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Lançamentos

Já viu o clipe novo de Ian Ramil?

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Tem disco novo de Ian Ramil, Tetein, vindo aí – tá previsto para o dia 23 de junho. Ao que parece, vem chumbo grosso em cima de fascistas em geral. O novo single, Macho-rey, aparece distribuindo porrada (no bom sentido) nos machos-alfa, e o clipe traz ninguém menos que a jornalista e escritora Eliane Brum (citada na letra) acabando com um convescote de apoiadores do ex-presidente, em clima de videogame “Um thriller surrealista narra os delírios de um menino que é espirrado em sua festa de aniversário e se vê cercado por familiares aterrorizantes”, define o release.

Macho-rey não é nova – a canção, uma parceria com Juliana Cortes, já havia sido gravada por ela no disco 3, de 2020. Mas é bastante atual, com versos como “lá vem o tiozão, o macho-rei/rastando havaianas pelo chão/sorriso asa de avião/discursa descarga de caminhão” e “adora piada de negro e gay/de peito inflado faraó/corrente de ouro à luz do sol/roçando a camisa de futebol”. E dá prosseguimento ao single mais recente de Ramil, Mil pares, que fala sobre uma sociedade repleta de privilégios, preconceitos, milícias e poder financeiro.

Foto: Tuane Eggers/Divulgação

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Lançamentos

Urgente!: Lançamentos da semana (21 a 25 de abril de 2025)

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Urgente!: Lançamentos da semana (21 a 25 de abril de 2025). Na foto: Viagra Boys.

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia nessa edição semanal e especial do Urgente! é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:

(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)

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ÁLBUNS:

Provavelmente você já acordou ouvindo falar que uma das bandas mais legais dos últimos tempos, o Viagra Boys, lançou seu novo álbum nesta semana, com o curioso título de Viagr aboys. Eles avisaram num papo com a NME que o disco novo é bem menos carregado politicamente que o anterior, e que se trata de um disco “meio estúpido” – pelo que já deu para ver pelos singles, é para ouvir no último volume (mas ainda vamos conferir).

Duas sensações do rock brasileiro surgiram com álbuns nesta semana: o Jambu retoma sua essência de Manaus no álbum Manauêro, e o extremamente comentado Vera Fischer Era Clubber vem com Veras I. De lá de fora, o Sunflower Bean mostra outra face com Mortal primetime (o grupo é conhecido por ter quase um estilo diferente a cada álbum), o Tennis retorna com Face down in the garden e, como você já deve ter visto, o Ghost manda bala com o aguardado Skeletá, já anunciado com os singles Satanized e Lachrima.

O veteraníssimo Willie Nelson também está de volta e solta o belo (não ouvimos ainda mas garantimos que é) Oh what a beautiful world. E o veterano Billy Idol está de volta com Dream into it – disco que adota até o logotipo antigo dele na capa. Outro nomão experiente que lançou disco nessa semana foi ninguém menos que Femi Kuti, filho mais velho do pioneiro do afrobeat Fela Kuti: é Journey through life.

SINGLES E EPs:

Filha dos mestres Lizzie Bravo e Zé Rodrix, Marya Bravo anuncia seu novo disco para o dia 14 de maio e lançou o single novo, Avisei. Ao contrário do single anterior, Eterno talvez, a nova música é bem mais solar.  Completando 30 anos de serviços muito bem prestados ao hardcore brasileiro, o Mukeka Di Rato anuncia o nono disco, Generais de fralda, para 16 de maio. Desgraça capixaba, primeiro single a anunciar o disco, já está rolando há um tempo por aí – e sai agora Engenho de sangue, inspirada no livro do Darcy Ribeiro O povo brasileiro, ao se referir ao Brasil como “um moinho de gastar gente desde o início da sua história”.

Jadsa, que vem sendo bastante comentada aqui, vai lançar em breve o disco Big buraco – e tem mais um single lançado nesta semana, o rock No pain. E quem reapareceu com novo lançamento foram os Titãs: São Paulo 1, faixa que encerra o disco de estúdio mais recente da banda, Olho furta-cor (2022) volta em clipe feito em Inteligência Artificial, dirigido por Arnaldo Belotto. O titã Branco Mello deu várias ideias. “Viajei em um visual inspirado em Metrópolis e no M, o Vampiro de Düsseldorf do Fritz Lang, misturado com cenas de São Paulo antiga, com bondes, estátuas, fontes, multidão caminhando…”, conta.

E claro que você já viu, ouviu e ouviu falar que o HAIM não apenas lançou um single novo, Don’t be wrong, como também anunciou que o nome do próximo disco é I quit – fizeram o anúncio em um show na quarta (23) na Califórnia, em frente a um telão repleto de mensagens com “eu desisto”. O álbum sai dia 20 de junho. E Lorde, após um carnaval com os fãs no Washington Square Park, lançou o single What was that, e um clipe que traz não apenas imagens da tal zoeira com a turma, como também Lorde dando um rolé de bike.

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Crítica

Ouvimos: The Mars Volta, “Lucro sucio; Los ojos del vacio”.

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Ouvimos: The Mars Volta, “Lucro sucio; Los ojos del vacio”.

Você pode até pensar: “pô, o disco novo do The Mars Volta dura 50 minutos, vou ouvir só vinte minutos e depois escuto o resto…” ou “que legal, saiu disco novo do Mars Volta, vou ouvir enquanto lavo a louça”. Eu acho, francamente, que ninguém faria isso, mas se for o seu caso, pode tirar o cavalinho da chuva: Lucro sucio; Los ojos del vacio, nono álbum da banda texana, vai te sugar para um vórtice auditivo de alta profundidade – e você só vai conseguir voltar à realidade quando escutar tudo.

A Kerrang!, QG jornalístico do metal, classificou Lucro sucio como um disco feito para testar os limites da paciência do/da ouvinte, e ainda disparou que “há uma linha tênue entre a genialidade e a insanidade”. Mas talvez a questão aqui nem seja o quanto o Mars Volta, uma banda progressiva bastante peculiar, é genial. Isso porque Lucro sucio é um disco tão bom, e tão repleto de detalhes para serem descobertos, que ele se presta mais a discussões intermináveis do que a conversas fechadas. Parece que ninguém ali está muito preocupado em parecer “genial”, e muita coisa do álbum soa como diversão musical levada a sério – por sinal, como acontecia em discos de bandas como Gong e Can.

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Lucro sucio não começa: ele decola, com os vocais harmonizados e a ambientação de igreja de Fin, o batidão ambient e dance de Reina tormenta, e a vibe de Sympathy for the devil pós-punk de Enlazan las tinieblas – que lá pelas tantas se parece mais com um Radiohead novobaiano. Até que chega um momento no álbum em que fica claro que o melhor de Lucro sucio é a união de elementos pop e progressivos. É o que surge em faixas como Mictlán e The iron rose, por exemplo. Ou no som latino e calmo, entre Djavan e James Taylor, do soft rock jazzístico Voice in my knives – levado adiante com voz, percussão, violão e piano Rhodes.

Quem é fã radical de climas prog vai curtir a primeira parte de Cue the sun, lembrando o começo do álbum Obscured by clouds (1972), do Pink Floyd. Além do jazz destruidor de Alba del Orate, a lisergia sombria de Celaje, e a balada enevoada Maullidos. E já que o Pink Floyd foi citado, vale citar que o Mars Volta, em vários momentos do disco – e de sua história – parece querer juntar a frieza do progressivo britânico ao soul do Earth, Wind and Fire, como acontece em Morgana e Cue the sun 2. No final, o progressivo latino e espacial da faixa Lucro sucio, que dá parte do título do disco.

Resumindo: Lucro sucio; Los ojos del vacio é uma experiência, mais até do que um álbum.

Nota: 10
Gravadora: Clouds Hill
Lançamento: 11 de abril de 2025

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Crítica

Ouvimos: Doce Creolina, “Debaixo do chapéu de um cogumelo” (EP)

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Ouvimos: Doce Creolina, “Debaixo do chapéu de um cogumelo”

O mais fácil é comparar o Doce Creolina, dupla de Passo Fundo (RS) formada por Julia Manfroi e Mattos Rodrigues, com Júpiter Maçã ou Mutantes – temas doidões são muito comuns no EP de estreia deles, que por acaso se chama Debaixo do chapéu de um cogumelo. Tem muito mais ali: Beach Boys, Rita Lee (a ironia de várias letras e o clima tranquilo de algumas melodias descende direto da Rita de 1980) e até a psicodelia com cara latinesca dos Doors, além de estilos musicais cubanos.

Debaixo… começa com Micelios: sininhos, teclados, percussão abolerada, até que o clima vira para um rock sixties, com guitarra psicodélica. Vanuza tem violão cigano e percussão, com letra cheia de promessas de amor e melodia lembrando uma versão lisérgica dos Gipsy Kings – uma musicalidade que bate também no folk gauchesco e invernal de O vento e o tempo, que encerra o disco.

O lado brega-psicodélico do grupo surge no bolero de Para onde foram os morcegos da Vila Indiana?. E também em Tema de marcação, chacundum com cara de Kinks e de Who, mas também ligado a Roberto Carlos e Júpiter Maçã – e que na verdade é releitura de uma canção de teor altamente guerrilheiro, lançada em 1975 pelo cantor gaúcho Leopoldo Rassier.

O EP do Doce Creolina tem ainda um subtexto punk, de protesto, exposto nos textos de lançamento do disco – um manifesto que fala sobre exploração dos recursos da natureza e os destroços do progresso e da civilização. A vibe da dupla é também uma proposta de amor à liberdade, pessoal e musical, seguindo rumo ao último volume.

Nota: 9
Gravadora: Independente
Lançamento: 9 de abril de 2025

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