indicado para o prêmio cinco vezes, e todas após 1995. Nunca levou nada para casa. A última nominação foi para “melhor clipe curto” com “Wrong”.

https://www.youtube.com/watch?v=XGRCvIhqWpg

GUNS N ROSES: “Guns N Roses lies”, EP da banda lançado em 1988, foi lembrado para a categoria hard rock/heavy metal, como melhor performance em 1990. O grupo só ganhou prestígio e experiência, mas prêmio que é bom, nada. Ao todo foram mais duas indicações até 1993, mas o grupo nunca levou nada da Academia. E que coisa: o Velvet Revolver, formado por ex-Guns com o saudoso Scott Weiland (Stone Temple Pilots) no vocal, papou o prêmio de Melhor Performance de Hard Rock por “Slither” em 2005. Olha eles na festa tocando “Across the universe”, dos Beatles, ao lado de um timaço.

OASIS: Lembra de “Give me one reason”, de Tracy Chapman? Tocou muito no rádio, inclusive no Brasil. O grave é que “Wonderwall”, do Oasis, tocou o quádruplo e perdeu o Grammy de Melhor Canção de Rock para ela, em 1997. Autoproclamar-se como a “melhor banda de rock do mundo” não ajudou muito o Oasis, nomeado três vezes mas nunca premiado. Já no Brit Awards, rolaram 17 nomeações e seis estatuetas – um deles pela excepcional contribição da banda à música, há dez anos. Olha como foi.

KISS: O grupo era solenemente ignorado pelo Grammy antes da categoria Hard Rock/Heavy Metal existir. E continuou sendo esquecido depois dela. Só mesmo o retorno das máscaras no palco fez com que a banda fosse lembrada, em 1999 – foram indicados para Melhor Performance de Heavy Metal pelo disco “Psycho circus”. Mas voltaram para casa com as mãos abanando e nunca mais tiveram indicação alguma. Em 1996 a reunião da formação clássica do grupo (e a volta das máscaras) foram assunto do Grammy, já que a banda mostrou a nova-velha fase no palco da premiação. Só que dividiram o palco com o rapper Tupac Shakur para anunciar o prêmio de Melhor Performance Pop em Grupo ou Duo.

https://www.youtube.com/watch?v=Qgpjr_zHeqI

STROKES: Autores de pelo menos três grandes discos (os três primeiros) e de mais uma série de álbuns interessantes, os Strokes poderiam ter ganhado pelo menos uma nominação por causa de “Is this it” (2001). Nada: o grupo faz parte de um exército bastante numeroso de artistas cujo sucesso pop ou contribuição histórica nunca se reverteram em reconhecimento algum da Academia (Talking Heads e Velvet Underground, duas bandas novaiorquinas de gerações diferentes das dos conterrâneos Strokes, também nunca foram indicados). E se você buscar o nome da banda + Grammy no YouTube, só acha isso aqui.

SPICE GIRLS: Entre 1995 e 2000, para onde quer que você olhasse, havia sempre uma adolescente cantando as músicas delas – ou quem sabe, vestida igual a uma delas. Pra quê? O Grammy nunca nem olhou para as meninas, que jamais ganharam uma indicação. Em compensação fiquem com o showzão das inglesinhas no Brit Awards de 1997.

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Urgente!: The Beths faz chorar em música nova; Animal Collective volta na psicodelia fofa

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The Beths lançam a dolorida e acústica Mother, pray for me; Animal Collective volta com o tema psicodélico e quase infantil Buddies on the blackboard.

RESUMO: The Beths lançam a dolorida e acústica Mother, pray for me; Animal Collective volta com o tema psicodélico e quase infantil Buddies on the blackboard.

Texto: Ricardo Schott – Foto (The Beths): Divulgação

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Introspectiva por natureza, a banda The Beths dá uma entristecida amiga no novo single, Mother, pray for me, cantada com ar cândido pela vocalista Elizabeth Stokes – uma música, aliás, que ela confessa ter chorado o tempo todo enquanto escrevia. Não foi á toa: a letra tem versos como “mãe, você está por perto?”, “quis machucar você pela dor que causou em mim / e sei que sou o motivo pelo qual você chorou / mãe, reze por mim”.

“A música não é sobre a minha mãe, é sobre mim – sobre o que espero que o nosso relacionamento seja, o que eu acho que é, o que talvez seja de fato, e o que posso ou não esperar dele”, conta Elizabeth. “Minha mãe é imigrante indonésia de primeira geração e muito católica. Nasci em Jacarta e nos mudamos para Auckland (Nova Zelândia) quando eu tinha quatro anos. Acho que essa música é uma tentativa minha de entender meu relacionamento com minha mãe, e o relacionamento dela com sua fé e com a própria mãe”.

Apesar da banda inteira ter tentado trabalhar na canção, no fim das contas Elizabeth e seus colegas acharam que ficaria mais bonito deixar só ela e o violão, além de um som de órgão no fundo. “Foi difícil compor”, revela. Mother, pray for me vai estar ao lado dos outros singles recentes do grupo, Metal e No joy, no álbum novo dos Beths, Straight line was a lie, previsto para o dia 29 de agosto pelo selo Anti-.

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Quem tá também com música nova é o Animal Collective – ainda que os projetos paralelos dos integrantes tenham se tornado mais presentes no universo pop do que a própria banda. De qualquer jeito, há um mês saiu o single Love on the big screen e dessa vez, sai o lado B, Buddies on the blackboard, uma espécie de tema psicodélico de desenho animado (cujo vídeo mostra vários desenhos feitos com giz e lousa) que é a cara do grupo. No dia 1º, as duas faixas saem em um single de 7 polegadas pela Domino Recordings.

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VIU ESSA? Damon Albarn (Blur/Gorillaz) admite pela primeira vez que havia, sim, uma baita rivalidade entre Oasis e Blur nos anos 1990 – e ainda diz que, com os shows hiperlotados, a turnê extensa, e a atenção da mídia, o Oasis ganhou a parada.

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Radar: Audrey Hobert, Naima Bock, Sistema Nervioso, Messiness, Almareas, Matías Roden, Ark Identity

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AUDREY HOBERT, "BOWLING ALLEY". Essa cantora e compositora norte-americana segue firme no pop confessional com Bowling alley, seu segundo single.

E lá vem mais um Radar internacional – como sempre, unindo nomes pop que com certeza estão próximos do estouro, e outros que fazem sons com os quais as paradas precisam ainda se acostumar. Aubrey Hobert talvez seja uma das próximas sensações do pop com seu primeiro álbum, Messiness volta à psicodelia do rock britânico dos anos 1990, Almareas mete bronca no rock ruidoso, Naima Bock faz folk dolorido e realista quanto aos sentimentos do dia a dia, e vai por aí. Ouça tudo no volume máximo.

Texto: Ricardo Schott – Foto Aubrey Hobert: Divulgação

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AUDREY HOBERT, “BOWLING ALLEY”. Essa cantora e compositora norte-americana segue firme no pop confessional com Bowling alley, seu segundo single. Numa pegada acústica e divertida, a faixa fala sobre inseguranças sociais e o incômodo de ser notada só quando algo seu viraliza. É pop de quarto com alma de diário: sincero, direto e cheio de charme. Audrey já compôs com Gracie Abrams, sua amiga de infância, e começa a marcar presença com um som que mistura vulnerabilidade e sagacidade na medida.

Bowling alley é sobre achar que ninguém quer que você vá à festa deles, mesmo tendo sido cordialmente convidado (um sentimento egocêntrico). E também sobre pessoas que você conhece há anos só te reconhecerem quando você faz algo artisticamente empolgante e aos olhos do público. Eu já passei pelas duas coisas e pensei: ‘Caramba, bota música, garota!”, conta ela. Confira abaixo o clipe da faixa, feito por ela própria, e um daqueles vídeos que você vai querer assistir várias vezes na vida. Who’s the clown?, primeiro álbum de Audrey, sai dia 15 de agosto e traz os três singles: Bowling alley, Sue me e o mais recente, Wet hair.

NAIMA BOCK, “ROLLING”. Saiu single novo dessa cantora britânica de vocais extensos e cheios de variações melódicas. Rolling é uma doce balada folk, que se sustenta na voz e no violão durante quase toda a sua duração (outros instrumentos só aparecem no final) e que, segundo ela, não se encaixou bem em seu álbum anterior, Below a massive dark land (2024), mas valia lançar.

A canção foi escrita durante uma viagem de trem de Glasgow para Londres e Naima tem certeza “de que a letra vai ressoar com algumas pessoas”. Não é por acaso: Rolling é um recado direto para quem não tem compromisso algum com os sentimentos alheios. “Tentar caber num coração quebrado / só faz com que eu mesma seja esquecida”, conta ela na letra.

SISTEMA NERVIOSO, “NUNCA NADA”. Pós-punk direto da Espanha, com riffs distorcidos, vocal falado e tecladeira suja. O Sistema Nervioso fala em Nunca nada sobre a relatividade das escolhas diante do fim, e sobre os caminhos duvidosos da vida (olha o refrão, que fazemos questão de não traduzir: “nunca nada es suficientemente bueno o malo / todo lo horizontal lo verás en vertical /¡ gira la cabeza !”). Bloc Party, Vampire Weekend e ecos da banda espanhola Perro aparecem como referências num som urgente e direto, com menos de três minutos. Um labirinto emocional embalado por um groove tenso e inteligente. E o clipe é um primor de videoarte das antigas.

MESSINESS, “FATALLY”. No fim do ano sai o primeiro álbum desse grupo indie-psicodélico, que une rock, krautrock, hip hop, lisergia, escalas arábicas e ciganas, e coisas que lembram a turma de Madchester, nos anos 1980/1990. E dessa vez, eles voltam numa vibe musical que une power pop grudento, britpop e sons herdados do pop feminino sessentista. Mas o tema de Fatally é grave e sério: dependência química, rehabs e toda a desfragmentação que vem na sequência das internações e recaídas. “É uma introspecção dolorosa sobre o vício, a reabilitação e o peso esmagador do tempo que avança sem parar”, diz Max Raffa, criador do grupo.

ALMAREAS, “ANDY”. Uma banda argentina de shoegaze e rock ruidoso em geral – e que canta em inglês, e é contratada por um selo londrino especializado em bandas do barulho, o Shore Dive. Almareas acaba de lançar o EP One day, e encerram o trabalho com a lenta e sufocante Andy, uma música que abre numa calma quase fúnebre, com guitarra e vocal baixo, até partir para os decibéis altos e para as paredes de guitarra. Tem algo de Velvet Underground e de My Bloody Valentine espalhado na melodia e no arranjo.

MATÍAS RODEN, “ANGELS IN THE NIGHT”. De origem peruana, Matías vive em Vancouver, Canadá, e faz um som que pode entrar tranquilamente na gavetinha do tecnopop, ou daquela junção entre climas oitentistas e rock progressivo que marcou trabalhos de Marillion e Peter Gabriel – ele cita nomes como Depeche Mode e Pet Shop Boys como algumas de suas grandes influências, e suas letras lidam com temas como alienação, saúde mental e sexualidade. Momentos de depressão e dias de glória depois da luta marcam o sensível single Angels in the night, cujo clipe mantém o foco em Matías, sempre iluminado por um spot.

ARK IDENTITY, “STILL IN LOVE”. O som de Noah Mroueh, produtor e compositor canadense que esconde atrás do nome Ark Identity, mistura dream pop, indie e R&B alternativo. E o single Still in love (que adianta o EP Deluxe nightmare, previsto para 14 de outubro) une esses estilos musicais em torno de uma letra que narra o impasse emocional de um amor que não vai embora – mesmo quando já devia ter ido. O clipe da faixa tem o mesmo aspecto vintage e oitentista da música.

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Urgente!: Hayley Williams lança de surpresa 17 músicas novas em seu site oficial

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Urgente!: Hayley Williams lança de surpresa 17 músicas novas em seu site oficial

A internet foi invadida hoje por um monte (isso mesmo, um monte) de novas canções solo de Hayley Williams, vocalista do Paramore. São nada menos que 17 canções novas no site da cantora, formando um disco novo que aparentemente se chama Ego. Mas não é só chegar e ouvir tudo, não.

Quem chegar no site, encontra logo uma imagem como a do Windows dos anos 1990 (sério), e um pedido por um código de 16 dígitos enviado aos fãs pela Good Dye Young, empresa de tintura para cabelo de Hayley – no site Reddit chovem senhas para acessar as canções (tipo essa aqui).

Urgente!: Hayley Williams lança de surpresa 17 músicas novas em seu site oficial

Deu até saudade da internet disc… NÃO, PENSANDO BEM, NÃO!

As músicas de Ego têm títulos como True believer, Hard, Negative self talk, True believer e Zissou, além de Mirtazapine, que já é velha conhecida, digamos – foi lançada há poucos dias durante uma aparição de Hayley numa rádio de Nashville. Tem também Discovery channel, uma interpolação com The bad touch, aquele hit de 1999 da banda The Bloodhound Gang (lembra?). Mirtazapine faz referência ao nome genérico de um anti-depressivo, e a letra tem versos bem reveladores, como “you make me eat, you make me sleep / you let me dream, you let me dream” (“você me faz comer, você me faz dormir / você me deixa sonhar, você me deixa sonhar”).

A página em que aparecem as músicas tem visual de desktop bagunçado dos anos 1990, com direito a um audio player das antigas para ouvir as faixas. Vale informar que Hayley, musicalmente – e isso se esse material for o oficial do próximo álbum – embarcou nos climas próximos do lo-fi, com sons envelhecidos, “defeitos” especiais, e coisas do tipo, mas com a cara própria dela (e sim, o material novo é bom, especialmente a já conhecida Mirtazapine).

Uma pasta adicional, intitulada Misc, leva a um vídeo de show da banda Phoenix em 2017 (pelo menos é o que diz o arquivo), além de uma imagem de um caderno de composição, de uma camiseta onde se lê “Hayley Williams é minha banda favorita”, e de um áudio em que uma voz de criança diz “Sinto muito que você esteja passando por algo difícil”.

Aliás, recentemente, o Paramore lançou uma edição de luxe de seu álbum de estreia All we know is falling (2005), acompanhada de uma raridade: as músicas do EP The summer tic, lançado por conta própria em 2006 e vendido apenas nos shows da turnê do primeiro disco.

Voltamos depois com novas informações, aqui ou em outro link.

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Prepare a emoção e os ouvidos: a Balaclava traz ao Brasil, pela primeira vez, os pioneiros do slowcore, Codeine. O trio novaiorquino faz show único no dia 11 de outubro, sábado, no City Lights Music Hall, em São Paulo. Ícone da introspecção ruidosa dos anos 1990, o grupo cult formado por Stephen Immerwahr, John Engle e Chris Brokaw retorna em uma de suas raras aparições desde o fim das atividades em 1994. Ingressos aqui.

Com discos fundamentais como Frigid stars (1991), o Codeine moldou o som melancólico e minimalista que virou escola para nomes como Low e Mogwai. A apresentação marca a fase atual da banda, reativada após relançamentos pelo selo The Numero Group. Emoção contida, distorção lenta, presença histórica garantida.

E tem mais barulho vindo pro Brasil – mas infelizmente, e novamente, só pra São Paulo. O Brian Jonestown Massacre, após esgotar ingressos em 2023 (e fazer um show de mais de duas horas), retorna a SP pelas mãos da Maraty (produtora do jornalista André Barcinski junto ao produtor Leandro Carbonato) e toca no dia 28 de novembro no Espaço Usine (antigo Clash Club). As bandas de abertura vão ser anunciadas nos próximos dias. Ingressos aqui.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução

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